4ª Corrida Micológica reuniu participantes no entorno do Campus Lagoa do Sino para observar cogumelos e macrofungos e refletir sobre sua importância nos ecossistemas
SÃO CARLOS/SP - No dia 5 de abril, o Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou a quarta edição da Corrida Micológica, atividade de extensão voltada à popularização da micologia - ramo da biologia que estuda os fungos - e à valorização da biodiversidade local.
O evento ocorreu na mata ciliar do Rio Guareí, no bairro rural Guareí Velho, em Angatuba (SP), área do entorno do Campus. Apesar do nome, a Corrida Micológica não é uma competição de velocidade: a proposta é que os participantes caminhem por áreas naturais e busquem macrofungos - como cogumelos - que se destaquem por suas características. Os achados mais interessantes recebem premiações simbólicas.
Durante aproximadamente quatro horas, cerca de 35 pessoas participaram da caminhada, percorrendo áreas de pastagem e fragmentos de mata bem preservada, em floresta estacional semidecidual. Foram identificadas mais de 50 espécies de cogumelos e outros macrofungos. Participaram estudantes, docentes e técnico-administrativos do Campus Lagoa do Sino, integrantes da ONG Grupo EcoRoad e moradores de cidades do entorno, como Campina do Monte Alegre, Angatuba e Itapetininga, incluindo crianças.
A ação foi organizada por Larissa Trierveiler Pereira e Juliano Marcon Baltazar, docentes do Centro de Ciências da Natureza (CCN) e pesquisadores do Laboratório de Estudos Micológicos (LEMic) da UFSCar, em parceria com a ONG Grupo EcoRoad e com o apoio do CCN.
Aula a céu aberto
Segundo Pereira, a Corrida Micológica busca aproximar as pessoas dos ecossistemas onde os fungos estão presentes. "É um evento lúdico, em que não há corrida de fato, mas os achados são premiados. Eu costumo dizer que é um dia de enamoramento, para despertar o olhar para esses organismos que muitas vezes passam despercebidos", afirma.
A docente destaca que os fungos são fundamentais para o equilíbrio ambiental, embora a maior parte da população não esteja familiarizada com suas funções. "No Brasil, cerca de 10 mil espécies de fungos já foram identificadas, mas a estimativa é que existam pelo menos 30 vezes mais esse número de espécies", explica.
Esses organismos atuam como decompositores primários, responsáveis por reciclar a matéria orgânica e devolver nutrientes ao solo, tornando-os disponíveis para as plantas. Além disso, são aliados na produção de alimentos, bebidas fermentadas e medicamentos - como os antibióticos -, desempenhando um papel essencial tanto nos ecossistemas quanto na vida humana. "O país, por ser megadiverso, abriga uma imensa funga, termo equivalente a fauna e flora para este grupo de organismos".
Pereira também ressalta o papel do evento na articulação entre universidade e sociedade. "A iniciativa integra estudantes e público externo de todas as idades. É uma forma de promover o conhecimento científico e, ao mesmo tempo, sensibilizar para a conservação da natureza", avalia.
Mudança de percepção
Participante da atividade, a estudante de Ciências Biológicas do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, Miriã Gonçalves de Moraes, relatou o impacto da experiência em sua formação. "Nunca tinha parado para observar os fungos. Perceber suas cores, formas e características me despertou muita curiosidade. Um deles me chamou a atenção por parecer que estava 'sangrando'. Também foi muito enriquecedor ter professores por perto, sempre disponíveis para compartilhar seus conhecimentos ao esclarecer dúvidas. Foi como ter um glossário sobre os fungos ao lado", contou.
O "fungo que sangra", mencionado por Moraes, é o Hydnellum peckii. Ele solta um líquido vermelho espesso, parecido com sangue, o que chama bastante atenção visualmente. Apesar da aparência inusitada, é inofensivo e tem sido estudado por possíveis aplicações medicinais.
A aluna também destaca que o contato com a micologia trouxe uma mudança de percepção sobre a área. "Aprender sobre os fungos realmente abriu minha mente. Comecei a ter mais curiosidade sobre suas funções ecológicas e sobre a diversidade que existe ao meu redor. O que antes era invisível começou a saltar aos olhos, e isso mudou o meu cotidiano como estudante", relata.
A Corrida Micológica teve sua primeira edição em 2019 e a expectativa é que a próxima ocorra no início de 2026.
Mais informações sobre o evento e sobre outras ações do LEMic estão disponíveis em www.lemic.ufscar.br.
Pesquisadores destacam o potencial das nanovacinas como aliadas poderosas na luta contra o câncer, combinando precisão molecular, personalização e inovação científica.
SÃO CARLOS/SP - Em um artigo publicado na revista científica “ACS Nano”, com destaque na capa inteira, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) traçaram um panorama abrangente sobre os mecanismos de ação, os princípios de design e os desafios clínicos das chamadas “nanovacinas oncológicas”. A proposta tem o intuito de transformar pequenas partículas artificiais (medindo bilionésimos de metro) em “mensageiras” que instruem o sistema imunológico a identificar e eliminar células tumorais.
Este estudo vem ao encontro do fato de a medicina oncológica viver atualmente um momento de transformação, onde a tradicional combinação de tratamentos e outros protocolos — cirurgia, quimioterapia e radioterapia — começa a dividir espaço com abordagens inovadoras que buscam explorar e potencializar as defesas naturais do corpo humano. Entre essas estratégias, as nanovacinas contra o câncer vêm ganhando um destaque importante por apresentarem uma capacidade de unir imunoterapia e nanotecnologia em uma só fórmula.
O que são nanovacinas
As vacinas convencionais funcionam ao introduzirem no sistema imunológico fragmentos de vírus ou bactérias, preparando o corpo para combatê-los em futuras infecções. No caso do câncer, o desafio é diferente, já que o foco é “ensinar” o organismo a reconhecer as células tumorais como uma ameaça, células essas que se encontram no próprio corpo humano, mas que sofreram mutações.
Através da nanotecnologia, as nanovacinas são formulações que utilizam nanopartículas — feitas de materiais como lipídios, polímeros, proteínas ou até metais — para transportar antígenos tumorais e adjuvantes imunológicos diretamente nas células de defesa do corpo. Graças ao seu tamanho minúsculo, essas partículas conseguem penetrar barreiras biológicas com mais eficiência e alcançar tecidos como os linfonodos, onde ocorre a ativação do sistema imune.
Segundo o estudo publicado, onde o primeiro autor é o doutorando Gabriel de Camargo Zaccariotto, o grande trunfo das nanovacinas está na sua versatilidade, já que as nanopartículas podem ser projetadas para proteger os componentes vacinais, liberar os ingredientes de forma controlada e modular a resposta imunológica desejada. Isso quer dizer que uma nanovacina pode ser adaptada para diferentes tipos de câncer, estágios da doença e até mesmo para o perfil genético do tumor de cada paciente, algo que é considerado um passo importante rumo à medicina personalizada.
Além disso, a combinação de antígenos tumorais específicos com adjuvantes poderosos permite induzir uma resposta imune robusta e duradoura. O objetivo final é estimular a produção de células T citotóxicas — verdadeiros “soldados” do sistema imunológico — para que sejam capazes de identificar e destruir células cancerígenas, inclusive aquelas que escapam aos tratamentos tradicionais.
Os desafios
Apesar de ser inovadora e revolucionária, a aplicação das nanovacinas ainda enfrenta barreiras importantes. Poucos produtos chegaram à fase de testes clínicos avançados e nenhum foi aprovado até o momento para uso comercial em pacientes com câncer. Os obstáculos vão desde a complexidade da fabricação em larga escala até questões regulatórias e tecnológicas.
O estudo destaca que ainda é necessário entender melhor como diferentes tipos de nanopartículas interagem com o organismo, como são processadas e quais estratégias adotar para alcançar uma resposta imunológica mais eficaz contra as células tumorais, além de existirem questões éticas e econômicas, como o custo de desenvolvimento e a necessidade de harmonização regulatória entre as agências do mundo. Contudo, esta é uma porta que se abre para um futuro promissor, conforme salienta Gabriel de Camargo Zaccariotto: “A aplicação da nanotecnologia em vacinas já é uma realidade, e os principais centros de pesquisa, assim como empresas dos setores biotecnológico e farmacêutico, têm investido cada vez mais nessa abordagem para o combate ao câncer. Muitos dos desafios enfrentados pelas nanovacinas são compartilhados com outros nanomedicamentos; no entanto, há também barreiras específicas, como a necessidade de aprimoramento dos modelos de aprendizado de máquina utilizados na personalização das vacinas e de uma compreensão mais aprofundada da variabilidade de resposta, influenciada pelo perfil prévio de saúde e pela genética de cada paciente. Ainda assim, os avanços nessa área são notáveis e reforçam o potencial dessa tecnologia para transformar a vida de inúmeros pacientes”.
O futuro
Apesar das incertezas sublinhadas acima, os avanços conquistados até o momento são animadores, já que testes clínicos têm demonstrado que as nanovacinas podem aumentar significativamente a eficácia de outros tratamentos, como inibidores de checkpoint imunológico, tendo-se observado redução nos riscos de metástase, recorrência e morte entre pacientes.
A convergência entre nanotecnologia, biotecnologia e imunologia tem gerado um campo fértil para inovações, sendo que as nanovacinas representam uma ponte entre as descobertas da ciência básica e as necessidades urgentes da medicina clínica oncológica.
Para o Coordenador da pesquisa e do grupo de Nanomedicina (GNano/IFSC/USP), Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que é um dos coautores do artigo “A combinação da Nanotecnologia com a Biotecnologia é uma área estratégica e relativamente nova, que já demonstrou sua capacidade de gerar benefícios para a humanidade, como no caso das vacinas de RNA contra a COVID-19. Pesquisadores que atuam nessa área buscam agora utilizar a Nanobiotecnologia para explorar outras fronteiras científico/tecnológicas em setores importantes como a medicina e o agronegócio”.
Se os próximos passos forem bem-sucedidos, estaremos diante de uma nova era no combate ao câncer, com vacinas que não só irão prevenir doenças, como também combatê-las e curá-las.
Assinam este artigo científico os seguintes pesquisadores: Gabriel de Camargo Zaccariotto, Maria Julia Bistaffa, Angelica Maria Mazuera Zapata, Camila Rodero, Fernanda Coelho, João Victor Brandão Quitiba, Lorena Lima, Raquel Sterman, Valéria Maria de Oliveira Cardoso, e Valtencir Zucolotto.
Confira no link a seguir o estudo publicado na revista “ACS Nano” –
BRASÍLIA/DF - As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 poderão ser feitas de 26 de maio a 6 de junho. As provas desta edição estão agendadas para os domingos, dias 9 e 16 de novembro. As datas definidas foram anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC).
A pasta prevê que o edital com as regras do Enem 2025 será publicado em breve no Diário Oficial da União com informações como as áreas de conhecimento do ensino médio avaliadas, normas para participação dos candidatos "treineiros", o valor da taxa de inscrição e as formas de pagamento. Na edição de 2024, a taxa foi de R$ 85.
Anualmente, os editais do Enem ainda trazem orientações sobre como pedir atendimento especializado e/ou de recurso de acessibilidade; como pedir o tratamento pelo nome social registrado na Receita Federal. Essa possibilidade é destinada à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente conforme sua identidade de gênero.
Os interessados em se inscrever devem, antes, criar cadastro e senha de acesso para a Página do Participante, por meio do login único no endereço eletrônico de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.
O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição do exame terminou em 2 de maio. O mesmo prazo valeu para os participantes do Enem do ano passado que tiveram a gratuidade da taxa de inscrição, faltaram aos dias de prova, e, desejam fazer novamente o Enem, em 2025, de graça.
O resultado da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2025 será publicado em 12 de maio.
Mesmo com a isenção confirmada pela equipe do Inep, o estudante precisará fazer a sua inscrição, no período a ser divulgado no futuro edital do Enem 2025.
O solicitante que tiver o pedido negado para justificativa de ausência no Enem 2024 ou para solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2025 pode entrar com recurso entre 12 e 16 de maio. O resultado final das contestações será conhecido em 22 de maio.
No futuro, os participantes que não solicitarem o recurso ou tiverem o pedido de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025 reprovado deverão se inscrever conforme o futuro edital do Enem 2025.
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Instituições de ensino públicas e privadas usam a prova para selecionar estudantes: os resultados podem ser adotados como critério único ou complementar de processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do exame também podem ser aproveitados em processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
AGÊNCIA BRASIL
A reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Ana Beatriz de Olivera, se reuniu com o prefeito de São Carlos, Netto Donato para tratar de parcerias na área da Saúde, Pista de Saúde, Parque Ecológico e mobilidade urbana.
A reunião aconteceu nesta quarta-feira (30/04) no Paço Municipal e contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Leandro Pilha, da diretora da Unidade Saúde Escola (USE), Patrícia Cristina Magdalena, e da diretora da Divisão Técnica da USE, Carla Andreucci Polido.
Entre os temas discutidos na área da Saúde, além dos serviços oferecidos pelo Hospital Universitário ao município, foi pauta da reunião a colaboração do município para a participação da UFSCar nas chamadas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “O Programa de Pesquisa para o SUS da Fapesp oferece várias oportunidades para a apresentação de projetos de pesquisa que necessitam da participação da Prefeitura enquanto colaboradora”, explicou a reitora.
A Unidade Saúde Escola da UFSCar, que presta serviços de reabilitação nas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, ambulatórios médicos nas áreas de Cardiologia, Homeopatia, Pediatria, Saúde do Adulto e Idoso e Terapêuticas Integrativas, além de Gerontologia, Fonoaudiologia, Psicologia, Farmácia, Serviço Social e Enfermagem, também foi pauta da reunião. “A USE completa 20 anos, realizou 20 mil atendimentos no último ano, e queremos ampliar essa atuação”, observou Ana Beatriz.
A reitora e o prefeito também trataram de parcerias para viabilizar a abertura da Pista de Saúde da UFSCar. “Conquistamos uma emenda da vereadora Raquel Auxiliadora, vamos batalhar outras emendas e o prefeito se colocou à disposição para nos auxiliar porque ele também acredita que é fundamental reabrir esse equipamento público que é da cidade como um todo”, observou a reitora.
O prefeito Netto Donato reforçou o compromisso da gestão municipal em apoiar as iniciativas das universidades. “A UFSCar é um patrimônio de São Carlos e tem um papel central no desenvolvimento da nossa cidade. Vamos somar esforços para viabilizar a reabertura da Pista de Saúde, que é um espaço importante de promoção à saúde e qualidade de vida para toda a população. Também vamos trabalhar para fortalecer os projetos conjuntos nas áreas de saúde, mobilidade e meio ambiente”, destacou.
O secretário municipal de Saúde, Leandro Pilha, também ressaltou a importância da aproximação entre a universidade e o município. “A parceria com a UFSCar é estratégica para qualificar ainda mais o atendimento à população e fortalecer a rede de atenção à saúde. A atuação da USE, por exemplo, complementa e amplia os serviços oferecidos pelo município, promovendo cuidado integral e com excelência”, afirmou.
Já sobre a mobilidade no entorno do campus da UFSCar, a reitora e o prefeito discutiram a possibilidade de retomar as tratativas de duplicação da estrada Guilherme Scatena, melhorias na estrada municipal Paulo Eduardo de Almeida que dá acesso ao Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e ao Centro de Convenções da UFSCar e no acesso e estacionamento do Parque Ecológico Dr. Antônio Teixeira Vianna.
IBATÉ/SP - Dia 23 de abril foi comemorado o Dia Mundial do Livro e para marcar esse dia, foi feito na Biblioteca Municipal o lançamento do livro “A festa de aniversário de Belinha”, das escritoras e educadoras da rede municipal de ensino, Regina Dorice e Tânia Picinin, lançado pela editora Fliartt.
Alunos da rede municipal aprenderam se divertindo muito em uma tarde diferente.
Voltado para o público infantil, o livro propõe uma maneira divertida e criativa de ensinar conceitos matemáticos, mostrando que a matemática pode estar presente nas situações do dia a dia de forma leve e prazerosa.
A história acompanha a personagem Belinha em sua festa de aniversário, utilizando situações cotidianas para apresentar conteúdos de maneira lúdica e acessível.
As autoras doaram dois exemplares do livro que está à disposição das crianças na Biblioteca Municipal de Ibaté, localizada na Avenida São João, 742, no Centro.
SÃO CARLOS/SP - O IFSC/USP inicia no próximo dia 05 de maio uma chamada para o tratamento experimental em pacientes portadoras de Lipedema. O estudo, que dá sequência a este tratamento experimental e inovador, visa melhorar a qualidade de vida das pacientes, investigando os benefícios da combinação entre compressão pneumática intermitente e fototerapia, buscando melhorar tanto os sintomas quanto a circulação periférica nos membros inferiores.
Para o fisioterapeuta e pesquisador do IFSC/USP, Matheus Henrique Camargo Antonio, autor do estudo, o tratamento consiste em, através de uma bota pneumática especial, exercer uma pressão nas pernas para melhorar a circulação e assim diminuir o inchaço, sendo aplicado, em simultâneo uma luz laser realizando a fotobiomodulação, ambas inseridas na citada bota. “Serão realizadas dez sessões ao longo de cinco semanas em cada paciente, sendo que cada sessão durará cerca de trinta minutos”, sublinha o pesquisador.
Este estudo contará com a participação de vinte mulheres da cidade de São Carlos, com idades superiores a 18 anos e com diagnóstico clínico prévio de Lipedema. Serão excluídas do estudo mulheres com histórico de doenças cardiovasculares, tabagismo, uso de álcool ou com histórico oncológico. A expectativa é que a combinação dessas terapias proporcione alívio significativo para as portadoras da condição, oferecendo uma nova perspectiva de tratamento e melhoria na qualidade de vida.
O que é Lipedema
O Lipedema é uma condição crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura subcutânea, afetando principalmente as pernas, quadris e, em alguns casos, os braços.
Esse acúmulo ocorre de maneira desigual, resultando em um formato corporal anômalo, com aumento desproporcional das extremidades inferiores em relação à parte superior do corpo.
Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, o Lipedema tende a ocorrer em famílias, sugerindo uma predisposição genética, e geralmente se manifesta durante períodos de mudanças hormonais, como a puberdade, o parto ou a menopausa.
Os sintomas mais comuns incluem acúmulo de gordura nas áreas afetadas, dor e sensibilidade nas regiões impactadas, além de uma sensação de peso nas extremidades. Pessoas com Lipedema também têm maior propensão a desenvolver hematomas facilmente, mesmo após pequenos traumas. Em estágios avançados, a condição pode evoluir para linfedema, caracterizado pelo acúmulo de fluido linfático, o que resulta em distúrbios circulatórios.
As pacientes interessadas em fazer parte deste estudo, que se iniciará no dia 05 de maio, deverão obter todas informações e se inscrever na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telefone (16) 3509-1351 em horário de expediente.
SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando uma chamada de pacientes voluntários portadores de fibrose pulmonar para início de um novo tratamento à base de ultrassom com laser terapêutico, um método que se iniciou há alguns anos com os tratamentos das consequências da fibromialgia.
O que é fibrose pulmonar
A fibrose pulmonar é o resultado de um processo inflamatório crônico que leva à formação de tecido cicatricial (fibrose) nos pulmões. Esse tecido substitui o tecido saudável, tornando os pulmões menos elásticos e mais rígidos. Como resultado, a respiração se torna mais difícil porque os pulmões não conseguem se expandir e contrair como deveriam.
Diferente de infecções respiratórias comuns, a fibrose pulmonar não tem uma causa única e pode estar associada a vários fatores, como, por exemplo, doenças autoimunes, exposição a substâncias tóxicas em ambientes fechados, como poeira de sílica, amianto e mofo, infecções pulmonares de repetição, tabagismo, uso de certos medicamentos, como alguns quimioterápicos e antibióticos e ainda causas genéticas.
Os sintomas da doença são: falta de ar progressiva, que começa aos poucos e vai piorando com o tempo, tosse seca e persistente, fadiga constante e perda de peso e fraqueza, porque o corpo começa a gastar mais energia para compensar a baixa oxigenação.
A fisioterapeuta e pesquisadora do IFSC/USP, Vanessa Garcia, que será a responsável pela realização deste novo tratamento, acompanhou ao longo do tempo a ação da utilização de um equipamento desenvolvido no Instituto de Física e que auxiliou – e muito – a tratar indivíduos com sequelas pós-COVID, com resultados muito bons na melhora de parâmetros respiratórios, funcionais, regularização do sono, regeneração tecidual, redução da inflamação e alívio da dor, tendo agora aberto uma oportunidade para testar o tratamento da fibrose pulmonar.
Como funciona o tratamento
Segundo Vanessa Garcia, este tratamento é completamente indolor e bastante fácil de aplicar. “Este tratamento experimental inclui uma avaliação da parte respiratória de cada paciente através de determinados exercícios físicos, seguindo-se a aplicação do tratamento com ultrassom e laser nas palmas das mãos”, explica a fisioterapeuta.
Esta é uma chamada destinada a um grupo de apenas vinte pacientes, sem restrição de idades e que não tenham histórico oncológico e de cirurgias recentes, compreenderá dez sessões, duas vezes por semana, com uma duração total de cinco semanas, sendo que cada sessão demorará uma hora.
Informações e inscrições para este tratamento poderão ser feitas através do telefone da Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos – (16) 3509-1351, sendo que os procedimentos serão realizados a partir do dia 22 de abril na Clínica de Fisioterapia instalada na UNICEP, em São Carlos.
Este estudo é supervisionado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, com coordenação do pesquisador do mesmo Instituto, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Jr.
SÃO CARLOS/SP - Desde dezembro de 2024, a UFSCar está desenvolvendo um trabalho participativo de planejamento da implantação de seu novo campus, no município de São José do Rio Preto. Sob a coordenação de Danilo Giroldo, assessor especial da Reitoria, o grupo de trabalho GT-SJRP já realizou a caracterização do território, identificou alternativas locacionais para o funcionamento do campus, realizou reuniões com diferentes segmentos sociais do município e dialogou com os centros acadêmicos e entidades representativas da UFSCar.
Nesta sexta-feira, dia 25 de abril, o grupo apresenta o trabalho desenvolvido até o momento para a comunidade acadêmica e demais interessados em audiência pública que será realizada no Auditório da Reitoria da UFSCar, na área Sul do Campus São Carlos, às 14h30, com transmissão pelo canal da universidade no Youtube.
Essa ação compõe a primeira etapa do plano de trabalho aprovado pelo Conselho Universitário (ConsUni) em 13 de dezembro de 2024, que prevê a elaboração de um documento referência de criação do campus. O trabalho realizado pelo GT-SJRP será a base para a produção da proposta, que deve ser discutida novamente pelo ConsUni em maio de 2025.
"A participação da comunidade acadêmica nas audiências públicas é fundamental para o trabalho que estamos desenvolvendo. Temos uma grande expectativa em aprofundar o diálogo, no sentido de construir coletivamente um campus que reflita as capacidades, vocações e a cultura institucional da UFSCar, aliadas às demandas da sociedade e ao financiamento previsto. Por isso, convidamos todas as pessoas para participar, presencialmente, a partir da sala remota da reunião ou pelo Youtube, da audiência pública que será realizada a partir do campus São Carlos no dia 25 de abril, às 14:30", comenta Giroldo.
Audiência em São José do Rio Preto
Além do evento no Campus São Carlos, o trabalho foi apresentado em audiência realizada na Câmara Municipal de São José do Rio Preto na tarde desta quarta-feira, 23/04. O evento teve transmissão realizada pelo canal da Câmara e pode ser conferido neste link.
Reuniões com a comunidade da UFSCar
Entre os dias 18 de fevereiro e 9 de abril, a UFSCar realizou uma série de reuniões com a comunidade acadêmica, a fim de captar as diferentes percepções acerca do novo campus e dos levantamentos elaborados pelo GT-SJRP. O grupo se reuniu com os Centros de Educação e Ciências Humanas (CECH), Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), Ciências em Gestão e Tecnologia (CCGT), Ciências Humanas e Biológicas (CCHB), Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade (CCTS), Ciências Agrárias (CCA), Ciências da Natureza (CCN) e Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). No mesmo período, o GT também realizou encontros com estudantes, entidades representativas e unidades vinculadas à gestão, o que possibilitou um levantamento qualitativo de informações muito amplo e importante sobre os atuais desafios da educação superior e sobre o papel da UFSCar na região de São José do Rio Preto.
Levantamento inédito da SPDI visa qualificar decisões sobre investimentos, uso compartilhado de equipamentos e práticas sustentáveis na Universidade
SÃO CARLOS/SP - Um levantamento realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mapeou 468 laboratórios em funcionamento nos quatro campi - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Institucionais (SPDI), atende à demanda do Censo da Educação Superior 2024, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), mas vai além do aspecto obrigatório: consolida uma base de dados estruturada, que qualifica a gestão da infraestrutura universitária e fortalece o desenvolvimento articulado das ações de ensino, extensão e pesquisa.
O trabalho contou com a colaboração das Diretorias de Centro, Chefias de Departamento e Coordenações de Curso, além da equipe da SPDI. A coleta foi feita por meio de um formulário eletrônico padronizado, que também permitiu o registro de palavras-chave para facilitar buscas futuras. A partir das respostas, foram compiladas informações sobre localização, área física, finalidades de uso, áreas do conhecimento, equipamentos, manutenção, riscos, descarte de resíduos e possibilidade de uso compartilhado.
"O mapeamento não se limita ao atendimento de uma exigência legal. Ele atualiza e organiza informações que são estratégicas para a gestão da Universidade, permitindo identificar gargalos, oportunidades de usos mais eficientes da infraestrutura e caminhos para ampliar a integração entre áreas", afirma Rogério Fortunato Junior, Secretário Geral de Planejamento e Desenvolvimento Institucionais da UFSCar e coordenador do projeto.
Entre os resultados, destacam-se o aumento de 18% no número de laboratórios desde 2015; o uso variado dos espaços, com 85% voltados à pesquisa, 62% à extensão e 65% ao ensino; e a presença de equipamentos compartilhados em cerca de um terço das unidades. "Essas informações permitem o diagnóstico da infraestrutura, a orientação de investimentos, a prevenção de compras duplicadas, o incentivo ao compartilhamento e o suporte à elaboração de editais e convênios. Também possibilitam a análise de áreas de crescimento da Universidade, a identificação de espaços pouco utilizados ou com potencial de uso compartilhado, bem como o mapeamento de boas práticas em manutenção, segurança, descarte de resíduos e gestão ambiental", detalha Fortunato.
A base construída pela SPDI já foi disponibilizada às unidades acadêmicas, tanto em formato textual quanto em planilha, com filtros por área, centro, tipo de equipamento e palavra-chave. Essa estrutura permite integrar grupos de pesquisa, apoiar o planejamento de disciplinas, facilitar ações de extensão junto à sociedade e subsidiar editais, convênios e decisões sobre infraestrutura e governança.
Para manter a base atualizada, a próxima etapa será o desenvolvimento de uma plataforma digital pela Secretaria Geral de Informática (SIn), que estará integrada aos sistemas da UFSCar. "Essa plataforma permitirá a pesquisa e a atualização contínua dos dados, aprimorando a gestão universitária baseada em evidências e apoiando processos decisórios. Também contribuirá para fortalecer a gestão ambiental, garantir maior transparência institucional e assegurar a auditabilidade das informações", ressalta.
A SPDI conduziu o projeto com a colaboração dos servidores Antonio Carlos Lopes e Tatiana Bianchini Pinheiro, cuja atuação foi essencial em todas as etapas - da definição da metodologia à organização da base de dados e diagramação final do relatório. "Com esta ação, a UFSCar demonstra, mais uma vez, sua dedicação em fortalecer a infraestrutura pública, incentivar a administração eficaz e zelar pela qualidade no ensino, extensão e pesquisa e, acima de tudo, pela transparência", conclui o Secretário.
O relatório completo está disponível para consulta no site da SPDI, em bit.ly/spdi-laboratorios.
SÃO PAULO/SP - O número de vítimas de violência escolar no Brasil cresceu 254% no período de 2013 a 2023, segundo levantamento feito pela Revista Pesquisa Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Dados do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) indicam que em 2013 foram registradas 3,7 mil vítimas de violência nas escolas, número que subiu para 13,1 mil, em 2023.
Os dados englobam estudantes, professores e outros membros da comunidade escolar. Entre as ocorrências, 2,2 mil casos envolveram violência autoprovocada (automutilação, autopunição, ideação suicida, tentativas de suicídio e suicídios), tipo de agressão que aumentou 95 vezes no período avaliado.
De acordo com a fundação, o Ministério da Educação (MEC) reconhece quatro tipos de violência que afetam a comunidade escolar:
O MEC também identifica os problemas abrangendo o entorno da instituição, como tráfico de drogas, tiroteios e assaltos.
De acordo com o levantamento, entre as causas do aumento da violência escolar estão a desvalorização da atividade docente no imaginário coletivo, a relativização de discursos de ódio, e o despreparo de secretarias de Educação para lidar com conflitos derivados de situações de racismo e misoginia.
AGÊNCIA BRASIL
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