EUA - A MRV teve alta robusta do lucro no terceiro trimestre, beneficiada pelas fortes vendas de sua divisão AHS, nos Estados Unidos.
A construtora com sede em Minas Gerais anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 165 milhões de reais de julho a setembro, aumento de 17,5% sobre um ano antes. Em termos ajustados, o lucro de 231 milhões de reais foi 64,1% mais alto.
A receita líquida da companhia somou 1,8 bilhão de reais no trimestre, alta de 1,1% no comparativo anual, mas queda de 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na outra ponta, as despesas comerciais ficaram estáveis em 168 milhões de reais, enquanto as gerais subiram 11,7%, a 124 milhões de reais.
Mas 620 milhões de reais em vendas da AHS fez a linha 'outros' da MRV passar de 34 milhões de reais negativos para um número positivo de 133 milhões de reais no comparativo anual.
"A recorrência de receitas da AHS tem sido maior do que a imaginada e temos cerca de 3,5 bilhões de reais construídos para serem vendidos nos próximos dois anos", disse o diretor de finanças e relações com investidores da MRV, Ricardo Paixão.
Com isso, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) somou 386 milhões de reais, aumento de 54,9% contra mesma etapa de 2020. A margem Ebitda subiu 7,4 pontos percentuais, para 21,5%.
Segundo Paixão, a pressão de custos dos últimos trimestres derivada do aumento dos preços de matérias-primas no Brasil se estabilizou no trimestre. Mas a perspectiva é de que a margem bruta consolidada, que caiu de 28,1% para 27,1% no ano a ano, seja mantida por alguns trimestres.
Ele também avalia que o impacto da alta de juros sobre a demanda por financiamento imobiliário para compra de imóveis da MRV deve ser limitado, uma vez que isso afeta apenas os bens financiados pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que representam 12% das receitas da operação.
Por Aluísio Alves / REUTERS
ANGOLA - A Cedesa, entidade que estuda assuntos de Angola, diz que o país se tornou "um aliado importante" dos EUA e que "um falhanço americano" nas relações com os angolanos seria "um falhanço global" da estratégia norte-americana face à China.
"A atitude dos EUA face a Angola sempre foi ambivalente, e não será agora que irá enveredar por um caminho de confronto, quando Angola se tornou um aliado importante, por dois motivos muito reais", começa por referir a Cedesa numa análise com o título: "Eleições angolanas de 2022 e os Estados Unidos da América".
Segundo aquele grupo de académicos, Angola tornou-se um importante aliado dos EUA, porque, sobretudo com a liderança de João Lourenço, o país "tem desempenhado um papel de pacificação na sua zona de influência".
"Relembre-se que Angola ajudou a uma transmissão pacífica e eleitoral na República Democrática do Congo (RDC), tenta estabelecer alguma tranquilidade entre o triângulo RDC, Uganda e Ruanda, além de ter contribuído decisivamente para a recente paz na República Centro-Africana (RCA)", referem no documento.
Os académicos da Cedesa recordam também que, na RCA, "o Presidente Touadéra destacou o papel fulcral desempenhado pelo Estado angolano na obtenção da paz".
Assim, "Angola é um aliado da paz dos EUA em África e, obviamente, os americanos não vão desleixar o apoio e colaboração diplomática e militar de Angola para a tranquilidade africana", afirmam.
Ao mesmo tempo, "é um forte baluarte contra qualquer penetração do terrorismo islâmico", acrescentam.
Mas para a Cedesa, há ainda um outro motivo pelo qual o país se tornou aliado dos EUA e que tem a ver também com a sua estratégia de política externa face à China.
"É nítido que Angola segue atualmente uma nova política externa, pretendendo 'descolar-se' da excessiva dependência da China", salienta a análise.
EUA - O Departamento de Estado americano anunciou nesta quinta-feira a aprovação da venda de mísseis de tecnologia avançada no valor de US$ 650 milhões à Arábia Saudita, para ajudar aquele país a se proteger de ataques com drones.
Riade irá comprar até 280 mísseis ar-ar de médio alcance AIM-120C e equipamentos relacionados.
Segundo um porta-voz do departamento, os árabes já usaram esse tipo de míssil para interceptar ataques de aviões não tripulados a partir do Iêmen, os quais ameaçavam as forças sauditas e americanas dentro do país. "Observamos um aumento dos ataques transfronteiriços contra a Arábia Saudita no último ano", destacou.
Riade lidera a luta contra os rebeldes huthis no Iêmen, que são apoiados pelo Irã. Funcionários americanos afirmam que o Irã forneceu aviões não tripulados aos rebeldes.
A venda acontece no momento em que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, freia por cautela seu apoio aos sauditas, devido a preocupações com suas táticas severas em relação aos huthis e com violações dos direitos humanos.
EUA - Os Estados Unidos começaram na quarta-feira (3) a administrar vacinas contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, a faixa etária mais recente a receber liberação para os imunizantes que oferecem proteção da doença a quem os recebe e àqueles ao seu redor.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou a vacina da Pfizer/BioNTech para uso amplo nesta faixa etária na terça-feira, quatro dias depois de ela ser autorizada pela Agência de Alimentos e Medicamentos norte-americana (FDA).
Serão distribuídas, nesta primeira fase, 15 milhões de doses para esta faixa etária. Hoje, apenas uma parte delas estará disponível. Acredita-se que as vacinas serão mais amplamente acessíveis em consultórios e hospitais pediátricos e em farmácias na semana que vem.
Para alguns pais norte-americanos, a notícia demorou a chegar. Courtney Mitchell, de Durham, na Carolina do Norte, disse que acordou às 6h desta quarta-feira para agendar uma vacinação para Jane, sua filha de 5 anos.
EUA - A Coca-Cola anunciou, nesta segunda-feira, 1º, a compra integral da empresa de bebida esportiva americana BodyArmor por US$ 5,6 bilhões, no que será o maior negócio do tipo da gigante conhecida pelo refrigerante. Desde 2018 a multinacional já detinha 15% de participação na companhia concorrente da Gatorade. À época do negócio, cláusulas contratuais possibilitaram que a gigante dos refrigerantes viesse a assumir 100% das operações.
Ainda em fevereiro deste ano, a companhia já havia sinalizado que pretendia pôr em prática seu direito de adquirir o restante das operações da marca que ocupa o segundo lugar em vendas no setor de bebidas esportivas nos Estados Unidos. Atualmente, a rival Gatorade domina o mercado de produtos isotônicos e é controlada pela PepsiCo.
De acordo com a companhia de bebidas, atualmente a empresa de isotônicos tem faturamento de vendas de aproximadamente US$ 1,4 bilhão com uma taxa de crescimento de 50%. "A BodyArmor foi uma grande adição à nossa linha nos últimos três anos, a empresa tem impulsionado a inovação contínua em produtos de hidratação, saúde e bem-estar", disse, em nota, o presidente da Coca-Cola na América do Norte, Alfredo Rivera.
Segundo a Coca-Cola, a Bodyarmor será administrada como um negócio separado dentro da unidade operacional da companhia na América do Norte, com sede em Nova York. A atual equipe de liderança continuará trabalhando com a marca.
A Bodyarmor foi fundada há 10 anos e cresceu com investimentos de estrelas do esporte. O jogador de basquete Kobe Bryant, morto em 2019, era um dos principais investidores e, segundo o jornal The Wall Street Journal, seu espólio deve receber US$ 400 milhões pela transação. "Se não fosse pela visão e crença de Kobe Bryant, a BodyArmor não teria sido capaz de alcançar o sucesso que tivemos. Eu não poderia ficar mais animado em fazer parte da família Coca-Cola e com os olhos voltados para o futuro", afirmou o co-fundador e presidente da marca, Mike Rapole que permanecerá à frente dos negócios.
O acordo visa acelerar as vendas da Coca no segmento de hidratação, esportes e café. Apesar da recente aquisição, a principal bebida esportiva da Cola, o Powerade, continua sendo um concorrente distante do Gatorade, líder de mercado da PepsiCo. Mesmo combinado com BodyArmor, a companhia alcançaria aproximadamente 23% do mercado de bebidas esportivas, bem atrás dos 68% da Gatorade, conforme dados do Euromonitor.
*Por: André Marinho e Wesley Gonsalves / ESTADÃO
EUA - Os Estados Unidos impuseram na sexta-feira novas sanções financeiras a uma rede vinculada ao programa de drones do Irã, intensificando a pressão sobre aquele país antes da retomada das negociações para salvar o acordo nuclear.
O Tesouro dos Estados Unidos se comprometeu em um comunicado a "continuar exigindo que o Irã se responsabilize pelas suas ações irresponsáveis e violentas", enquanto Washington acusa Teerã de usar seus aviões não tripulados para alimentar vários conflitos no Oriente Médio.
Duas empresas que apoiam o programa de drones da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, estão na mira das sanções.
O general Saeed Aghajani, que supervisiona a administração dos drones dos Guardiões e que já estava em outra lista negativa dos Estados Unidos, também foi afetado pelas novas sanções, assim como o general Abdollah Mehrabi, outro alto funcionário do exército de elite iraniano. Os ativos que tiverem nos Estados Unidos serão congelados e serão proibidos de acessar o sistema financeiro americano.
A Força Qods, responsável pelas operações internacionais da Guarda Revolucionária, "usou drones fatais e promoveu sua proliferação entre os grupos apoiados pelo Irã", como o Hezbollah libanês, o Hamas palestino e os rebeldes houthis no Iêmen, "assim como na Etiópia, onde a crise está se agravando e ameaça desestabilizar toda a região", afirma o Tesouro em seu comunicado. "Foram usados drones letais em ataques contra navios internacionais e forças americanas", acrescentou, em referência a fatos que provocaram grandes tensões nos últimos anos.
Segundo o Irã, as novas sanções "mostram o comportamento contraditório da Casa Branca. O presidente Joe Biden aplica os mesmos métodos de seu antecessor, ao mesmo tempo que diz querer retomar as negociações sobre a questão nuclear", criticou o porta-voz da chancelaria, Said Khatibzadeh. "A imposição de sanções envia uma mensagem que não inspira confiança."
As sanções ocorrem depois que o Irã anunciou que está disposto a retomar as negociações indiretas com os Estados Unidos em novembro para salvar o acordo que deveria impedir Teerã de adquirir armas nucleares.
Essas negociações se concentram nas sanções que Washington está disposto a levantar em troca de que Teerã volte a cumprir com as restrições sobre seu programa nuclear.
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, espera que seu plano de investimentos seja aprovado pelo Congresso e se torne um de seus legados. Veja quais são as principais medidas de sua iniciativa de 1,75 trilhão de dólares para gastos sociais e ambientais.
- Escola e creche -
O acesso gratuito a uma estrutura escolar antes da entrada no ensino básico seria garantido para crianças com entre três e quatro anos, o que estende o acesso gratuito a mais de seis milhões de crianças. O programa é financiado por seis anos.
O crédito fiscal atual para famílias com crianças será estendido em um ano, para 35 milhões de famílias.
- Energia verde -
O plano inclui investimentos para enfrentar eventos climáticos extremos, como incêndios florestais, secas e furacões.
Os créditos fiscais por uso de energia verde chegarão a US$ 320 bilhões para promover a produção, o transporte e o armazenamento de energia renovável, bem como veículos "limpos" para uso privado e profissional.
- Cobertura de saúde -
O plano propõe estender até 2025 os créditos fiscais para quem adotar qualquer uma das opções de cobertura de saúde incluídas no Obamacare, que desde 2010 atende milhões de americanos que não possuíam plano de saúde.
Seu alcance será de cerca de três milhões de pessoas.
- Moradia -
Está previsto um investimento de 150 bilhões de dólares para acesso à habitação, incluindo em zonas rurais, com a construção de mais de um milhão de casas, auxílio para o pagamento de aluguel e facilidades para a obtenção de um empréstimo hipotecário.
- Medidas suprimidas -
A harmonização federal das férias parentais, que dependem dos estados e das empresas, foi suprimida, em uma grande derrota para Biden.
Uma reforma tributária sobre os medicamentos também desapareceu.
Os montantes de investimento em energia limpa foram bastante reduzidos.
A ideia de um imposto sobre os 700 contribuintes mais ricos para financiar essas medidas foi descartada.
- Financiamento -
Está prevista uma alíquota mínima de 15% para grandes empresas, além de uma sobretaxa para bilionários e milionários, em um plano que prevê investimentos para o combate à sonegação fiscal, estimada em cerca de 160 bilhões de dólares anuais em perdas de receita para os cofres públicos.
*AFP
EUA - Max Verstappen foi o grande vitorioso do Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1, em Austin, no Texas. Vencedor da corrida deste domingo (24), o holandês da Red Bull deixou o Circuito das Américas com uma vantagem ainda maior sobre Lewis Hamilton na disputa pelo título de 2021.
Verstappen largou da pole e chegou a perder a primeira posição para Hamilton, mas levou a melhor na primeira janela de trocas de pneus. A Mercedes chegou a ensaiar uma reação com a segunda janela de trocas, mas que não foi suficiente. Sergio Perez, da Red Bull, completou o pódio.
Com a vitória no Texas, Max Verstappen chegou a 287,5 pontos no Mundial de pilotos, contra 275,5 pontos de Hamilton. O britânico ainda faturou um ponto a mais pela melhor volta, mas viu a diferença aumentar de seis para 12 pontos para o principal rival.
Confira a classificação final do GP dos EUA
What a drive by @Max33Verstappen ?
— Formula 1 (@F1) October 24, 2021
He earned that ?#USGP ?? #F1 pic.twitter.com/iNDm2xSgQB
*Por: BAND
EUA - A Suprema Corte dos Estados Unidos concordou, na sexta-feira (21), em ouvir no dia 1º de novembro uma contestação a uma lei do Texas que impõe uma proibição quase total ao aborto, em um caso que pode reduzir drasticamente o acesso ao aborto nos EUA se os juízes endossarem a medida.
Os juízes aceitaram as solicitações do governo do presidente Joe Biden e de clínicas de aborto para analisar imediatamente suas contestações à lei. O tribunal recusou-se a atender ao pedido do Departamento de Justiça de bloquear imediatamente a execução da legislação do Texas.
O tribunal irá avaliar se o desenho incomum da lei é legalmente permissível e se o governo federal tem permissão para processar o Estado que tentar bloqueá-lo.
A medida do Texas proíbe o aborto após cerca de seis semanas de gravidez - um ponto em que muitas mulheres ainda não percebem que estão grávidas. A lei abre uma exceção para uma emergência médica documentada, mas não para casos de estupro ou incesto.
A juíza liberal Sonia Sotomayor discordou do adiamento da decisão do tribunal sobre o veto à aplicação da lei enquanto o litígio continua. Sotomayor disse que a nova lei suspendeu quase todos os abortos no Texas, o segundo Estado mais populoso dos EUA, com cerca de 29 milhões de pessoas.
"A estratégia do Estado funcionou. O impacto é catastrófico", escreveu Sotomayor.
A disputa no Texas é o segundo grande caso sobre aborto que o tribunal, que tem uma maioria conservadora de 6 a 3, agendou para os próximos meses. Além dela, será julgada em 1º de dezembro a legalidade de uma lei de aborto restritiva do Mississippi.
Por Andrew Chung - Repórter da Reuters
EUA - A Tesla quer mudar seus veículos elétricos para uma bateria mais barata, mas primeiro precisa descobrir como superar tensões políticas para conseguir que um parceiro chinês faça baterias à base de ferro perto de suas fábricas nos EUA.
As duas maiores economias do mundo ainda precisam resolver disputas sobre tarifas, direitos de propriedade intelectual. E a ampla repressão regulatória da China, voltada principalmente para o setor de tecnologia, pode representar outro obstáculo.
A China adotou a tecnologia cedo e fabrica 95% das baterias de LFP (fosfato de ferro e lítio) do mundo, mas as principais patentes expiram em breve e a Tesla disse que planeja adotar baterias LFP em sua frota de veículos de alcance padrão global e levar a produção de baterias para mais perto de sua fábricas.
“Nosso objetivo é localizar todas as peças-chave dos veículos no continente”, disse Drew Baglino, vice-presidente da Tesla, anteontem (20). A Tesla está montando fábricas nos Estados Unidos e na Alemanha.
A Tesla atualmente usa baterias LFP da CATL da China em alguns modelos fabricados na China. Nos Estados Unidos, iniciou as vendas de sedans Modelo 3 de nível básico com LFP.
A CATL provavelmente está em melhor situação na China, onde têm acesso aos materiais de custo mais baixo do mundo, disse Craig Irwin, analista da Roth Capital.
O presidente Joe Biden definiu como prioridade apoiar veículos elétricos para combater a mudança climática, mas as limitações da bateria podem ser um obstáculo importante.
A China é o maior mercado global de EV e domina a cadeia de suprimentos para a fabricação de baterias de íon-lítio, incluindo o processamento de minerais e matérias-primas.
A Tesla enfrenta custos mais altos principalmente devido aos preços de cobalto (+70% neste ano), níquel (+20%) e alumínio (+50%). A Tesla usa esses materiais para fazer suas baterias. (Com Reuters)
*Por: FORBES
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