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EUA - Há pouco mais de um ano à frente das operações da Huawei no Brasil, Sun Baocheng diz que a pressão dos Estados Unidos sobre o Brasil - e o mundo - para banir a empresa das redes de telecomunicações e do 5G não é nova, nem direcionada apenas a companhias chinesas. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, ele acusa os americanos de usarem esse método contra qualquer corporação e país que ameace sua liderança no cenário internacional.

"Essa tentativa de restrição à Huawei por parte dos EUA ocorre por causa da nossa tecnologia avançada. Somos líderes mundiais, e não apenas no 5G. Os Estados Unidos não atacam apenas a Huawei ou a China. Qualquer um que tiver a tecnologia mais avançada sofrerá o mesmo tipo de ataque", afirmou o executivo, que está na Huawei desde 2005.

Sun Baocheng cita o exemplo da francesa Alstom. "A Alstom tinha uma divisão de energia que era líder mundial e tinha como maior rival a americana General Electric", afirmou. Executivos da empresa foram presos depois de se tornarem alvo de investigações de suborno nos termos da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior dos EUA. Após a aplicação de multas bilionárias, os negócios na área de energia foram adquiridos pela General Electric.

Em junho, uma comitiva liderada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, e composta também pelos senadores Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Ciro Nogueira (Progressistas-PI), além de dois ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), esteve em Washington. O grupo visitou empresas, como Motorola, IBM e Nokia, e se reuniu com integrantes do governo americano.

A posição dos Estados Unidos a respeito do 5G é um dos poucos pontos em que a política da Casa Branca não foi alterada na mudança de governo de Donald Trump para Joe Biden. Os americanos continuam a pressionar o Brasil para que não permita mais a participação da chinesa Huawei no mercado nacional, embora ela esteja presente no País há 23 anos.

No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que a Huawei esteja presente em algo entre 35% a 40% das redes atuais. As operadoras dizem que a fatia é ainda maior, de 45% a até 100%, dependendo da empresa.

Diante da pressão da bancada ruralista, que tem na China seu principal parceiro comercial, o Brasil optou por não vetar a companhia - o que exigiria um decreto presidencial e teria elevado custo político e uma provável disputa judicial. Decidiu, no entanto, por uma alternativa: impor às teles que participarem do leilão do 5G a construção de uma rede privativa de uso exclusivo do governo, com requisitos que não mencionam a Huawei, mas, na prática, impedem a escolha de seus equipamentos.

A Huawei comemorou a separação das redes e evitou polemizar. "A rede privativa é dedicada para a comunicação do governo. Mas a rede comercial, para o público em geral, foi aprovada com uma regra sem restrições para a Huawei. Tudo agora vai depender das condições comerciais e de mercado. Temos uma boa participação de mercado, e nossos equipamentos permitem uma evolução do 4G para o 5G", afirmou Sun Baocheng.

 

Leilão

A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicação móveis. Ela promete velocidades até 20 vezes superiores às do 4G. Será a maior licitação de espectro da história do País. O edital, no entanto, ainda está sob análise do TCU, e não há mais previsão sobre quando o leilão poderá ser realizado. Em fevereiro, a Anatel apostava que seria possível marcá-lo para agosto, mas, diante das exigências da corte de contas, a disputa pode ficar para o fim deste ano ou até 2022.

O presidente da Huawei vê algumas vantagens nesse atraso. Para ele, o Brasil poderá aproveitar a experiência de outros países para agilizar a construção das redes. Ele defende o uso dos equipamentos do 4G na evolução do 5G, embora o edital exija o padrão mais recente. Ele menciona também que os smartphones 5G chegarão ao País mais baratos em relação aos preços praticados na Europa e na China.

Sun Baocheng elogiou ainda a opção do governo de priorizar a realização de investimentos, em detrimento da arrecadação aos cofres públicos. "O leilão poderia ficar muito caro se optasse pela maior arrecadação. Esse modelo vai estimular os investimentos dos operadores e a implantação da tecnologia, além de acelerar a chegada do serviço para os consumidores."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

 

*NOTÍCIAS AO MINUTO

VENEZUELA - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, respondeu ao apelo ao diálogo com a oposição que o governo Joe Biden pretende promover, acusando a Agência Central de Inteligência (CIA) de traçar um plano para assassiná-lo junto com outros líderes do regime chavista . Maduro não implicou diretamente o presidente dos Estados Unidos, mas deu a entender, ao ser perguntado se estava ciente da existência de um complô. O sucessor de Hugo Chávez também afirmou, sem apresentar provas, que fontes da inteligência bolivariana informaram a seu gabinete outra operação para acabar com sua vida, coordenada pelo Comando Sul.

Foi assim que Maduro reagiu à mudança de posição de Washington diante da profunda crise na Venezuela. O governo Biden justamente deixou para trás o belicismo da era Trump para se alinhar com a União Europeia (UE) e abriu a porta para suspender as sanções econômicas contra o regime se mostrar disposição para o diálogo e para convocar eleições livres. O líder venezuelano, porém, optou pelo contra-ataque. “Denunciei e demonstrei que o presidente Donald Trump deu a ordem de me matar a qualquer custo. A mim, e aos principais líderes políticos e militares de nosso país. Eles tentaram aberta e publicamente em 4 de agosto de 2018 “, exclamou Maduro, referindo-se à explosão de dois drones com explosivos ocorrida no meio de um desfile militar presidido por ele na avenida central Bolívar, em Caracas. “Joe Biden ratificou as ordens de Donad Trump de liderar a Venezuela em uma guerra civil e nos matar?” Perguntou.

“Nossas fontes na Colômbia nos asseguram - e são fontes confiáveis que sempre nos disseram a verdade - que vieram preparar um plano para atentar contra minha vida e contra a vida de importantes líderes políticos e militares da Venezuela. Para isso veio Craig Faller e o diretor da CIA para a Colômbia, e para isso também visitaram o Brasil: para finalizar os preparativos e voltar com um plano violento “.

A reação de Maduro se deu diante do mais recente aceno que Estados Unidos e União Europeia fizeram para a Venezuela. Na sexta-feira, Josep Borrell, alto representante de Política Externa da União Europeia, e Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, elaboraram um documento, juntamente com o Canadá. Nele, os representantes da diplomacia europeia e norte-americana pedem a Caracas um plano de reformas em que Maduro se comprometa a realizar eleições democráticas, e oferecem em troca um levantamento progressivo de sanções, uma oferta que se transformou no principal eixo da nova estratégia sobre a Venezuela.

Mas a reação acusatória de Maduro gerou uma resposta quase que imediata. “Negativo. O grande plano é apoiar negociações que resultem em eleições livres e justas”, afirmou Juan González, assessor especial do presidente Biden, em sua conta no Twitter. González também é diretor para o Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional.

Até então, as gestões para o início das rodadas de negociação entre o Governo de Nicolás Maduro e Juan Guaidó, representando os partidos da oposição, com a intermediação da Noruega, começavam a ganhar velocidade. Uma delegação da União Europeia visitará Caracas para avaliar se é factível que uma missão internacional vá à Venezuela nas próximas eleições regionais de novembro.

Enquanto isso, o Governo de Nicolás Maduro, interessado em sair da área de assédio do cenário internacional, oferece novas concessões, procurando estimular a participação eleitoral de seus inimigos: recentemente oficializou o fim da vigência dos “protetores” – figura nomeada no Poder Executivo para tutelar a gestão dos governadores eleitores da oposição –; e anunciou o retorno às eleições de partidos de oposição, cujo direito à essa participação havia sido confiscado pelo Poder Eleitoral em anos recentes. Ao mesmo tempo, o novo Parlamento, controlado pelo governismo, elabora uma nova Lei de Cidades Comunais que aumentaria seu controle sobre os Estados do país em detrimento dos governadores.

Uma comissão de dirigentes de oposição, liderada por Gerardo Blyde, Leopoldo López e Julio Borges, visitou recentemente Washington e Bruxelas com o objetivo de fortalecer as convergências atuais e alinhar pontos de vista para apresentar na mesa de negociações. A oposição proporá um cronograma de eleições gerais como ponto de partida para legitimar novamente os poderes públicos, sem reconhecimento por boa parte do mundo ocidental desde 2018, sob a convicção de que uma consulta popular honesta será o único parâmetro possível para reconstruir o país. Maduro pede que qualquer acordo com a oposição comece por reconhecer as autoridades constituídas em seu regime. É muito provável que Maduro procure orientar qualquer acordo sobre a realização de eleições presidenciais para 2023.

 

Convergências sem consenso

A nova área de convergência de Bruxelas e Washington em relação à crise venezuelana apresenta matizes importantes. A divisão dentro da Administração de Joe Biden sobre a Venezuela, em particular, e América Latina, em geral, é cada dia mais óbvia. Menos de quatro meses após chegar ao poder, a Casa Branca manifestou em termos contundentes, através de Juan Sebastián González, assessor para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional, e o homem que sussurra no ouvido do presidente em assuntos latino-americanos, que uma mudança de política em relação à Venezuela (e Cuba) não era “prioritária” na agenda internacional do mandatário democrata. Com uma guerra comercial aberta com a China e dando os primeiros passos para tentar salvar o acordo nuclear com o Irã, Washington quer apostar em segurança e não abrir outra frente, de modo que continua mantendo o unilateralismo e as sanções da era Trump.

Na Casa Branca parece existir a determinação de não levantar sanção alguma a Maduro se não existir um compromisso democrático genuíno de sua parte. Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado joga o papel que lhe cabe, o da diplomacia, e opta pelo consenso e a negociação, segundo fontes diplomáticas europeias em Washington, ainda que esse acordo deva sempre ser canalizado através da União Europeia. Mas a disposição diplomática de apoio não impede que Blinken chame Nicolás Maduro de “ditador brutal” e afirme que os EUA continuarão reconhecendo o líder oposicionista Juan Guaidó como o presidente da Venezuela.

James Story, embaixador norte-americano na Venezuela lotado em Bogotá, considera que “as sanções são somente um instrumento para forçar a transição à democracia”. “Eu acho que o acordo é factível. A política não é estática, estamos sempre revisando as táticas. Mantemos a pressão das sanções e, principalmente, os mesmos objetivos”, disse ao EL PAÍS.

Em um setor da equipe negociadora da oposição venezuelana há cautela diante do enfoque e os estilos de Josep Borrell, um político a quem consideram em geral pouco comprometido com um restabelecimento genuíno da democracia no país e mais interessado em se ver livre de um problema de enorme complexidade e em forjar um consenso parcial sobre as eleições regionais. Temem que só consiga comprometer vagamente Maduro a organizar eleições que ocorrerão em 2023.

Sendo a Espanha, por razões históricas e culturais, o interlocutor natural da Europa para a América Latina, os políticos venezuelanos acreditam contar com a compreensão de quase todas as nações do Velho Continente, em particular as da Europa oriental, mas alguns estimam que essas impressões passam pelo filtro de Borrell, cuja interpretação matiza o julgamento dos excessos cometidos por Maduro nesses anos em função de uma estratégia que necessariamente precisa ser gradualista e prática. Essa seria a causa pela qual os comunicados do Parlamento Europeu sobre o caso Venezuela costumam ser muito mais enérgicos do que as declarações do próprio Borrell.

“Na Europa não há uma ideia muito fundamentada das implicações e gravidade da ditadura de Maduro, e se sabem não dão muita importância”, comenta um funcionário venezuelano de alto escalão muito próximo ao processo de negociação que preferiu o anonimato. “Os Estados Unidos sabem e se importam. Essa é a diferença”.

 

O tic eleitoral da oposição

O enfoque gradualista liderado por Borrell encontra convergências com Henrique Capriles Radonski, um líder fundamental da oposição venezuelana que questionou Juan Guaidó e sua estratégia nos tempos de Donald Trump, e que lidera uma facção emergente de ativistas independentes dedicados a explorar caminhos diferentes, particularmente, aos de Leopoldo López. Capriles participou do acordo que tornou possível a nomeação dos novos membros do Conselho Nacional Eleitoral, gerido por Maduro. Por vontade própria, entretanto, o líder oposicionista está à margem da equipe negociadora de oposição atual com o chavismo.

As ofertas feitas por Maduro para melhorar o questionado marco eleitoral venezuelano desses anos estão encorajando as bases militantes dos partidos que sustentam o próprio Guaidó. Nos últimos tempos aumentou o número de dirigentes que pretendem participar das eleições regionais de novembro. Esse ânimo revisionista inclui o Vontade Popular, – partido fundado por Leopoldo López, ao qual pertence Guaidó—, o que mostrou até agora a atitude mais combativa contra a hegemonia chavista.

“Nosso grande temor é que essa missão da União Europeia diga o que Maduro quer que se diga”, afirma outro dirigente oposicionista próximo à equipe de Guaidó. “Suspeito que para eles é suficiente eleições regionais medianamente transparentes e deixar esse problema nas mãos de Maduro outra vez. Não se preocupar mais com ele”.

 

Movimentos em Washington e Bruxelas

Na semana passada se reuniram no edifício que tradicionalmente funcionou como residência do embaixador da Venezuela em Washington a subsecretária do Departamento de Estado, Wendy Sherman, e Julio Borges, colaborador próximo a Guaidó e seu homem para os assuntos da Venezuela relacionados com as Relações Exteriores. Em um comunicado posterior ao encontro, a diplomacia norte-americana informou sobre essa reunião e reafirmou que continuaria coordenando “com seus parceiros internacionais e venezuelanos os esforços para atender às necessidades humanitárias do povo venezuelano”.

Borges agradeceu essa pálida ajuda e “a ratificação de seu apoio à democracia na Venezuela”. Julie Chung, com cargo interino dentro da agência dedicada ao Hemisfério Ocidental, se expressou nesse mesmo sentido ao declarar que os Estados Unidos se orgulham “de se associar ao povo venezuelano e com o Governo liderado por Guaidó para apoiar o retorno à democracia na Venezuela”. “Continuaremos trabalhando juntos a uma solução negociada que conduza a eleições presidenciais e parlamentares livres e justas”, concluiu Chung. Mas além de prometer uma maior colaboração com os aliados dos EUA e de apoiar a entrega de mais ajuda humanitária à Venezuela, o Governo de Biden pouco fez para afrouxar a campanha de “pressão máxima” de Trump para derrubar Maduro. Sem dúvida, o comunicado após a reunião de Sherman e Borges estendia pontes e era um gesto por parte da diplomacia norte-americana, que ocorria enquanto vários líderes de oposição visitavam a capital dos EUA, entre os quais se encontravam Leopoldo López, Carlos Vecchio, representante diplomático de Guaidó nos EUA, e um enviado de Henrique Capriles. Biden sabe que se abandonar o pulso firme contra o regime bolivariano se arrisca a uma sublevação na Flórida, berço do exílio venezuelano. No lado europeu, Borrell já deu passos à frente e, apesar das reticências de uma parte de Bruxelas, decidiu enviar à Venezuela na próxima semana uma “missão exploratória” que analisará a situação no local e avaliará as possibilidades de enviar uma missão de observação eleitoral às eleições de novembro. Inicialmente, o envio da primeira missão não provocou o repúdio frontal do Parlamento Europeu, onde o Partido Popular europeu (conservadores) foi o único dos grandes grupos que se opôs. Por outro lado, os liberais do Renew, onde militam os eurodeputados espanhóis do Cidadãos, não se opôs, uma posição que fontes diplomáticas consideram muito significativa. Por sua vez, na Comissão Europeia consideram que a administração Biden não se envolverá profundamente na resolução da crise venezuelana até que não se encerrem as negociações com o Irã para recuperar o pacto de desnuclearização. Um pacto em que a comunidade internacional segue, certamente, o mesmo padrão da nova política em relação à Venezuela: um pedido de certas medidas em troca da retirada de sanções.

 

 

*Por: Alonso Moleiro,Bernardo De Miguel ,Yolanda Monge / EL PAÍS

EUA - A Morrisons concordou com uma proposta de aquisição pelo Fortress Investment Group, controlado pelo SoftBank, no valor de € 6,3 bilhões (US$ 8,7 bilhões), superior ao de uma oferta feita por uma empresa de private equity dos EUA.

A oferta do Fortress, junto com o Canada Pension Plan Investment Board e a Koch Real Estate Investments, ficou acima de uma proposta não solicitada de € 5,52 bilhões feita pela Clayton, Dubilier & Rice (CD&R), rejeitada pela Morrisons em 19 de junho.

No entanto, o valor ficou abaixo dos € 6,5 bilhões solicitados na semana passada pela J.O. Hambro, um dos principais investidores da rede de supermercados.

Os acionistas terão de votar a oferta do Fortress, que dá à rede de supermercados um valor de € 9,5 bilhões, uma vez que sua dívida líquida de € 3,2 bilhões seja considerada.

De acordo com as regras de fusões e aquisições no Reino Unido, a CD&R tem até 17 de julho para apresentar uma oferta firme. A CD&R não quis comentar. (Com Reuters)

 

 

*Por: FORBES

EUA - O Fundo Monetário Internacional (FMI) está otimista com a recuperação econômica dos Estados Unidos e prevê que o crescimento chegará a 7% este ano, mais do que o previsto anteriormente e "o ritmo mais rápido em uma geração", informou a entidade na quinta-feira (1).

Em seu relatório anual sobre a economia dos Estados Unidos, o FMI também projetou um crescimento de 4,9% para 2022, 1,4 ponto percentual a mais do que o previsto em abril.

A instituição multilateral com sede em Washington aplaudiu as políticas do presidente democrata Joe Biden para apoiar a economia e sua avaliação surge em meio a dados que mostram uma melhora do mercado de trabalho às vésperas do esperado e relevante relatório oficial sobre o estado do emprego no país.

Os Estados Unidos experimentaram uma "recuperação notável", disse o Fundo, impulsionado por um apoio "sem precedentes" dos gastos públicos e medidas de estímulo "eficazes" do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

 

- Crescimento duradouro -

O relatório aponta que o crescimento pode ser maior, embora para essa previsão o fundo tenha previsto gastos de 4,3 trilhões de dólares na próxima década com o Plano dos Empregos Americanos (AJP) e o Plano das Famílias Americanas (AFP), propostos por Biden.

Juntos, esses programas gerariam um aumento de 5% do PIB até 2022-2024, estimou o FMI.

"Ao invés de simplesmente oferecer um impulso no curto prazo à demanda que em seguida desaparece, espera-se que os Planos de Emprego e Família produzam uma melhora duradoura nos rendimentos e no nível de vida durante muitos anos", disse à imprensa a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

No entanto, se o Congresso dos EUA não aprovar a legislação ou reduzir drasticamente sua amplitude, o ímpeto de crescimento será prejudicado.

Ao ser consultada sobre o tema, Georgieva citou o acordo entre democratas e republicanos para a parte da infraestrutura física da proposta.

"O tamanho não é tudo. O que importa, mais do que o tamanho, é a composição dos pacotes", disse.

Para o FMI, há "evidência empírica sólida dos benefícios sociais" de programas como os propostos por Biden, que incluem dar acesso aos cuidados das crianças para que as mulheres possam entrar e permanecer no mercado de trabalho, assim como facilitar o acesso à educação superior e capacitação para garantir que os mais jovens tenham as habilidades necessárias para os trabalhos disponíveis.

O organismo ressaltou, ainda, que "se justifica um aumento permanente dos impostos sobre os lucros corporativos e famílias de alta renda" para financiar estes programas.

 

- "Preocupação significativa" -

No entanto, o FMI reservou seus comentários mais severos às políticas comerciais de Biden. Neste sentido, expressou sua "preocupação significativa" com o fato de não ter levantado as tarifas alfandegárias sobre bens como o aço e o alumínio impostas por seu antecessor, o republicano Donald Trump.

E destacou que remover estas barreiras comerciais ajudaria a apoiar sua agenda centrada nos trabalhadores.

“É muito preocupante que muitas das distorções comerciais introduzidas nos últimos quatro anos ainda estejam em vigor”, disse o Fundo.

Biden manteve as tarifas impostas por Trump sobre aço e alumínio, "assim como uma variedade de produtos importados da China".

"Essas políticas devem ser reconsideradas. As restrições comerciais e os aumentos de tarifas devem ser revertidos", acrescentou o relatório.

 

- Melhora do mercado de trabalho -

O prognóstico do FMI, que minimizou os riscos da inflação, esteve em linha com o do Escritório de Orçamento do Congresso americano e os funcionários do Fed (BC americano), que consideram que tanto o forte gasto governamental quanto o aumento do consumo respaldam a recuperação e o emprego à medida que as empresas voltam à normalidade após a crise provocada pelo coronavírus.

Os novos pedidos de seguro-desemprego caíram na semana passada nos Estados Unidos a 364.000, o nível mais baixo desde que começaram os fechamentos forçados pela pandemia, informou o Departamento de Trabalho.

Depois de dois meses de avanços mornos que não superaram as expectativas, espera-se que o relatório de emprego de junho, que será publicado na sexta-feira, mostre uma contratação sólida para recuperar alguns dos 7,6 milhões de empregos perdidos durante a pandemia.

Espera-se que Biden comente o informe nesta sexta e que provavelmente se concentrará na recuperação desde que assumiu o cargo, em janeiro.

"O plano econômico do presidente está funcionando: o desemprego e a covid-19 têm diminuído; e os empregos, o crescimento econômico e a confiança do consumidor têm aumentado", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, no Twitter.

 

 

*Por: AFP

EUA - Tropas do Exército dos Estados Unidos e membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) começaram a retirada da base aérea de Bagram, no Afeganistão. A informação foi fornecida por um oficial de defesa do país norte-americano e publicada pela Reuters nesta 6ª feira (2.jul).

“Todos os soldados americanos e membros das forças da Otan deixaram a base aérea de Bagram“, disse o oficial de segurança dos EUA sob condição de anonimato.

A base aérea de Bagram, considerada a mais importante do Afeganistão, recebeu militares norte-americanos por quase duas décadas. O local era usado para lançar aviões contra o Talibã e outros grupos.

Na madrugada desta 6ª feira (2.jul), uma autoridade afegã afirmou que a base deve ser oficialmente entregue em uma cerimônia neste sábado (3.jul).

Os militares norte-americanos coordenaram uma guerra aérea a partir da base de Bagram, cerca de 60 km ao norte de Cabul, desde 2001. A retirada das forças simboliza o fim do envolvimento militar dos EUA no país.

A base será entregue ao governo afegão no momento em que o país enfrenta uma crescente guerra contra o Talibã.

Em junho deste ano, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse ao seu homólogo afegão, Ashraf Ghani, que “os afegãos terão que decidir seu futuro“. Ghani respondeu dizendo que o seu trabalho agora era “administrar as consequências” da retirada dos EUA.

Em troca da retirada, o Talibã prometeu travar o terrorismo internacional em solo afegão. O grupo também se comprometeu a entrar em negociações com seus rivais afegãos, mas, até então, pouco progresso foi feito nesse sentido.

 

GUERRA DO AFEGANISTÃO

A guerra do Afeganistão é a mais longa da história dos EUA. Em quase 20 anos de combate, mais de 2.400 soldados americanos morreram e pelo menos 20.000 ficaram feridos. O conflito também vitimou cerca de 47 mil civis e dezenas de milhares de membros das forças de segurança do Afeganistão.

A guerra teve início em outubro de 2001, com a caçada ao líder da Al-Qaeda e mentor dos ataques de 11 de setembro, Osama Bin Laden. Ele foi morto por tropas norte-americanas durante operação no Paquistão.

 

 

*Por: PODER360

WASHINGTON - Os gastos do consumidor nos Estados Unidos ficaram inalterados em maio com a escassez pesando sobre a compra de veículos, mas as restrições de oferta e o aumento da demanda por serviços ajudaram a impulsionar a inflação, com a principal medida de inflação do Federal Reserve (Fed) registrando seu maior aumento anual desde 1992.

O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que a leitura inalterada nos gastos do consumidor, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, seguiu um dado revisado para cima em abril, de alta de 0,9%, ante 0,5% informado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters projetavam um avanço de 0,4% em maio.

Os veículos e alguns eletrodomésticos estão escassos devido aos gargalos de abastecimento decorrentes da pandemia de Covid-19. A escassez mundial de semicondutores está prejudicando a produção de veículos motorizados. Os gastos também estão começando a voltar para os serviços, que respondem por dois terços dos gastos dos consumidores, pesando sobre os bens. O ritmo ainda não é suficiente para compensar o impacto sobre os gastos do consumidor com bens de consumo.

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O índice de inflação PCE excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,5% em maio após avançar 0,7% em abril. Nos 12 meses até maio, o chamado núcleo do PCE avançou 3,4%, a maior alta desde abril de 1992. O índice de preços PCE subiu 3,1% ante o ano anterior em abril. O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida para a meta flexível de 2% do Fed.

A inflação em comparação com o ano anterior também está acelerando com a saída de dados do ano passado do cálculo. Embora os chamados efeitos de base de comparação devam ter atingido seu pico em maio, a inflação provavelmente permanecerá alta no curto prazo devido às restrições de oferta e à escassez de mão de obra, que estão estimulando o aumento dos salários.

O chair do Fed, Jerome Powell, reconheceu nesta semana que "a inflação aumentou notavelmente nos últimos meses", mas disse aos parlamentares que o banco central dos EUA "não aumentará as taxas de juros preventivamente porque tememos um possível início da inflação". Powell afirmou repetidamente que o aumento da inflação é transitório, uma visão compartilhada pela secretária do Tesouro, Janet Yellen.

Parte da queda nos gastos do consumidor refletiu o início da redução dos estímulos do governo. A renda pessoal caiu 2,0% no mês passado, após recuar 13,1% em abril. Mas os salários aumentaram 0,8% em maio após avançar 1,0% em abril.

Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor caíram 0,4% no mês passado, após alta de 0,3% em abril. Apesar da queda em maio nos chamados gastos reais do consumidor, o consumo está acima do ritmo do primeiro trimestre.

A maioria dos economistas espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois dígitos neste trimestre, o que direcionaria a economia a um crescimento de pelo menos 7%. Esse seria o crescimento mais forte desde 1984. A economia contraiu 3,5% em 2020, seu pior desempenho em 74 anos.

 

 

*Por Lucia Mutikani / REUTERS

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na última quinta-feira (24), que sancionaria um pacote bipartidário de infraestrutura apenas se chegar à sua mesa um projeto de lei orçamentário separado e de grande escala que os democratas querem aprovar para financiar outras partes da agenda do presidente.

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"Espero que nos próximos meses neste verão (nos EUA), antes do fim do ano fiscal, tenhamos votado este projeto (bipartidário) --o projeto de infraestrutura--, bem como votado a resolução orçamentária", disse ele a repórteres na Casa Branca.

"Mas se apenas um (projeto de lei) vier até mim, não vou sancioná-lo. É um combo."

 

 

*Por Andrea Shalal / REUTERS

EUA - Com passeatas, churrascos, música e discursos, os Estados Unidos comemoravam no sábado o "Juneteenth", feriado nacional que lembra o fim da escravidão, um ano após a morte de George Floyd.

Seu assassinato, ocorrido em maio de 2020 em Minneapolis (norte), gerou um movimento nos Estados Unidos e no exterior contra o racismo e a brutalidade policial.

Ocasião festiva desde 1866, o Juneteenth o é ainda mais este ano, por ser também o primeiro evento nacional que acontece sem restrições sanitárias, já que a maioria das medidas de combate à pandemia foram levantadas nas últimas semanas.

Centenas de eventos foram planejados em todo o país. Na última quinta-feira, o presidente Joe Biden sancionou uma lei que torna o 19 de junho feriado nacional.

"Demorou muito", disse Cheryl Green, 68, na inauguração de uma estátua de George Floyd no Brooklyn. “É bom que as pessoas reconheçam o que aconteceu. Não deveríamos esquecer nunca e isso não deveria voltar a acontecer”, assinalou a moradora desse bairro de Nova York. "As mudanças estão sendo feitas lentamente, mas com segurança."

Em Washington, centenas de pessoas celebraram a data dançando na avenida que leva à Casa Branca, rebatiada de Black Lives Matter Plaza. Kevin Blanks, 29, decidiu acompanhar a passeata para denunciar o racismo "ainda muito arraigado no DNA deste país".

"Nossos antepassados lutaram de forma tão dura", comenta Danique McGuire, 51, afirmando que "resta ainda um longo caminho a percorrer" até os negros se tornarem realmente livres nos Estados Unidos.

Uma pesquisa divulgada terça-feira pelo Instituto Gallup mostrou que 28% dos americanos "nada sabiam" sobre a data.

- Comemoração 'surreal' -

"É um pouco surreal comemorar enquanto travamos uma luta contra os ataques" ao direito ao voto das minorias, tuitou o senador da Pensilvânia Sharif Street.

Entre janeiro e maio, 14 estados dos EUA, incluindo Geórgia e Flórida, aprovaram leis para restringir as possibilidades de voto, medidas interpretadas como destinadas a reduzir a influência do voto das minorias, principalmente da comunidade negra.

Para Farah Louis, vereadora de Nova York, a proclamação do Juneteenth como feriado e o impulso do movimento pós-Floyd oferecem "uma oportunidade" para a comunidade negra. "Deve-se agir no calor dos fatos", disse, referindo-se ao debate sobre indenizar os negros pelos danos da escravidão.

 

 

*Por: AFP

PORTO RICO - A seleção brasileira feminina de basquete foi derrotada por 71 a 60 pelos Estados Unidos, na noite de sexta-feira (18), na semifinal da Copa América da modalidade realizada em Porto Rico. A derrota retirou a equipe do técnico José Neto da final do torneio, mas a campanha de quatro vitórias em seis jogos garantiu ao time verde e amarelo uma das quatro vagas para o Pré-Mundial.

Neste sábado (19), o time brasileiro ainda volta à quadra para disputar a medalha de bronze contra o vencedor de Canadá e Porto Rico.

Até o intervalo da partida, a seleção brasileira vinha fazendo uma grande partida. Na primeira parcial, a vitória foi verde e amarela por 21 a 13. E, ao final do segundo quarto, o Brasil ainda estava na frente por 33 a 25. Mas, a partir daí, a seleção americana, que participa do torneio com um time universitário, reagiu e dominou as ações. Ao final da terceira parcial, a vantagem já era dos Estados Unidos, de 50 a 43. E, no final do jogo, o placar apontou 71 a 60.

A principal jogadora da partida foi a americana Elissa Cunane, que marcou 19 pontos. Pelo Brasil, Thayná Silva foi o destaque ao anotar 14 pontos.

O Pré-Mundial de 2022 terá quatro grupos com quatro seleções em quatro sedes diferentes, com todos jogando contra todos dentro das chaves. E os três melhores se garantem no Mundial do próximo ano.

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional

*AGÊNCIA BRASIL

EUA - O Reino Unido alcançou um acordo com os Estados Unidos para acabar com uma disputa comercial sobre os subsídios aos fabricantes de aviões Airbus e Boeing, informou nesta quinta-feira o ministério britânico do Comércio Internacional.

O acordo, anunciado dois dias após outro similar entre Estados Unidos e União Europeia, prevê uma suspensão durante cinco anos das tarifas punitivas, que no Reino Unido afetavam principalmente o uísque escocês, explicou o ministério em um comunicado.

O Reino Unido resolveu o conflito comercial, que durava 17 anos, após uma reunião na capital britânica entre a ministra do Comércio Internacional, Lizz Truss, e a Representante Comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai.

Londres e Washington já haviam assinado uma trégua no início do ano, estabelecendo um período para elaborar um acordo de longo prazo.

As tarifas americanas, aplicadas em outubro de de 2019, prejudicaram especialmente a indústria do uísque escocês, que calcula ter perdido centenas de milhões de libras em vendas.

"Tomamos a decisão de desescalar a disputa no início do nao, quando nos tornamos uma nação soberana na área do comércio, o que foi crucial para romper a estagnação e trazer os Estados Unidos à mesa", afirmou Truss em um comunicado.

O Reino Unido espera que a resolução da disputa facilite as negociações sobre um acordo comercial pós-Brexit com os Estados Unidos, que registra poucos avanços até o momento.

Após a saída britânica do mercado único europeu, efetiva desde 1º de janeiro, o Reino Unido passou a negociar de maneira solitária uma solução para o conflito comercial com os Estados Unidos, de forma paralela à UE.

O bloco europeu anunciou na terça-feira uma suspensão das tarifas punitivas durante cinco anos.

Washington e Bruxelas se enfrentam desde 2004 na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelas ajudas estatais ilegais a seus fabricantes de aviões.

Durante a administração de Donald Trump, Washington foi autorizado pela OMC em outubro de 2019 a impor tarifas de quase 7,5 bilhões de dólares a bens e serviços europeus importados a cada ano, de 25% para os vinhos e licores, e 15% para os aviões Airbus.

 

 

*Por: AFP

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