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Evento é gratuito e aberto ao público e conta com a parceria entre a UFSCar e entidades municipais

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 9 e 14 de setembro, São Carlos será sede da 8ª Semana de Fitoterapia, com atividades gratuitas, abertas ao público e voltadas à imersão profunda no universo das plantas medicinais, promovendo a interseção entre ciência, saberes tradicionais, agroecologia e sustentabilidade. A iniciativa é uma parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Prefeitura Municipal de São Carlos, Fundação Educacional de São Carlos (FESC) e a Comissão Municipal de Práticas Integrativas e Complementares e Educação Popular em Saúde (COMPICS&EPS). Informações completas sobre a Semana estão em https://linktr.ee/semanafitoterapiasaocarlos.

Em linhas gerais, a fitoterapia é o uso de plantas medicinais em diferentes formas farmacêuticas para o tratamento de doenças. A iniciativa da Semana visa valorizar e difundir o conhecimento sobre a Fitoterapia como uma Prática Integrativa Complementar (PIC), destacando seu papel na promoção e recuperação da saúde. Neste ano, o evento terá confluências com a Agroecologia, trazendo a importância da produção de alimentos orgânicos e sustentáveis, bem como a relação entre saúde e meio ambiente.

A abertura do evento será no dia 9 de setembro, às 14 horas, no Paço Municipal e, ao longo da semana, várias atividades serão realizadas em locais distintos de São Carlos. Haverá palestras, workshops, visita à horta educativa e oficinas. O encerramento será no dia 14/9 com a Feira Orgânica de São Carlos. A programação completa está no site, assim como as orientações para inscrição. O acesso à página e às redes sociais do evento pode ser feito pelo link https://linktr.ee/semanafitoterapiasaocarlos.

As atividades são abertas a todas as pessoas interessadas, incluindo profissionais da saúde, estudantes, professores, raizeiros e a comunidade em geral.

"Se a universidade não mudar, ela vai desaparecer", alertou Helena Nader, Presidente da ABC

 

SÃO CARLOS/SP - Olhar para a juventude e, ao mesmo tempo, entender que a pirâmide demográfica brasileira está se invertendo, com queda no número de nascimentos e envelhecimento da população. Avançar na prática da interdisciplinaridade e formar pessoas preparadas para diferentes demandas da sociedade. Estes foram alguns dos alertas que Helena Nader, Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), fez durante a conferência "O futuro da Universidade: os desafios da pesquisa e da inovação", que aconteceu em 27 de agosto na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Este foi o terceiro encontro do ciclo "Universidade para o futuro", promovido pelo Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da Universidade.
Durante a sua exposição, Nader apresentou dados para, dentre outros aspectos, destacar o alto índice de jovens que não estudam e não trabalham e, justamente, a questão demográfica relacionada ao envelhecimento da população. "Eu trouxe esses dados para que a universidade olhe para o futuro e esse futuro é amanhã. O Brasil não está olhando como deveria para sua curva demográfica. A universidade precisa olhar para essa realidade e refletir sobre o perfil dos jovens que vão chegar às instituições. Precisa [a universidade] pensar: quais habilidades que eu tenho que passar para os meus estudantes? Como mostrar as mudanças que as profissões estão vivenciando? Como serão as mudanças na Ciência? Além disso, é preciso se adaptar e fiscalizar as novas tecnologias e entender que a educação a distância e a educação continuada vão permanecer", refletiu, afirmando que as universidades encontrarão seus caminhos, cada uma com soluções distintas e específicas para suas realidades.
Nader também ponderou que a "queda na produção científica já indica que há diminuição do modelo que as universidades usam e esse modelo tem que mudar. A cômoda cheia de gavetas tem que ser um espaço conjunto de utilização, ou seja, precisamos da interdisciplinaridade. Somos acomodados e se a universidade não mudar ela vai desaparecer, vai perder o sentido. Nosso insumo é o indivíduo que está chegando à universidade e ele quer mais que o diploma, ele quer estar preparado para as  demandas da sociedade. A educação continuada vai ser outra e vamos adaptar a tecnologia a isso, vamos reciclar pessoas cada vez mais para novas habilidades que o mercado demanda. É um desafio grande", complementou a dirigente da ABC.
Além de Helena Nader, que integra o Conselho do IEAE, participou do evento Maycon Stahelin, assessor da Diretoria de Planejamento e Relações Institucionais da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Stahelin apresentou a Embrapii, destacando o crescimento dos projetos nos últimos anos e apontando o avanço da unidade Embrapii UFSCar-Materiais. Diante dos desafios de pesquisa e inovação, ele pontuou o papel da empresa. "A gente vê a Embrapii não só como apoio à inovação, mas apoio técnico das nossas unidades e apoio financeiro de várias fontes. Entramos com dois pontos: apoio direto às demandas das empresas e somos inovação institucional aproveitando a estrutura de pesquisa já existente no País, usando o que já tem para atender as demandas. Nosso modelo é ágil, interessante para a empresa parceira e para a redução de custo do projeto", destacou.
A curadoria da Conferência ficou a cargo dos docentes da UFSCar Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, Diretor do IEAE, e Ernesto Pereira, Coordenador da Embrapii UFSCar-Materais. A íntegra da transmissão da atividade já está disponível no canal UFSCar Oficial no YouTube (https://bit.ly/4ea1Esb).

Ciclo
O Ciclo de Conferências "Universidade para o futuro" teve início no ano passado e a iniciativa pretende refletir sobre como a universidade - no Brasil e no mundo - precisa se repensar a partir das várias crises que a sociedade enfrenta, como a crise política, sanitária, de desinformação, além da emergência climática. Para o Diretor do IEAE e professor do Departamento de Física (DF) da UFSCar Adilson de Oliveira, "a universidade é uma instituição que não mudou muito nos últimos séculos, e é preciso que se olhe de um novo ponto de vista, para que também a sociedade a veja de forma diferente, para que perceba sua relevância, busque o espaço acadêmico para compartilhar e buscar soluções para os seus problemas, confie no potencial do conhecimento especializado, dentre outras interações possíveis", expõe.

BRASÍLIA/DF - Há dois anos, Esteffane de Oliveira, de 25 anos, moradora da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, enfrenta dificuldades para conseguir uma vaga em creche pública para sua filha, Maytê, de 2 anos. A situação tem se tornado cada vez mais complicada para Esteffane, que precisa trabalhar para sustentar sua família. Sem conseguir uma solução, ela se vê forçada a deixar Maytê aos cuidados de sua outra filha, Ana, de apenas 7 anos.

"Disseram para mim que não há vaga, que está tudo cheio. Eu até choro, está ficando muito complicado", desabafa Esteffane, destacando a frustração e a angústia de não conseguir o acesso à educação infantil para sua filha, essencial para que ela possa trabalhar com tranquilidade.

O caso de Esteffane está na Justiça. Ela é uma das 7,5 mil crianças que esperam vagas em creches no Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Em todo o país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2023 (PNAD Contínua 2023) cerca de 2,3 milhões de crianças de 0 a 3 anos não estão em creches por alguma dificuldade de acessar o serviço, seja por falta de escola, inexistência de vaga ou porque a instituição de ensino não aceitou o aluno por causa da idade.

A educação infantil é uma das principais competências do município em relação à educação e um dos maiores desafios para as próximas gestões que serão eleitas este ano.

A educação, para Esteffane, é uma das demandas prioritárias. Os outros dois filhos, Ana e Pierre, de 4 anos, estão matriculados em escola próxima à casa deles. Agora só falta Maytê. "Minha filha de 7 anos sabe ler, faz conta, faz tudo. Meu filho de 4 está aprendendo agora também. E eu queria que ela já entrasse na creche, porque já vai sabendo o ritmo, como é a escola", diz a mãe.

Além da aprendizagem das crianças, Esteffane sente-se segura deixando as crianças na escola. "Isso para mim é muito importante, entendeu? Eu vou trabalhar com a minha mente mais tranquila".

A Constituição Federal estabelece a educação como direito de todos e dever do Estado e da família. De acordo com o Artigo 211, os sistemas de ensino federal, estadual e municipal devem se organizar em regime de colaboração. Os municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, que abrange creches (que atendem bebês e crianças de até 3 anos) e pré-escolas (4 e 5 anos). A Constituição estabelece que as prefeituras destinem, no mínimo, 25% de sua arrecadação à educação.

Os municípios também devem estar atentos à prestação de alguns serviços para que a educação seja garantida aos estudantes: o transporte escolar, a merenda dos estudantes, a qualidade do ensino e o financiamento, que abrange o salário dos professores. Em regime de colaboração, o governo federal oferece apoio por meio de iniciativas como o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

 

Representantes

No dia 6 de outubro, mais de 150 milhões de eleitores poderão comparecer às urnas e votar em candidaturas para os cargos de prefeito e vereador. As pautas educacionais estão entre as que são citadas por candidatos e que fazem parte das promessas de campanha. Pesquisa Genial Quaest, divulgada em julho deste ano, mostra que entre os principais problemas considerados pelos eleitores estão economia (citada por 21% dos entrevistados); violência (19%); questões sociais (18%); saúde (15%); corrupção (12%) e educação (8%).

Segundo a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mayra Goulart, o resultado da pesquisa mostra "algo desfavorável em termo das percepções sobre educação nessa lista de principais temas", aparecendo em último lugar entre os assuntos considerados. No entanto, o Pé de Meia, voltado para estudantes do ensino médio, aparece entre os programas mais conhecidos e aprovados do governo Lula, mostrando que a educação têm relevância diante do eleitorado.

As demandas da população são muitas, como a de Esteffane por vaga em creche, mas nem todas são de competência municipal, que deve ter como foco principalmente a educação infantil e o ensino fundamental. Promessas que fogem a essa alçada geralmente não são cumpridas.

A área da educação virou também terreno de disputa. "O tema da educação aparece de outra forma por causa da polarização com a extrema direita que fala muito de Escola sem Partido, de ideologia de gênero na escola. É nesse sentido que a educação tem sido disputada, a partir da ideia de que tem que ficar a cargo da família, o que contrasta com a ideia de que a educação tem que ficar a cargo do Estado e das instituições republicanas", afirma Mayra.

A professora recomenda aos eleitores acompanhar o trabalho dos candidatos. Essa é uma forma de não cair em falsas promessas e de pressionar para que sejam cumpridas as que foram feitas. "A participação do eleitor no acompanhamento, no controle sobre o representante, vendo se ele está cumprindo a função de representação, acho que é a chave para se proteger de falsas promessas e responsabilizar os representantes quando eles não cumprem suas propostas", alertou.

 

 

Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Atividade que integra as Quartas Sociológicas é gratuita e aberta ao público

 

SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de setembro, o Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza mais uma edição das Quartas Sociológicas, com o tema "Questões do cristianismo brasileiro contemporâneo". Na ocasião, também será realizado o lançamento do livro "O cristianismo brasileiro contemporâneo: aspectos econômicos, assistenciais, políticos e ecumênicos", de autoria do professor do Departamento de Sociologia (DS) da UFSCar, André Ricardo de Souza, publicado pela EdUFSCar, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O tema da obra, de acordo com o professor André Souza, "é o bastante amplo e heterogêneo segmento cristão brasileiro, que abrange católicos, evangélicos e espíritas". Para ele, um dos pontos que mais chamou a sua atenção durante a pesquisa foram as "diferenças, por um lado, entre práticas econômicas bastante lucrativas ligadas a grandes denominações evangélicas, principalmente a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), e práticas econômicas autogestionárias (economia solidária) de trabalhadores apoiados por entidades católicas, sobremaneira a Cáritas Brasileira". Outra diferença destacada por Souza é "por outro, as diferenças entre o trabalho assistencial desinteressado, feito por determinadas ONGs evangélicas, instituições espíritas e católicas, e a atividade assistencial voltada, em grande medida, à projeção de indivíduos para que eles obtenham cargos eleitorais, com destaque para a IURD e outras igrejas pentecostais". O livro é fruto de uma longa pesquisa que começou a ser feita, ainda em 2008, estendendo-se até 2024, por meio de projetos de pesquisa financiados pela Fapesp e CNPq. Saiba mais sobre o tema  do livro em artigo escrito pelo professor da UFSCar no site do Instituto Humanitas Unisinos, em https://bit.ly/artigoihu.

No último dia 20 de julho também foi realizado, numa parceria entre o Programa de Pós Graduação em Ciência da Religião da PUC/SP e o PPGS-UFSCar, o lançamento ecumênico do livro em São Paulo. Na ocasião, a venda presencial do livro foi revertida à Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, coordenada pelo Padre Julio Lancelotti, que esteve presente junto a representantes de diversos segmentos religiosos e estudiosos da Religião. 

Serviço
A mesa das Quartas Sociológicas na UFSCar "Questões do cristianismo brasileiro contemporâneo" terá como participantes os professores André Ricardo de Souza, do Departamento de Sociologia (DS) da UFSCar, Olívia Bandeira, da PUC-SP, Paul Freston, da University of Waterloo (UWL), no Canadá, e Ronaldo Almeida, da Unicamp. 

O evento é gratuito e acontece às 10 horas, no auditório do CECH, no edifício AT 2, localizado na área Sul dos Campus São Carlos, sem necessidade de inscrição prévia. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Estudo convida participantes de todo o país para integrarem a pesquisa

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de Iniciação Científica do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem por objetivo identificar e reconhecer as experiências, barreiras, facilitadores, sintomas musculoesqueléticos e os aspectos psicossociais em atletas com deficiência no trabalho. O estudo é realizado pela graduanda Jessica Scotti, sob orientação de Tatiana Sato, docente do DFisio.

O projeto é voltado somente para atletas com deficiência motora, que estejam trabalhando ou não, porém que pratiquem esportes. "Com esta pesquisa espera-se identificar e reconhecer as experiências, barreiras, facilitadores, sintomas musculoesqueléticos e aspectos psicossociais em atletas com deficiência por meio de métodos mistos. Espera-se também divulgar os resultados obtidos em eventos e periódicos científicos nacionais e internacionais para que o assunto tenha mais relevância e, possivelmente, aumente o percentual de atletas com bolsa Caixa para prática de esportes", expõe a pesquisadora.

Scotti acredita que a experiência no trabalho pode ser diferente para atletas e não atletas que tenham deficiência motora. "Afinal, o esporte pode ser um trabalho para pessoas com deficiência e não somente trabalhos em escritório, como geralmente são ofertadas vagas PCD - Pessoa com deficiência", destaca.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados atletas, a partir de 16 anos, que possuam deficiência motora e praticam esportes adaptados, em tempo parcial ou integral, que recebam ou não a bolsa de auxílio ao esporte da Caixa, tendo ou não outra atividade remunerada. Os participantes devem preencher este formulário (bit.ly/p4ratletas ) e poderão ser contatados para entrevista online e individual. Mais informações podem ser solicitadas à pesquisadora pelo telefone (11) 97539-2955 ou pelo e-mail jessica.scotti@estudante.ufscar.br. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 76635623.9.0000.5504).

Evento, híbrido, recebe inscrições com e sem apresentação de trabalhos

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em 2024, está congregando cinco eventos científicos da grande área de Línguas em um só momento: do 29 ao 31 de outubro, no Campus São Carlos da UFSCar e remotamente, acontece a primeira edição do Colir, o Congresso Línguas e Representações que nos unem (www.colir.ufscar.br), uma união estabelecida entre:

- V Semana de Linguística (SeL), organizada pelo curso de bacharelado em Linguística;
- IX Semana TILSP, organizada pelo curso de bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras - Língua Portuguesa (TILSP);
- XI Seminário de Literatura (SELit), organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura (PPGLit);
- XVII Seminário de Pesquisas da Pós-Graduação em Linguística (SPLIN), organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL); e
- XXVII Jornada de Letras (JoL), organizada pelo curso de licenciatura em Letras.

O evento, gratuito e voltado para discentes, docentes e demais interessados nos temas, será realizado tanto na modalidade remota quanto presencial, abrindo a possibilidade de participação para pesquisadores de outras regiões. O Congresso contará com minicursos, mesas-redondas, atividades culturais, apresentação de trabalhos e conferências. Além disso, é inteiramente acessível à comunidade surda, pois contará com o trabalho de apoio dos profissionais do Serviço de Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa (SeTILS), bem como dos estagiários do curso de graduação em TILSP, todos da UFSCar.

Inscrições e informações
As inscrições na modalidade de ouvinte vão até 10 de outubro; já as inscrições com apresentação de trabalhos, exclusivamente para discentes da UFSCar, foram prorrogadas até o dia 31 de agosto. Todas as informações, incluindo inscrições nas diferentes modalidades e programação preliminar, podem ser acessadas no site do evento, em www.colir.ufscar.br. Demais informações podem ser solicitadas pelo Instagram @colir.ufscar, pelo site www.colir.ufscar.br e/ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Estudo foi premiado em Congresso Brasileiro de Genética na área de Genética Animal

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na área de Genética Animal, investigou a evolução dos sistemas de cromossomos sexuais em um gênero de peixes cascudos ameaçados de extinção, que são encontrados em toda a América do Sul. Com isso, foi possível identificar os sistemas de determinação sexual de 16 espécies, dobrando o número previamente identificado. Esses resultados contribuem para que pesquisadores possam compreender melhor a evolução desses peixes, descrever possíveis novas espécies e classificá-las quanto ao risco de extinção.

Com os resultados dessa pesquisa, o aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Genética e Evolução (PPPGEv) da UFSCar, Francisco de Menezes Cavalcante Sassi, foi vencedor do prêmio "Horácio Schneider" de melhor trabalho do 69º Congresso Brasileiro de Genética, na área de Genética Animal, realizado de 20 a 23 de agosto em Campos do Jordão (SP). O trabalho, intitulado "Genomic Insights on the sex chromosome Evolution of Harttia" ("Percepções genômicas sobre a evolução dos cromossomos sexuais de Harttia (Siluriformes, Loricariidae)", foi desenvolvido no Laboratório de Citogenética Evolutiva (www.lec.ufscar.br) do Departamento de Genética e Evoluação (DGE) da UFSCar, sob orientação do professor Marcelo de Bello Cioffi.

Na pesquisa, foi investigado o gênero Harttia, composto por peixes de pequeno porte, não ultrapassando os 20 cm em tamanho, que habitam principalmente rios com corredeiras e regiões de quedas d'água. "Por serem animais muito exigentes com aspectos como oxigenação e temperatura da água, sofrem impactos diretos da antropização [ação humana] de seus habitats, como o assoreamento de rios e a construção de barragens que diminuem o fluxo e a velocidade das corredeiras. Esses animais são amplamente distribuídos na América do Sul, sendo encontrados desde o norte das Guianas até o Sul do Brasil", explica Marcelo Cioffi. "Este e outros cascudos (família Loricariidae)", detalha o docente da UFSCar, "são importantes pois se alimentam de algas presentes em pedras, tanino - presente em troncos e qualquer madeira que caia ao rio -, pequenos crustáceos e matéria orgânica em geral, perfazendo uma atividade extremamente importante na cadeia trófica e no processamento da matéria orgânica".  

Ao estudar os sistemas de cromossomos sexuais é possível compreender melhor os processos evolutivos que geraram, ao longo de milhões de anos, a diversidade de espécies que hoje são encontradas, detalha o professor. "Além disso, diversas espécies não foram acessadas ou carecem de dados para a literatura científica, o que impossibilita sua classificação quanto ao risco de extinção. Dessa forma, o conjunto de dados gerados ao longo do Doutorado de Francisco Sassi tem servido como fonte de informações para diversas novas espécies que nunca antes tinham sido acessadas pela literatura, inclusive sugerindo-se a existência de uma diversidade maior do que a atualmente conhecida, com novas espécies ainda não descritas", analisa.

As coletas foram realizadas entre 2020 e 2022, e as análises entre 2023 e 2024. O professor destaca o que mais chamou a atenção durante o desenvolvimento do estudo: "a quantidade de sistemas de cromossomos sexuais múltiplos que são encontrados nesse gênero (Harttia) de peixes (cerca de 28% das espécies) fez com que ele pudesse ser considerado um repositório desse tipo de sistema sexual, quando comparamos com a diversidade desses sistemas em peixes num geral (aproximadamente 5% das espécies). Esse tipo de característica pode indicar que o surgimento desses sistemas de cromossomos sexuais pode ter impactado diretamente o processo de evolução dessas espécies". 

Prêmio e financiamento

Para o professor, entre os aspectos que levaram o trabalho a receber a premiação está a combinação de técnicas genômicas e cromossômicas, além da grande variedade de amostras e o ineditismo da aplicação da técnica em peixes Neotropicais, somados a uma robusta discussão e curadoria.

O prêmio foi disputado entre os cinco melhores trabalhos classificados entre os inscritos no evento. "O trabalho está em fase final de preparação e será submetido em uma revista científica de alto impacto e relevância internacional. Os anais do evento devem ser publicados em poucos dias", explica o docente.

O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por intermédio do INCT-Peixes (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Biodiversidade e Uso Sustentável de Peixes Neotropicais), que tem sede na UFSCar.

Além de Francisco Sassi (primeiro autor), o trabalho apresentado conta com a autoria de Foyez Shams, Pesquisador da Universidade de Canberra, na Austrália; Fernando Henrique Santos de Souza, doutorando pelo PPGGEv-UFSCar; Geize Aparecida Deon, doutora pelo PPGGEv-UFSCar; Orlando Moreira Filho, professor sênior do DGE-UFSCar; Tariq Ezaz, professor da Universidade de Canberra, na Austrália; e do próprio orientador do estudo, Marcelo de Bello Cioffi, professor do DGE-UFSCar.

Estudo da UFSCar convida voluntários para avaliação e orientação gratuitas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de iniciação científica, realizada no Laboratório de Pesquisa sobre Movimento e Dor (LabMovDor) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo investigar se pessoas com dor crônica na coluna (cervical e lombar) apresentam menores níveis de sensibilidade à dor quando realizam maiores níveis de atividade física, comparadas a pessoas que realizam menores níveis de exercício. A pesquisa convida voluntários com dor e assintomáticos para participarem de avaliação gratuita no Laboratório

O estudo é conduzido por Leonardo Felipe de Souza Morais, sob orientação de Thais Cristina Chaves, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar. De acordo com o graduando, há estudos que sugerem que pacientes com dor crônica apresentam alterações em mecanismos do corpo que, de uma forma natural, têm capacidade de controlar a dor. "De maneira simples, o cérebro tem uma 'rede de freios' para diminuir os sinais que vem do corpo e são interpretados como dor. No entanto, a influência do nível de atividade física sobre esse mecanismo ainda não está claramente estabelecida na literatura, evidenciando a necessidade de mais pesquisas", explica Morais destacando a importância do projeto.

Nesse estudo, será avaliado se esse mecanismo está funcionando corretamente por meio do teste de modulação condicionada à dor. Além disso, os participantes do estudo farão uma visita ao LabMovDor para responderem a questionários e receberem orientações. Todos receberão uma cartilha de exercícios com orientações sobre os cuidados da coluna lombar cervical.

Podem participar da pesquisa pessoas entre 18 e 60 anos com, ou sem, dor na lombar e na cervical. A pesquisa será dividida em dois grupos - um de participantes com dor e com diferentes níveis de atividade física e outro grupo com pessoas assintomáticas e com diferentes níveis de atividade física.

Interessados em participar da pesquisa devem entrar em contato pelo telefone (16) 99645-1496 ou pelo e-mail leonardomorais@estudante.ufscar.br ou até o dia 31 de agosto. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 73399123.0.0000.5504).

Evento, promovido pelo grupo de pesquisa Interfaces, terá palestra sobre ferramenta de manipulação da percepção pública e formação na área de inferência causal

 

SÃO CARLOS/SP - O Interfaces - Núcleo de Estudos Sociopolíticos dos Algoritmos e da Inteligência Artificial, grupo de pesquisa coordenado pela professora Sylvia Iasulaitis, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promove o Encontro Internacional de Ciência Política Computacional. O evento, que acontece no dia 30 de agosto, no Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP), localizado na área Sul do Campus São Carlos, é gratuito e contará com a emissão de certificados. As vagas são limitadas. Confira abaixo as duas atividades que compõem o evento:

Na parte da manhã, às 9h30, será promovida a formação em "Inferência Causal com Do-Calculus" pelo pesquisador e professor Eanes Torres Pereira, Departamento de Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), especialista em causalidade e colaborador nacional do Interfaces. As inscrições para essa atividade podem ser feitas através de formulário online, em https://bit.ly/inferenciacausalufscar. A formação irá abordar a pesquisa e utilização de abordagens oriundas de áreas como aprendizagem de máquina e aprendizagem profunda, que estão em alta para as mais diversas aplicações, inclusive para a pesquisa sociopolítica. Muitas dessas abordagens são capazes de classificar dados com alta precisão. No entanto, ainda há muito a ser feito quanto à interpretação dos resultados, especialmente, o entendimento sobre quais variáveis presentes nos dados seriam a causa de outras variáveis. "Ao observarmos que redes neurais, profundas ou não, são tradicionalmente baseadas em correlação, notamos que há uma lacuna a ser melhor explorada no campo do estudo da causalidade em dados", detalham os organizadores. O estudo de causalidade em dados tem dois grandes ramos: busca causal e inferência causal. A busca causal tem como um de seus objetivos determinar a "malha" de causalidade entre as variáveis. A inferência causal, de posse do grafo causal, busca mensurar as probabilidades e efeitos causais para determinadas intervenções. Há várias abordagens propostas para realizar inferência, nesta apresentação veremos uma introdução à abordagem desenvolvida por Judea Pearl chamada de Do-Calculus.

Na parte da tarde, com início às 15 horas, o professor Brett Drury, da Liverpool Hope University, na Inglaterra, e colaborador internacional do Interfaces, irá proferir a palestra "Hedging Language: A proxy of Deception in public discourse" ("Linguagem de proteção: um proxy de engano no discurso público"), que terá tradução simultânea para o Português. Na palestra, Drury discutirá a linguagem de proteção e os métodos computacionais de detecção de linguagem manipuladora no discurso público. Hedging é uma ferramenta estratégica empregada para manipular a percepção pública e dar ao falante uma negação plausível se elas forem mostradas incorretas. Consequentemente, as elites políticas, líderes de empresas públicas e agentes partidários empregam essa estratégia retórica para manipular a percepção de sua organização sem consequências. A identificação automática do uso excessivo de linguagem de proteção é frequentemente um indicador de problemas mais amplos dentro de uma instituição.

Mais informações no Instagram @interfacesufscar. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Além da biografia, professor Wilson Alves-Bezerra lança tradução do maior livro de contos de Horacio Quiroga

 

SÃO CARLOS/SP - No dia 27 de agosto, terça-feira, acontece na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o primeiro de vários eventos de lançamento da primeira biografia, em Língua Portuguesa, sobre o primeiro grande contista da América Latina, o uruguaio Horacio Quiroga. O livro “O anarquista solitário: uma biografia de Horacio Quiroga” tem autoria do professor do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, Wilson Alves-Bezerra. Na ocasião, também será lançada a obra “Os desterrados”, o maior livro de contos de Quiroga, de 1926, com tradução de Alves-Bezerra.

Horacio Quiroga (Salto, 1878-1937) foi um precursor do conto na América Latina. Influenciou autores tão diversos quanto Monteiro Lobato, Julio Cortázar, Ricardo Piglia, Enrique Vila Matas e Alan Pauls. Escreveu contos que se tornaram clássicos do terror, como “O travesseiro de pena”, “A galinha degolada” e “O solitário”. Foi um dos primeiros críticos de cinema do continente. Teve uma vida cheia de aventuras: passou parte dela na selva de Misiones, no nordeste da Argentina; viajou ao Brasil para as celebrações do centenário da Independência; conheceu pessoalmente Monteiro Lobato e Oswald de Andrade; foi namorado, durante anos, da poeta suíço-argentina Alfonsina Storni.

A biografia escrita por Wilson Alves-Bezerra busca reconsiderar o papel das mulheres na vida do contista, invisibilizado por seus biógrafos clássicos, como Asdrúbal Delgado, Brignole e Emir Rodríguez Monegal. A dimensão íntima do autor, aliada ao processo de publicação de seus principais livros, suas sucessivas mudanças de casas, viagens e análise de seu legado, tornam esse um livro obrigatório para pensar sobre a literatura das primeiras décadas do século 20.

No lançamento das obras, participarão como debatedores os docentes do Departamento de Letras (DL) da UFSCar Cilza Bignotto e Gustavo Borghi. O evento é promovido pela Editora Iluminuras e, na ocasião, a Livraria da EdUFSCar fará a venda dos livros. O debate será no auditório do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), no edifício AT 2, localizado na área Sul do Campus São Carlos, a partir das 19 horas.

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