Resultado, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, mostra recuperação parcial do país após a paralisação das atividades imposta pela pandemia
BRASÍLIA/DF - O resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (3), mostrou que o Brasil está recuperando aos poucos as perdas impostas no restante do ano pela pandemia do novo coronavírus.
O PIB cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre, maior variação desde o início da série em 1996, mas ainda insuficiente para recuperar todos os prejuízos do ano.
A Indústria cresceu 14,8% e os Serviços aumentaram 6,3%, enquanto a Agropecuária ficou em -0,5%.
Com o resultado, diz o IBGE, a economia do país se encontra no mesmo patamar de 2017, com uma perda acumulada de 5% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
Os 7,7% de elevação ficam abaixo da chamada prévia do PIB, divulgada pelo Banco Central em novembro. Segundo o levantamento, o terceiro trimestre apresentaria alta de 9,47%.
No início desta semana, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,55% para queda de 4,50%.
Por R7
SÃO CARLOS/SP - A cooperativa de crédito Sicoob Crediacisc aprovou alteração em seu estatuto e passará a funcionar como livre admissão. Qualquer pessoa poderá se associar e não mais apenas micro e pequenas empresas.
A Assembleia Geral Extraordinária realizada no último dia 28 de novembro de forma semi presencialmente, com parte dos cooperados no auditório do Palácio do Comércio, na Associação Comercial (Acisc), e parte pela transmissão da internet aprovou por unanimidade a alteração.
A assembleia também comemorou os 15 anos da inauguração da primeira unidade em São Carlos a partir da união de 30 empresários ligados a Acisc. Atualmente, são três unidades, 21 funcionários e mais de 2 mil cooperados.
“Nestes quinze anos nos fortalecemos com os micro e pequenos empresários e agora nos abrimos a um novo desafio”, comentou a presidente do Conselho de Administração da Crediacisc, Lídia Maria Mendes Lima.
A cooperativa se caracteriza por ser a única genuinamente de São Carlos, com cooperados e diretoria da cidade e operações focadas na economia local. “Essa característica nos permite dar respostas rápidas para os cooperados”, destaca Adão Luís Garcia, gerente geral da Crediacisc.
Recentemente, a Crediacisc consolidou a parceria com o Centro do Professorado Paulista (CPP) ao instalar uma sala de negócios na sede da instituição. Outras entidades como o Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais (Sindispam), Ciesp e Acisc também já possuem parcerias com a Crediacisc.
Durante a assembleia foi prestada homenagem ao ex-presidente do Conselho de Administração, Hercilio Antonio de Carvalho, feito sorteios da campanha de integralização, apresentado um vídeo com o depoimento de cooperados, funcionários e fundadores e um vídeo que será veiculado na imprensa local para comemorar os 15 anos da cooperativa.
“Estamos com uma série de eventos, atividades e ações para marcar esses 15 anos”, destacou o secretário executivo da cooperativa, Marcos Martinelli. Segundo ele, a partir de janeiro a cooperativa irá expandir suas atividades para as cidades da região. “Não com unidades ainda, mas captando associados e eventualmente com salas de negócios”, observou.
Livre admissão – Desde 2003 um número cada vez maior de cooperativas deixa de operar em segmentos específicos para se tornarem de livre admissão. A Crediacisc iniciou como uma cooperativa de crédito mútuo dos micro e pequenos empresários de São Carlos. Com a alteração do estatuto passa a ser uma cooperativa de crédito mútuo. Qualquer pessoa que preencha os pré-requisitos e que concorde com o estatuto poderá se associar.
“Fazer parte de uma cooperativa é diferente de abrir conta num banco”, destaca Garcia. De acordo com ele, em uma cooperativa todos são donos do negócio, o que significa colher benefícios, mas também arcar com responsabilidades. “As taxas e as condições em uma cooperativa são melhores porque elas não visam lucro”, explica.
Além de preencher os pré-requisitos, os interessados integralizam no ato da admissão 50 quotas-partes no valor de R$ 1,00 cada e, para aumentar o capital social da cooperativa, os associados integralizam 120 quotas-partes/ano em 6 parcelas. “São R$ 20,00 por mês como integralização, não é taxa. Esse dinheiro pode ser resgatado se o cooperado deixar a cooperativa”, detalha Garcia.
As cooperativas de crédito são as instituições que mais crescem no mercado financeiro brasileiro. Atualmente, elas ocupam cerca de 4% do mercado e a expectativa é que cheguem a 10%. “Cooperar-se é uma forma de deixar de ser explorado pelos grandes bancos e aprender a fazer educação financeira”, salienta Martinelli. Conheça uma das unidades da Crediacisc – av. São Carlos, 2126, av. Sallum, 523 e rua General Osório, 412 – ou visite o site www.crediacisc.com.br.
Segunda edição de estudo sobre o perfil do turista mostra radiografia do consumidor atual de viagens de países latino-americanos, com importantes alertas para destinos, bem como para meios de transporte e de hospedagem
SÃO PAULO/SP - A Interamerican Network e o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) realizaram, de 26 de outubro a 9 de novembro de 2020, a segunda edição da pesquisa O Novo Viajante, a fim de entender como a pandemia de covid-19 afetou e mudou os perfis e os hábitos dos viajantes latino-americanos, além de captar informações sobre o novo cenário dos consumidores de viagens. A sondagem foi realizada com 833 respondentes no Brasil, no México, na Colômbia, no Chile, na Argentina, no Peru e outros.
Na primeira edição da pesquisa, realizada em junho de 2020, 46% dos respondentes dos países pesquisados declararam que planejam fazer uma viagem ainda em 2020. Como estamos próximos ao fim do ano e a pandemia se estende, o índice caiu, agora, para 23%. A opção mais escolhida (26%) foi a de viajar somente quando houver uma vacina amplamente disponível. No entanto, há um bom equilíbrio ainda entre pessoas que se sentirão seguras em viajar somente no primeiro (21%) ou no segundo (22%) semestre de 2021.
“A maior preocupação dos viajantes continua sendo com lugares que tenham políticas de segurança sanitária, saúde e higienização. Lugares que não sejam muito cheios foi uma nova opção que incluímos no questionário, que acabou recebendo a segunda melhor colocação, à frente de ‘flexibilidade caso os planos necessitem ser mudados’, que aparecia em segundo lugar em junho”, comenta Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican, que aplicou a pesquisa nos seis países. Preço continua sendo uma equação importante no processo de escolha do destino, ao contrário de lugares que ofereçam bom atendimento hospitalar, que figurou, novamente, em último lugar. Tal fato é confirmado quando se pergunta sobre os cuidados extras que as pessoas passarão a ter para viajar sob as novas circunstâncias: as opções que privilegiam efetivos protocolos de segurança e higiene foram as duas mais escolhidas.
Outro hábito famoso parece ter sido duramente atingido pela pandemia: resolver tudo na última hora – 27% dos entrevistados disseram pretender resolver a viagem com, pelo menos, seis meses de antecedência. No cômputo geral, três meses de antecedência foi a segunda opção mais votada (21%). “Um e dois meses de antecedência apareceram logo atrás, e é importante que estes números sejam considerados, dada a característica instável da pandemia”, alerta Danielle.
Organizar a viagem sozinho, diretamente com hotéis, companhias aéreas, entre outros, segue sendo a opção mais escolhida na América Latina (58%) – aumento de 13 pontos porcentuais em relação a junho. Na média do continente, agentes de viagens foram a segunda opção mais votada (28%), muito à frente das OTAs (Operadoras de Turismo Online), com 7%, margem que foi alargada ainda mais em comparação à primeira pesquisa. Quando perguntados em quais circunstâncias comprariam com agentes de viagens, 45% disseram que para adquirir pacotes completos, com hotel, passagens, passeios e atrações; resposta que cai para 19% quando o caso for comprar em uma OTA.
Pode-se confirmar este hábito solitário de se organizar sozinho na pergunta sobre quem mais inspira o viajante na hora de escolher um destino. Ainda que a recomendação dos amigos continue sendo a principal inspiração (24%), a diferença é pequena para a opção “Eu procuro na internet” (23%), porcentagens quase idênticas à da pesquisa de junho. Dicas dos agentes de viagens perderam terreno em comparação a junho: a opção passou de terceiro para quinto lugar. Ganharam relevância, desta vez, o Instagram e as dicas de influenciadores ou blogueiros de viagem. Em seguida, vêm publicidade, quase empatada com dicas de jornalistas especializados, e Facebook e YouTube na sequência.
Sobre o tipo de viagem mais desejada, destinos dentro do próprio país continuam em primeiro lugar, ainda que tenham passado de 60%, em junho, para 47%, em outubro. Europa continua em segundo lugar, mas crescendo de 14% para 21%, talvez por uma certa aceitação desta nova maneira de viajar. Destinos que foram riscados do mapa em decorrência da pandemia, segundo as respostas, são, na sua maioria, na Europa e nos Estados Unidos.
A praia segue sendo o destino preferido, ainda que tenha caído três pontos porcentuais. Viagens culturais e de ecoturismo ou contemplação vêm logo em seguida, como na pesquisa de junho. Um novo dado agregado a esta segunda edição da pesquisa foi a companhia preferida para a viagem: a família está bem à frente (48,38%), seguida por par romântico (29,05%), amigos (14,77%) e sozinho (7,8%).
“Os hábitos de consumo dos turistas também foram medidos, e outro lugar-comum parece ter caído por terra: além de transporte, hospedagem e alimentação, o que as pessoas menos dizem consumir nos destinos, inclusive no Brasil, são compras (18,85%) e vida noturna (9,37%)”, revela Danielle. “Atrações turísticas e culturais (30,46%), atrações na natureza (22,72%) e serviços do setor, como traslados e guias turísticos (18,85%) ocupam os primeiros lugares”, diz.
Olhando para o futuro, quando perguntados sobre o impacto da pandemia nas viagens, apenas os brasileiros acreditam que as mudanças serão poucas e não muito significativas (53,94%). No total, a maioria dos turistas da América Latina acredita que as viagens serão totalmente diferentes (53,78%).
Análise dos resultados no Brasil
No Brasil, o índice de pessoas que diz querer viajar, ainda em 2020, foi o mais alto em toda a América Latina, com 34%. Entretanto, 53% ficam preocupados se os destinos escolhidos têm políticas de segurança sanitária e se não são lugares que atraiam aglomerações. Além disso, 21% disseram se preocupar com flexibilidade, caso haja necessidade de alteração de planos de viagem.
“Estes números iniciais já indicam claramente as estratégias que os empresários do turismo devem traçar na retomada das viagens. A comunicação precisa ser clara, com informações em sites oficiais e parceiros, além das mídias sociais, de como está a situação da região em relação ao covid-19 e às medidas que a cidade e a empresa estão tomando de proteção, bem como as condições de cancelamento e remarcação”, afirma Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP. “Não é o momento de deixar estes pontos nas ‘letras miúdas’, escondidas nos sites, pois estas variáveis estão sendo fundamentais na decisão de reservar viagem completa, transportes (aéreo, rodoviário, locação de veículos) e meios de hospedagem”, complementa a especialista.
Para endossar a estratégia, 35% dos entrevistados disseram ter cuidados extras, como reservar em meios de hospedagem com efetivos protocolos de segurança sanitária, ao passo que 25% afirmaram o mesmo para meios de transporte. E 17% priorizarão viagens com carro próprio, na linha do que tem se configurado como tendência: o turismo de proximidade.
As viagens estão sendo programadas, em sua maior parte, com seis meses ou mais de antecedência (28%). Para uma parcela menor, a programação é iniciada três meses antes de viajar (22%). Para a opção “entre um e dois meses”, o porcentual foi de 37%. “Esses números merecem uma ponderação, pois os que decidem por viagens na véspera, diante de um cenário de pandemia, são os que vão para destinos mais próximos – por exemplo, famílias paulistanas que decidem ir ao litoral ou ao interior para passar um feriado. Quem programa com mais antecedência são aqueles que fazem buscas de passagens aéreas com preços mais baixos, que reservam hospedagem após longas pesquisas na internet, etc.”, comenta Mariana.
Dada a restrição da entrada de brasileiros nos Estados Unidos e na Europa, 51% dos entrevistados responderam que desejam viajar pelo Brasil. Muitos turistas estão aproveitando para conhecer lugares que não tinham em mente antes da pandemia. “É um gancho que os empresários podem utilizar na comunicação, com incentivos a conhecer locais novos dentro do próprio país, ajudando na recuperação do turismo nacional”, destaca Mariana. Para 23%, há um desejo de viajar para a Europa, seguido de 9% para destinos na América do Sul, onde gradativamente as fronteiras estão se reabrindo.
O destino preferido dos brasileiros é a praia, conforme responderam 35% – mais que o dobro da segunda e da terceira opções mais escolhidas, tecnicamente empatadas: o turismo cultural, com 16,62%, e o ecoturismo, com 16,03%. “Várias pesquisas divulgadas ao longo da pandemia, pelos sites de buscas de passagens e de agências de viagens, mostraram que o Nordeste é o destino mais procurado. São inúmeras as opções de praias, desde as mais isoladas no litoral sul baiano até as que ficam em capitais (como Maceió), para que o turista decida conforme o gosto e, sobretudo, o bolso”, diz Danielle Roman.
Outro ponto interessante da sondagem foi que 70% disseram pretender organizar os detalhes da viagem sozinhos, diretamente com hotéis e empresas aéreas. Apenas 19% optam por agentes de viagens tradicionais e 6% se orientam pelas OTAs, as agências online. No entanto, é importante ponderar que muitos acreditam estarem comprando pela internet de maneira isolada, sem saber que, na verdade, estão utilizando uma agência online.
Tanto que 43% dizem que farão compras pela internet apenas para acomodação e 31% para o pacote de meios de hospedagem e avião. Os que utilizarão esses sites apenas para compra das passagens aéreas são 13%. Os casos nos quais o consumidor realizaria a compra por meio de uma agência de viagem seria na compra de pacotes completos (hotel, avião, passeios, atrações, etc.) para 36%, e o combo de hospedagem e aéreo, para 30%.
“Assim, é importante, neste momento de pandemia, as agências se comunicarem com os consumidores e mostrarem a importância dos seus serviços, uma vez que podem oferecer hotéis, transportes e seguros, reduzindo a chance de surgirem problemas exatamente no momento mais esperado do ano: a hora de viajar”, diz Mariana. “Até mesmo porque a maioria dos entrevistados (44%) disse preferir viajar com a família. E quanto mais pessoas viajando juntas, principalmente com crianças, maior o desejo de evitar erros numa viagem”, finaliza. Para 30%, a preferência é fazer com o par romântico, e 15%, com amigos.
Logo, a comunicação clara e a digitalização dos negócios são essenciais para continuar no mercado de turismo. Isso porque, para 27%, a busca na internet é o que mais inspira na escolha do próximo destino. Na sequência, 21% preferem recomendação de amigos, 15% seguem o Instagram e 13% optam pelas dicas de influenciadores ou blogs de viagem.
Haverá muita mudança no perfil do viajante no pós-pandemia. Embora 53% disseram acreditar que teremos apenas algumas mudanças, mas não muito significativas, 43% responderam que as viagens serão totalmente diferentes depois da pandemia. “E aqui cabe a atenção do empresário ao fato de que essas mudanças não serão necessariamente no perfil de compra do turista (de hotel para pousada, de campo para praia, etc.), até porque os números mostram que, no geral, não deverá ter muitas alterações do gênero. O diferente será na preocupação com protocolos sanitários do destino (cidade, hospedagem, transporte, etc.) e nas condições de compra (remarcação e cancelamento). Por isso, a palavra ‘comunicação’ é o grande destaque neste momento”, finaliza Mariana.
Por fim, não se pode esquecer que o Brasil é um país com 8 mil quilômetros de praias. Os milhares de negócios, de todos os portes, dependentes deste grande atrativo turístico, podem usar a experiência, nos próximos meses, para fidelizar clientes e abrir novos mercados, garantindo demanda com promoções para os períodos de baixa ocupação. É o momento ideal para fazer uma boa gestão de preços – atraindo um público mais propenso a escolher períodos de baixa temporada – e já ampliar a previsão de receita para o próximo ano.
Tenha acesso completo aos resultados e gráficos neste link.
Sobre a pesquisa
O questionário foi aplicado de 26 de outubro a 9 de novembro de 2020, gerando 833 respostas completas, na maioria, de mulheres (65,43%). As origens dos respondentes foram: Brasil (40,58%), México (29,65%), Colômbia (17,05%), Chile (5,40%), Argentina (5,04%), Peru (0,72%) e outros (1,56%). Faixas etárias: de 45 a 54 anos (28,57%), de 35 a 44 anos (26,05%), de 25 a 34 anos (23,17%), de 55 a 64 anos (12,12%), de 65 anos ou mais (5,16%) e de 18 a 24 anos (4,92%).
Sobre a Interamerican Network
Fundada em São Paulo, em 1984, e com bases na Argentina, no Brasil, no Chile, na Colômbia e no México, a Interamerican Network é a agência de comunicação líder na América Latina dedicada exclusivamente a clientes da indústria do turismo. Com soluções estratégicas, criativas e integradas em relações públicas, marketing e digital para destinos turísticos, hotéis e resorts, parques temáticos, centros de compras, companhias aéreas, aeroportos e produtos turísticos em geral, oferece planejamento e atendimento personalizado para cada cliente. A Interamerican Network faz parte de alianças globais, sendo braço da Travel Consul na América do Sul e da APG Airlines no Brasil.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, além de desenvolver soluções, elaborar pesquisas e disponibilizar conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
MUNDO - O Japão quer proibir a venda de veículos novos a gasolina ou diesel em 15 anos como parte dos esforços para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, informou a imprensa local.
De acordo com o jornal Mainichi, que não cita suas fontes, o governo japonês e as montadoras negociam o projeto, que deve entrar em vigor em meados da década de 2030 e pode ser anunciado na próxima semana.
Em outubro, o primeiro-ministro Yoshihide Suga se comprometeu a que o Japão alcance a neutralidade de carbono até 2050, o que obriga as grandes empresas a preparar estratégias para limitar as emissões de CO2.
O anúncio japonês foi bem recebido por organizações ecológicas e pela ONU, mas Tóquio, ainda muito dependente dos combustíveis fósseis, não revelou detalhes sobe como pretende alcançar a meta.
O país deseja aumentar a proporção de veículos de baixas emissões, tanto híbridos como elétricos, a 50-70% até 2030, contra 40% em 2019.
O estado americano da Califórnia anunciou em setembro que proibirá a venda de carros novo com motor a gasolina ou diesel a partir de 2035.
O Reino Unido estabeleceu como meta proibir as vendas de veículos novos a gasolina e diesel em 2030.
*Por: AFP
MUNDO - A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou ontem (2) uma lei que pode impedir algumas empresas chinesas de ter ações nas bolsas dos EUA se não seguirem padrões de auditoria do país.
A medida foi aprovada por unanimidade, após ser aprovada no Senado no início deste ano, e vai agora para a Casa Branca, onde o presidente Donald Trump deve sancioná-la.
A lei impede que títulos de empresas estrangeiras sejam listados em qualquer bolsa dos EUA se não cumprirem auditorias do Conselho de Supervisão de Contabilidade Pública dos EUA por três anos seguidos.
Embora se aplique a empresas de qualquer país, a lei se destina a empresas como Alibaba, a empresa de tecnologia Pinduoduo e a petroleira PetroChina. (Com Reuters)
MUNDO - O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, anunciou na última 3ª feira (1.dez.2020) que a empresa vai investir US$ 580 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) para desenvolver a próxima geração da picape Ranger e modernizar uma de suas fábricas na Argentina.
A decisão foi comunicada ao presidente do país, Alberto Fernández.
“Este é um passo importante para a Ford na América do Sul”, destacou Watters.
Dos US$ 580 milhões, cerca de 70% serão investidos em uma fábrica de General Pacheco na região de Buenos Aires. Os outros 30% serão destinados à fabricação do novo modelo do veículo, que deve ter início em 2023.
A filial argentina produz a picape Ranger desde 1998, e a nova geração vai substituir o modelo de 2011.
Watters disse que a pandemia apresentou uma situação “sem precedentes” e que a indústria automobilística terá um grande desafio em 2021. A recuperação, segundo ele, deve tomar forma apenas em 2023.
No Brasil, em 2 anos, a Ford caiu do 4º para o 6º lugar em vendas.
“Sabemos que escala é também importante, mas precisamos encontrar o equilíbrio e a saúde financeira. É uma questão crítica”, afirmou.
Ele disse que o setor deve produzir 2,5 milhões de veículos neste ano, 25% acima do previsto, mas que os volumes estarão ainda abaixo do que foram em 2019.
*Por: PODER360
Especialista FGV debate aspectos econômicos que influenciam nas tendências de consumo
SÃO PAULO/SP - O ano de 2020 trouxe uma série de desdobramentos, que resultaram em uma nova realidade devido a pandemia, sobretudo em relação ao varejo, que fechou as portas por quase cinco meses ou migrou rapidamente para o e-commerce.
Segundo um levantamento da agência Boa Vista, as vendas encolheram 41% no Dia das Mães em 2020 se comparado à mesma data festiva do ano passado. “O Dia dos Namorados, em 2020, também trouxe resultados parecidos com as quedas apresentadas no Dias das Mães”, analisa o professor Victor Corazza Modena, da IBE Conveniada FGV.
Em dados apresentados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o comércio deve contratar 20% menos colaboradores temporários do que no Natal de 2019.
Para o professor, as contratações em menor número refletem a demanda inferior à do ano anterior. Porém, ele avalia que o mercado virtual pode ser o contraponto na tendência negativa de consumo. “É o mesmo cenário que nas datas anteriores: a loja física apresenta uma queda, e o e-commerce um aumento”, pontua.
O especialista em finanças analisa que “há uma tendência negativa em relação às vendas como um todo e às contratações temporárias para postos físicos de trabalho, ainda que exista uma tendência positiva de crescimento do mercado online”.
Segundo pesquisa realizada pelo Score Group e pelo Hibou, mais de um terço da população não vai chamar muita gente pra cerimônia de Natal e 48% vai abdicar de viagens. “E além disso, os presentes não devem passar de quatro ou cinco por comprador, com preço médio de R$100 por presenteado”, avalia Modena.
Ainda segundo o levantamento, o brasileiro está cada vez mais se sentindo confortável com compras em ambiente online e o uso do celular para realizar tais compras está em ritmo crescente. “Um ponto que chama muito a atenção é que 19% dos consumidores vai comprar de marcas que se posicionaram durante a pandemia, ou seja, é o propósito da marca chamando a atenção para um quinto da população”, coloca o professor.
“Os presentes mais baratos ganham preferência (roupas, sapatos e acessórios), enquanto o queridinho dos Natais passados, o smartphone, andou perdendo espaço”, pontua o especialista, que opina que “de uma forma geral, o consumidor deve gastar menos dinheiro que nos Natais anteriores. Os compradores estão muito afetados pelo contexto da pandemia e pelas incertezas do mercado, incluindo as dúvidas econômicas”.
Modena conclui dizendo que trocar experiências por produtos também é uma realidade, uma vez que o distanciamento social barra muitas possibilidades que envolvem deslocamento. “No cenário brasileiro indicando crescimento constante no número de inadimplentes, o Natal de 2020 parece ser retomada de seu verdadeiro significado: nascimento, amor, união e família”, finaliza.
MUNDO - O Facebook anunciou na segunda-feira, 30, a aquisição da startup de atendimento ao cliente Kustomer. De acordo com o Wall Street Journal, que conversou com pessoas familiarizadas com o assunto, o acordo foi de US$ 1 bilhão.
A aquisição é reflexo dos esforços da empresa de Mark Zuckerberg para monetizar seu negócio de mensagens, como o WhatsApp e o Messenger, que têm focado em conectar empresas com seus consumidores.
A Kustomer, que ajuda empresas a gerenciarem reclamações de clientes em múltiplas plataformas, já oferece atualmente alguns serviços no Facebook Messenger e no Instagram.
“Qualquer empresa sabe que quando o telefone toca, eles precisam atender. Cada vez mais, textos e mensagens são tão importantes quanto aquele telefonema - e as empresas precisam se adaptar”, disse o Facebook em comunicado.
*Por: ESTADÃO
De acordo com levantamento da ANP, a cotação do biocombustível caiu em outros 13 Estados, enquanto no Amapá não houve apuração
BRASÍLIA/DF - Os preços médios do etanol hidratado subiram em 12 Estados e no Distrito Federal na semana encerrada no sábado (28) ante o período anterior, de acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) compilado pelo AE-Taxas. A cotação do biocombustível caiu em outros 13 Estados, enquanto no Amapá não houve apuração.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,51% na semana ante a anterior, de R$ 3,108 para R$ 3,124 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 2,985, alta de 0,81% ante a semana anterior (R$ 2,961).
No Amazonas, o biocombustível registrou a maior alta porcentual na semana, de 4,83% de R$ 3,228 para R$ 3,384. A maior queda semanal, de 2,70%, foi verificada no Rio Grande do Norte (de R$ 3,814 para R$ 3,711).
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,659 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 2,985, também foi registrado em São Paulo.
O preço máximo individual, de R$ 4,969 o litro, foi verificado em um posto do Rio de Janeiro. O maior preço médio estadual foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 4,339.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País avançou 2,90%. O Estado com maior valorização no período foi a Bahia, onde o litro subiu 17,88%, de R$ 3,088 para R$ 3,640. O recuo mensal mais expressivo foi o de Goiás: a queda foi de 2,02%, de R$ 3,216 para R$ 3,151 o litro.
Por R7
MUNDO - A atividade industrial da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de três anos em novembro, enquanto o crescimento no setor de serviços chegou a uma máxima de vários anos, conforme a recuperação do país da pandemia de coronavírus ganha força.
Os dados divulgados nesta segunda-feira sugerem que a segunda maior economia do mundo está a caminho de se tornar a primeira a se livrar completamente do peso das paralisações na indústria, com recentes dados de produção mostrando que o setor está agora em níveis pré-pandemia.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria da China subiu a 52,1 em novembro de 51,4 em outubro, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas.
Foi a leitura mais alta desde setembro de 2017 e permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Também ficou acima da expectativa de 51,5 em pesquisa da Reuters com analistas.
"A alta no PMI de indústria de novembro, com melhoras generalizadas entre os subíndices, sugere que a força da recuperação no setor industrial se tornou mais certa", disse Zhang Liqun, analista da China Federation of Logistics & Purchasing.
"Mas os resultados também mostraram que demanda inadequada ainda é uma questão comum para as empresas. Precisamos consolidar o suporte com o objetivo de expandir a demanda doméstica."
O PMI oficial, que se foca amplamente em empresas grandes e estatais, mostrou que o subíndice de novas encomendas para exportação ficou em 51,5 em novembro, de 51,0 no mês anterior.
No setor de serviços, a atividade expandiu pelo nono mês seguido. O PMI oficial subiu a 56,4, ritmo mais forte desde junho de 2012 e ante 56,2 em outubro, conforme a confiança do consumidor ganhou força em meio aos poucos casos de infecção por Covid-19.
*Por Stella Qiu e Ryan Woo / REUTERS
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