ESPANHA - Piloto mais experiente do grid da F1 atual e quarto melhor do campeonato de 2023, Fernando Alonso mostrou mais disposição que rivais com quase metade de seus 41 anos - encerrando a temporada com oito pódios, terceiro maior número do ano. Mas há um fator que preocupa o bicampeão sobre sua longevidade no esporte: a extensão do calendário de 2024, com 24 corridas previstas.
- Pode ser que eu sinta isso (desânimo) com o calendário, a agenda exigente e coisas como essas algum dia. Porque você já sabe que há outra coisas na vida. Essa foi uma temporada bem exigente só com 22 corridas, duas canceladas. Ano que vem, com 24, teremos que ver como vai ser. Eu só vi agora que Las Vegas será uma rodada tripla, não sei o por quê. Essas coisas que esgotam minha bateria, não pilotar - declarou.
O bicampeão disputou em 2023 sua vigésima temporada da carreira que iniciou em 2001 com a Minardi e deu prosseguimento em 2003 com a Renault. Depois de faturar seus dois títulos em 2005 e 2006, e protagonizar as disputas contra Sebastian Vettel em 2010, 2012 e 2013, retirou-se da F1 em 2018 encerrando um vínculo sem ganhos com a McLaren - para retornar em 2021 com a Alpine.
Ele deixou a equipe francesa no fim de 2022, um ano também conflituoso com a equipe, um carro sem confiabilidade e até com o colega Esteban Ocon. A parceria iniciada em 2023 com a Aston Martin, porém, rendeu frutos: Alonso ocupou o terceiro lugar no Mundial por boa parte do ano, até ser superado pelos avanços da Mercedes de Lewis Hamilton, e foi o terceiro maior detentor de pódios.
O quarto lugar no campeonato de pilotos, vencido pelo agora tricampeão Max Verstappen, foi seu melhor resultado na F1 desde 2012 e 2013, quando ele tinha 31 a 32 anos e representava a Ferrari. E o próprio Alonso elegeu 2023 como sua melhor temporada da carreira ao lado de 2012.
Um extenso calendário já preocupa as equipes na F1 por causa da logística, do esforço físico imposto aos funcionários e o desafio diante do teto de gastos.
Verstappen também já considerou deixar a categoria pela mesma razão. Mas, no caso de Alonso, há outro motivo que possa desanimá-lo? O veterano garante que não.
- Eu já disse várias vezes, mesmo antes de 2018 (primeira saída da F1), que o dia que eu parar de correr não será porque não me sinto motivado a pilotar, ou me sinto lento. Se um dia eu me sentir lento, acho que isso será perceptível, eu não ficarei feliz com meu desempenho e serei o primeiro a levantar a mão e dizer que está na hora de parar. Mas não acho que esse momento chegará, sinceramente. Eu tenho muita autoconfiança no meu próprio desempenho.
A F1 retorna em 2 de março de 2024 com o GP do Bahrein, primeira rodada das 24 prometidas no ano.
Redação ge
EUA - Além dos recordes do tricampeão Max Verstappen, a temporada 2023 da F1 entrará para os livros devido às três corridas nos Estados Unidos: Miami, Austin (Texas) e Las Vegas. Desde 2016, quando assumiu a categoria, a Liberty Media busca aumentar o espetáculo em torno das provas. Essa iniciativa do conglomerado foi criticada pelo piloto da RBR, por Lando Norris e Fernando Alonso após o GP de São Paulo, em Interlagos. O GP de Las Vegas ocorre entre 17 e 19 de novembro. Das séries de streaming às ações nas redes sociais, o trio destacou que as preferências seguem fiéis às atividades de pista.
- Eu provavelmente sou mais velha guarda que isso. Queria que as mídias sociais não existissem. Liberdade de expressão, certo? (...) Você pilota para sobreviver (referência à série de streaming da F1)? Eu piloto para me divertir - disse Max Verstappen.
Alonso, por sua vez, apontou o crescimento das atividades além das pistas em meio à expansão do calendário. No próximo ano, a F1 terá a maior temporada da história da categoria: serão 24 etapas, número limite previsto no Pacto de Concórdia, entre o fim de fevereiro e o início de dezembro.
- Às vezes até as voltas do desfile (de pilotos) não são a nossa preparação dos sonhos antes da corrida. Então tentamos equilibrar. Sabemos que (o espetáculo) é importante para o esporte, mas acho que para pilotos, equipes e até vocês da imprensa, é uma temporada muito longa, com muitas viagens. (Correr) é o que amamos, mas às vezes o pacote externo é um pouco além da conta. Mas nós entendemos - opinou Alonso.
O GP de Las Vegas já marcou presença no calendário da F1 em 1981 e 1982. A primeira edição marcou, inclusive, o primeiro dos três títulos mundiais do brasileiro Nelson Piquet. Agora, remodelada para ser uma corrida noturna, a prova será disputada nos arredores da Las Vegas Strip, avenida que comporta as principais atrações turísticas da cidade.
O circuito terá 6,12 km de extensão, 17 curvas, duas zonas de ativação de DRS, duas chicanes e mais três retas - a maior delas entre as curvas 10 e 11. Serão 50 voltas pelo traçado, totalizando 310,05 km de corrida.
- Eu só quero pilotar, e é por isso que estou aqui. Não estou aqui para dar entrevistas e gostar de todas essas coisas. Amo a F1 porque amo pilotar e competir contra esses caras, correr e fazer tudo isso. Desde que comecei, o aspecto midiático cresceu muito, mas no mundo empresarial provavelmente faz sentido, porque há mais dinheiro. E normalmente é assim que funciona. Mas enquanto pilotos, não é algo que nós gostemos muito, mas algumas das vantagens, eu acho - completou Lando Norris.
As corridas sprint, que hoje somam apenas pontos extras para o Mundial, também surgiram como forma de aumentar o dinamismo das etapas. A prova curta surgiu em 2021, após acordo entre a F1 e equipes, para garantir maior atratividade do público; à época, a prova curta definia o grid do GP tradicional, no domingo.
A F1 2023 retorna entre os dias 17 e 19 de novembro para o inaugural GP de Las Vegas, que marca a penúltima etapa da temporada. Max Verstappen e RBR já são campeões de pilotos e equipes, respectivamente.
Redação do ge
ITÁLIA - Já pensou em disputar algumas corridas de videogame - mas sentado em um carro de Fórmula 1 "de verdade"? Com singelos 30 a 40 mil euros (de R$ 159 a 212 mil), será possível concorrer ao leilão de um simulador em tamanho real do F14T, o modelo de 2014 da Ferrari que foi guiado no primeiro ano dos motores híbridos da categoria por Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. A versão original foi projetada por Nicholas Tombazis e Rory Byrne.
O leilão, organizado pela casa britânica Bonhams Cars, tem início previsto no próximo domingo em 8 de outubro - data do GP do Catar da F1. A semelhança com o modelo original, que rendeu dois pódios para a escuderia italiana na temporada em questão, impressiona. Veja fotos abaixo.
O monoposto, porém, não é um F1 de verdade, mas uma versão adaptada de outro carro de fórmula; as rodas, por exemplo, são menores que as utilizadas em 2014. Os materiais de carbono, importante componente dos veículos da categoria, foram produzidos em plástico nesta réplica.
O assento do veículo está mais elevado do que a posição original em que pilotos que competem de verdade ficam dentro do cockpit. Por outro lado, os cintos de segurança são os mesmos da competição.
Para ser utilizado como um simulador, é necessário que uma tela seja afixada na parte da frente do carro, juntamente com fones de ouvido e um console de realidade virtual de videogame.
Em um ano dominado pela Mercedes do campeão Lewis Hamilton e o vice-campeão Nico Rosberg, a Ferrari conquistou dois pódios: um terceiro lugar no GP da China e um segundo lugar no GP da Hungria, ambos com Alonso.
A equipe terminou a temporada em quarto lugar no campeonato de construtores, atrás da campeã Mercedes, a vice RBR e a Williams. De sua dupla, Alonso foi o melhor colocado no Mundial de pilotos, em sexto. Já Raikkonen foi o 12º colocado.
HUNGRIA - Quase cinco anos se passaram, mas uma mulher voltou a testar um carro de F1. Na semana passada, Jessica Hawkins participou de teste com o AMR21 - carro da Aston Martin, equipe da qual é embaixadora - em Budapeste, na Hungria. A britânica deu 26 voltas no traçado, dividindo o carro com o brasileiro Felipe Drugovich, reserva do time de Silverstone.
Segundo a equipe de Silverstone, o teste de Jessica é um "momento significativo" na preparação para a F1 Academy 2024, quando equipes do atual grid da F1 vão apoiar pilotos mulheres. Cada time escolherá uma competidora e, além disso, terá sua pintura no carro; cinco das 15 pilotos correrão com apoio distinto.
- Chegar aqui me custou cada gota de sangue, suor e lágrimas. Quando soube que seria uma possibilidade, mal pude acreditar. Tive que manter o segredo por meses, o que foi bem difícil. Valeu muito a pena, e me deu percepções muito valiosas. Nada vai se comparar à aceleração e à frenagem de um carro de F1. Analisando os dados, estou muito orgulhosa da minha performance - celebrou Hawkins.
O desempenho de Jessica - campeã britânica de kart e ex-piloto da W Series - também foi exaltado pelo chefe de equipe da Aston Martin, Mike Krack. O programa de teste sofreu um pequeno atraso devido a uma forte chuva, mas Hawkins começou a bater os tempos de referência após três idas à pista, já com o traçado seco.
- Esse é um momento especial, tanto para a Aston Martin quanto para Jessica, que é parte importante da nossa equipe de pilotos. Nos impressionamos muito coma preparação da Jessica para o teste. Ela trabalhou duro com nossa equipe de simulador, e isso fez com que colocá-la no AMR21 fosse uma decisão fácil. Ela abordou a oportunidade com muita maturidade, pegou o ritmo muito rápido - disse Krack.
A última mulher a testar um carro de F1 foi Tatiana Calderón. A colombiana guiou o Sauber C37 em 2018, durante filmagens no México, e pilotou o C32 - de motor V8 - em teste privado em Fiorano, na Itália.
A F1 2023 tira uma semana de folga e volta entre os dias 6 e 8 de outubro com o GP do Catar. Max Verstappen pode chegar ao tricampeonato já no sábado. A etapa em Lusail terá a quarta de seis corridas sprint na temporada; a prova curta distribui pontos extras no Mundial.
ITÁLIA - Se a pressão do vencedor Max Verstappen sobre Carlos Sainz nas voltas iniciais do GP da Itália já atiçou os ânimos da Ferrari neste domingo, os nervos na escuderia foram testados para valer com o confronto do espanhol e Charles Leclerc nos estágios finais da corrida. Os dois admitiram que foram até o limite do que consideraram uma boa disputa; a equipe, porém, ainda pretende debater o ocorrido.
- Com certeza foi um pouco estranho mas vocês sabem que eu sou um fã de deixá-los competir. Foi uma sensação ótima. Eu falei para eles: "Sem arriscar". A noção de não arriscar é sempre relativa mas eu realmente gostei das últimas voltas e espero que os fãs também. Mas nós vamos discutir isso depois - amanhã eles ainda estarão na fábrica - disse o chefe Frederic Vasseur após a prova.
Sainz largou da pole position e Leclerc, em terceiro lugar. Mas a manobra do vencedor Verstappen sobre o espanhol e o iminente avanço de Sergio Pérez rumo à vice-liderança da corrida serviram para reunir os pilotos da escuderia, cuja distância quase zerou a partir da volta 47.
Aí, o monegasco partiu com tudo para cima do colega até a última volta da corrida; teve ultrapassagem na reta principal, um quase toque de pneus nas curvas seguintes que sucedeu a retaliação do espanhol, travadas de pneu e até uma escapada de Leclerc. Pelo rádio, a equipe pediu:
- Pessoal, vamos trazer (os carros) até o fim.
No fim das contas, a última vaga no pódio ficou com Sainz. E o espanhol até deu o braço a torcer, mas reforçou ter passado por maus bocados durante a intensa prova no "quintal" da escuderia, na qual ainda ficou vulnerável a Verstappen e Leclerc pelo alto desgaste dos pneus médios e duros:
- Sinceramente, não sei se divertido é a palavra certa. Mas foi uma briga dura, dei absolutamente tudo de mim e provavelmente até demais. Paguei o meu preço especialmente após as duas paradas com o desgaste dos pneus, e acabei muito vulnerável no fim dos dois stints. Mas eu tinha que tentar. Era o dia de tentar, dar tudo de mim para tentar vencer e ficar na frente das RBRs. Sinto muito por Fred (Vasseur) e a equipe porque eles devem ter tido momentos difíceis no pit wall com essas brigas na pista. Mas foi dentro do limite, uma briga respeitável entre colegas de equipe e acredito que fizemos todo o possível para não termos nenhum contato.
Leclerc, por outro lado, não escondeu que se divertiu com o desafio na pista ao lado do colega de equipe, destacou a importância do resultado para a Ferrari e reforçou o recado do chefe Vasseur:
- É isso que corrida deve ser, na minha opinião. Isso me lembra dos tempos de kart, quando todos íamos até o limite. Nós dois estávamos nos movendo um pouco além na hora de frear mas eu não reclamo, isso é o que eu amo em correr. A adrenalina que você sente disputando com outro, foi muito divertido. Significa muito para nós estar no pódio aqui em Monza. Nós demos tudo de nós, 110% do meu lado, e de Carlos. Mas ao mesmo tempo tínhamos essa responsabilidade, de ter um carro vermelho no pódio. Do contrário os tifosi ficariam bem zangados com a gente. Mas vamos sentar com Fred (Vasseur) para conversar.
Daqui a duas semanas, a F1 dará início ao tour pela Ásia, Oriente Médio e Américas, já na reta final do campeonato. A próxima etapa será o GP de Singapura em 17 de setembro.
Redação ge
Zandvoort - Foram quatro etapas de ausência, mas Fernando Alonso retornou ao pódio da F1 2023 no GP da Holanda, vencido por Max Verstappen neste domingo, em segundo. Perguntado sobre o domínio holandês na temporada, o espanhol exaltou os feitos do piloto da RBR, a quem chamou de "subestimado". Nas palavras do piloto da Aston Martin, apenas duas pessoas poderiam igualar o desempenho de Max com equipamento similar: ele próprio ou Lewis Hamilton.
- Às vezes, o que Max está conquistando é subestimado. Vencer de uma forma tão dominante, em qualquer esporte, é tão complicado. Então estar no mesmo nível que ele... Nós temos muita autoconfiança, pilotos em geral, então eu acredito que consigo fazer (dominar) também. Eu não sei (falar por) Lewis, mas eu sim. E o Lewis também (conseguiria). Você precisa entrar em um estado em que você está conectado ao carro - declarou Alonso.
Com a vitória na Holanda, Max Verstappen igualou o recorde de Sebastian Vettel (2013) de nove vitórias consecutivas - melhor marca na história da Fórmula 1. O piloto da RBR tem 11 triunfos em 13 etapas no ano e sustenta mais de 130 pontos de vantagem na tabela sobre o vice-líder Sergio Pérez.
Em Zandvoort, Alonso chamou a atenção pelo desempenho em uma corrida caótica, afetada por chuva intermitente e precipitação já na volta de abertura. Na inclinada Hugenholtz, o espanhol apostou em linha distinta à de George Russell e Alex Albon e, por dentro, conseguiu uma ultrapassagem dupla.
O pódio foi a coroação de uma corrida em que Alonso "esteve em seu melhor", ainda que o espanhol reconheça que esse não é sempre o caso. Para o piloto da Aston Martin, o rendimento consistente seria o diferencial de Verstappen em relação ao restante do grid da F1 2023.
Another Alonso start to add to his highlights reel ??#DutchGP @AstonMartinF1 pic.twitter.com/qBAiT0GJWt
— Formula 1 (@F1) August 28, 2023
- Em dias como hoje, sinto que eu estava no meu melhor e dado 100% das minhas habilidades em um carro de corrida. Mas talvez em Spa (Bélgica), ou na Áustria, eu não estava nesse nível. Então você sempre sente que há espaço para melhorias, e você não está 100% feliz consigo mesmo como estou hoje. E acho que Max está alcançando esses 100% de forma mais frequente que nós no momento, que quaisquer outros pilotos, e é por isso que ele está dominando - completou Alonso.
A F1 2023 segue para o GP da Itália já no próximo fim de semana, em Monza. Restam nove corridas para o fim da temporada. Max Verstappen lidera o Mundial de pilotos com folga, e a RBR domina entre os construtores.
Redação do ge
INGLATERRA - Um acervo impressionante que faz o amante do automobilismo se sentir numa verdadeira cápsula do tempo da história da Fórmula 1. A primeira visão das instalações da Mercedes é de modelos icônicos que deixaram sua marca no esporte. Os carros memoráveis de pilotos do passado e do presente - como Lewis Hamilton e George Russell, Nico Rosberg e Valtteri Bottas - estão lado a lado. A evolução da F1 é tão rápida que, quando um carro completa sua última volta na temporada, ele já vira uma herança, integrando o acervo da equipe. Algumas peças ainda ajudam em futuros projetos e montagens na fábrica, enquanto outras podem acabar com parceiros ou serem exibidas.
Do chassi aos parafusos
Todas as peças vão para sistema de patrimônio, onde é verificado se os carros mais antigos podem usar essas peças, se elas podem ser usadas para desenvolvimento futuro ou se não são mais necessárias. Do chassi aos parafusos, tudo o que chega ao patrimônio é registrado, catalogado e armazenado em um local para facilitar a recuperação.
Todos os carros do acervo são ligados todos os anos. É um serviço anual detalhado, usando os mesmos processos de pista semana após semana para garantir que tudo permaneça em condições de pilotagem. Pode parecer um carro de dez anos em exibição para a posteridade, mas na verdade é um carro de dez anos pronto para entrar na pista em 2023.
Um presente e tanto
Outro destino possível para um carro de F1 após o fim da temporada é a coleção pessoal dos pilotos. Por vezes, equipes dão o monoposto de presente a quem o guiou após temporadas ou corridas memoráveis. Fernando Alonso, por exemplo, recebeu da Renault (atual Alpine) o R25, carro campeão do mundo em 2005.
Há dois anos, Charles Leclerc ganhou da Ferrari o SF90, com que venceu os GPs da Itália e da Bélgica de 2019 - mas emprestou o carro à coleção do príncipe Albert de Mônaco.
É um presente e tanto, e o desejo de tê-lo pode motivar até cláusulas no contrato e uma ação judicial. Jenson Button processou a Mercedes - que comprou a Brawn GP - após a equipe inicialmente negar a entrega do carro campeão de 2009; o presente estava previsto no vínculo do britânico em caso de título.
Exibições em festivais
Em 2023, no Festival de Velocidade de Goodwood, que é realizado anualmente no Reino Unido, Mick Schumacher pilotou a Mercedes W02 que seu pai usou na temporada de 2011 da categoria. Além disso, ele também utilizou uniforme e capacete de Michael Schumacher, que está guardado desde 2013 após acidente enquanto esquiava nos alpes e do qual nunca se recuperou.
História e carros memoráveis
As instalações do departamento de herança abrigam atualmente mais de um milhão de peças automotivas. Aberto pela primeira vez em 2016, o programa da Mercedes abriga todos os carros de F1 anteriores a 2010, de W01 a W13, e é um tesouro de momentos significativos da história recente e da F1.
Lá se encontram os modelos vencedores de Nico Rosberg da China 2012, Lewis Hamilton na Hungria 2013, Valtteri Bottas na Rússia 2017 e George Russell no Brasil 2022. O W03 pilotado em Valência por Michael Schumacher em seu último pódio na F1 em 2012 também está orgulhosamente exposto na coleção. São considerados clássicos entre a comunidade do automobilismo.
Não é apenas sobre os carros e as peças, mas sim memórias e conquistas de cada época. No acervo estão troféus, trajes de corrida, capacetes e até mesmo material de arquivo, como desenhos e folhas de configuração de cada corrida. Confira abaixo mais fotos incríveis do acervo.
Por Redação do ge
INGLATERRA - A Williams divulgou uma pintura especial, escolhida pelo público, a ser usada no FW45 nos GPs de Singapura, do Japão e do Catar na F1 2023, entre setembro e outubro. A combinação azul e laranja remete à petrolífera que patrocina a equipe britânica. Após três rodadas de votação, o design "Bolder Than Bold" foi eleito com 51,9% dos votos, superando a pintura "Heritage" na final. Cerca de 180 mil votos foram contabilizados durante todo o período.
- Essa competição foi uma oportunidade incrível para nossos fãs se engajarem ativamente e moldarem a identidade visual da nossa equipe. O design vencedor encapsula a essência da parceria, refletindo sobre o passado, mas construindo nosso futuro. Essa pintura vai criar um momento definidor quando chegar às pistas mais tarde na temporada - disse James Vowles, chefe de equipe da Williams.
Esta não é a primeira pintura inspirada pela petrolífera nos últimos anos. Em 2021, a McLaren também correu de azul e laranja no GP de Mônaco. À época, os uniformes dos pilotos, dos funcionários da equipe e até a identidade visual dos boxes seguiram a combinação retrô.
A Williams é a atual sétima colocada no Mundial de construtores da F1 2023, com 11 pontos somados. Todos os pontos foram marcados pelo tailandês Alex Albon, 13º colocado; um dos calouros da temporada, Logan Sargeant é o vice-lanterna, zerado.
INGLATERRA - A temporada 2026 da F1 pode ter mais uma marca entre as dez já consolidadas no grid atual. A Hitech GP, com forte presença nas categorias de base como a Fórmula 2, Fórmula 3 e Fórmula 4, anunciou nesta segunda-feira que se candidatou para integrar a elite do automobilismo europeu. E o posicionamento da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) quanto à questão é positivo.
- Há algumas equipes que desejam ingressar. Estamos felizes que elas expressem interesse. Temos trabalhado com a FOM (Formula One Management) e com Stefano Domenicali (presidente da F1). Eu entendo as perguntas da equipe. Isso é algo importante; nós, na FIA, também temos essa preocupação. Mas ainda existem regulamentos e não podemos negar a inscrição se atenderem aos requisitos - declarou Mohammed ben Sulayem, presidente da FIA.
Fundada em 2002, a Hitech tem longa história na base da F1. Foi uma das equipes da antiga GP2 Series, antecessora da F2, e chegou a ter como pilotos Nelson Piquet Jr e Alexandre Negrão. Retornou em 2020 e já conquistou dez vitórias e 31 pódios. Na F3, é a "casa" de Sebastian Montoya, filho do ex-F1 Juan Pablo Montoya e que conquistou na atual temporada seu primeiro pódio e primeira vitória.
Parceira da Academia de Pilotos da RBR, a Hitech venceu 25% de suas ações para o empresário Vladimir Kin, do Cazaquistão. A candidatura visando entrar na F1 foi preparada nos últimos meses e apresentada perto do prazo que FIA e F1 têm para decidir quais equipes serão aceitas na categoria, que termina no fim deste mês.
F1 quer deixar motor dos carros mais barulhentos em 2026
A Andretti também trabalha com a montadora Cadillac para aderir ao grid da F1, algo que não foi bem recebido pelo presidente Stefano Domenicali, que declarou já serem suficientes as atuais dez equipes. Christian Horner e Toto Wolf, chefes da RBR e Mercedes respectivamente, fizeram coro ao CEO.
O embróglio entre F1, FIA e as equipes envolvendo o assunto Andretti se deu em janeiro deste ano. Na época, Sulayem disse que apenas a Andretti havia surgido como candidata à uma vaga na categoria. A temporada 2026, porém, verá a entrada de outras marcas.
Entre elas estão a Audi como parceira da Sauber (atualmente com a Alfa Romeo) e a Ford, futura fornecedora de motores da RBR e AlphaTauri. A Honda, que trabalha hoje com a atual líder do campeonato de construtores, se unirá à Aston Martin no ano em questão, quando entra em vigor ainda o novo regulamento das unidades de potência e o novo Pacto da Concórdia assinado pelas equipes.
- Realmente entendo as preocupações das outras equipes quando se trata de uma nova equipe. Não estamos quebrando as regras, e espero que eles também entendam nossa posição. Com mais fabricantes de motores, teremos um esporte muito mais acessível, e estamos falando de preços mais baixos. Temos que garantir que (a F1) não seja apenas um clube fechado para grandes equipes. Estou realmente feliz com o rumo que as coisas estão tomando - reforçou Sulayem.
ITÁLIA - A F1 2023 terá uma novidade na classificação do GP da Emilia-Romagna, sexta etapa da temporada, neste sábado. Em conjunto com a fornecedora de pneus, a categoria vai implementar, como teste, obrigatoriedade do uso de compostos específicos na sessão de três segmentos. Por consequência, o número de jogos de pneus de pista seca também será reduzido para o fim de semana.
Durante a sessão em Ímola, os pilotos - e os tempos de volta - seguirão uma evolução, partindo dos compostos mais duros para os mais macios. No Q1, os 20 carros na pista deverão usar pneus faixa branca; no Q2, será mandatório o uso de pneus médios. No Q3, segmento que define o top 10 do grid e a pole position, todos usarão compostos macios.
- Isso significa uma redução, de 13 para 11, dos jogos de pista seca que cada piloto terá à disposição para o evento inteiro. Por consequência, será reduzido o impacto ambiental gerado pela produção e o transporte dos pneus - explicou Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli.
O experimento, chamado pela F1 de "ATA" (alocação alternativa de pneus, na sigla original em inglês), já foi questionado por Max Verstappen. Em março, o líder do Mundial disse "não ver benefício" no teste, revelando ainda preocupações com as condições climáticas em Ímola.
- Espero que não esteja frio em Ímola, senão vai ser bem traiçoeira (a evolução dos pneus duros no Q1). É o mesmo para todos, mas não acho que precisemos fazer esse tipo de coisa na classificação. Não vejo o benefício disso. É melhor assegurar que todos os carros estão próximos uns dos outros e mais competitivos, em vez de apimentar as coisas dessa forma, que eu creio ser provavelmente pelo espetáculo - disse.
A região da Emilia-Romagna está sob alerta vermelho do Departamento de Proteção Civil da Itália, que destaca previsão de ventos fortes, precipitação intensa e alto risco de inundações para esta terça-feira, com chance de deslizamento de terra.
O alerta se estende até o fim desta quarta-feira, e autoridades locais já estão na região para "contenção de danos". Para a corrida em Ímola, a fornecedora de pneus da F1 também trará um novo pneu de chuva (faixa azul), que dispensa o uso de cobertores elétricos de pneus.
Caso haja condições de pista seca, a categoria terá a gama mais macia à disposição no fim de semana: duros C3, médios C4 e macios C5.
A F1 2023 segue para o GP da Emilia-Romagna neste domingo, 21 de maio.
Por Redação do ge
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