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SÃO CARLOS/SP - "Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca", longa-metragem infantil de animação lançado em 2023, conta a história da pequena traça chamada Teca, um inseto "paz e amor" que não faz mal a ninguém. Teca vive com sua família e seu fiel ácaro de estimação Tuti numa caixa de costura e os livros são sua comida preferida, até que a traça aprende a ler e percebe que as publicações não podem ser devoradas, afinal guardam as histórias que ela adora. Valorizando os livros e a cultura, a animação produzida pela Rocambole Produções - empresa criada por ex-estudantes do curso de Imagem e Som da UFSCar - já foi exibida para convidados e em escolas públicas municipais e estaduais de São Carlos, Casa Branca e Santos, no estado de São Paulo, e em Vitória, no Espírito Santo. Além disso, depois de ter sido selecionado para a Mostra de Cinemas Infantil de Florianópolis, em Santa Catarina, para o Big Cartoon Festival de Moscou, na Rússia, e também para o Festival Internacional de Cinema Infantil de Chicago, nos Estados Unidos - mesmo evento no qual o curta-metragem que inspirou o longa foi exibido há 21 anos -, o filme participará de um dos mais antigos e importantes festivais de cinema do mundo: o 44º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, que acontece em Havana de 8 a 17 de dezembro de 2023.

"Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca" mistura animação stop motion e cenas filmadas com atores (live action). Para a realização do trabalho, a equipe construiu objetos de cena, cenários, diversos equipamentos de filmagem, além dos próprios bonecos articulados, que foram fotografados em sequência no estúdio da produtora em São Carlos. Os animadores movimentaram os bonecos manualmente e, quadro a quadro, deram vida a eles, imagem a imagem, segundo a segundo. No total, foram necessárias mais de 30 mil fotos para fazer os bonecos andarem, falarem e cantarem.

A história nasceu em 2001, quando os estudantes do curso de Imagem e Som da UFSCar, Diego Doimo, atualmente diretor artístico da Rádio UFSCar, Eduardo Perdido, Tiago MAL e Ana Luiza Pereira, que hoje é professora do Departamento de Artes e Comunicação da Universidade, produziram seu projeto de conclusão de curso, o curta animado de oito minutos "A Traça Teca". "Nós somos da turma de 1998, a terceira do curso de Imagem e Som da UFSCar. A ideia do curta metragem surgiu entre o terceiro e quarto ano da graduação. Optamos por uma produção audiovisual infantil, pois esse tipo de conteúdo tem vida longa. Se não fosse a UFSCar, não teríamos o filme hoje. As relações pessoais e profissionais surgiram aqui", ressalta Diego Doimo.

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Após exibir o curta em festivais, escolas e centros culturais, em 2003, os amigos formalizaram a empresa Rocambole Produções. Ao longo dos anos, dedicaram-se a diferentes funções na área do audiovisual, como roteiro, direção, produção e animação de curtas e séries de animação, em sua maioria voltadas ao público infanto-juvenil. Foi em 2006 que o projeto do longa começou a ganhar forma, com o "Programa de Fomento ao Cinema Paulista do Governo do Estado de São Paulo", que financiou seu desenvolvimento inicial. De 2007 a 2011, foram captados recursos através da Lei do Audiovisual, contando como principais investidores Sabesp, Petrobras e BNDES, por meio de editais públicos, e também através do Programa de Ação Cultural (ProAC), do Governo do estado de São Paulo, por meio de dedução fiscal de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com investimento da Lupo e Mineração Jundu. Ao todo, o orçamento do filme ficou em R$ 2,1 milhões.

"Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca" tem direção de arte assinada por Mateus Rios, premiado ilustrador de livros infantis (e também ex-aluno de Imagem e Som na UFSCar), e canções e trilha sonora original criadas pelo músico Ivan Rocha e por Hélio Ziskind, referência nacional com sucessos nas séries Cocoricó e Rá-Tim-Bum. Saiba mais em www.instagram.com/tecaetuti.

Inscrições no processo seletivo para estágio remunerado seguem até 8/12

 

SÃO CARLOS/SP - O Laboratório de Caracterização Estrutural (LCE) do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas na seleção para estágio remunerado. O candidato selecionado irá estagiar por 12 meses, desempenhando atividades relacionadas a preparação de amostras, operação de microscópios, incluindo eletrônico (MEV e MET) e nanoindentação. A dedicação é 30 horas semanais, sendo 6 horas diárias.
Criado em 1976, o LCE tem uma das melhores infraestruturas laboratoriais do País. Em todo o Brasil, trata-se do único laboratório da área de microscopia eletrônica que atua de modo aberto e multidisciplinar, beneficiando pesquisadores acadêmicos e profissionais do mercado por meio da prestação de serviços e consultoria em tecnologia de materiais, ensaios, revisão bibliográfica, desenvolvimento e inovação no âmbito nacional e internacional.
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Para participar do processo seletivo para estagiário, é preciso enviar currículo, carta de intenção e motivação da inscrição no estágio no LCE e carta de recomendação de algum docente e/ou empregador anterior. Os interessados devem se inscrever até 8 de dezembro pelo formulário https://forms.gle/4VUTQpLvcJCxzhAaA. Após análise, alguns candidatos serão selecionados para entrevistas presenciais, a partir do dia 11 de dezembro. A contratação será realizada através da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPDMR) proporcionou na última segunda-feira (04/12), um dia diferente para um grupo de crianças da rede municipal de ensino. Os alunos da EMEB “Dalila Galli” com deficiência passaram o dia no São Carlos Clube. A EMEB é uma escola bilíngue, referência em ensino para surdos em São Carlos.
A vice-presidente do clube, Ana Laura Pedrino Belasco, foi anfitriã das crianças e da equipe técnica da unidade escolar que acompanhou a turma. “Todos puderam aproveitar a estadia para curtir a piscina e as dependências de lazer, e o São Carlos Clube ofereceu, ainda, lanche, almoço e o lanche da tarde com sorvete”, afirmou Lucinha Garcia. 
O Clube também entregou um presente de Natal para cada criança ao final do passeio. A SMPDMR agradeceu a Secretaria Municipal de Educação (SME) que cedeu o transporte para levar as crianças e a diretora, Edivilma Leite Duarte Garcia e as professoras que coordenaram a atividade extraclasse.

Wilton Marques recebeu prêmio Mário de Andrade por livro sobre juventude de Machado de Assis

 

SÃO CARLOS/SP - O professor Wilton Marques, de Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi contemplado com o Prêmio Mário de Andrade, na categoria ensaio literário, promovido pela Biblioteca Nacional. Sua obra - "Machado de Assis e as primeiras incertezas: a formação literária, o poema inédito e o malogro do primeiro livro" - foi publicada em 2022, pela editora Alameda, e ficou em terceiro lugar.  
O livro premiado é focado na juventude de Machado de Assis; a ideia para escrevê-lo nasceu, segundo Marques pontua no prefácio, a partir da (re)descoberta, em março de 2015, de um poema inédito de Machado de Assis - "O grito do Ipiranga" -, datado de 7 de setembro de 1856 e publicado logo em seguida no jornal "Correio Mercantil". "Evidentemente, tal fato inusitado trouxe consigo várias perguntas. E quase todas levavam ao mesmo lugar histórico da iniciação literária do jovem Machado, ao tempo das primeiras incertezas", conta Marques, que é Professor Titular de Literatura Brasileira na UFSCar. "Esse momento da vida do escritor - embora contemplado com um clássico de nascença, 'A juventude literária de Machado de Assis', de Jean-Michel Massa - não tem sido, desde então, objeto de estudos sistemáticos por parte da crítica machadiana", ressalta o docente. 
"O livro se concentrou nos seis primeiros anos da vida literária de Machado de Assis, entre os anos de 1854 e 1860, delimitados pelo intervalo que separa a publicação do primeiro poema no 'Periódico dos Pobres' e a sua entrada para a redação do 'Diário do Rio de Janeiro', o que, inclusive, permitiu uma visada mais aprofundada sobre o período", conta o professor na introdução do livro. "Esse momento da vida literária de Machado de Assis, além de pouco estudado, é carente de mais informações. Nesse sentido, o livro apresenta várias novidades, algumas inéditas. Dentre elas, a história do primeiro mestre do jovem Machado, o poeta português Francisco Gonçalves Braga; o fim do mistério biográfico de sua passagem como revisor pelo 'Correio Mercantil'; a história da primeira 'tradução' poética; a leitura do poema inédito; a precoce consciência literária nos primeiros poemas e textos críticos; os diálogos literários com Álvares de Azevedo e a história do malogrado primeiro livro de poemas, 'O livro dos vinte anos'", completa.
O livro "Machado de Assis e as primeiras incertezas: a formação literária, o poema inédito e o malogro do primeiro livro", pode ser adquirido pelo site da Editora Alameda, em www.alamedaeditorial.com.br/machado-de-assis-e-as-primeiras-incertezas. Saiba mais sobre a obra na matéria do Portal da UFSCar (https://bit.ly/46zFhZ5).

Sobre o Prêmio
Realizado anualmente desde 1994, o Prêmio Literário Biblioteca Nacional contempla autores, tradutores e projetistas gráficos brasileiros, reconhecendo a qualidade intelectual e estética da produção editorial brasileira. São avaliadas publicações nas categorias poesia, romance, conto, ensaio social, ensaio literário, tradução, projeto gráfico, literatura infantil e literatura juvenil. As comissões julgadoras analisam as obras de acordo com critérios como qualidade literária, originalidade, contribuição à cultura nacional, criatividade no uso dos recursos gráficos e excelência da tradução. 
"O recebimento do Prêmio Mário de Andrade para estudos literários da Biblioteca Nacional é obviamente algo bem gratificante. E não apenas pelo reconhecimento do livro em si, mas também porque vai ajudar a dar mais visibilidade para algumas descobertas, até então inéditas, sobre Machado de Assis, como, por exemplo, o caso do poema 'O grito do Ipiranga', a história da primeira 'tradução' machadiana ou ainda a história do que poderia ter sido o seu primeiro livro de poemas e que se chamaria 'O livro dos vinte anos'", declara o professor da UFSCar.
Confira as informações, incluindo a lista completa das obras premiadas com o Prêmio Mário de Andrade, no site https://bit.ly/3RgYomq.

BRASÍLIA/DF - O ministro da Educação Camilo Santana afirmou, na terça-feira (5), que o governo federal cogita proibir que cursos de licenciatura tenham 100% da carga horária na modalidade de ensino à distância (EaD) e planeja outras mudanças nos de formação de professores online.

Para o ministro, o momento é de avaliação dos cursos de licenciatura não presenciais, que em novembro tiveram as autorizações para novos cursos 100% EaD suspensas por 90 dias. “A ideia do ministério é não permitir mais cursos sempre EAD. Então, vamos definir se vão ser 50%, 30% [da carga horária].”

A preocupação com a formação dos professores brasileiros foi manifestada pelo ministro em entrevista coletiva à imprensa, logo após a apresentação pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na manhã desta terça-feira, dos resultados obtidos pelo Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022. O levantamento mostrou que menos de 50% dos alunos sabem o básico em matemática e ciências.

Pisa 2022

Nesta edição do Pisa, a avaliação de desempenho educacional analisou as respostas dadas por estudantes de 15 anos de 81 países a questões de matemática, leitura e ciências, indicadores contextuais relacionados, entre outros, aos impactos da pandemia de covid-19 na educação, relação da família com os alunos, professores e estudantes e violências nas escolas. No Brasil, a aplicação do Pisa a cerca de 10 mil alunos foi de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC.

O ministro destacou a importância do programa internacional para o Brasil a longo prazo. “Temos no Pisa uma ferramenta importante como orientação para decisões políticas do governo brasileiro. Na federação, o papel da execução da educação básica é dos estados e dos municípios. Portanto, o papel do MEC é de coordenar esse processo, ser o grande maestro dessa política educacional brasileira para garantirmos a qualidade da educação das crianças e jovens brasileiros.”

Por videoconferência, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, disse esperar que o Pisa traga ferramentas de diagnóstico precoce e de cooperação para melhorar a qualidade educacional do Brasil.  O secretário-geral apontou o país como um bom exemplo.

 “Percebemos uma queda sem precedentes por causa dos efeitos da covid [19], equivalente a quase metade de um ano de aprendizado. O Brasil, porém, foi uma das poucas exceções em que a performance não piorou. De fato, permanece estável, desde 2009, sim. Mas a estabilidade foi impressionante, especialmente, considerando que as escolas foram fechadas durante a pandemia, por um longo prazo”, pontou Mathias Cormann.

Matemática

No Brasil, 73% dos estudantes brasileiros avaliados nesta faixa etária apresentaram desempenho em matemática no nível abaixo do básico. O Brasil caiu 5% em matemática, em relação ao Pisa de 2018, e ficou no intervalo entre a 62ª e 68º posição no ranking da OCDE.

De forma global, os países da OCDE registraram, em média, uma queda de 17% em matemática, entre 2018 e 2022.

A coordenadora-Geral do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica do Inep, Clara Machado da Silva Alarcão. ressalta que o Brasil se manteve estável, enquanto outros países tiveram queda de desempenho. “Desde 2009, nosso desempenho é considerado estável. Mas, a gente percebe que, em 2022, os países da OCDE registraram uma queda relevante e que, no Brasil, isso não aconteceu, apesar da situação pandêmica que a gente experimentou nos anos anteriores à aplicação do Pisa”.

Diante do baixo resultado brasileiro na disciplina, o ministro Camilo Santana reconheceu que melhorar a educação em matemática é um grande desafio. O ministro lamentou que nenhum estudante brasileiro tenha alcançado o nível mais elevado da avaliação do Pisa, tanto em escolas públicas, como nas unidades particulares do país. “Ficou claro, mais uma vez, a evidência de que os desafios são enormes e, principalmente, o desafio na área de matemática”.

Estratégias

Camilo Santana listou uma série de estratégias que estão sendo adotadas pelo governo federal para melhorar a educação brasileira e superar os desafios revelados no Pisa 2022.

De acordo com o ministro, a política do Ministério da Educação está focada no compromisso de ter as crianças alfabetizadas na idade certa. “Nossa preocupação, em primeiro lugar, é o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Uma criança para aprender matemática deve primeiro saber ler e escrever da idade certa. E as evidências já mostraram isso”.

O ministro ainda relacionou outras políticas públicas sob sua gestão: as escolas em tempo integral; conectividade com fins pedagógicos em todas as escolas da educação básica; a qualidade da formação de professores; a redução da repetência do ano letivo dos estudantes do ensino médio e a permanência de estudantes em escolas.

“A escola em tempo integral tem mostrado que os resultados têm sido melhores, a permanência do jovem na escola, a formação na educação do ensino médio para o ensino técnico profissionalizante, a garantia de uma formação técnica para o jovem. Tudo isso tem estimulado a melhoria da aprendizagem na educação básica do Brasil, mas também, ao mesmo tempo, melhora as oportunidades para reduzir a distorção idade/série e a evasão dos nossos alunos nas escolas brasileiras”.

Para redução da evasão escolar, o ministro sinalizou que a poupança destinada a estes jovens será importante. “Temos a maior evasão [escolar] no primeiro ano [do ensino médio]. Portanto,  já queremos iniciar esse programa, a partir de janeiro do ano que vem. Essa é uma ação importante, claro que com a contrapartida de frequência escolar e aprovação ao final de cada ano letivo do ensino médio”.

Ele valorizou a gestão da educação por todos os entes da federação. “Não acreditamos em nenhuma ação de melhoria da qualidade da educação básica, se não tiver a participação, o compromisso e a contribuição na construção dessa política dos estados e municípios brasileiros”.

O secretário-geral da OCDE destacou o papel da valorização dos professores . “Percebemos que apenas uma pequena porção dos professores brasileiros avaliam que sua profissão é, realmente, considerada valiosa e aumentar os salários dos professores também seria um decisão bem-vinda”.

Formação profissional

Além do MEC não querer permitir cursos de licenciatura  na modalidade 100% à distância, o ministro da Educação Camilo Santana confirmou que o ministério tem discutido com o Conselho Nacional de Educação (CNE) alterações na formação continuada dos docentes e outras mudanças nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de licenciatura. “O Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes] vai mudar. A avaliação será anual, ao invés de trianual, em relação à licenciatura,” adiantou o ministro.

Santana acrescentou que o Enade ainda contará com uma avaliação dos estágios supervisionados dos estudantes matriculados em cursos de licenciatura.

Avaliação

O ministro da Educação planeja também que a próxima edição do Pisa, em 2025, avalie o desempenho educacional em cada estado e não somente nas cinco regiões do país, como ocorreu na edição de 2022. O objetivo é possibilitar a adoção de estratégias mais pontuais para melhoria da área, em cada unidade da federação e, assim, reduzir desigualdades regionais.

“Precisamos ter uma amostra maior para ter representatividade, para garantir as avaliações por estado. Não dá para fazer somente com essa amostra de 10 mil alunos, que no próximo Pisa, deverá ser com uns 40 mil ou mais alunos para que a gente possa ter uma amostra por estado brasileiro, para que cada estado, cada governador, cada prefeito possa ter o retrato do seu estado e traçar suas estratégias para melhorar a qualidade da educação”.

Reestruturação do ensino médio

Sobre a carga horária proposta no projeto de lei que definirá a nova Política Nacional de Ensino Médio no Brasil, o ministro esclareceu que antes de ser enviado ao Congresso Nacional, foi amplamente discutido, durante vários meses deste ano, com cerca de 150 mil pessoas de diversos setores da sociedade, inclusive, representantes das secretarias municipais e estaduais de educação e outras entidades representativas.

Camilo entende que o Pisa é a demonstração de que é necessário reforçar as disciplinas básicas do ensino médio, principalmente, a matemática e o português. A recomposição da base comum curricular e da carga horária é fundamental para a gente garantir a base para os nossos jovens nesse país.”

O ministro diz esperar que a reestruturação do ensino médio não seja politizada.

“Espero a gente possa dialogar com muita franqueza, com muita abertura,. Esse projeto não é um projeto do MEC, não é um projeto do presidente Lula, não é projeto do ministro Camilo. É um projeto construído a várias mãos, ouvindo professores e estudantes de todo o Brasil”.

Segurança

O Pisa 2022 mostrou também que, no Brasil, 10% dos estudantes avaliados responderam que não se sentem seguros dentro da sala de aula e no trajeto até a unidade escolar.

O ministro da Educação lembrou que o governo federal criou um Grupo de Trabalho Interministerial, em abril deste ano [decreto 11.469/2023], para prevenir e enfrentar a violência nas escolas e enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que prevê a implantação de uma política nacional de segurança em ambiente escolar.

Orçamento

Por fim, o ministro da Educação Camilo Santana também garantiu que no orçamento público haverá recursos da União para executar todas as políticas públicas voltadas à educação citadas por ele durante o evento. “Aqueles projetos que foram colocados como estratégicos e prioritários por parte do [presidente] Lula terão prioridade nos orçamentos do Ministério da Educação até o final de 2026”, finalizou o ministro.

O governo disponibilizou os resultados oficiais do Pisa 2022 do Brasil e dos demais países avaliados pela OCDE.

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação realiza de 4 a 8 de dezembro uma série de eventos que fazem parte do XII Curso de Formação de Gestores e Educadores do Programa de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade.
É um programa de formação continuada da Educação Especial, financiado pelo Ministério da Educação em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. São várias atividades que ocorrem no CPP (Centro do Professorado Paulista), no Teatro Municipal e também na UNICEP (Centro Universitário Central Paulista), com palestras, atividades culturais, peça teatral, minicursos, workshop e mesa redonda, que abordam temas neurodivergentes.
O curso é oferecido para os gestores, professores da educação especial efetivos e temporários da rede municipal de ensino de São Carlos, para parceiros como ACORDE (Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional) e APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e para gestores dos municípios que fazem parte dos polos regionais da Undime.
A inclusão de alunos depende de toda equipe escolar, gestores, professores e equipes pedagógicas e se caracteriza em princípios que visam à aceitação das diferenças individuais.
Segundo o secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, São Carlos tem na rede municipal mais de 800 alunos com essas necessidades. “Temos algumas parcerias importantes como a ACORDE e com a APAE, portanto é um número bastante expressivo, o que requer atenção especial para essa situação de inclusão na rede municipal de educação. A troca de experiências, de como fazer a abordagem, como incluir, como conter, como acolher nossos alunos é fundamental, nós temos que construir uma política pública de qualidade e quando a abrimos o debate para o conhecimento ganhamos muito”, ressaltou o secretário.
Toda a programação, pode ser conferida nas redes sociais da Prefeitura Municipal de São Carlos.

Resultados foram publicados em artigo derivado de pesquisa da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - Os ecossistemas de água doce enfrentam sérios problemas devido a proliferações de algas nocivas, a exemplo da Prymnesium parvum ou "alga dourada". Um trabalho publicado no mês de setembro em uma revista científica demonstrou o alto potencial invasor dessa alga em reservatórios da América do Norte, Europa e Austrália, embora a presença de populações tóxicas da espécie já tenha sido reportada em ambientes aquáticos no Brasil. A publicação é derivada da pesquisa de doutorado do primeiro autor do artigo, Rafael Lacerda Macêdo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
O artigo, intitulado "Towards effective management of the marine-origin Prymnesium parvum (Haptophyta): A growing concern in freshwater reservoirs?" ("Em busca do manejo eficaz da alga de origem marinha Prymnesium parvum: Uma crescente preocupação em reservatórios de água doce?"), foi publicado na revista científica Harmful Algae e está disponível em https://bit.ly/3QzIlOR
No estudo, foram utilizadas "técnicas avançadas de Modelos de Distribuição de Espécies (SDM) para avaliar o risco de invasão de P. parvum em reservatórios de diferentes partes do mundo: na América do Norte, Europa e Austrália. O estudo alerta para o fato de que o potencial de invasão do P. parvum é muito maior do que se pensava, abrangendo áreas geográficas muito mais extensas. Isso é preocupante, pois essa espécie pode colonizar várias bacias e regiões em que ainda não se tem registro de sua ocorrência", alertam os autores.
"A Prymnesium parvum é comumente referida como alga dourada devido aos pigmentos de fucoxantina encontrados em seus cloroplastos [organelas que ocorrem nas células de plantas e algas]; trata-se de uma microalga unicelular que possui dois longos flagelos [filamentos finos e compridos] que permitem o movimento e auxiliam na absorção de nutrientes", descreve Macêdo. "Seu sucesso como invasora dá-se, entre outras coisas, à capacidade eurihalina (capacidade de tolerar grandes variações de salinidade) e euritérmica (capacidade de tolerar grandes variações de temperatura) do organismo", explica o pesquisador. "Ela é capaz de tolerar, por exemplo, salinidades que variam, na Escala Prática de Salinidade, de 3 PSU (ligeiramente acima da água doce) a 30 PSU (água do mar), e temperaturas entre 2 e 30°C, além, ainda, da sua capacidade mixotrófica (capacidade de alternar o mecanismo de obtenção de energia entre eutotrofia - quando efetuam a síntese de moléculas orgânicas através da fotossíntese - e heterotrofia - a partir da obtenção de fontes orgânicas externas). Ao alcançar áreas não nativas, ainda por meios não totalmente claros (possivelmente por água de lastro não tratada), essas características a tornam uma alga altamente competitiva, dominando a comunidade planctônica onde ela invade, com riscos à fauna e ao ambiente locais".
O trabalho é destinado, principalmente, a tomadores de decisão como órgãos ambientais de países afetados ou sob risco de nova invasão da alga, além da comunidade civil em geral que faz uso recreacional e utiliza para consumo a água proveniente de reservatórios, explica Macêdo. "O risco é maior principalmente durante períodos de estiagem quando algas nocivas aumentam seu potencial tóxico devido ao aumento da salinidade. A alga dourada já tem registro de ocorrência no Brasil e pode causar danos ambientais como mortandade de peixes, além de prejuízos econômicos e sociais se não houver monitoramento em estágios iniciais da invasão", ressalta o pesquisador. Ainda não há modelagem preditiva para avaliar riscos de invasão pela alga dourada no Brasil, porém outros fatores como mudanças climáticas e a instabilidade do nicho da espécie, como descrito por Macêdo, podem colocar os ecossistemas aquáticos brasileiros na rota de mais uma espécie invasora nociva.
O estudo de Rafael Macêdo, orientado pela professora Odete Rocha, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da UFSCar e uma das autoras do artigo, surgiu a partir do contato com o pesquisador Phillip Haubrock, pós-doutorando no Department of River Ecology and Conservation do Senckenberg Research Institute and Natural History Museum, de Frankfurt, na Alemanha, que também assina o artigo. Macêdo atualmente desenvolve seu projeto de pós-doutoramento acerca de espécies invasoras aquáticas na Freie Universität, Berlim, também na Alemanha. Para ele, "esse trabalho ressalta a importância de conexões e colaborações entre profissionais de diferentes áreas e países".

SÃO CARLOS/SP - Já com o doutorado concluído, são muitos os jovens pesquisadores - principalmente pós-docs - que, embora continuem a desenvolver as suas atividades científicas nas mais variadas instituições de ensino superior do país, sonham em poder fazer um concurso público para ingressarem como docentes em uma universidade.

Para qualquer candidato, passar em um concurso público para docente de uma universidade pública é algo extremamente importante não só para sua vida profissional, como, também, para sua vida pessoal, já que é um degrau que num futuro mais ou menos rápido será um diferencial importante em todos os sentidos.

Ansiedades diversas, nervosismo e por vezes fortes angústias costumam assolar quem pretende seguir essa carreira de docência no ensino superior, sendo que quase sempre o concurso público é considerado uma espécie de meta intransponível, o que não é verdade.

E, foi pensando nesses jovens que pretendem conquistar um lugar na docência superior, que o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Valtencir Zucolotto, decidiu preparar um minicurso para que esses(as) candidatos(as) se preparem da melhor forma para os concursos de admissão para essa carreira.

Através de um tema inédito e com a disponibilização gratuita de um conjunto de materiais exclusivamente elaborados para o efeito, o Prof. Valtencir Zucolotto auxilia os pesquisadores a conquistarem esse patamar de suas carreiras e a entenderem quais são os tópicos mais importantes e como é a dinâmica de um concurso público.

Confira no link abaixo tudo o que precisa saber sobre esse assunto e as dicas dadas pelo Prof. Valtencir Zucolotto.

https://www.youtube.com/watch?v=WEa6zueyNLk

Além da agressão física, comentários inadequados, piadas, invisibilidade e até olhares inquisidores são também formas de violência

 

SÃO CARLOS/SP - Piadas que aparentemente não ofendem. Falas que parecem inofensivas. Olhares que julgam. Essas são algumas situações vividas cotidianamente pelas pessoas trans. Mas e você: já exerceu alguma dessas violências? A prática, inaceitável, tem nome: transfobia, e é um dos temas da campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime", lançada no mês de outubro pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
"A palavra fobia tem sua origem no grego phobos, que significa 'medo' ou 'terror'", esclarece Thiago Loureiro, coordenador de Diversidade e Gênero da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da UFSCar. Segundo ele, a LGBTFobia, como o nome indica, consiste em "comportamentos ou práticas que violentam pessoas que possuem orientações afetivas-sexuais e/ou identidades de gênero dissidentes da matriz cisheteronormativa, isto é, violências cometidas contra pessoas que não se enquadram no padrão de cisgênero e/ou padrão de sexualidade heterossexual. Atos de transfobia são caracterizados por sentimentos e ações como medos, preconceitos, discriminações, estigmas, aversão ou ódio às pessoas que fogem desse padrão dito cisheteronormativo".
Para Loureiro, as violências não são apenas físicas ou diretas, mas também se realizam a partir de comentários inadequados, de piadas, da invisibilidade, de olhares inquisidores e até do apagamento da memória. "Estamos em 2023 e ainda existe muita desinformação em nossa sociedade, fato que contribui para a perpetuação de estigmas e de violências à população LGBTQIA+". Ele explica que isso não se dá por acaso, mas deriva de "um histórico sociocultural de diferentes instâncias reguladoras dessas vidas, seja no âmbito religioso (pecado), jurídico (criminalização) ou das ciências biomédicas (produção de um tipo específico de conhecimento/patologização)".
Quando olhamos para a comunidade LGBTQIA+, as pessoas trans, representadas pela letra T da sigla, sem dúvidas são as que merecem maior atenção. Os dados não deixam dúvidas: o Brasil ainda está muito atrasado quando se fala de direitos da população trans. Segundo o dossiê "Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras (2023)", citado por Loureiro, o Brasil figura como o país que mais assassinou pessoas trans pelo 14º ano consecutivo, sendo que 76% das mortes foram de travestis negras. "Tal fato decorre, entre outros fatores, pelo desamparo familiar, as restrições ao acesso e à permanência em escolas, universidades e no mercado de trabalho, lançando parte relevante dessas vidas à precariedade existencial e, compulsoriamente, à marginalização", explica ele.
O coordenador de Diversidade e Gênero da UFSCar ainda destaca: "apenas 0,02% da população trans consegue acessar o Ensino Superior público em nosso País, o que não garante a permanência, nem tampouco a conclusão dos estudos. Na UFSCar, recebemos denúncias frequentes de desrespeito ao nome social e de constrangimentos para usar o banheiro. Há casos em que estudantes evitam tomar água com o receio de usar o banheiro, com graves implicações para a saúde. A realidade marcada por constantes violências e impedimentos afeta diretamente o acesso dessas pessoas aos serviços públicos, entre eles, educação, saúde, meios sociais e segurança pública. Ao longo do período de formação básica, a evasão escolar é muito comum na vida de pessoas trans, uma vez que o desrespeito às suas identidades, assim como as condições financeiras dessa população, interferem incisivamente na continuidade dos estudos".
E como é ser trans nesse cenário? "É difícil em todos os aspectos, mas acredito que a marginalização seja um dos mais dolorosos. Nesse lugar, você não está somente separado, mas impedido de ter a mesma cidadania das outras pessoas", relata Marc Tristão, estudante do curso de Licenciatura em Matemática da UFSCar. Para ele, esse preconceito deriva de "questões histórico-culturais, e principalmente de um obscurantismo e negacionismo da ciência que podemos observar em várias épocas". 
As consequências da violência contra pessoas trans também têm efeitos na saúde. "Em decorrência dos desamparos, injúrias e violências a que está submetida, a população LGBTQIA+ apresenta maior suscetibilidade a desenvolver transtornos mentais, ideação suicida e suicídio. Muitas das pessoas LGBTQIA+ deixam de procurar serviços de saúde pública devido à falta de preparo dos profissionais, tanto no acolhimento, quanto na abordagem e conduta dessas pessoas", explicita Loureiro. 

Como combater a transfobia?
Para o estudante Marc Tristão, o primeiro passo que as pessoas poderiam dar no sentido de contribuir para uma cultura mais acolhedora para pessoas trans seria "enxergar que, assim como as pessoas cis, possuímos subjetividades". Outra recomendação é "procurar vínculos e contato com pessoas trans, pois na vivência acabamos não só obtendo material pra discutir, mas de fato criamos redes de apoio efetivas".
No âmbito mais estrutural, o coordenador de Diversidade e Gênero da Universidade ressalta que "é urgente a promoção de políticas públicas e ações afirmativas que possibilitem às pessoas trans o acesso à educação e ao mercado de trabalho no Brasil, além do avanço nas esferas legais - o reconhecimento e a reivindicação imediata do direito a ter direitos". 
Para ele, "é importante que consideremos aspectos interseccionais, como identidade de gênero e orientação afetivo-sexual, associados a outros marcadores sociais, como a raça, a idade, o território e a classe social. O nosso País carece de um mapeamento apurado desses dados para a construção de uma agenda efetiva em prol da comunidade LGBTQIA+, bem como a elaboração, implementação, avaliação e acompanhamento de políticas públicas direcionadas".
"Novamente, mudanças culturais são lentas e a educação é a chave para se repensar essas e outras questões. (...) É preciso lutar por reconhecimento e investir massivamente em educação, passando, inclusive, por reformulações curriculares, bem como na educação continuada dos ambientes corporativos e também no desenvolvimento de mecanismos que garantam a inclusão e a permanência desta população em escolas, universidades e no mercado de trabalho", completa.
Para Tristão, que integra o Grupo de Trabalho Transformação (GT Trans) da UFSCar, a inclusão vai além de falas: "A maioria das pessoas hoje adota um discurso em que sinalizam virtude, mas na prática continuam excluindo (não só) pessoas trans dos afetos e dos locais de prestígio e destaque. Escutem pessoas trans não só quando elas estiverem falando sobre ser trans!".

Serviço
Transfobia é crime. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que atos de homofobia e transfobia sejam enquadrados como crime de injúria racial, definido na Lei de Racismo. Por isso, em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência. 
Para mais orientações sobre o assunto, acesse a cartilha "Comunicação não violenta - uma abordagem trans inclusiva" (https://bit.ly/46XA8uA), disponível gratuitamente em texto e áudio, numa produção da UFSCar, por iniciativa do Grupo de Trabalho Transformar (GT Trans) e da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), e também os vídeos da campanha Transformação no canal de YouTube UFSCarOficial.

Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei. 
A Campanha apresenta temas diversos: racismo, transfobia, machismo, gordofobia, etarismo, assédio e capacitismo. Os conteúdos estão sendo veiculados no Portal da UFSCar e nas redes da UFSCar Oficial no Facebook e Instagram (@ufscaroficial), além de contar com a participação da Rádio UFSCar. 
"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.

Entendendo a sigla LGBTQIA+
O termo LGBTfobia foi estabelecido durante a III Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos LGBT, ocorrida em abril de 2016, em Brasília. Segundo Loureiro, é importante conhecer o significado do acrônimo LGBTQIA+. "Trata-se de uma terminologia referente aos grupos de pessoas de diferentes orientações afetivo-sexuais e/ou identidades de gênero", explica. Ele ainda detalha: "já sabemos que orientação afetivo-sexual e identidade de gênero não são a mesma coisa, nem tampouco possuem uma correlação 'automática'. Por exemplo, uma mulher transgênero pode se atrair sexualmente ou afetivamente tanto por homens (cis ou trans), como por mulheres (cis ou trans), por ambos, tanto como por pessoas não-binárias, ou ainda, não sentirem qualquer atração sexual ou afetiva por outras pessoas". Ele também faz uma diferenciação: sexo tem um cunho estritamente biológico, enquanto gênero tem escopo psicossocial. "É no gênero que nos tornamos, vivemos e existimos como homem e mulher", complementa. Assim, a sigla LGBTQIA+ compreende grupos de pessoas organizadas tanto em relação à orientação afetivo-sexual como às identidades de gêneros.
Por orientação afetivo-sexual (este é o termo correto e não opção sexual), entende-se a atração ou a ligação afetiva ou sexual que se sente por outra(s) pessoa(s), isto é, para quem se direciona o desejo. De uma maneira simplificada, existem as seguintes possibilidades:

- Heterossexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do sexo/gênero oposto.
- Homossexual (Gays e Lésbicas): pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero.
- Bissexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas de ambos os sexos/gêneros.
- Assexual: em geral, possui pouca ou nenhuma atração sexual, mas pode se envolver afetivamente com outras pessoas;
- Pansexual: o prefixo pan vem do grego e se traduz como "tudo". Significa que as pessoas pansexuais podem desenvolver atração física, amor e desejo sexual por outras pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico. A pansexualidade é uma orientação que rejeita especificamente a noção de dois gêneros e até de orientação sexual específica. 

Já a identidade de gênero diz respeito à percepção íntima que uma pessoa tem de si como sendo do gênero masculino, feminino, de alguma combinação dos dois, ou mesmo de nenhum deles, independente do sexo biológico. "A identidade traduz o entendimento que a pessoa tem sobre ela mesma, como ela se descreve, reconhece-se e deseja ser reconhecida socialmente", ressalta Thiago Loureiro.
"É importante compreender que o gênero não está somente relacionado à anatomia dos órgãos genitais. A autoimagem da pessoa é o fator que mais se sobressai já que ela se define conforme a sua percepção de si mesma. Além de envolver a maneira como a pessoa se enxerga no mundo, engloba também o modo de expressão, como as roupas e a aparência. Consequentemente, o seu comportamento, linguagem corporal, modo de falar e até modo de pensar também são influenciados pela identidade com a qual se identifica. Em suma, é a identificação subjetiva da pessoa, ou seja, é a forma como ela se identifica no mundo e para o mundo", conclui. 
De forma geral, podemos encontrar as seguintes identidades de gênero:

- Cisgênero: pessoa cuja identidade de gênero está alinhada ao seu sexo biológico. Aquelas que são biologicamente definidas como mulheres e possuem identidade de gênero feminina ou biologicamente definidas como homens que possuem identidade de gênero masculina.
- Transgênero: terminologia normalmente utilizada para descrever pessoas que não se identificam com o gênero com o qual foram designadas com base em seu sexo biológico. Assim, identifica-se (ou pode se identificar, a partir de determinado momento da vida) com um gênero diferente daquele que lhe foi atribuído no nascimento. Por exemplo, ao nascer, por causa de seu sexo biológico, uma pessoa pode ser considerada de um gênero - homem/masculino -, mas esse gênero não corresponde a como ela se entende e se identifica; nesse caso, essa pessoa trans pode se identificar como feminina/mulher.
- Travesti: utilizado apenas por pessoas trans com identidades femininas. Foi designada homem ao nascer, mas se entende como uma pessoa feminina que não necessariamente se encaixa no conceito tradicional (binário) de mulher. Trata-se de uma identidade predominantemente latino-americana. No Brasil, possui um forte cunho político de resistência contra a opressão e a marginalização. 
- Não-binário: é alguém que não se identifica completamente com o "gênero de nascença" nem com outro gênero. Esta pessoa pode não se ver em nenhum dos papéis comuns associados aos homens e às mulheres (pessoa agênero), bem como pode vivenciar uma mistura de ambos (pessoa gênero fluido).

Letras da sigla LGBTQIA+
Entenda, abaixo, o significado de cada letra da sigla LGBTQIA+:
- L (Lésbicas): Mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres;
- G (Gays): Homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens;
- B (Bissexuais): Homens e mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelos gêneros masculino e feminino;
- T (Pessoas Trans): Termo guarda-chuva para uma gama de pessoas que não se identificam com o gênero com o qual foram designadas com base em seu sexo biológico e na binaridade. Elas podem ser transgênero/transexual (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão "homem e mulher";
- Q (Queer): termo de origem inglesa que diz respeito a quem não se identifica e não se rotula em nenhum gênero. Transitam entre as noções de gênero e questionam a cisheteronormatividade;
- I (Intersexuais): pessoas que têm características sexuais congênitas, não se enquadrando nas normas médicas e sociais para corpos femininos ou masculinos, por exemplo, pessoas com genitália ambígua;
- A (Assexuais): pessoas que têm como principal característica a falta de atração sexual por outra pessoa, independentemente de gênero;
- +: Demais possibilidades de orientações afetivo-sexuais e identidades de gênero.

"É importante frisar que a sigla tem passado por mudanças ao longo do tempo, tanto pelos avanços no campo de estudos de gênero e sexualidades, mas, também, pela consolidação dos Movimentos Sociais Organizados desses coletivos. Não há uma instância oficial de validação das siglas, nem tampouco um consenso na sua utilização. Trata-se de uma convenção para usos específicos, a depender do que e a quem quer comunicar", salienta o coordenador de Diversidade e Gênero da UFSCar.
A partir de 2024, para ingressar no curso, será necessário se submeter às provas do Enem

 

SÃO CARLOS/SP - A partir de 2024, para ingressar no Curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), será necessário que os candidatos se submetam às provas do Enem - Exame Nacional do Ensino Médio e realizem a inscrição no SiSU - Sistema de Seleção Unificada. Antes os candidatos deveriam prestar as provas do Enem e também a Prova de Habilidades Musicais para ingressarem no curso de Música da UFSCar.
O curso de Música constará no próximo Termo de Adesão ao SiSU, a ser publicado nas próximas semanas. As pessoas interessadas em ingressar poderão ter informações como a distribuição de vagas pela reserva de vagas e ampla concorrência bem como os pesos das notas em cada uma das habilidades do Enem.
A Licenciatura em Música da UFSCar é um curso de graduação presencial, oferecido em período integral, com previsão de duração de 4 anos (8 semestres). O curso oferta 24 vagas anuais e é voltado para a formação de professoras e professores de música aptos a atuar na Educação Básica e/ou em outros espaços de ensino musical (projetos educacionais, escolas de música, conservatórios).
Confira os cursos oferecidos pela UFSCar no site www.prograd.ufscar.br/cursos/cursos-oferecidos. Mais informações também podem ser consultadas na página da Coordenadoria de Ingresso na Graduação, em www.ingresso.ufscar.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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