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ARARAQUARA/SP - As Faculdades Logatti anunciaram na quarta-feira (03) a suspensão das atividades na cidade de Araraquara. Com 78 anos de história, o estabelecimento de ensino, que opera como faculdade e colégio técnico, mantinha diversos cursos voltados à área de engenharia.

No comunicado enviado aos alunos, a unidade afirma que os desdobramentos impostos com a pandemia impactaram as empresas.

“Por se tratarem de entidades educacionais de característica privada, as Faculdades Logatti e o Colégio Técnico foram muito impactados nesse contexto, tendo em vista a queda substancial do número de estudantes matriculados desde então”, afirma.

Esse cenário impactou a sustentabilidade econômica da instituição e, por causa disso, foram suspensas as matrículas para o segundo semestre de 2024, assim como as atividades, conforme o comunicado.

A faculdade se compromete a fornecer os históricos escolares aos alunos “para que possam submetê-los a outras entidades educacionais, para avaliação ou aproveitamentos de estudos em cursos similares ou afins”.

A reportagem do Portal Morada tentou contato com a instituição, mas não obteve retorno.

 

 

Luis Antonio / PORTAL MORADA

SÃO CARLOS/SP - O Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos (SIBISC) da Secretaria Municipal de Educação vai realizar neste sábado (29/06), a partir das 9h, na Praça Pedro de Toledo, localizada na Rua São Joaquim, nº 735, no Centro, uma manhã mágica de contação de histórias com a bibliotecária Sônia Pinheiro. O espaço receberá também a Feira de Economia Solidária.

Sônia Pinheiro é uma contadora experiente e apaixonada por livros, que vai tornar a leitura uma experiência inesquecível para as crianças, um ambiente acolhedor e divertido, perfeito para se divertir com a família e fazer novos amigos.

“Mais do que entreter, o objetivo da contação de histórias é despertar nas crianças o amor pela leitura.  Ao se verem imersas em narrativas envolventes e personagens cativantes, elas descobrem o prazer de se perder nas páginas de um livro e embarcar em jornadas extraordinárias”, disse Sônia Pinheiro.

Cibeli Maria Colautti, chefe da Seção de Incentivo à Leitura, destacou que o SIBISC tem compromisso com a comunidade e a educação e que “incentivar a leitura desde a infância é fundamental para o desenvolvimento das crianças. A leitura abre portas para o conhecimento, aprimora a criatividade, expande a vocabulário e contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional”. 

“Além disso, ler se torna um hábito que pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, proporcionando momentos de lazer, aprendizado e crescimento pessoal”, completou Cibeli Colautti.

Além da contação de histórias, das 8h às 13h, a Praça Pedro de Toledo receberá também uma feira orgânica cultural da Feira de Economia Solidária, um evento para toda a família. Já as 10h, acontece a apresentação de capoeira e sessão de yoga.

Enquanto as crianças se divertem com as histórias, os pais podem aproveitar para conhecer os produtos artesanais e sustentáveis da feira, saborear deliciosos alimentos frescos e orgânicos, com opções veganas e vegetarianas. Uma oportunidade para apoiar o comércio local e contribuir para um futuro mais justo e sustentável.

SÃO CARLOS/SP - Na Tribuna Livre da sessão plenária de terça-feira (25), a Câmara recebeu o escritor Antonio Fais, presidente da Academia Literária de São Carlos (ALSCar), que oficializou convite a população para comparecer à solenidade de instalação da ALSCar agendada para o próximo dia 10 de julho no Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão.

Fais informou que a entidade sem fins lucrativos foi fundada em dezembro de 2022, de início 26 com membros fundadores que atuam em favor da cultura e da literatura, tendo lançado diversos livros e participado de projetos culturais na cidade.

Segundo ele, o modelo para a criação da Academia Literária difere daquele composto por intelectuais distantes do povo, pois contempla o trabalho de cada escritor como uma empresa nascente, uma start up e  busca atuar como acelerador desse processo.

“Esse trabalho conta muito com apoio da política, pois a  literatura traz divisas para a cidade e queremos desenvolver projetos, não simplesmente a literatura contemplativa, queremos atuar fortemente na formação de estudantes, professores e por isso é importante todo este movimento literário”, declarou.

Ainda em sua fala, o escritor destacou a importância de São Carlos possuir o título de “Capital do Conhecimento” e defendeu que possa ser criada uma Secretaria Municipal de Cultura.

Durante a solenidade de instalação da ALSCar será lançada a coletânea “Academia Literária de São Carlos em prosa e verso”.

Colaboração entre cientistas de universidades federais visa desenvolver novos processos e produtos de baixo impacto para o meio ambiente e para a saúde humana

 

SÃO CARLOS/SP - Plantas daninhas constituem um desafio na agricultura brasileira, acarretando perdas importantes na produção agrícola. Ao nascerem em locais indesejados, as daninhas competem com as culturas por água, gases, nutrientes, luz e espaço e podem atuar como hospedeiras para pragas e doenças. Também liberam substâncias tóxicas no solo, inibindo o crescimento saudável das outras plantas. Muitas espécies desenvolvem resistência aos herbicidas comerciais, tornando o controle ainda mais difícil.

Com o objetivo de contribuir no combate às daninhas de forma eficiente e sustentável, cientistas de cinco universidades federais - de São Carlos (UFSCar), Santa Catarina (UFSC), Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Goiás (UFG) - atuam em projeto em rede, que prevê o desenvolvimento de novos produtos e processos para o controle fitossanitário, com ênfase em biodefensivos. Os biodefensivos são produtos naturais - ou derivados de fontes naturais, como plantas, microrganismos (fungos, bactérias), minerais e animais. Além de controlarem pragas e doenças, oferecem uma abordagem mais ecológica e menos prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente, se comparados com os defensivos convencionais, que podem ser altamente tóxicos.

A iniciativa é coordenada por Márcio Weber Paixão, docente no Departamento de Química (DQ) da UFSCar, instituição-sede do projeto. O pesquisador conta que, atualmente, há, no País, cerca de 800 herbicidas registrados, mas as plantas daninhas desenvolveram resistência a pelo menos 50 deles. "Além disso, muitos desses herbicidas causam impactos ambientais negativos, como contaminação de rios, solo e ar, além de riscos à saúde humana e impactos sobre animais e vegetação. Também trazem outros problemas, como elevado custo e baixa estabilidade. O projeto em rede visa, portanto, superar esses desafios", situa Paixão.

Para isso, os pesquisadores realizarão a síntese e a avaliação da atividade herbicida de compostos inibidores da enzima 4-hidroxifenilpiruvato dioxigenase (HPPD). Esses compostos são considerados promissores no combate às daninhas, pois interrompem a produção de pigmentos necessários para a fotossíntese, o que leva à morte dessas plantas. Além disso, possuem alta seletividade, ou seja, são capazes de eliminar ou inibir o crescimento das plantas daninhas sem causar danos significativos às culturas agrícolas desejadas.

O processo de obtenção desses compostos deverá ser feito a partir de fontes renováveis, como resíduos de madeira e cana-de-açúcar. "A ideia é ter, como matéria-prima, moléculas derivadas da biomassa lignocelulósica, que apresenta baixa toxicidade para as demais culturas", explica Paixão. A biomassa lignocelulósica é composta principalmente por polímeros como lignina e celulose e pode ser obtida a partir de resíduos agrícolas (como palha de cana-de-açúcar, restos de milho e cascas de arroz), resíduos florestais (como serragem e resíduos de madeira) e plantas. É uma fonte sustentável frequentemente usada nas áreas de energia, química e farmacêutica, e substitui fontes não renováveis, como o petróleo, além de aproveitar resíduos que de outra forma seriam descartados.

Após a etapa de síntese dos compostos, o estudo contempla testes de germinação para verificar sua eficácia e, posteriormente, chegada ao mercado. Estes testes analisarão a seletividade dos compostos em relação às culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão.

"Ao identificarmos os compostos mais eficazes, teremos um material que combaterá as plantas daninhas sem prejudicar as culturas, garantindo, assim, novos mecanismos de ação, com foco na sustentabilidade", registra Maria Isabel Ribeiro Alves, docente na UFG e integrante do projeto.

Com isso, o estudo está alinhado à concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030, em especial o ODS2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável. Além disso, a colaboração entre cientistas de diferentes universidades federais permite uma abordagem interdisciplinar e contribui para o intercâmbio de experiências entre as áreas do conhecimento. "Isso fortalece ainda mais a pesquisa, possibilitando soluções mais inovadoras para o controle de plantas daninhas na agricultura brasileira", ressalta Alves.

O projeto conta com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através da Chamada Pública MCTI/CNPq/CT-AGRO Nº 32/2022, e tem duração prevista de três anos.

SÃO CARLOS/SP - O Sistema Integrado de Bibliotecas do Município de São Carlos (SIBISC), realiza no próximo dia 27 de junho, às 19h30, no auditório do anexo 1 da Secretaria Municipal de Educação (SME), localizado na Rua 13 de maio, nº 1.930, a segunda cerimônia de conclusão de ciclo dos clubes de robótica @sibisc.lab. Será feita a entrega de certificados para as crianças que participaram dos clubes de Xadrez e de Robótica Educacional.

O projeto @sibisc.lab tem como objetivo promover a inclusão digital e o desenvolvimento de habilidades STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática) em crianças e jovens do município, através de oficinas e atividades lúdicas. Os participantes dos clubes aprendem conceitos básicos de programação, robótica, pensamento crítico e resolução de problemas, além de desenvolverem habilidades sociais e de trabalho em equipe.

“Estamos muito felizes com o sucesso do @sibisc.lab e com o impacto positivo que o projeto tem tido na vida das crianças e jovens participantes”, afirma Amanda Cristina Marangoni, chefe da seção de Bibliotecas. 

“Os clubes proporcionam um ambiente de aprendizado estimulante e desafiador, onde as crianças podem desenvolver suas habilidades e preparar-se para os desafios do dia a dia”, completou Amanda.

De acordo com Marcos Teruo Ouchi, bibliotecário e coordenador do projeto @sibisc.lab, a leitura e a tecnologia são ferramentas poderosas que podem transformar a vida das crianças e jovens. “Através dos nossos clubes, oferecemos um ambiente de aprendizado estimulante e desafiador, onde os alunos podem desenvolver suas habilidades e preparar-se para os desafios do futuro".

A cerimônia de conclusão de ciclo contará com a presença de autoridades da área de educação e robótica educacional da cidade e da região. Durante o evento, haverá também apresentações dos alunos dos clubes, demonstrando o que aprenderam durante o ano.

BRASÍLIA/DF - A aprovação da reforma do ensino médio pela Comissão da Educação do Senado representa mais um passo para mudanças bastante significativas não apenas na rotina de profissionais da educação e de alunos, mas também para as famílias desses estudantes e para as comunidades. Para que seja de fato implementado e garanta a qualidade e equidade na educação, será necessário o empenho e articulação dos entes federados, assim como da comunidade escolar e de universidades, visando a formação de professores para o novo currículo.

Como o texto aprovado do PL 5.230/23 na comissão é um substitutivo, ele terá de retornar à Câmara dos Deputados, caso se confirme a aprovação no plenário do Senado. O texto aprovado prevê a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB), das atuais 1,8 mil horas para 2,4 mil. A carga horária mínima anual do ensino médio passa de 800 para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos.

Há a possibilidade de essa carga ser ampliada progressivamente para 1,4 mil horas, desde que levando em conta prazos e metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação (PNE), respeitando uma distribuição que seja de 70% para formação geral básica e 30% para os itinerários formativos – disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo a serem escolhidos pelos estudantes nos três anos da etapa final da educação básica.

Segundo o substitutivo aprovado, da relatora do PL no Senado, Dorinha Seabra (União-TO), a partir de 2029, as cargas horárias totais de cursos de ensino médio com ênfase em formação técnica e profissional serão ampliadas, de 3 mil horas para 3,2 mil; 3,4 mil; e 3,6 mil quando se ofertarem, respectivamente, cursos técnicos com carga específica de 800 horas, 1 mil  horas e 1,2 mil horas.

Entre os destaques apresentados pela parlamentar no relatório figura a inclusão da língua espanhola como componente curricular obrigatório, além do inglês. Outros idiomas poderão ser ofertados em localidades com influências de países cujas línguas oficiais sejam outras, de acordo com a comunidade escolar (professores, técnicos administrativos, estudantes e pais ou responsáveis).

A ampliação da carga horária e a inclusão da língua espanhola entre as disciplinas a serem ministradas são pontos positivos da reforma, segundo a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos. Ela chama atenção para alguns problemas que podem decorrer da forma como serão implementadas.

“O texto aprovado pela comissão do Senado apresenta alguns avanços, ainda que insuficientes, na comparação com o texto enviado pela Câmara”, disse a educadora à Agência Brasil. “Trazer o espanhol de volta é algo positivo, se levarmos em consideração nossa identidade continental. Mas é preciso estabelecermos uma divisão clara das cargas horárias, uma vez que horas dedicadas a espanhol são horas a menos para outros conteúdos”, disse ela ao destacar ser necessário, também, que haja clareza, no novo ensino médio, com relação não apenas à carga horária de cada disciplina, mas também aos conteúdos que serão apresentados.

Segundo a educadora, o substitutivo manteve brechas especialmente relativas à educação profissional, uma vez que não ficou claro quais seriam as disciplinas que vão compor tais áreas. “É preciso dizer as áreas do conhecimento e, dentro delas, definir disciplinas e carga horária. A nova legislação precisa apresentar e detalhar isso; pegar as áreas de conhecimento e dizer o que vai compor em termos de disciplinas".

Diretor de Políticas Públicas da ONG Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa diz que a obrigatoriedade da língua espanhola no ensino médio será provavelmente um ponto de discordância, quando a matéria retornar à Câmara.

“É possível que a Câmara não acate todas mudanças feitas pela senadora Dorinha no texto. Antevejo discordância de alguns com relação à obrigatoriedade do espanhol no ensino médio. O problema, talvez, seja colocá-lo na parte comum, como mais uma disciplina obrigatória, porque implicaria na diminuição da carga horária de outras disciplinas importantes”, disse.

A solução, segundo ele, seria a de colocar o espanhol como disciplina opcional, em vez de obrigatória. “Se as escolas já funcionassem em tempo integral, não haveria esse problema, porque a carga horária seria maior”, complementou ao lembrar que essa obrigatoriedade foi publicamente criticada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação – o que certamente será usado como argumento pelos contrários.

Criados com o objetivo de aprofundar áreas de conhecimento ou de formação técnica profissional – levando em conta a importância desses conteúdos para o contexto local e as possibilidades do sistema de ensino –, os itinerários formativos terão carga horária mínima de 800 horas nos três anos de ensino médio.

Na avaliação de Catarina de Almeida, da UnB, o aumento da carga horária do técnico profissionalizante acabaria por resultar na diminuição da formação básica, o que, segundo ela, não seria bom.

“Levando em consideração o atual quadro de professores e a infraestrutura limitada das escolas, o correto seria não fazer essa divisão [entre áreas de conhecimento e técnico profissionalizante], e sim focar exclusivamente em uma formação básica, comum a todos. Isso, na verdade, significa os dois tipos para todos. Ao separar o processo, teremos estudantes com menos informação do básico”, argumentou.

Se for para implementar com essa divisão, que seja, na avaliação dela, aumentando a carga horária total. Nesse caso, ela sugere que se postergue a implementação das novas regras. “A pressa pode atrapalhar a perfeição. Se o Brasil está atrasado nessa reformulação, ficará ainda mais com a necessidade de, depois, ter de fazer mais uma reforma. Isso prejudicaria mais gerações. O melhor é centrar esforços em uma reforma robusta que possa ficar por muito tempo”.

Com relação aos itinerários formativos, a grande preocupação manifestada por parlamentares durante a tramitação do texto foi a de resultarem em conteúdos e atividades de pouca relevância para a formação do estudante. Foi inclusive citado o caso de uma aula dedicada a ensinar estudantes a prepararem brigadeiro gourmet.

A ideia proposta prevê que os itinerários têm de estar articulados com as quatro áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): linguagens e suas tecnologias, integrada pela língua portuguesa e suas literaturas, língua inglesa, artes e educação física; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias, integrada pela biologia, física e química; e ciências humanas e sociais aplicadas, integrada pela filosofia, geografia, história e sociologia.

As diretrizes nacionais que aprofundarão cada uma das áreas do conhecimento ficarão a cargo do Ministério da Educação (MEC), em parceria com os sistemas estaduais e distrital de ensino.

O projeto em tramitação no Senado aponta para a importância do tempo integral, e isso certamente constará na lei, segundo Gabriel Corrêa, da ONG Todos pela Educação. Enquanto isso não acontece, o Senado propôs a ampliação da carga diária atual, de 5 horas, no caso dos estudantes que optarem por curso técnico. Já a Câmara defende cargas horárias iguais para os dois grupos – técnico profissionalizante e áreas de conhecimento.

“Há alguns problemas com relação ao tempo integral. Um deles é que as redes [de ensino] das secretarias de educação terão de ofertar estrutura para alunos ficarem mais tempo na escola, o que resulta em mais trabalho, recursos e contratações de professores. Outro ponto está relacionado ao risco de os estudantes optarem por uma frente, apenas pelo fato de ficarem menos tempo em sala de aula. Em outras palavras, desestimularia a escolha pelos cursos técnicos, caso a carga horária diária deles seja maior”, argumentou o diretor.

A ONG Todos pela Educação defende que não haja essa distinção entre as duas frentes, até porque mais carga atrapalha a oferta do poder público para a expansão da rede. “O ideal é que todos tenham a mesma carga horária, independentemente do caminho a ser escolhido. Com isso, a escolha é em função da vocação e dos interesses, e não da preguiça de fazer menos aulas. Por fim, isso pode confundir os estudantes, levando-os a acreditar que uma maior carga horária indicaria maior relevância”.

Um outro ponto polêmico do texto substitutivo aprovado na comissão do Senado é o que trata da possibilidade de algumas aulas serem ministradas por pessoas sem diploma de licenciatura específico para a disciplina, mas que tenham notório saber e experiência comprovada no campo da formação técnica e profissional. Algo similar já ocorre, por exemplo, quando engenheiros dão aula de matemática.

Segundo a relatora Dorinha Seabra, a atuação desses profissionais de notório saber será “em caráter excepcional, mediante justificativa do sistema de ensino e regulamentação do Conselho Nacional de Educação (CNE)."

Essa possibilidade preocupa a educadora Catarina de Almeida Santos, da UnB. Segundo ela, esse tipo de situação implica risco de, ao autorizar aulas ministradas por pessoas de notório saber, a nova legislação coloca à frente das salas de aula pessoas leigas, em vez de profissionais habilitados da área. “A meu ver, notório saber não tem relação com saber prático”.

Essa possibilidade foi também criticada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). “Um ponto considerado negativo foi a permanência do notório saber, embora o texto aponte para a normatização nacional e excepcional da contratação desses profissionais para atuarem no itinerário da formação técnico-profissional”, ponderou a entidade.

A relatora Dorinha Seabra disse à Agência Brasil que, para ser implementada de forma adequada, a nova proposta vai requerer esforço do estado e do governo federal, para melhorar a estrutura das escolas. Em especial, as estruturas de laboratórios e bibliotecas.

“Será necessário um aprofundamento em relação às disciplinas básicas. Quando se trata da educação profissional, requer uma estrutura ainda maior de investimento em laboratórios e livros; em atividades extras. Temos um grande desafio, a exemplo dos profissionais e de funcionamento das escolas”, disse.

Dorinha acrescentou que o aumento de carga horária vai requerer mais dedicação também de alunos e professores. “O tempo integral fica no foco de todo conjunto, [passando por] ampliação da carga horária e permanência na escola”.

Ainda segundo a senadora, o olhar do novo do ensino médio tem que estar cada dia mais inserido no seu espaço; na sua localidade. “Requer a participação da comunidade nesses espaços coletivos de formação e leituras em relação ao meio em que está inserido, bem como aos espaços no mundo do trabalho.”

A ONG Todos pela Educação alerta que “sem o apoio do governo federal ao estado, e dos estados às escolas, o abismo entre escolas públicas e privadas permanecerá mesmo com o país tendo sua legislação melhorada.”

A aprovação pelo Legislativo, segundo Corrêa, é apenas um primeiro passo para novos desafios. “Na sequência teremos outros desafios, até que consigamos, de forma gradual, fazer as mudanças que melhorarão o ensino médio do país. Será uma fase complexa e não rápida, tomando pelo menos os anos de 2025 e 2026”, afirmou.

Segundo ele, os desafios para a implementação das novas regras passam pela preparação de infraestruturas, profissionais, materiais e pelas avaliações que são necessárias para identificar o que pode ser melhorado.

“Além disso, será necessário estabelecer uma nova comunicação [das autoridades] com estudantes e famílias sobre as mudanças que virão. Apoiar os estudantes inclusive para que eles apoiem a escola. Não adianta o poder público se preparar e as comunidades não se apropriarem desse modelo”, complementou.

Além de campanhas midiáticas, será necessária muita atuação no ambiente escolar, no sentido de preparar professores e diretores. “Serão momentos de debates sobre projetos de vida e opções disponibilizadas pelo ensino médio. Não é apenas o governo chegar e expor suas intenções. Será necessário ouvir, dialogar e envolver o jovem nesse processo de escolha. Não será algo fácil. Por isso precisaremos de uma coordenação muito boa entre MEC e secretarias estaduais/distrital de educação”.

Outra sugestão apresentada no relatório da parlamentar é a obrigatoriedade de os estados manterem pelo menos uma escola com ensino médio regular noturno em cada município, caso haja demanda comprovada.

O relatório prevê, ainda, formação continuada de professores, de forma a garantir que eles estejam preparados para as novas diretrizes e metodologias, “com foco em orientações didáticas e reflexões metodológicas, assegurando o sucesso das transformações propostas para o ensino médio.”

O ministro da Educação, Camilo Santana, comemorou pelas redes sociais a aprovação do substitutivo na comissão do Senado. Em tom de agradecimento aos parlamentares, ele destacou, entre os avanços, a manutenção das 2,4 mil horas, conforme proposto pelo governo federal, para a formação geral básica e fortalecimento da formação técnica de nível médio.

Segundo ele, esta foi uma vitória para a educação e para a juventude do Brasil. "Prevalece o interesse maior, que é comum aos que trabalham por um país de mais oportunidades: a construção de um ensino médio capaz de contribuir para tornar a escola pública mais atrativa, gratuita e de qualidade para todas e todos”, disse.

 

 

POR AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - Docentes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) decidiram em assembleia terminar a greve que vinha desde abril.

As paralisações deverão ser completamente finalizadas até o próximo dia 3 de julho.

O retorno às aulas dependerá da decisão interna de cada instituição federal de ensino. Cada universidade definirá o próprio calendário acadêmico.

Já o setor dos servidores técnicos-administrativos terá assembleia na próxima quinta-feira, 27 de junho, para decidir se encerram ou não o estado de greve.

SÃO CARLOS/SP - A equipe GROK de robótica do Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos - SIBISC lab conquistou o primeiro lugar na modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) – etapa regional e está classificada para a etapa estadual.

A 9ª etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), coordenada pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), aconteceu nos dias 22 e 23 de junho, no salão de eventos da área 1 do campus da USP, em São Carlos, e reuniu 180 equipes com alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico, dos sete aos 17 anos.

A OBR tem como objetivo incentivar o aprendizado e o interesse de crianças e adolescentes pela robótica e estimular os jovens a seguir carreiras científico-tecnológicas. Na competição, os juízes levam em consideração a qualidade da programação dos robôs, a sua estratégia de navegação e a capacidade de criação de soluções práticas em tempo real.

Os estudantes foram desafiados em modalidades práticas para demonstrar a eficácia de seus robôs autônomos (sem operação remota ou direta) com base em conceitos das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

Os times são compostos de dois e no máximo quatro alunos. Também é exigida a participação de um professor ou técnico, vinculado ou não a uma instituição de ensino e os níveis de disputa são o nível 1, voltado aos estudantes do ensino fundamental e o nível 2 para os alunos do ensino médio e técnico.

“Com enorme entusiasmo, parabenizamos a todos os membros da equipe de robótica - Grok do SIBISC lab, por sua brilhante conquista na primeira fase da OBR! A dedicação, o trabalho árduo e a paixão pela robótica demonstradas por cada um foram fundamentais para alcançar esse resultado tão significativo”, disse Cilmara Seneme Ruy, diretora do Departamento do SIBISC.

O SIBISC recebeu a conquista com grande entusiasmo e reconhece o talento e a perseverança de todos os envolvidos ao acreditar que com esforço e colaboração, é possível superar qualquer desafio e alcançar grandes feitos, e parabenizou também o bibliotecário Teruo Ouchi, que com muita dedicação, empenho e excelência, está à frente desta jornada.

“Essa conquista não apenas representa um marco importante na jornada da equipe, mas também serve como inspiração para todos que almejam alcançar seus sonhos. Vocês demonstraram que, com persistência e conhecimento, é possível transformar ideias inovadoras em realidade. Estamos confiantes de que a equipe de robótica do SIBISC continuará trilhando um caminho de sucesso, conquistando ainda mais vitórias e elevando o nome da instituição a patamares cada vez mais altos”, completou Cilmara Ruy.

A etapa estadual da OBR, prevista para 17 de agosto na Faculdade de Engenharia Industrial – FEI, em São Bernardo do Campo, será o novo desafio da equipe de robótica do SIBISC, com paixão pela robótica, buscar novos desafios e a superar seus limites. Os melhores do Estado vão competir na final nacional, que será realizada de 11 a 17 de novembro, em Goiânia.

BROTAS/SP - No dia 19 deste mês, a Guarda Civil Municipal (GCM) realizou uma importante palestra no CREAS, que contou com a participação da Comandante Jaqueline e GCM Camila, em Brotas.

O objetivo da palestra foi esclarecer as principais dúvidas sobre a Lei Nº 11.340, conhecida por Lei Maria da Penha, e o funcionamento da rede de proteção e atenção à mulher da cidade.

A cidade conta com o projeto Guardiã Maria da Penha, um convênio cooperativo entre a Prefeitura e o Ministério Público do Estado de São Paulo. Através do projeto, a mulher vítima de violência doméstica recebe acolhimento humanizado, orientação e as medidas protetivas passam a ser acompanhadas de perto por uma equipe, que fiscalizará o cumprimento da determinação judicial.

O Projeto se tornou referência no atendimento, na proteção, na segurança e no combate a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial.

SÃO PAULO/SP - O Governo do Estado de São Paulo publicou na última sexta-feira (21) os editais do projeto de Parceria Público-Privada (PPP), conhecido como Novas Escolas. O edital prevê a construção de 33 novas unidades escolares no Estado e está dividido em dois lotes, Leste e Oeste, com 16 e 17 escolas, respectivamente. Serão 29 cidades contempladas pela PPP Novas Escolas com 35,1 mil vagas de tempo integral na rede estadual dos anos finais dos ensinos fundamental e médio.

Os investimentos previstos totalizam R$ 2,1 bilhões ao longo dos 25 anos da concessão. Metade das unidades será entregue até o segundo ano de contrato, e as demais até o terceiro.

Os leilões acontecem em 25 de setembro (Lote Oeste) e 3 de novembro (Lote Leste), na B3, em São Paulo. A entrega das propostas será em 20 de setembro, às 10h, para o primeiro lote, e, no dia 30 de setembro, no mesmo horário, para o segundo.

Poderão participar do certame empresas brasileiras e estrangeiras, isoladas ou em consórcio. Para disputar o leilão, os licitantes deverão apresentar capacidade de investimento e a receita operacional mínima indicada no edital. A remuneração da concessionária será vinculada ao seu desempenho. Em caso de descumprimento das obrigações contratuais, estão previstas penalidades, inclusive o cancelamento do contrato.

O futuro concessionário também ficará responsável pela gestão e operação das unidades escolares. O parceiro privado oferecerá apenas serviços não-pedagógicos, como:

  • manipulação de alimentos;
  • vigilância e portaria;
  • limpeza;
  • jardinagem;
  • controle de pragas;
  • manutenção e prevenção;
  • apoio escolar;
  • tecnologia da informação;
  • serviços de gestão de utilidades;
  • serviços administrativos.

A PPP Novas Escolas prevê que todas as atividades pedagógicas permaneçam sob responsabilidade da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), assim como a contratação de professores. O ensino, portanto, seguirá público e gratuito. A iniciativa busca liberar professores e diretores de tarefas burocráticas, permitindo maior dedicação às questões pedagógicas.

 

Lotes Oeste e Leste

O primeiro edital contempla o lote Oeste e envolve a construção de 17 escolas, com 462 salas de aula e 17,1 mil vagas. As cidades atendidas deste lote serão

  • Araras
  • Bebedouro,
  • Campinas,
  • Itatiba,
  • Jardinópolis,
  • Lins,
  • Marília,
  • Olímpia,
  • Presidente Prudente,
  • Ribeirão Preto,
  • Rio Claro,
  • São José do Rio Preto,
  • Sertãozinho
  • Taquaritinga.

O Lote Leste terá 16 unidades de ensino que vão atender 17,6 mil alunos em 476 salas de aula. As escolas serão construídas em

  • Aguaí,
  • Arujá,
  • Atibaia,
  • Campinas,
  • Carapicuíba,
  • Diadema,
  • Guarulhos,
  • Itapetininga,
  • Leme,
  • Limeira,
  • Peruíbe,
  • Salto de Pirapora,
  • São João da Boa Vista,
  • São José dos Campos,
  • Sorocaba
  • Suzano.

As novas escolas terão três modelos, com 21, 28 ou 35 salas de aula. Além disso, a estrutura contará com ambientes integrados e interligados, uso interativo de tecnologia, auditório de múltiplo uso, e espaços dedicados a esportes, cultura, vivência, estudo individualizado e inovação.

As 33 escolas serão construídas nos padrões de acessibilidade, e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) também será de responsabilidade das vencedoras dos leilões.

A concessão faz parte dos 13 leilões que o Governo de São Paulo realizará até o final de 2024 por meio do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP), que inclui 24 projetos qualificados e uma carteira de mais de R$ 270 bilhões.

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