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ESCÓCIA - Mais do que nunca na Fórmula 1, os jogos mentais entre Red Bull e Mercedes aconteceram ao longo de toda a temporada de 2021. Ainda que Lewis Hamilton tenha a experiência de sete campeonatos mundiais e 14 anos na principal categoria do esporte a motor, para David Coulthard, ex-piloto de F1, a forma como os taurinos trabalharam para a conquista do título de Max Verstappen, que se deu literalmente na última volta do GP de Abu Dhabi, entrou na cabeça do britânico.

"Ele [Verstappen] é um ser humano excepcional, um atleta excepcional", disse Coulthard, em entrevista à rede de televisão britânica Canal 4. "Ele é brilhante e decisivo. Quem mais nós conhecemos que é brilhante e decisivo? Ayrton Senna e Michael Schumacher, para citar apenas alguns", acrescentou.

“[Contra] o poder de Mercedes e Lewis, Max teve que, sem dúvida, vir com uma abordagem diferente. Sua abordagem é: sempre que houver uma porta parcialmente aberta, ele irá em frente. Isso entrou na mente de Lewis", completou.

Para o ex-piloto escocês a educação que Verstappen recebeu de seu pai, Jos, também ex-piloto de F1, é a responsável pelo holandês "não temer nada". Durante todo o ano, o #33 sempre se mostrou calmo e, quando questionado sobre pressão, tratou de afastar a possibilidade de qualquer "nervosismo".

“Ele não teme ninguém. Isso não faz parte de sua personalidade. O que acho mais impressionante é que, se houver um espaço, ele vai atrás dele. Não há nem dúvida. Quando eu estava competindo, costumava pesar: 'Devo arriscar agora, não devo arriscar?' Ele simplesmente vai atrás. É realmente muito especial", concluiu.

 

 

Grande Prêmio

FRANÇA - Mohammed Ben Sulayem, novo presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), prometeu melhorias nas regras da Fórmula 1 para evitar que o desfecho polêmico da atual temporada se repita. A troca de presidência na FIA aconteceu dias após o encerramento de uma das edições mais acirradas e polêmicas da história da F-1, que terminou com vitória de Max Verstappen e protestos da Mercedes de que o regulamento havia sido descumprido.

Preocupada com sua imagem após a polêmica, a FIA já havia demonstrado ter planos de possíveis revisões para as próximas temporadas, que foram confirmados pelo novo presidente dos Emirados Árabes Unidos, que chega para substituir Jean Todt.

"Vamos analisar as regras e temos certeza de que, se alguma situação como essa ocorrer no futuro, teremos uma solução instantânea para ela, ou até mesmo a evitaremos. Existem tantas áreas que podemos melhorar. Não podemos simplesmente sentar e dizer que somos bons. Não é o suficiente em um esporte de tamanha magnitude e importância", afirmou Mohammed Ben Sulayem em entrevista coletiva, em Paris.

A premiação da FIA não teve a presença da Mercedes, nem do vice-campeão Lewis Hamilton. Os protestos começaram logo após o GP de Abu Dabi, quando a Mercedes questionou supostas tentativas de ultrapassagem de Verstappen sob bandeira amarela e também a maneira com que o safety car foi acionado após a batida de Nicholas Latifi, já na volta 54. A escuderia desistiu do apelo posteriormente.

As decisões controversas sobre o safety car deixaram Michael Masi, diretor de corridas da FIA, muito pressionado no cargo. Após reunião do Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, foi anunciado que uma análise detalhada será feita para ver o que aconteceu. Sulayem disse que deseja esperar as conclusões finais da investigação antes de tomar decisões.

A linha de pensamento foi mantida pelo novo presidente também ao ser questionado se ele tinha total confiança em Masi. "Acabei de ser eleito e examinarei o assunto. Tenho uma reunião com a equipe e abordaremos tudo que pode ser melhorado. Mas eu não vou tirar conclusões precipitadas sobre as decisões sem trazê-las para a minha equipe", continuou.

A enorme reação por parte de fãs, mídia e até de alguns pilotos, como Sebastian Vettel e Carlos Sainz Jr., após o desfecho da temporada 2021 na Fórmula 1, pode resultar em mudanças antes mesmo do início da campanha de 2022. Mohammed Ben Sulayem garantiu que a FIA é uma entidade confiável.

PARIS - A Fórmula 1 terá um foco maior na energia elétrica a partir de 2026, quando um novo motor, mais barato e ecologicamente correto, for introduzido, disse a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na quarta-feira (15).

A entidade delineou os principais objetivos e uma estrutura para os regulamentos em um comunicado após reunião em Paris.

Quatro pilares principais foram listados: manter o motor V6 de 1,6 litro, aumentar a potência elétrica para 350 kW, eliminar o componente MGU-H que gera energia a partir do calor e introduzir um limite de custo para o motor.

A FIA disse que deseja enviar uma mensagem ambiental poderosa, com combustível 100% sustentável e “mudança de foco para energia elétrica”.

Também quer possibilitar que novos fabricantes de motores ingressem no esporte em um nível competitivo.

A Fórmula 1 atualmente tem apenas Mercedes, Ferrari e Renault como fabricantes de motores, enquanto a Red Bull está assumindo a tecnologia da Honda após a saída da fabricante japonesa no final deste ano.

Piloto da Red Bull conquista seu primeiro título mundial de F1 após superar Lewis Hamilton na última volta. Sim, na última volta

 

ABU DHABI - A Fórmula 1 tem mais um membro no seleto clube dos campeões mundiais. Max Verstappen, 24 anos, venceu duelo contra Lewis Hamilton e se sagra campeão pela primeira vez.

A conquista veio no GP de Abu Dhabi, a corrida final da temporada de 2021. Verstappen fez a pole e teria o melhor tipo de pneu para a largada, mas acabou perdendo o primeiro lugar para Hamilton logo na partida. O holandês tentou atacar para retomar a posição ainda na primeira volta, mas sem sucesso.

Depois, virou uma disputa estratégica, com Verstappen indo pra duas paradas enquanto Hamilton ficou na pista com apenas uma. Verstappen tinha dificuldade de encostar em Hamilton, até que a sorte lhe sorriu.

Um safety car foi acionado a cinco voltas do fim por um acidente de Nicholas Latifi. Verstappen parou de novo e a distância sumiu.

JEDDAH - A conduta de Max Verstappen no GP da Arábia Saudita desagradou Lewis Hamilton. Vencedor da prova deste domingo em Jeddah, o britânico afirmou que o rival esteve "acima do limite" nos momentos mais tensos da prova, em especial quando freou bruscamente para impedir uma ultrapassagem. Segundo lugar na prova, Verstappen chegou a ser punido em 5 segundos ao ultrapassar Hamilton por dentro de uma curva.

- Para mim, realmente tenho que tentar manter a calma, o que foi muito difícil de fazer. Corri com muitos pilotos diferentes ao longo dos meus 28 anos de carreira, e há alguns que passam do limite para chegar ao topo. Ele (Verstappen) ultrapassou o limite hoje, com certeza - disse Hamilton na coletiva de imprensa em Jeddah.

Sobre a desaceleração de Verstappen, que resultou numa colisão na parte da frente do seu carro, Hamilton afirmou que não entendeu o que o holandês quis fazer.

- Não recebi a informação, então não entendi realmente o que estava acontecendo. De repente, ele começou a recuar, e então meio que se mexeu um pouco. Eu pensei: "Ele está tentando jogar algum tipo de tática maluca?" Eu não sei. Mas então, de repente, ele começou a frear, pisou no freio com tanta força, e eu quase fui completamente para trás dele, o que nos tiraria da corrida.

Hamilton foi além e ressaltou o fato de que jamais provocaria uma batida para eliminar o seu principal concorrente em uma corrida.

- Para ele, não importa se nós dois não terminássemos. Para mim, nós dois precisávamos terminar. Eu evitei colisões com o cara em várias ocasiões. Nem sempre me importo em ser o cara que faz isso, porque você vive para lutar dia após dia, o que eu obviamente fiz - finalizou.

INGLATERRA - Lenda do automobilismo mundial, Frank Williams morreu neste domingo, aos 79 anos. Fundador da Williams, uma das maiores escuderias da Fórmula 1, o inglês chegou a ser mecânico e piloto antes de criar sua própria equipe e se tornar um dos mais importantes nomes da história da modalidade. Entre 1980 e 1997, foram nove títulos de construtores (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996, 1997), além de sete de pilotos: 1980 (Alan Jones), 1982 (Keke Rosberg), 1987 (Nelson Piquet), 1992 (Nigel Mansell), 1993 (Alain Prost), 1996 (Damon Hill) e 1997 (Jacques Villeneuve). Foram 313 pódios, 114 deles no lugar mais alto. A morte foi anunciada nas redes sociais da escuderia:

"É com grande tristeza que, em nome da família Williams, a equipe confirma a morte de Sir Frank Williams, fundador e ex-chefe de equipe da Williams Racing, aos 79 anos de idade"

A causa da morte não foi divulgada pela família. No fim do ano passado, o dirigente ficou internado em um hospital por uma semana e recebeu alta na véspera de Natal. Mais uma vez, o motivo da internação não foi revelado pela família Williams.

A homenagem seguiu no site da escuderia:

"Depois de ser internado no hospital na sexta-feira, Sir Frank morreu pacificamente esta manhã, cercado por sua família. Hoje, prestamos homenagem ao nosso líder, muito amado e inspirador. Frank fará muita falta. Solicitamos que todos os amigos e colegas respeitem os desejos da família Williams de privacidade neste momento. Para aqueles que desejam prestar homenagem, pedimos que doações sejam feitas para a Spinal Injuries Association; alternativamente, flores serão bem-vindas para serem colocadas na entrada da sede da equipe em Grove, Oxfordshire. Os detalhes da cerimônia fúnebre serão divulgados no devido tempo".

Logo em seguida, o Twitter da Fórmula 1 também confirmou a morte:

"Sentimos a mais imensa e profunda tristeza pelo falecimento de Sir Frank Williams. Sua vida foi movida pela paixão pelo automobilismo; seu legado é incomensurável e fará parte da F1 para sempre. Conhecê-lo foi uma inspiração e um privilégio. Ele deixará muita, muita saudade".

Jost Capito, CEO e chefe da Williams Racing, vendida pela família Williams no ano passado, também emitiu uma declaração:

"A equipe Williams Racing está profundamente triste com o falecimento de nosso fundador, Sir Frank Williams. Sir Frank foi uma lenda e um ícone do nosso esporte. Sua passagem marca o fim de uma era para nossa equipe e para o esporte da Fórmula 1. Ele foi único e um verdadeiro pioneiro. Apesar das adversidades consideráveis ​​em sua vida, ele liderou nossa equipe em 16 Campeonatos Mundiais, tornando-nos uma das equipes de maior sucesso na história do esporte. Seus valores, incluindo integridade, trabalho em equipe e uma independência e determinação ferozes, continuam sendo a essência de nossa equipe e são seu legado, assim como o nome da família Williams, sob a qual temos orgulho de competir. Nossos pensamentos estão com a família Williams neste momento difícil.”

LONDRES - Max Verstappen terá sua primeira chance de conquistar o título da Fórmula 1 na Arábia Saudita dentro de duas semanas, mas o piloto da Red Bull e líder do campeonato também pode ver sua vantagem desaparecer completamente.

A disputa do título de 2021 continua apertada demais para previsões, já que o heptacampeão mundial Lewis Hamilton, da Mercedes, diminuiu a diferença para oito pontos com mais uma vitória imponente no Catar neste domingo (21).

Faltando duas corridas na temporada, a perspectiva de um confronto do tipo "o vencedor leva tudo" na última prova, no circuito Yas Marina de Abu Dhabi, é enorme.

Para Verstappen conquistar o título no primeiro Grande Prêmio Saudita em Jedá no dia 5 de dezembro, precisa terminar ao menos na segunda colocação.

Mas se Hamilton vencer a prova com um ponto de bônus pela volta mais rápida e Verstappen ficar em segundo, a dupla empatará em pontos e o piloto da Red Bull terá nove vitórias contra as oito do rival.

CATAR - Seguro e sem a ameaça de Max Verstappen, Lewis Hamilton administrou a vantagem da pole position para vencer o GP do Catar da Fórmula 1, neste domingo. O britânico se manteve na liderança ao longo das 57 voltas e, apesar do abandono de seu colega da equipe, Valtteri Bottas, se defendeu das estratégias do rival holandês, segundo colocado. Fernando Alonso completa um fim de semana de destaque da Alpine, chegando em terceiro e quebrando um jejum de sete anos longe do pódio.

O resultado valeu para Hamilton sua sétima vitória em 2021 e a 102ª da carreira na F1. Alonso, que largou em terceiro após as punições de Verstappen e Bottas antes do início da corrida, conquistou seu 98º pódio da carreira, o primeiro em sete anos; sua última chegada entre os três primeiros foi no GP da Hungria de 2014, quando ainda corrida pela Ferrari.

SÃO PAULO/SP - O desempenho astronômico de Lewis Hamilton na corrida classificatória do GP de São Paulo nada mais foi que uma prévia do que viria no domingo. Diante de uma torcida ensandecida no Autódromo de Interlagos, o britânico encarou um duelo de tirar o fôlego contra Max Verstappen na corrida neste domingo, e saiu vencedor após ameaçar o rival por 59 voltas - tendo largado em décimo e feito nove ultrapassagens só nas primeiras voltas. Valtteri Bottas completa o pódio, em terceiro.

Aos gritos de "Senna" da torcida brasileira nas arquibancadas, o heptacampeão desfilou após a bandeirada da ginasta Rebeca Andrade com a bandeira do Brasil nas mãos, emulando o gesto do tricampeão e seu ídolo na Fórmula 1.

Resultado da prova

 

Volta 61 — Foto: Reprodução

Volta 61 — Foto: Reprodução

 

 

*Por: GE

EUA - Max Verstappen foi o grande vitorioso do Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1, em Austin, no Texas. Vencedor da corrida deste domingo (24), o holandês da Red Bull deixou o Circuito das Américas com uma vantagem ainda maior sobre Lewis Hamilton na disputa pelo título de 2021.

Verstappen largou da pole e chegou a perder a primeira posição para Hamilton, mas levou a melhor na primeira janela de trocas de pneus. A Mercedes chegou a ensaiar uma reação com a segunda janela de trocas, mas que não foi suficiente. Sergio Perez, da Red Bull, completou o pódio.

Com a vitória no Texas, Max Verstappen chegou a 287,5 pontos no Mundial de pilotos, contra 275,5 pontos de Hamilton. O britânico ainda faturou um ponto a mais pela melhor volta, mas viu a diferença aumentar de seis para 12 pontos para o principal rival.

Confira a classificação final do GP dos EUA

 

 

*Por: BAND

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