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ITÁLIA - Charles Leclerc parecia a caminho de uma sólida terceira posição neste domingo no GP da Emilia Romagna, mas uma rodada seguida de uma batida comprometeu seu resultado, terminado apenas em sexto, o que permitiu uma aproximação ainda maior de Max Verstappen no Mundial de Pilotos da Fórmula 1.

Buscando modos de ultrapassar Sergio Pérez, a Ferrari trouxe o monegasco para os boxes para colocar pneus macios. Ele se aproximou do mexicano e começou a atacar, mas passou reto em uma zebra, acabou rodando e batendo de leve na barreira de proteção, causando danos em sua asa dianteira.

Ele precisou entrar novamente nos boxes, saindo em nono, mas conseguiu se recuperar até terminar em sexto. Em entrevista à Sky Sports F1, o monegasco lamentou a batida, afirmando que acabou exagerando quando não deveria.

"É uma pena. O que aconteceu antes da rodada, são detalhes e fazem parte das corridas sabe, mas sim, acredito que essa rodada não deveria ter acontecido hoje".

"A terceira posição era o melhor que poderia ter feito, não tínhamos ritmo para muito mais e acabei pagando o preço por ser muito ganancioso, perdendo sete pontos em potencial, comparado ao terceiro lugar que estava antes, então é uma pena".

"São sete pontos que podem ser valiosos no final do campeonato com certeza. E isso não pode acontecer novamente".

Leclerc ainda foi questionado se o domínio exibido pela Red Bull neste fim de semana representa um passo adiante ou se é algo específico da pista de Ímola.

"É impossível de saber. Acho que é difícil de saber. Só o tempo dirá qual o tamanho do avanço deles. Mas certamente parecem mais competitivos que nas primeiras corridas, ou similar a Jeddah".

"Tivemos a vantagem no Bahrein e na Austrália e eles foram melhores em Jeddah e aqui. Então é muito próximo. E acho que será assim pelo resto da temporada. É por isso que qualquer erro, e um grande como esse, podem ter consequências, que poderiam ter sido muito maiores".

"São apenas sete pontos hoje, mas no futuro podem ser mais, então preciso ter cautela".

 

 

Por: Guilherme Longo / motorsport.com

SÃO PAULO/SP - O heptacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton disse na quarta-feira (13) que deseja passar mais tempo no Brasil e indicou sua aprovação sobre uma tentativa de torná-lo cidadão honorário.

O britânico, condecorado por seu próprio país, esteve em São Paulo para fazer uma palestra em um evento focado em negócios e transformação digital.

Palestrantes anteriores do VTEX Day incluíram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente dos EUA Barack Obama e o empresário britânico Richard Branson.

“Quero passar mais tempo aqui no Brasil […]. É uma cultura tão bonita. Só estive no Rio e em São Paulo, mas quero voltar no Natal, Ano Novo ou algo assim”, declarou Hamilton.

“Neymar me convida todos os anos, e o Gabriel [Medina] me convida todos os anos, mas eu nunca tive a chance […]. Estou esperando meu passaporte brasileiro”, afirmou.

Um projeto de lei para tornar o piloto de 37 anos cidadão honorário do Brasil está em tramitação na Câmara dos Deputados.

A medida foi proposta pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE) após o GP do Brasil do ano passado, no qual Hamilton segurou a bandeira brasileira após vencer no circuito de Interlagos, em São Paulo.

A torcida gritava seu nome junto com o do tricampeão mundial Ayrton Senna, herói nacional que morreu em Ímola em 1994 e que é apontado por Hamilton como seu ídolo de infância.

 

 

REUTERS

AUSTRÁLIA - Vindo de vitória na Arábia Saudita, Max Verstappen quase colocou as mãos na pole position do GP da Austrália. Quase. No estouro do cronômetro, Charles Leclerc levou a melhor na madrugada deste sábado para largar do posto de honra pela segunda vez em 2022. O monegasco anotou 1m17s868 em sua volta, com 0s2 de vantagem sobre o atual campeão da Fórmula 1. Sergio Pérez ficou em terceiro.

Disputada pela Ferrari e RBR do início ao fim, a sessão foi marcada pelos incidentes de Nicholas Latifi e Lance Stroll, no Q1, e de Fernando Alonso no Q3. Além disso, a Mercedes conseguiu colocar seus dois carros no top 10, com Lewis Hamilton em quinto lugar e George Russell em sexto.

Essa foi a 11ª pole da carreira de Leclerc e a segunda em 2022; o monegasco já havia largado da ponta na corrida de abertura do campeonato, no Bahrein.

BAHREIN - Quando a Ferrari se mostrou forte ao longo das duas sessões de testes coletivos de pré-temporada da Fórmula 1, entre fevereiro e março, houve quem enchesse o rendimento de reticências. É real ou fruto das magias dos testes? O GP do Bahrein do último domingo provou: era tudo verdade. A Ferrari briga pelo título mundial.

Charles Leclerc foi pole, venceu e ainda marcou a volta mais rápida em Sakhir. Em que pese o problema de confiabilidade da Red Bull que tirou Max Verstappen do segundo lugar, mandaria os dois carros ao pódio mesmo que a dobradinha não se concretizasse. Mas se concretizou.

SÃO PAULO/SP - O diretor executivo de automobilismo da Band, Fred Sabino, divulgou na tarde desta terça-feira, pelo Twitter, que a o canal BandSports vai transmitir as duas horas finais dos testes da F1 no Bahrein, na quinta, sexta e no sábado, sempre das 11 às 13h de Brasília, com flashs durante a programação da Band, na TV aberta, sempre com a participação do repórter Felipe Kieling, que vai substituir Mariana Becker que precisou se afastar por problemas de saúde.

- Com muita alegria, confirmo que o Bandsports transmite ao vivo as duas horas finais dos testes da F1 no Bahrein, quinta, sexta e sábado. Sempre das 11 às 13h de Brasília. E durante a programação da Band teremos flashes e reportagens do Felipe Kieling - postou o diretor.

O narrador do canal e voz da Fórmula 1, Sérgio Maurício, compartilhou a publicação e celebrou o que segundo ele seria um ineditismo no Brasil.

- Pela primeira vez na tv brasileira #issosoabandmostra - postou o jornalista.

 

LANCE!

 

ALEMANHA - A atual campeã de construtores da Fórmula 1, a Mercedes revelou nesta sexta-feira o W13, carro com o qual disputará a temporada 2022 da categoria - a começar em 20 de março, com o GP do Bahrein. O modelo resgatou o tradicional prata da marca, temporariamente retirada em 2020 e 2021 para a adoção do preto em lembrança à luta antirracista no esporte.

O time seguirá com o heptacampeão Lewis Hamilton em seu décimo ano de parceria - e o próprio esteve presente no lançamento, encerrando de vez os rumores sobre sua aposentadoria. Ele receberá como companheiro o britânico George Russell, egresso da Williams e substituto de Valtteri Bottas, que representou a Mercedes entre 2017 e 2021 e agora integra a Alfa Romeo.

O modelo é apenas um vislumbre das mudanças promovidas pelo novo regulamento técnico da F1. O primeiro contato real com os carros e os efeitos em seu desempenho na pista serão vistos apenas na pré-temporada de Barcelona, no Circuito da Catalunha, de 23 a 25 de fevereiro.

Embora tenha perdido o título de pilotos para Max Verstappen e a RBR, o time alemão saiu de 2022 com um octacampeonato e busca, em 2022, manter sua hegemonia; o time é dono de uma das maiores da história da categoria, com oito títulos consecutivos desde a introdução dos motores híbridos, em 2014.

De lá pra cá, foram 110 vitórias e 231 pódios, ao longo de sete anos consecutivos. O desafio, porém, é manter-se competitiva em um ano de novo regulamento e gerir bem o desempenho dentro e fora da pista de sua nova formação de pilotos, com a chegada de Russell.

O britânico conquistou um pódio em 2021 pela Williams, com o segundo lugar no GP da Bélgica. Esse, porém, não será seu debute na Mercedes; Russell substituiu Hamilton no GP de Sakhir em 2020, quando o heptacampeão testou positivo para a Covid-19, e chegou a brigar pela vitória antes de ter sua corrida prejudicada por um erro duplo no pit stop e um pneu furado. Ele terminou em nono lugar.

Outra questão a ser enfrentada pela octacampeã de construtores é superar os problemas que atrasaram o time no começo de 2021, como a própria confiabilidade do carro e o desempenho do motor - problema que acompanhou Hamilton e Bottas até as últimas corridas da temporada passada.

Esses empecilhos potencializaram o crescimento da RBR e de Verstappen, que vinham na melhor fase do time austríaco desde o começo da era híbrida.

A Mercedes também encara um desfalque em seu corpo técnico em um ano de mudanças estruturais essenciais na F1; pelo menos 50 profissionais de Brackley foram contratados pela RBR para o projeto de desenvolvimento de seu próprio motor. Entre eles está o agora ex-chefe de engenharia mecânica da equipe octacampeã, Ben Hodgkinson.

O time alemão tem como diretor técnico desde 2021 o engenheiro Mike Elliot, substituto de James Allison - que agora gerencia a divisão dentro da montadora.

INGLATERRA - A Comissão de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta segunda-feira (14) que o Grande Prêmio (GP) de São Paulo, entre 11 e 13 de novembro, receberá uma das três sprint races (corridas curtas, realizadas no sábado anterior à prova oficial, no domingo) da temporada 2022. As demais etapas serão nos GPs da Emilia-Romagna (22 a 24 de abril) e da Áustria (8 a 10 de julho).

A sprint race dura um terço (no caso de São Paulo, 24 voltas) da prova oficial e define a ordem de largada para domingo. No ano passado, os três primeiros colocados da corrida curta pontuaram. A partir de 2022, os oito melhores somarão pontos, em ordem decrescente (o vencedor ganha oito, o segundo leva sete e assim por diante). Um dia antes, na sexta-feira, o treino da tarde servirá de classificação para a sprint.

EUA - Os planos da Fórmula 1 para ampliar as corridas sprint em 2022 sofreram um forte baque por disputas financeiras. Se a categoria tinha intenção de dobrar o número de eventos, de três para seis em 2022, um atrito entre equipes grandes e pequenas vem frustrando os planos do grupo Liberty Media.

Isso porque, de acordo com o site Auto Motor und Sport, enquanto Mercedes, Red Bull e Ferrari defendem o aumento do teto orçamentário em US$2,65 milhões (R$ 13 milhões na cotação atual) para cada equipe como uma compensação por possíveis danos durante as corridas sprint, a McLaren, por exemplo, se opõe ao crescimento de qualquer limite. Já Guenther Steiner, chefe de equipe da Haas, diz entender ambos os lados.

“Se você tem dinheiro, o que você precisa é de um teto orçamentário maior – como quando você não tem dinheiro, o que você tenta fazer é conseguir mais dinheiro”, disse Steiner, em entrevista ao site britânico Autosport. "Então, acho que eles tentam usar seu poder para mover algo que os ajudaria a realizar, que é poder gastar mais dinheiro", completou.

Steiner crê que a governança da Fórmula 1 poderá acalmar os ânimos e não favorecer nenhum dos lados. "Algumas equipes só precisam de mais dinheiro, o limite do orçamento não é o problema, na verdade é o dinheiro que é o problema. Acho que a maioria das pessoas tem esse problema. Mas existe uma governança em vigor, e isso resolverá essas questões", concluiu.

No ano passado, as equipes receberam um subsídio de US$ 450 mil— equivalente a mais de R$ 2 milhões, na cotação atual — para participar das corridas de classificação, além de US$ 100 mil — ou seja, R$ 558 mil — para possíveis acidentes ou danos. Vale lembrar também que o teto orçamentário, em 2021, era de US$ 145 milhões (R$ 763 milhões). Em 2022, a Fórmula 1 diminuiu os gastos para US$ 140 milhões (R$ 736 milhões).

Além disso, uma reunião está prevista para o dia 14, onde um acordo oficial entre Liberty Media, FIA e as equipes é esperado para acontecer. O grupo mantém os planos de introduzir a longo prazo o número de seis sprints, mas entende que pelas dificuldades que os times podem enfrentar com os carros novos, três segue como um número aceitável. Propostas de aumentar o teto orçamentário não serão apoiadas pelo grupo.

 

 

GRANDE PRÊMIO

EUA - Prevista para começar em 20 de março, a temporada 2022 da Fórmula 1 contará com um veterano a menos no grid, já que o campeão mundial de 2007 Kimi Raikkonen se aposentou no fim do campeonato passado. Passado seu primeiro mês depois de "pendurar" o capacete, o finlandês não poupou palavras ao dar sua opinião sobre o mundo que deixou para trás no esporte, fora das pistas.

- Tem sido assim por muitos anos, muitos anos. Talvez as pessoas percebam melhor agora. Eu não me envolvo. Sei de um monte de coisas que acontecem, mas fico de fora. Não é muito saudável se envolver com essas coisas sempre - comentou o ex-piloto da Alfa Romeo.

Piloto com maior número de GPs disputados, um total de 349, Raikkonen chegou na F1 em 2001, correndo pela Sauber.

Nos 20 anos seguintes, faturou os vice-campeonatos de 2003 e 2005 com a McLaren, foi campeão mundial em 2007 pela Ferrari, representou a Lotus de 2012 a 2013 e retornou à escuderia italiana em 2014 até assinar com a Alfa Romeo para 2019.

O finlandês tirou um período sabático da F1 em 2010 e 2011; nesse período, aventurou-se em categorias como a NASCAR, nos Estados Unidos, e o Mundial de Ralí.

Ao longo das últimas duas décadas, Raikkonen viu a F1 passar por uma série de mudanças de pequeno e grande impacto, sobretudo a adoção de três tipos de motores diferentes, encerrando e inaugurando eras importantes na categoria. Ainda assim, ele a vê dominada pelo fator financeiro.

- O dinheiro com certeza muda as coisas, como em qualquer esporte. E quanto mais dinheiro em jogo, mais política. Com certeza ele desempenha um papel importante, e poder. As pessoas querem ter poder, isso e aquilo. Muitos políticos se sairiam bem aqui! - brincou.

O ex-piloto da Alfa Romeo deixou a F1 com 21 vitórias, 18 poles positions e 103 pódios, além do título que conquistou em 2007 com a Ferrari. Ele é o quinto piloto da história a terminar uma corrida mais vezes entre os três primeiros. Em seu último ano, ele foi 16º colocado no Mundial, com dez pontos.

Com a aposentadoria do finlandês de 42 anos, Fernando Alonso (40), Lewis Hamilton (37) e Sebastian Vettel (34) passam a ocupar, respectivamente, os lugares de mais experiência na F1. E é de consciência leve que Raikkonen deixará para trás os rivais, a categoria e toda a bagagem extra que ela traz para a competição:

SÃO PAULO/SP - Diante dos rumores sobre uma possível aposentadoria de Lewis Hamilton, a Mercedes publicou uma foto do piloto em suas redes sociais e agitou a internet. O inglês está contido desde que perdeu o campeonato mundial da Fórmula 1 de 2021, para Max Verstappen, na última volta do GP de Abu Dhabi.

A Mercedes colocou apenas dois corações na legenda da foto. Já Hamilton está ausente das redes sociais desde o dia 11 de dezembro, véspera da corrida decisiva, quando fez a sua última publicação. Ele e Verstappen chegaram à prova que definiria o campeão da categoria na última temporada empatados com 369,5 pontos. Seria o oitavo título mundial do inglês.

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