Inscrições devem ser feitas pela Internet
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições do processo seletivo para docente substituto na área de Língua Brasileira de Sinais (Libras), para atuação no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Estão sendo ofertadas duas vagas. As inscrições podem ser feitas pela Internet, até 14 de abril.
Os candidatos devem ter graduação em Letras-Libras, Letras, Pedagogia, Linguística, Psicologia, Educação Especial ou Fonoaudiologia e ter título de mestre em Educação, Educação Especial, Linguística, Linguística Aplicada ou Letras. O regime de trabalho é de 40 horas semanais.
O processo seletivo simplificado constará de análise do curriculum vitae documentado e aferição de proficiência em Libras, de caráter eliminatório e classificatório. Todas as informações devem ser conferidas no edital (https://bit.ly/3dysrAR), disponível no site concursos.ufscar.br, nas opções Fase de Inscrição - Professor Substituto - São Carlos.
Pesquisa também vai analisar apoio social e qualidade de vida das crianças e de seus cuidadores
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Cientifica desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar o impacto do distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19 em crianças e adolescentes com desenvolvimento típico (sem deficiência), e comparar esses resultados com o de crianças com deficiência. O trabalho é realizado pela aluna de graduação em Fisioterapia, Isabelle Gansella Rocha da Costa, como parte de uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) pela aluna Beatriz Helena Brugnaro, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. O estudo tem parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A pesquisa busca comparar o apoio social percebido pelo cuidador, a qualidade de vida da criança e a do cuidador principal de crianças com e sem deficiência com idades entre 5 e 12 anos. Além disso, pretende verificar se existe correlação entre o apoio social e a qualidade de vida do cuidador e de crianças com deficiência e com desenvolvimento típico durante a pandemia da Covid-19.
O apoio social pode ser considerado qualquer suporte recebido por alguém, ou seja, apoio financeiro, emocional ou um apoio mais prático, no caso dos pais, por exemplo, ter alguém que ajude a cuidar da sua criança, levá-la ao médico ou à escola, se necessário. Esse apoio social pode ser dado desde por amigos, familiares, vizinhos, até por serviços de saúde, serviços sociais e profissionais. No entanto, Beatriz Brugnaro aponta que, durante a pandemia da Covid-19, muitos dos serviços comumente frequentados pelas famílias não estão funcionando devido ao período de distanciamento social, como escolas, parques, academias e terapias. "Essa mudança na rotina das famílias pode ter causado impacto negativo nas crianças e nos seus pais ou responsáveis, visto que, além da falta de socialização com pessoas que costumavam ter, as famílias podem ter tido sua rede de apoio enfraquecida, já que não podem deixar suas casas para realizar atividades que realizavam antes da pandemia", avalia Brugnaro sobre o possível impacto do distanciamento social na vida das crianças e seus cuidadores.
A hipótese das pesquisadoras é que maiores níveis de apoio social percebidos pelo cuidador mostrem relação positiva com a qualidade de vida das crianças e de seus cuidadores em ambos os grupos durante a pandemia. "Espera-se também que o grupo de crianças com desenvolvimento típico e seus pais apresentem melhores níveis de qualidade de vida em relação ao grupo de crianças com alguma deficiência", acrescenta Beatriz Brugnaro. A partir disso, a pesquisa vai mostrar se uma boa rede de disponibilidade de apoio social para essas famílias pode atuar positivamente na qualidade de vida em um cenário como o atual (pandemia) em ambas as populações.
Nesta etapa da pesquisa, serão avaliados pais ou responsáveis de crianças e adolescentes com desenvolvimento típico (sem deficiência), entre 5 e 12 anos de idade. Os interessados participarão de avaliações online, via formulários eletrônicos, com início imediato. Os interessados em participar devem entrar em contato com a aluna Isabelle Gansella Rocha da Costa, pelo telefone (16) 99310-6363 (WhatsApp) ou com a pesquisadora Beatriz Brugnaro, pelo telefone (19) 99758-1342 (WhatsApp), ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., até o final do mês de abril.
As equipes da UFSCar e da UFPR analisarão os resultados conjuntamente. O grupo do Paraná é orientado pela professora Silvia Leticia Pavão, do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 42344221.0.0000.5504).
Aulas serão online; inscrições estão abertas até 12 de abril
SÃO CARLOS/SP - O Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas para o Curso de Formação de Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) - Agentes Populares de Agroecologia. O curso destina-se prioritariamente a agricultores familiares, assentados de reforma agrária, comunidades tradicionais, estudantes, e agentes de ATER.
A iniciativa é parte do projeto "Terra, Agroecologia e Universidade: articulando saberes, trocando experiências e construindo conhecimentos", financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O curso é gratuito e tem carga horária de 80 horas. As aulas serão realizadas pela plataforma Google Meet e pelo sistema Google Classroom. São ofertadas 50 vagas. As inscrições podem ser realizadas até 12 de abril, através de formulário eletrônico (disponível em https://bit.ly/3rAgXlA). Os inscritos serão selecionados a partir dos critérios preferenciais do público-alvo e da análise da manifestação de interesse. Mais informações, incluindo cronograma e metodologia, podem ser conferidas no próprio formulário de inscrição (https://bit.ly/3rAgXlA). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
O NEA, responsável pela formação, é vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Extensão Rural (Nuper), também da UFSCar. O Nuper tem como objetivo aprofundar conhecimento e reflexão crítica sobre questões agrárias, agroecológicas e políticas públicas para o rural, por meio de pesquisa, extensão, articulação de redes e formação, visando ao desenvolvimento rural em suas múltiplas dimensões. Saiba mais nas páginas do Nuper no Facebook (facebook.com/nuperufscar) e Instagram (instagram.com/nuper_ufscar).
Sobre o projeto
O curso é vinculado ao projeto "Terra, Agroecologia e Universidade: articulando saberes, trocando experiências e construindo conhecimentos", que busca a criação e consolidação de um Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) no Campus São Carlos da UFSCar, a fim de fortalecer as alianças entre a comunidade universitária e as comunidades rurais da agricultura familiar no estado de São Paulo.
O principal foco é o desenvolvimento de trabalhos de extensão rural baseados em princípios agroecológicos e metodologias participativas em assentamentos da Reforma Agrária e junto aos povos e comunidades tradicionais do território. Entre os objetivos do projeto está a criação de três grupos de referência, a partir do trabalho com três assentamentos rurais no estado de São Paulo, todos na modalidade de Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS): PDS Mário Lago, em Ribeirão Preto; PDS Sepé Tiaraju, na divisa dos municípios de Serrana e Serra Azul; e PDS Santa Helena, no município de São Carlos. Com isso, o intuito é fortalecer a Agroecologia, a transição agroecológica e os sistemas de produção orgânicos na região de Ribeirão Preto e São Carlos.
Título homenageia a trajetória do escritor e seu compromisso com a educação pública e a transformação do País
BURI/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou, no dia 26 de março, a outorga do título de Doutor Honoris Causa a Raduan Nassar, por sua trajetória na Literatura e, também, considerando sua participação na história da Universidade, a partir da doação, em 2012, da fazenda Lagoa do Sino, onde hoje está o Campus Lagoa do Sino da UFSCar. A deliberação foi um momento muito especial da primeira sessão da 247ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário (ConsUni), marcado por emoção e qualificado como histórico pelos conselheiros.
A Reitora Ana Beatriz de Oliveira destacou sua honra em presidir a reunião do ConsUni responsável pelo reconhecimento e homenagem à trajetória do escritor e a seu compromisso com a educação pública e a transformação do País. A Presidente do ConsUni registrou também lamentar que a proposta, elaborada e apresentada pelo Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) em 2017, não tenha sido levada ao Conselho à época, adiando a concessão do título. Ana Cristina Juvenal da Cruz, hoje Diretora e então Vice-Diretora do CECH, apresentou na reunião o histórico do processo e também externou a insatisfação do Centro diante da demora.
"A aprovação em 2021 é crucial, diante do momento em que a história brasileira se encontra, para que façamos esse gesto político de outorgar a titulação ao Raduan pelo que ele representa não somente como escritor, mas também como intelectual engajado politicamente. A defesa que fazemos para que o Conselho aprove o título se dá pela trajetória de Raduan, pelo que ele nos ensinou e ensina, e também pelo tempo de hoje, que exige de nós que estejamos à altura do que precisa ser feito no atual contexto da sociedade brasileira. Para que aprendamos e nos inspiremos em pessoas como ele para nos opormos ao autoritarismo e buscarmos construir uma outra sociedade com solidariedade e sem preconceitos", defendeu a Diretora.
O documento que traça a trajetória de Raduan Nassar [https://bit.ly/3ue9WIF] e esteve em apreciação no ConsUni foi elaborado por uma comissão formada pelas docentes do Departamento de Letras Maria Sílvia Cintra Martins e Tânia Pellegrini (aposentada) e pelo docente do Departamento de Filosofia Wolfgang Leo Maar (também aposentado).
Em sua fala, Maria Sílvia Cintra Martins, estudiosa de Raduan Nassar há anos, agradeceu pela retomada da apreciação do título ao destacar que fará parte da história da UFSCar. Após explicar os critérios para a concessão da outorga - que estipulam que a pessoa homenageada precisa ser uma personalidade eminente que tenha contribuído para o progresso da Universidade, da região ou do País, ou que tenha se distinguido pela atuação em favor das Ciências, das Letras, das Artes ou da Cultura em geral -, Martins destacou a excepcionalidade do homenageado.
"Nassar preenche todos os requisitos para receber a honraria. Destaco sua contribuição para o progresso da UFSCar, por meio da doação de uma propriedade para o Campus Lagoa do Sino; sua distinção como intelectual combativo no sentido da construção de uma sociedade mais humana e democrática e por sua qualidade excepcional como escritor, atuando em favor das Letras e da Cultura", registrou.
Tânia Pellegrini evidenciou a contribuição de Nassar enquanto escritor. "Raduan é um dos poucos intelectuais que considero verdadeiramente humanista, revolucionário e militante. Ele escreveu poucos livros, mas sua obra é considerada um clássico, uma vez que nos permite, sempre que lida, encontrar ressonâncias com o presente por falar da história do Brasil, do seu povo e do conflito entre as diferentes populações brasileiras, sempre centrado no núcleo familiar", pontuou.
Wolfgang Leo Maar, por sua vez, destacou o elevado espírito público de Raduan Nassar ao doar sua propriedade para uma universidade pública. "Esse é um gesto raro na nossa sociedade, marcada pela proeminência do privado e pela enorme desigualdade de riqueza. O espírito público do escritor Raduan Nassar não se esgota nesse gesto, se expressa também pelo combativo engajamento público e político do intelectual crítico, que jamais deixou de se manifestar diante de injustiças e desigualdades da situação que vivemos", afirmou.
Messias Barbosa, assessor de Raduan, falou sobre a emoção em participar do momento, ao relembrar, diante das falas dos conselheiros, a implementação do Campus Lagoa do Sino. Ele ponderou que a homenagem a Raduan também é uma homenagem aos que estiveram envolvidos no processo, e que não poderia ter acontecido em outro momento. "Tinha de ser com uma gestão comprometida com a democracia, a educação pública, diversidade e cidadania. Estamos diante de um registro histórico muito bonito, pois é um resgate da história da UFSCar e, também, da do Raduan. Tenho certeza que ele está muito feliz", acrescentou.
Campus Lagoa do Sino A fazenda Lagoa do Sino, com 640 hectares, está situada geograficamente no município de Buri, sendo o núcleo urbano mais próximo o do município de Campina do Monte Alegre, a apenas seis quilômetros. Nela, o Campus Lagoa do Sino da UFSCar foi instalado e inaugurado oficialmente em 26 de junho de 2014.
No Campus, hoje, são oferecidos os cursos de graduação em Engenharia Agronômica, com foco em Agricultura Familiar; Engenharia Ambiental, com foco em Sustentabilidade, e Engenharia de Alimentos, focado em Segurança Alimentar.
A área doada inclui instalações como sede administrativa, salas de aulas, biblioteca, laboratórios e o restaurante universitário, abrigadas em partes das casas que já existiam na fazenda, junto a novas construções.
A escritura da doação da Fazenda Lagoa do Sino para a UFSCar foi assinada em 3 de fevereiro de 2011. O Campus mantém a produção agrícola que já existia na fazenda, principalmente pelos cursos oferecidos serem voltados para a agricultura, sobretudo a familiar, o que corresponde a 70% das propriedades rurais da região.
Raduan Nassar Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro galardoado com o Prêmio Camões em 2016.
Na adolescência foi para São Paulo com a família, onde cursou Letras, Direito e Filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Estreou na Literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978, foi publicada a novela Um Copo de Cólera, escrita em 1970. Em 1997, foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 1960 e 1970.
Com apenas três livros publicados, é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da Literatura Brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Deixou de escrever em 1984 e passou a dedicar-se à atividade rural na Fazenda Lagoa do Sino. Atualmente mora na cidade de São Paulo.
Interessados podem se inscrever até 21 de maio
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas até 21 de maio para o curso de MBA em Gestão de Serviço e Transformação Digital (GSTD).
O curso é uma nova iniciativa na área de cursos de Especialização do DEP, reunindo as competências já consolidadas e aliadas a uma visão de mercado para difundir conhecimentos e formar profissionais em um dos setores mais dinâmicos e importantes para o País, que é o setor de serviços. O MBA tem como objetivo preparar os gestores de empresas de serviços e de empresas industriais orientadas a serviços para analisar e agir estrategicamente frente aos desafios impostos na criação, implementação e gestão de serviços. Além disso, volta-se para o futuro, preparando-os para liderar a transformação digital nas empresas de serviços.
Para isso, o curso traz uma visão abrangente e se baseia em quatro pilares de conhecimentos: Fundamentos da Gestão - voltado a desenvolver capacidades essenciais na gestão das empresas de serviços; Gestão de serviços - focado em desenvolver capacidades ligadas ao design, operação e qualidade dos serviços; Excelência operacional em Serviços - voltado à melhoria operacional dos processos de serviços; e Transformação digital em Serviços - focado em discutir como as novas tecnologias vêm transformando as empresas de serviços e como aproveitar essas oportunidades.
O MBA em Gestão de Serviços e Transformação Digital (GSTD) está direcionado a empresários, diretores, gerentes e profissionais que possuem curso de nível superior e que desejam atualizar-se nas modernas técnicas da gestão de serviços e transformação digital.
A carga horária total do curso é de 440 horas, sendo 368 de aulas, 12 de atividades avaliativas e 40 de projeto aplicado. O curso tem duração de dois anos. As aulas serão remotas e ao vivo, e o corpo docente é formado por professores da UFSCar e profissionais de renomada experiência no mercado.
Esse curso está homologado pela Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar. Além disso, atende à Resolução nº 1 de 8 de agosto de 2007 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
Mais informações sobre os procedimentos de inscrição, calendário e investimentos podem ser consultadas no site do DEP (www.dep.ufscar.br). Dúvidas podem ser esclarecidas também pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo telefone (16) 3351-8238.
Evento acontece no dia 7 de abril e pode ser acompanhado pelo YouTube e pelo Facebook
SÃO CARLOS/SP - Depois da divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último dia 29 de março, algumas questões podem surgir: como faço para me inscrever na universidade? Quais são as etapas? E as datas? Para responder essas e outras dúvidas, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza, na próxima quarta-feira, 7 de abril, às 18 horas, o "SiSU/2021 -Tirando Dúvidas", evento online e aberto ao público para esclarecimentos sobre o ingresso na graduação da UFSCar por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
O evento pode ser acompanhado por todos os interessados pelo canal do YouTube (encurtador.com.br/dwxD5) e pelo Facebook da UFSCar (https://www.facebook.com/
A UFSCar está ofertando 2.893 vagas na primeira edição do SiSU/2021, distribuídas em 64 cursos presenciais de graduação nos campi de São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. Para concorrer às vagas, os candidatos precisam ter prestado o Enem e se inscrever no SiSU, no período de 6 a 9 de abril, quando podem escolher duas opções de cursos. No caso da UFSCar, todos os procedimentos para matrícula serão feitos integralmente em formato remoto.
Mais informações sobre o ingresso na UFSCar podem ser obtidas no site da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), em www.prograd.ufscar.br.
Atividade é gratuita e aberta a todos os interessados
SÃO CARLOS/SP - Nesta quinta-feira, dia 1º de abril, será realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o Webinar "O cuidado a crianças com TEA: perspectivas da família, saúde e educação", proposto pela Liga Acadêmica da Saúde da Criança e Adolescente e pela Especialização em Enfermagem Pediátrica da Instituição. A atividade será transmitida pelo Youtube, a partir das 18 horas, aberta a todo o público.
A realização da atividade marca o início do Abril Azul, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e desmistificá-lo.
O tema do webinar será apresentado por Marli Moretti, presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência de São Carlos e mãe de um adolescente com TEA; Marilia Pessali, psiquiatra; Amanda Pereira, educadora especial e psicopedagoga; e Diene Carlos, docente do Departamento de Enfermagem da UFSCar.
O evento online é aberto a todo o público e não há necessidade de inscrição prévia. Os participantes receberão certificado. A apresentação será às 18 horas, pelo Youtube (https://bit.ly/39u8zOh).
Aulas on-line combinam metodologias com atividades presenciais; no Senac, práticas ocorrem somente em momentos de maior segurança sanitária
SÃO CARLOS/SP - É certo que a pandemia de Covid-19 impactou o sistema educacional, alterando a rotina dos estudantes nos mais diversos níveis de aprendizado. E com as aulas presenciais paralisadas em escolas, universidades e demais instituições públicas e privadas do país, os investimentos no ensino remoto se intensificaram, adaptando a atividade para uma nova modalidade: ensino híbrido, que une diferentes características e metodologias.
Márcia Cristina Fragelli, coordenadora educacional do Senac São Carlos, explica a diferença do formato para outras vertentes, como ensino a distância (EAD), que também ganhou força diante desse cenário. “O ensino híbrido permite a alternância de ciclos, entre presencial e on-line. Diferentemente do ensino remoto, que é essencialmente digital, no híbrido há um retorno gradativo ao presencial, promovendo com segurança a retomada do relacionamento interpessoal por meio da convivência com os colegas de turma e docentes, ao mesmo tempo em que há contato com as plataformas tecnológicas. A modalidade também é adaptável e pode ser alterada para atender às necessidades de cada estudante.”
A integração do ensino híbrido ao ambiente educacional e o surgimento de novas possibilidades são frutos de uma necessidade de adequação e quebra de paradigmas que se fizeram indispensáveis no contexto atual. Suas vantagens incluem mudança na rotina de estudos, autonomia sobre o próprio aprendizado além do desenvolvimento de habilidades como autogestão, criatividade, flexibilidade e inteligência emocional, que podem ser vistas como diferenciais no mercado de trabalho.
“O ensino híbrido não deixa de ser uma realidade atual, pelo momento em que vivemos e pelo domínio das tecnologias, que são essenciais para o desenvolvimento profissional e pessoal. Além do mais, ajuda a expandir horizontes no acesso à informação e às novas experimentações. Com a modalidade, é possível desenvolver e aperfeiçoar competências e habilidades que não caberão apenas em um cenário, mas em vários”, reforça Leandro D’Arco, gerente do Senac São Carlos.
O gerente ressalta também que o ensino híbrido na unidade recebe todos os cuidados necessários e é aplicado somente em momentos nos quais o coronavírus está sob controle. “Para as aulas práticas que integram o modelo, adotamos medidas específicas de segurança, como a divisão das turmas em grupos menores para garantir o distanciamento adequado, uso obrigatório de itens de proteção e demais orientações das autoridades competentes.”
Para garantir o bom aproveitamento do método, algumas adaptações são necessárias para que não se torne um momento de estresse e desgaste para o aluno e seus familiares. Sendo assim, os educadores do Senac São Carlos dão algumas dicas:
Planejamento é essencial, prepare o ambiente. Não apenas o físico, mas o familiar. Converse com a sua família sobre a seriedade desse momento, é preciso um ambiente tranquilo e silencioso para aproveitar o conteúdo das aulas.
Se prepare para momentos de intervenção com a turma, pois diferenças de áudio e vídeo entre os alunos do remoto e presencial podem criar ruídos nessa comunicação.
Aprofunde seu conhecimento sobre as tecnologias que serão essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional. Se aventure em novas metodologias e aproveite da possibilidade de interação com outras turmas, ou até mesmo escolas.
Crie rotinas em ambientes com mínimas distrações e organize o espaço de estudos, verificando todas as ferramentas necessárias antecipadamente (computador, tablet, celular, conexão e áudio).
Lembre-se: o ensino híbrido prevê aprendizagem integrada (on-line e presencial), com controle de tempo, lugar, caminho e ritmo de aprendizagem adequados para cada curso, aluno e circunstância.
Para saber mais sobre as possibilidades de qualificação por meio do ensino híbrido, acesse o Portal: https://www.sp.senac.br/saocarlos.
Estudos apontam importância da relação entre metabolismo e temperatura do ambiente na estruturação de comunidades aquáticas
SÃO CARLOS/SP - Ao longo dos séculos, cientistas criaram diferentes teorias para explicar a biodiversidade, ou seja, a variabilidade de organismos vivos de todas as espécies existentes ao redor do mundo. Além da explicação, essas teorias são fundamentais também para os esforços de proteção e conservação de espécies.
Duas das teorias mais importantes são as chamadas teoria nicho-neutra, que remonta ao início do século XX, e a teoria metabólica, já dos anos 2000. Agora, Victor Satoru Saito, docente do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), juntamente com dois pesquisadores baseados na Inglaterra - Daniel M. Perkins, da Universidade de Roehampton, e Pavel Kratina, da Universidade Queen Mary -, traz um novo olhar que integra essas teorias, buscando melhor entendimento da biodiversidade, especialmente em ecossistemas aquáticos.
A motivação para a pesquisa surgiu da constatação de diferenças na biodiversidade de animais aquáticos em ambientes brasileiros e europeus. "Nós fazíamos os mesmos estudos em peixes e insetos, por exemplo, e percebíamos a diferença. Foi a partir desses dados que resolvemos unir teorias e buscar explicações para essas diferenças", lembra Saito.
"A teoria do nicho é aquela determinística, que defende a sobrevivência de determinada espécie com base no ambiente em que vive. Em uma vegetação de área árida, por exemplo, existirá um tipo de espécie, que possui adaptações próprias para viver naquele ambiente. Em uma floresta pluvial, as espécies que estão sobrevivendo têm estratégias diferentes", exemplifica.
A teoria neutra, dos anos 2000, inicialmente contrastou com a do nicho, por entender que processos aleatórios não relacionados às adaptações, chamados de estocásticos, seriam mais importantes para explicar a biodiversidade. "Em uma população de elefantes, por exemplo, quando se reproduzem, há chances, aleatórias, de os filhotes nascerem machos ou fêmeas. Se todos os filhotes aleatoriamente nascem machos, a população será extinta", pontua Saito.
Com o tempo, no entanto, os pesquisadores entenderam que as duas teorias coexistem. "Elas já são vistas na literatura como uma teoria unificada, conhecida por teoria nicho-neutra, pois, em determinadas situações, as comunidades naturais claramente são estruturadas pelo nicho; em outras, por processos aleatórios. A questão é que não se sabe, exatamente, os motivos pelos quais determinada comunidade é estruturada de acordo com uma ou outra teoria", esclarece o docente.
Assim, os estudos de Saito e colaboradores são uma tentativa de compreender esses motivos. "Tentamos entender o que está por trás dessas variações, de comunidades mais estocásticas e de comunidades mais determinísticas. Para isso, unimos a teoria nicho-neutra com a teoria metabólica", adianta o pesquisador da UFSCar.
Metabolismo e biodiversidade
Saito explica que a teoria metabólica da ecologia, surgida formalmente em 2004, avançou separadamente da nicho-neutra. "A metabólica, que não dialogava com a nicho-neutra, indica que o metabolismo dos organismos determina fortemente o que se encontra na natureza", sintetiza. O pesquisador define que metabolismo diz respeito a todas as atividades biológicas que determinado organismo faz para se manter vivo. "A maneira como respiramos faz parte do nosso metabolismo, assim como a reprodução e a alimentação - são ações que mostram como estamos gastando energia, dentre muitas outras que realizamos", explica.
Dois fatores são importantes para caracterizar o metabolismo de um organismo: o seu tamanho e a temperatura do ambiente. Em relação ao tamanho, o metabolismo do ser humano, por exemplo, é diferente do de outros animais, como baleia, rato ou sapo, devido à estrutura corpórea. "Uma população de elefantes, novamente, é bem menor do que a de ratos, já que ele tem metabolismo lento e precisa de muita energia para manter o seu corpo gigante. O rato, ao contrário, tem o metabolismo acelerado e, assim, desenvolvimento rápido, podendo ter muitos filhotes", exemplifica Saito.
Mas a temperatura do ambiente também influencia diretamente no entendimento da manutenção e de comportamentos de determinada comunidade, especialmente daquelas em que os organismos não controlam a temperatura corpórea, como insetos aquáticos, peixes e anfíbios.
"Em organismos ectotérmicos, a temperatura do corpo é igual à temperatura do ambiente. Assim, a temperatura é muito importante para o metabolismo. Quanto maior ela é, mais rápido é o metabolismo, já que ele é basicamente um conjunto de reações químicas, que acontecem mais rapidamente em um ambiente quente. Um sapo, por exemplo, num ambiente frio, terá reações mais lentas em seu corpo, portanto um metabolismo mais lento. No quente, as reações acontecem rápido, fazendo com que o metabolismo seja acelerado", explica o pesquisador.
Assim, a estruturação dessas populações é diferente no ambiente quente e no ambiente frio. Com mais reações químicas acontecendo rapidamente no ambiente quente, os organismos gastam mais energia para realizar suas atividades. Isso faz com que sobre pouca energia para a reprodução. Portanto, as populações dos animais ectotérmicos nesses ambientes são menores do que em um ambiente frio, onde o gasto energético é menor e sobra mais energia para a reprodução.
"Sabemos que em um riacho da Finlândia, por exemplo, há cinco vezes mais insetos aquáticos do que em um riacho da Mata Atlântica, em São Paulo. Se no frio eles 'economizam' energia, então sobra mais energia para reprodução", conta Saito. "Outra diferença é que temos espécies anuais de insetos na Finlândia. Então, cada população tem o ciclo de um ano inteiro para virar adulto, para botar ovo de novo. Já no Brasil, temos três ou quatro gerações de insetos em um ano só, já que viram adultos e morrem mais rapidamente, e assim, as populações acabam ficando pequenas", complementa.
Em resumo: se o animal é maior, reproduz menos; se o animal é maior e vive em ambiente quente, menos ainda. Com isso, a população se torna pequena. E é nesse raciocínio que vem a proposta que mescla a teoria metabólica com a nicho-neutra: em ambiente quente, o metabolismo se comporta de tal forma que há menos energia para reprodução (teoria metabólica) e, portanto, as populações tendem a ser pequenas. Consequentemente, elas são mais propícias a serem dependentes de processos aleatórios (teoria nicho-neutra). "Se a população já é pequena, e se, com a reprodução, os que nascem são machos, ela tem bem mais chance de entrar em extinção; já em populações grandes, a chance de nascerem machos e fêmeas é muito maior, portanto os processos aleatórios não influenciam tanto quanto em populações menores", explica Saito.
Próximos passos
O trabalho dos pesquisadores foca na ecologia animal de insetos aquáticos e peixes, mas, segundo Saito, os estudos são promissores para outros tipos de animais e até plantas, tendo em vista que o metabolismo existe em todos os grupos. A partir dos estudos teóricos, os próximos passos consistem na coleta aplicada de dados para verificarem se, de fato, teoria e prática funcionam juntas.
O pesquisador da UFSCar destaca como os estudos teóricos são essenciais para o monitoramento da biodiversidade no mundo. "Quando pensamos em perda da biodiversidade, há uma visão muito voltada à teoria do nicho, com a ideia de que a preservação do ambiente é, necessariamente, a preservação de uma espécie. Mas nosso trabalho mostra que a questão é bem mais complexa e que existem outros fatores para monitorarmos essa biodiversidade de forma mais apurada".
"No ambiente frio, em que as espécies são mais estruturadas por processos de nicho, é mais claro que conseguiremos proteger a população de uma espécie se protegermos o seu ambiente. Já no quente, a proteção do ambiente talvez não seja a única forma de preservar as espécies ali presentes. Encontramos, portanto, um grande desafio para o monitoramento da diversidade em ambientes quentes como no Brasil, e enxergar que existem essas variáveis permite a reflexão sobre estratégias que considerem essa realidade. É preciso considerar que os processos aleatórios são fortes em ambientes quentes, e com isso entender melhor, inclusive, os motivos pelos quais algumas estratégias de conservação e proteção falham", reflete Saito.
As conclusões dos autores foram publicadas na revista Trends in Ecology & Evolution, em artigo intitulado "A metabolic perspective of stochastic community assembly". O texto pode ser acessado em https://bit.ly/2P925gt.
Fotocatálise é definida como a forma mais eficiente de descontaminação da água, um método que utiliza nanocompósitos fotocatalíticos baseados em precursores de baixo custo.
SÃO CARLOS/SP - Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Espectroscopia de Materiais Funcionais (Lemaf) do IFSC/USP, em parceria com colegas do African Centre of Excellence for Water and Environmental Research (Acewater), da Nigéria, conseguiu resultados muito promissores para o desenvolvimento de uma nova forma segura e de baixo custo para a descontaminação de água - fotocatálise -, tendo como principal objetivo a implementação da mesma em países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento, onde as doenças, muitas delas fatais, associadas a águas contaminadas, continuam a ser uma realidade em grande parte do planeta.
Esta pesquisa foi coordenada pelos pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Andréa de Camargo e Hellmut Eckert, e por Emmanuel Unuabonah, diretor do Acewater e professor da Redeemer's University, da Nigéria. que, com o apoio da FAPESP, permaneceu três meses em nosso Instituto para acompanhar o desenvolvimento do trabalho.
Em entrevista concedida à Agência FAPESP, a Profª Andréa de Camargo confirmou que a fotocatálise é, de fato, a forma mais eficiente de descontaminação da água, tendo a equipe desenvolvido um método que utiliza nanocompósitos fotocatalíticos baseados em precursores de baixo custo, abundantes nos países da África subsaariana e também no Brasil, e em radiação solar, o que proporciona uma solução sustentável para regiões nas quais o abastecimento de energia elétrica estável constitui um problema. Assim, ao interagir com a radiação solar, o material libera espécies reativas de oxigênio - como o oxigênio singleto - que destrói microrganismos e degrada resíduos de antibióticos e efluentes agrícolas.
Para produzir os nanocompósitos, os pesquisadores utilizaram como precursores argila (caulinita), semente de mamão papaia ou casca de banana (como fontes de carbono) e sais de metais (cloreto de cobre ou cloreto de zinco). “Nanocompósitos formados por caulinita, sementes de papaia, cobre e zinco mostraram-se eficientes para a purificação de água contaminada por Escherichia coli resistente a múltiplas drogas e metais”, afirma De Camargo.
O estudo identificou três mecanismos de desinfecção, dependendo do compósito estudado: a interação eletrostática, identificada para o compósito dopado com zinco, em que cargas superficiais positivas interagem fortemente com grupos carboxílicos das paredes celulares das bactérias, levando-as a aderir às superfícies do compósito; a toxicidade metálica, identificada, em menor ou maior escala, para os três compósitos testados; e a fotocatálise, com a geração de oxigênio singleto a partir do oxigênio molecular em presença da luz solar e a oxidação de lipídeos e proteínas em torno das membranas celulares das bactérias, levando à sua destruição.
“Apesar de os três mecanismos terem sido identificados, ainda não está claro se ocorrem simultânea ou sequencialmente. Em todo caso, a prova do conceito está dada: materiais híbridos nanocompósitos baseados em precursores de baixo custo foram eficientemente utilizados para a desinfecção de água contaminada com bactérias multirresistentes”, sublinhou Andréa de Camargo à Agência FAPESP, tendo acrescentado que “Considerando o consumo diário médio por adultos saudáveis, que é de três litros e meio, os resíduos de cobre e zinco presentes na água tratada, respectivamente de 0,8 miligrama e de 0,51 miligrama por litro, estão abaixo do máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, ou seja, os resíduos de cobre e zinco presentes na água tratada não são prejudiciais para o consumo humano.
Recordamos que o acesso à água potável vem diminuindo, devido ao progressivo descarte de poluentes domésticos, agrícolas, industriais e hospitalares no meio ambiente. Microrganismos nocivos, nitratos, fosfatos, fluoretos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e metais pesados – como cádmio, mercúrio e chumbo – estão entre os principais contaminantes.
Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas bebem água contaminada por fezes, sendo também um drama a contaminação da água por cepas de bactérias resistentes a múltiplas drogas e metais, selecionadas pelo descarte indiscriminado de antibióticos no meio ambiente.
(Com informações da Agência FAPESP)
*Rui Sintra - Assessoria de Comunicação - IFSC/USP
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