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SÃO CARLOS/SP - Na manhã de hoje, ocorreu uma assembleia entre servidores da UFSCar e Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFSCar e, até o momento, foi decidido que não retornam aos trabalhos até que as reivindicações sejam atendidas.

Porém, não são todos os servidores que vão parar, segundo Sintufscar, os trabalhadores das áreas da saúde, trato de animais e os que fazem a folha de pagamento vão continuar trabalhando.

A greve afeta também outras universidades federais, pois os servidores estão descontentes com o governo federal por apresentar um reajuste de 9%, divididos entre os anos de 2025 e 2026, o que seria insuficiente para repor as perdas salariais dos últimos anos, segundo o sindicato.

Os servidores pedem a reposição orçamentária das universidades de no mínimo ao patamar de 2015, 30 horas de jornada semanal para todos, reposicionamento dos aposentados, reposição dos quadros de servidores para todos os setores e “não ao ponto eletrônico”.

A exigência da deposição dos “reitores interventores”, o fim da lista tríplice, com paridade nas eleições para a reitoria.

Essa greve pode afetar diretamente as matrículas dos novos alunos.

Vamos aguardar.

ARGENTINA - Menos de dois meses depois de assumir o governo da Argentina, Javier Milei enfrentará nesta quarta (24) uma greve geral que deve afetar diversos serviços no país, incluindo transporte, saúde, educação, indústria, aeroportos, bancos, restaurantes e teatros, principalmente das 12h à 0h.

A mobilização, sob o mote "a pátria não se vende", é uma reação às duas medidas que o presidente ultraliberal anunciou em dezembro para desregular a economia e reduzir os gastos do Estado: um mega decreto e um pacotão apelidado de "lei ônibus" que está sendo discutido no Congresso.

O primeiro, com 366 artigos, já está em vigor, mas teve a parte relativa à reforma trabalhista suspensa pela Justiça. Já o segundo foi reformulado pelo governo. A nova proposta, apresentada pelo governo na segunda (22), exclui 141 dos 664 artigos originais do pacote, mas mantém as reformas liberais de base.

Milei quer que o texto seja votado no plenário da Câmara ainda nesta quinta (25) em uma longa sessão. Por isso, tem pressionado seus assessores e parlamentares ligados a ele a chegar a um acordo em comissões com a chamada "oposição dialoguista", composta por partidos de centro e centro-direita.

Um dia antes, porém, ele testará o apoio -ou rejeição- que tem nas ruas. A greve geral foi convocada há semanas pela CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), a maior central sindical do país, e ao longo dos dias foi recebendo adesão de diversos outros grupos, incluindo a coalizão peronista União pela Pátria.

"É um decreto de urgência de magnitude imensurável. É ilegítimo, ilegal e inconstitucional", disse o secretário-geral do sindicato, Héctor Daer, em entrevista ao canal C5N. "[Quanto à lei], os deputados têm cinco minutos para falar em uma comissão onde se discutem temas transcendentais, onde se discutem 600 temas", disse.

Milei, por outro lado, tem minimizado e criticado a convocação da greve, assim como setores empresariais. "Há duas Argentinas. Uma que quer permanecer no atraso, no passado e na decadência, [...] e outra que votou nas ideias da liberdade", afirmou o presidente a uma rádio local nesta segunda.

Também estão marcadas manifestações e panelaços em frente a embaixadas e consulados da Argentina em Brasília (10h), Porto Alegre (13h) e São Paulo (17h), assim como em países como Uruguai, França, Espanha, Alemanha e Bélgica. Segundo os sindicatos, mais de 200 associações internacionais apoiaram a medida.

Na Argentina, a expectativa é de que muitos setores fiquem paralisados por horas. As companhias aéreas Gol e Latam cancelaram e adiaram voos oriundos do Brasil na quarta, já que a Associação de Pessoal Aeronáutico (APA), por exemplo, prometeu parar da 0h à 0h, o que afeta também viagens internas.

Quem está visitando o país deve encontrar os teatros fechados e pode sentir a ausência de funcionários em restaurantes, hotéis e serviços turísticos, já que a União de Trabalhadores do Turismo, Hoteleiros e Gastronômicos (UTHGRA) foi outra que aderiu à greve.

Muitas empresas argentinas decretaram home office, ainda que o transporte público na cidade de Buenos Aires vá continuar funcionando até 19h.

A intenção, segundo os sindicatos de ônibus, metrô e trens, é garantir a locomoção dos manifestantes que vão se reunir das 15h às 16h em frente ao Congresso Nacional, no centro. Ali, os principais líderes sindicais devem discursar num palco –a Folha tentou contato com eles na terça (23), mas não obteve resposta.

Separadas em colunas, como de praxe, as diferentes organizações ocuparão cerca de um quilômetro na tradicional avenida de Maio, e colocarão mais uma vez à prova o novo "protocolo antipiquetes" criado por Milei e sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

Alvo de controvérsia entre a população, esse protocolo consiste em usar forças de segurança federais para impedir o bloqueio de vias durante protestos, estratégia recorrente no país. Na prática, porém, os policiais têm feito cordões nas ruas antes que os manifestantes cheguem, impedindo o trânsito deles, mas sem gerar confrontos diretos.

O tom geral é de um protesto pacífico nesta quarta, mas a CTA (Central de Trabalhadores da Argentina), por exemplo, recomendou aos manifestantes que não levem crianças para os atos, andem em grupos, carreguem panos para o caso de a polícia lançar gás de pimenta sobre a multidão e gritem alto seus nomes e sobrenomes se forem detidos.

"Que Bullrich não se iluda, porque não conseguirá aplicar nenhum protocolo. Seremos uma multidão e não caminharemos obedientemente pela calçada, como o governo deseja", declarou Rodolfo Aguiar, da principal central sindical de trabalhadores públicos (ATE Nacional), elevando a tensão.

O governo de Milei também tem reagido com dureza. "Estão claramente do lado errado da história", afirmou seu porta-voz, Manuel Adorni, na terça. "Foi o anúncio de greve mais rápido da história da Argentina [...] Não entendemos o que os faz dormir e o que os faz acordar", acrescentou com ironia.

Ele anunciou que os funcionários federais que cruzarem os braços terão o dia de trabalho descontado e reforçou que a linha de telefone criada para denunciar eventuais pressões de sindicalistas para participar de protestos tem recebido mil chamadas por dia; 3.000 desses casos já foram encaminhados à Justiça.

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO CARLOS/SP - Na manhã de hoje, 19, muitos passageiros ficaram nos pontos de ônibus esperando pelo transporte coletivo, porém o que eles não sabiam era que nenhum ônibus saiu da garagem da empresa devido à paralisação.

Às 07h funcionários da prefeitura chegaram para saber o motivo da paralisação, pois, segundo o diretor da Secretaria de Transporte de Trânsito Acenir Magalhães, eles não sabiam de nada.

Por volta das 7h35, os motoristas encerraram a paralisação e, segundo os funcionários, houve um acordo, porém, caso esse acordo não seja cumprido na próxima semana, poderá haver outra paralisação.

Nossa reportagem entrou em contato com Acenir Magalhães, onde nos disse que o motivo da paralisação foi questão trabalhista e que, semana que vem, a direção da empresa vai conversar com os funcionários para firmar um acordo. Acenir disse também que a prefeitura vai notificar oficialmente a empresa, pois a população foi prejudicada na manhã desta sexta-feira.

Vamos aguardar a semana que vem.

EUA - A fabricante automotiva americana General Motors fechou um acordo de princípio com o sindicato de trabalhadores do setor UAW, poucos dias depois de suas concorrentes Ford e Stellantis, também afetadas pela greve desde meados de setembro.

Segundo um comunicado do sindicato, a GM aceitou, assim como as outras montadoras, um aumento do salário básico de 25% nos quatro anos de duração do acordo coletivo.

O presidente Joe Biden, que, em campanha para a reeleição, participou de um dos piquetes organizados pelos trabalhadores exigindo melhorias salariais, deu boas-vindas aos acordos “históricos” após semanas de paralisação.

“Estes acordos recorde recompensam os trabalhadores da indústria automotiva que fizeram muitos sacrifícios para que o setor continuasse funcionando” durante a crise de 2009, considerou o mandatário.

Mais de 45.000 trabalhadores chegaram a ficar em greve, como parte de uma estratégia na qual a UAW aumentou gradualmente o número de fábricas com paralisações em busca de melhores condições salariais desde 15 de setembro.

Desde a criação deste sindicato em 1935, esta foi a primeira vez que os “três grandes” de Detroit foram alvo de uma greve simultânea.

Os acordos precisam ser ratificados em votação pelos membros da UAW (United Auto Workers).

 

– Estratégia –

Depois de começar por fábricas menores e centros de distribuição de autopeças, a UAW ampliou o movimento para as fábricas mais importantes e “lucrativas” de cada grupo.

A Ford alcançou um acordo preliminar na quarta-feira depois de 41 dias de greve e a Stellantis três dias depois, no sábado.

O acordo provisório com a Stellantis, após 44 dias de paralisação, inclui um aumento de 25% dos salários até 2028, informou o sindicato em um comunicado.

A Ford também aceitou um aumento de 25% do salário de base.

Estes acordos devem ser ratificados por votação dos membros da UAW.

As cifras conhecidas são inferiores aos 40% pretendidos pelo presidente da UAW, Shawn Fain, quando o sindicato iniciou a greve.

Além disso, os acordos preveem aumentos salariais durante os quatro anos de convênio coletivo, medidas de ajuste ao custo de vida, benefícios sociais e melhorias para os aposentados, entre outras.

Também, segundo cada empresa, tem especificidades, como aumentar a quantidade de empregos no caso da Stellantis.

 

– Fábrica ‘resgatada’ –

A Stellantis se comprometeu a criar 5.000 postos de trabalho, depois que havia previsto demissões como parte do fechamento de uma fábrica em Belvidere (Illinois) que agora foi “resgatada”, segundo Rich Boyer, vice-presidente da UAW.

“Os trabalhadores não tinham tanta força há décadas, e certamente não a tinham desde a recessão de 2008-2009”, constatou, em diálogo com a AFP, Susan Schurman, professora de relações trabalhistas na Universidade de Rutgers.

Neste setor, os funcionários fizeram “enormes sacrifícios” durante a salvação da indústria após a crise de 2008 e agora com a reativação, “os dirigentes recebem muito dinheiro e os trabalhadores querem sua parte”, acrescentou.

“Outro trimestre recorde, outro ano recorde. Como dissemos há meses: lucros recorde significam contratos recorde”, comentou Shawn Fain após a publicação dos resultados trimestrais da GM em 24 de outubro.

O sindicato anunciou que os trabalhadores de Ford e Stellantis retomariam seu trabalho sem esperar a validação por votação no sindicato.

Ao fechamento da Bolsa de Nova York, as ações da GM tiveram alta de 0,51% no dia, após o acordo com o sindicato UAW acabar com a greve. As ações da Ford (-1,96%) e da Stellantis (-0,28%) sofreram desvalorizações.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

EUA - O poderoso sindicato United Auto Workers (UAW) anunciou o início de uma greve em três fábricas das principais montadoras dos Estados Unidos, o que significa uma paralisação de mais de 12.000 trabalhadores, depois que as negociações com as empresas não alcançaram um acordo até o prazo limite.

A greve, a partir de meia-noite de quinta-feira (1H00 de Brasília, sexta-feira), "começa nas 'Três Grandes'", anunciou no X (antes Twitter) o sindicato UAW, em referência a General Motors, Ford e Stellantis, que controla a Chrysler.

A medida pode desestabilizar o setor e, inclusive, a economia nacional.

As três unidades afetadas são as fábricas de Wentzville (Missouri) da General Motors, de Toledo (Ohio) da Stellantis e de Wayne (Michigan) da Ford, que somam 12.700 trabalhadores do sindicato UAW em suas linhas de montagem.

Em dois meses de negociações, os representantes do UAW e os executivos das "Três Grandes" não alcançaram um acordo sobre um novo convênio coletivo de quatro anos.

"Estamos iniciando uma nova estratégia", anunciou Shawn Fain, presidente do sindicato, duas horas antes do fim do prazo para alcançar um acordo.

Fain pediu aos quase 146.000 membros do sindicato que estivessem preparados para aderir à greve, dependendo da evolução das negociações. E alertou que o UAW não hesitaria em prolongar a paralisação.

A Ford, que reclamou da demora na resposta do UAW a sua última oferta, recebeu uma contraproposta durante a noite e chamou as condições de "insustentáveis".

"A Ford negociou de boa-fé em um esforço para evitar uma greve", afirmou a empresa. A nota do grupo acrescenta que "continua absolutamente empenhada em alcançar um acordo que recompense os nossos funcionários e proteja a capacidade da Ford de investir no futuro à medida que avançamos na transformação de toda a indústria para os veículos elétricos".

General Motors e Stellantis não fizeram comentários até o momento.

 

- Histórico -

"Dissemos às empresas desde o início que 14 de setembro (à meia-noite) é um prazo limite", afirmou Fain na quarta-feira. "Não permitiremos que as Três Grandes continuem adiando as discussões por meses", enfatizou.

"Não sei o que Shawn Fain está fazendo, mas não está negociando o contrato conosco quando está a ponto de expirar. Mas sei que está ocupado preparando uma greve", comentou na quinta-feira o CEO da Ford, Jim Farley

"Ele quer uma greve histórica nos três grupos, mas queremos fazer história com um acordo histórico", disse.

Um porta-voz da General Motors disse na quinta-feira ao meio-dia que uma nova oferta foi enviada ao UAW. "Continuamos envolvidos em negociações diretas e de boa-fé", assegurou. "Qualquer interrupção teria consequências negativas para nossos funcionários e clientes".

O UAW exige um aumento salarial de 36% em quatro anos, enquanto as três montadoras americanas não ultrapassaram os 20% em suas contrapropostas, de acordo com o líder sindical.

Os gigantes históricos de Detroit também se recusaram a conceder dias adicionais de férias e a aumentar as pensões, pagas por fundos específicos de cada empresa.

 

- Um risco para Biden -

Um conflito social prolongado poderia ter consequências políticas para o presidente Joe Biden, cujo histórico econômico é criticado, especialmente devido à inflação persistente no país.

A pouco mais de um ano das eleições presidenciais, o chefe de Estado tem um dilema a resolver, entre seu apoio declarado aos sindicatos e o temor de um golpe na economia americana devido a uma greve.

Na quinta-feira à noite, Biden conversOu por telefone com Fain e os executivos das montadoras.

"Os consumidores e comerciantes estão, em geral, relativamente protegidos dos efeitos de uma greve curta", explicou o vice-presidente da consultoria AEG, Tyler Theile.

Porém, com estoques que representam 20% do que a indústria tinha em 2019, durante a última greve da GM, "poderiam ser afetados muito mais rapidamente" do que há quatro anos, afirmou.

Analistas do JPMorgan acreditam que um forte aumento nos salários teria um impacto nos preços de venda dos veículos, levando os motoristas a "manter seus carros por mais tempo" em vez de comprar um modelo novo.

 

 

AFP

EUA - A greve em Hollywood é a faceta mais evidente (e glamourosa) de um movimento sindical que vem ganhando força e produziu em 2023 o verão com maior número de trabalhadores dispostos a cruzar os braços nos últimos 50 anos nos Estados Unidos.

Entre roteiristas, atores e trabalhadores sindicalizados de Hollywood, cerca de 175 mil pessoas aderiram à greve desde meados de julho e deixaram de promover dois blockbusters, Barbie e Oppenheimer.

Por sua vez, os 340 mil funcionários do serviço postal americano, o UPS, aprovaram uma paralisação total com início marcado para 1º de agosto.

Sozinho, o movimento representaria a maior greve no país em 63 anos. Dez dias de interrupção nos serviços de entrega de correspondências custariam cerca de US$ 7 bilhões (R$ 34 milhões) à empresa.

Mas uma semana antes de os trabalhadores abandonarem seus postos, os patrões voltaram à mesa de negociações e ofereceram um aumento que suspendeu, ao menos temporariamente, o início da paralisação.

Em julho, o sindicato dos metalúrgicos, o United Auto Workers, anunciou que está pronto para iniciar uma greve dos seus 150 mil associados caso as chamadas Big Three de Detroit (as montadoras Ford, Stellantis e General Motors) não concordem com os termos pleiteados para as renovações de contratos em setembro. As negociações estão em curso.

Em todo o país, de acordo com o mapeamento da Escola de Relações Laborais e Industriais da Universidade Cornell, estavam em curso, no início de agosto, quase 900 greves — mais de 300 delas na Califórnia, o Estado responsável por quase 15% do Produto Interno Bruto (PIB) americano.

Segundo especialistas em mercado de trabalho dos Estados Unidos ouvidos pela BBC News Brasil, 2023 representa um ápice no histórico recente de reavivamento do sindicalismo no país.

A tendência já havia sido notada em 2022. Um relatório de fevereiro do centro de estudos Economic Policy Institute notou aumento de quase 50% no número de trabalhadores envolvidos em grandes greves entre 2021 e o ano passado.

O ano de 2023 deve ser marcado por um novo salto. Enquanto o país contabilizou 23 grandes mobilizações (com adesão ao menos alguns milhares de empregados) em 2021, houve até agora, em 2023, 44 paralisações com esse mesmo perfil.

O vigor dos movimentos — e o temor de seus efeitos — levaram o presidente americano, Joe Biden, que se autodeclara “orgulhosamente pró-trabalhadores”, a apelar ao Congresso em dezembro passado para desarmar um movimento que ameaçava paralisar 115 mil ferroviários do país.

Nos Estados Unidos, o Parlamento tem o poder de impor acordos laborais e impedir greves de alguns serviços essenciais. Biden argumentou que a greve de trabalhadores das estradas de ferro poderia devastar a economia do país.

 

Auge nos anos 1970 e queda a partir dos 1980

“O nível de atividades grevistas que estamos vendo agora se equiparam ao que tínhamos nos anos 1970”, diz à BBC News Brasil Nelson Lichtenstein, diretor do Centro de Estudos do Trabalho, Emprego e Democracia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

“Nos anos 1980 e 1990, os sindicatos viam as greves como atividades muito perigosas, que poderiam resultar em sua dissolução e que seria melhor fazer concessões, uma posição mais passiva. Agora, sindicatos entraram no modo ofensivo, o que não víamos há muito, muito tempo.”

Segundo Lichtenstein, fenômenos como a globalização, que transferiu empregos fabris dos Estados Unidos para países como México ou China, o aumento de empregos em serviços, historicamente menos organizados em termos sindicais, e condições econômicas desfavoráveis explicam o enfraquecimento dos sindicatos naquele período.

Um episódio em 1981, durante o governo de Ronald Reagan, exemplifica — e, para alguns, determina — a fragilidade do movimento sindical, que se manteria nas décadas seguintes.

Na ocasião, Reagan demitiu 11 mil controladores de tráfego aéreo que entraram em greve por melhores condições de trabalho.

“Eles perderam o emprego, o sindicato foi destruído. Foi um desastre, e muitos outros empregadores, vendo o modelo Reagan, se deram conta de que podiam fazer o mesmo, o que levou a uma espiral de perda de direitos”, diz Lichtenstein.

Curiosamente, o mesmo Reagan que produziu o que os especialistas consideram o maior golpe contra o movimento sindical da história recente do país foi o líder dos sindicatos dos atores de Hollywood que, na década de 1960, fizeram a última grande paralisação da indústria antes da greve atual.

O modelo Reagan não só desarmou as táticas dos sindicatos, mas os tornou instituições impopulares nos Estados Unidos.

A taxa de aprovação popular à atividade foi diminuindo até que, em 2009, menos da metade dos americanos a apoiavam.

Uma tendência que foi revertida na mesma velocidade em que as greves ressurgiram na economia americana nos últimos anos.

Uma pesquisa de opinião feita pelo Instituto Gallup, em agosto de 2022, apontou que os sindicatos eram aprovados por 71% da população, o maior patamar desde 1965.

 

O que explica o retorno do sindicalismo à cena?

Os próprios sindicalistas creditam à pandemia — e seus efeitos sobre os trabalhadores — o ressurgimento das greves.

“Durante a covid, os trabalhadores na linha de frente fizeram um trabalho incrível. Mas, quando eles foram pedir aumento, folga e licença maternidade remuneradas, a resposta dos presidentes de empresas é de que não há recursos para isso", diz Catherine Feingold, diretora internacional do AFL-CIO, maior federação sindical dos Estados Unidos, que representa 10 milhões de trabalhadores.

"Mas todos sabemos que há dinheiro, porque os presidentes de empresas nos Estados Unidos ganham 360% do salário médio de um trabalhador do país. Os trabalhadores estão cheios, as coisas precisam mudar, e fazer greve é ​​uma ferramenta poderosa que garante que eles tenham um lugar à mesa.”

Para os economistas, porém, a explicação está menos nos sentimentos dos trabalhadores e mais nas condições do mercado de trabalho.

“O aperto no mercado de trabalho explica o tipo de poder de barganha que os trabalhadores estão experimentando agora. Uma das maneiras de medir isso é verificar quantas vagas anunciadas há e quantas pessoas estão desempregadas no momento", afirma Jagadeesh Sivadasan, professor da Escola de Negócios da Universidade de Michigan.

"Durante a Grande Recessão de 2008, eram seis trabalhadores e meio para cada vaga disponível. De lá pra cá, isso vem caindo e agora há 1,5 vagas disponíveis para cada desempregado.”

A consequência lógica disso é que, se há mais demanda por trabalho do que oferta de trabalhadores, empregados estão em situação melhor para negociar salários e condições de trabalho.

Não à toa, os salários no país têm crescido em níveis eventualmente superiores ao da inflação.

Segundo Sivadasan, o pleno emprego também o que explica um fenômeno batizado pelos economistas como “A Grande Demissão”.

Entre 2021 e 2022, mais de 90 milhões de pessoas se demitiram nos Estados Unidos.

Para o economista da Universidade de Michigan, isso se explica pelo fato de que os trabalhadores trocaram de emprego por outro que consideravam melhor, quando a demanda por profissionais estava em alta, e não por um abandono em massa do mercado de trabalho.

“Durante a pandemia, muitos trabalhadores descobriram novas habilidades, mudaram de setores, se adaptaram”, diz Sivadasan.

Por fim, fatores demográficos também parecem ter seu peso. Desde a pandemia, restrições do governo americano reduziram drasticamente a migração ao país, o que reduziu também o número de trabalhadores disponíveis.

“Além disso, os babyboomers [pessoas nascidas entre 1946 e 1964] estão deixando [o mercado de trabalho], se aposentando, e vemos que o perfil dos trabalhadores mudou, com menos americanos jovens dispostos a desempenhar funções como a de motorista de caminhão, por exemplo”, diz Sivadasan.

Do mesmo modo, a força de trabalho de remuneração mais baixa tem se tornando crescentemente latina.

Economistas e sindicalistas sugerem que esses trabalhadores trazem referências culturais de seus países, que, frequentemente, têm um forte histórico sindical.

Isso pode estar contribuindo, em alguma medida, para o ressurgimento do sindicalismo nos Estados Unidos, segundo os especialistas.

Há ainda a articulação direta entre federações americanas e movimentos latinos, como o brasileiro.

Durante o período em que o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) ficou preso em Curitiba, no Paraná, lideranças da AFL-CIO o visitaram.

Lula teve um novo encontro com os sindicalistas em Washington D.C. em fevereiro durante uma visita oficial ao país.

“Temos uma forte relação histórica e atual com o movimento sindical brasileiro", afirma Catherine Feingold, da AFL-CIO, que esteve com Lula em fevereiro.

"Precisamos ter relações fortes com os movimentos trabalhistas no Brasil e em toda a América Latina. Fazemos parte da Confederação Sindical das Américas, que é como coordenamos as políticas do Canadá até o Chile. Isso é muito importante para nós.”

Ela menciona ainda uma agenda trabalhista comum entre Lula e Biden, cuja candidatura à reeleição tem o apoio da AFL-CIO.

Em setembro, às margens da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, os dois presidentes devem conversar sobre regulações trabalhistas para serviços por aplicativos.

A ascensão dos sindicatos deve inclusive acirrar a disputa pelo voto dos trabalhadores nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos.

Biden tem uma relação histórica com movimentos trabalhistas e defende a reindustrialização do país, com a repatriação de cadeias produtivas.

Seu principal rival, o republicano e ex-presidente Donald Trump, tem se esforçado em demonstrar que defende os trabalhadores americanos e suas demandas, privilegiando a produção nacional e impondo barreiras protecionistas na política econômica exercida em seu mandato, entre 2017 e 2021, e que ele tenta reeditar.

"Acredito muito nos trabalhadores. E parte do nosso trabalho tem sido atrair democratas e sindicalistas para a nossa causa. Então, tem coisas que Lula defende nas quais nós acreditamos", disse à BBC News Brasil Steve Bannon, principal ideólogo do trumpismo.

Lichtenstein nota que existe uma disputa entre direita e esquerda pela arena sindical.

“Há uma revolta moral da classe trabalhadoras contra promessas que se mostraram vãs, como as grandes melhorias de vida que deveriam vir a partir das inovações do Vale do Silício, e que não aconteceram, e um senso comum de que as elites são corruptas ou falidas”, afirma o professor.

"Por vezes, esse sentimento é encampado por movimentos de direita, movimentos de cunho fascista, que se apoiam precisamente no apelo às classes trabalhadoras."

 

Os limites do movimento sindical

Apesar desse evidente ressurgimento do sindicalismo, especialistas alertam para o fato de que alguns indicadores seguem baixos e apontam limites para a onda de greves.

“Só 6% dos trabalhadores do setor privado são sindicalizados e só tem havido greves entre trabalhadores sindicalizados”, diz Lichtenstein.

Sivadasan vai na mesma direção ao apontar que o aumento da aprovação aos sindicatos e do número de greves não foi acompanhado de um salto no número de uniões trabalhistas ou de trabalhadores sindicalizados.

“Em 1979, havia 21 milhões de trabalhadores em sindicatos e, hoje, há 14,3 milhões. Verificamos um leve aumento no número entre 2021 e 2022, e temos ouvido sobre o primeiro galpão de estocagem da Amazon com trabalhadores sindicalizados, ou a primeira loja da Starbucks com sindicato, mas ainda é pouco em relação à força de trabalho", diz o economista.

"Se os sindicatos tiverem sucesso nessas grandes empresas, acho que aí sim poderá ter uma chance de vermos um efeito dominó, com sindicalização em massa.”

Ao contrário do que acontece no Brasil, onde sindicatos são estabelecidos por categorias profissionais nos Estados, nos Estados Unidos, cada fábrica ou loja precisa aprovar uma instituição própria.

Segundo Feingold, isso facilita constrangimentos dos empregadores para impedir a organização dos trabalhadores e limita as possibilidades de acordos coletivos, enfraquecendo o poder de barganha de funcionários frente a patrões.

Um projeto de lei para permitir sindicatos setoriais tramita no Congresso americano, mas não há qualquer perspectiva de que seja aprovado até o momento.

Por fim, o aprofundamento ou estancamento da tendência sindical nos Estados Unidos deve depender de outros dois fatores, segundo especialistas.

O fluxo de imigrantes é um deles. Se aumentar, a pressão sobre o mercado de trabalho tende a diminuir, porque haveria mais gente para assumir postos de trabalho, fragilizando a condição de barganha dos trabalhadores.

Enquanto isso, a continuidade da escalada de juros do banco central americano, o FED, que vem tentando assim conter a inflação do país ao esfriar a atividade econômica, pode ter influência direta na força dos trabalhadores para negociar melhores salários e condições de trabalho.

 

 

por Mariana Sanches - Da BBC News Brasil

BUENOS AIRES  – O sindicato dos inspetores de grãos da Argentina encerrou uma greve de uma semana depois de garantir um acordo para mais do que dobrar os salários de acordo com a crescente taxa de inflação do país, informou o sindicato nesta semana.

O acordo deve facilitar as exportações de grãos, uma fonte crucial de receita para o governo em dificuldades financeiras.

O sindicato, chamado URGARA, é um coletivo de técnicos em grãos que analisam os grãos guardados em armazéns e carregados em navios. A greve, porém, não afetou as operações nos portos.

Além do aumento salarial, os trabalhadores receberão um bônus, disse o sindicato.

No futuro, “o mais importante é iniciar o diálogo para formar um grupo de trabalho para resolver todos os outros conflitos dentro do grupo”, que incluem condições de segurança, disse o líder sindical Pablo Palacio em um comunicado.

As demandas do sindicato por aumento de salários ocorrem em um momento em que o poder de compra cai rapidamente devido a um aumento desenfreado nos preços ao consumidor, com a inflação doméstica atingindo 102% ano a ano em fevereiro.

 

 

 

Reportagem de Eliana Raszewski; texto de Kylie Madry / REUTERS

NOVA ZELÂNDIA - Quase 50.000 professores aderiram a uma greve na Nova Zelândia nesta quinta-feira (16) após a interrupção das negociações do sindicato com o ministério da Educação para melhorar os salários e as condições de trabalho.

Os professores exibiram faixas com frases como “não posso pagar o dentista” durante a paralisação de um dia, que fechou escolas e jardins de infância em todo o país.

Os sindicatos alegam que a última oferta salarial do governo não cobre a inflação e que o setor está em um “ponto de crise” pela falta de professores.

“Uma educação de qualidade é um direito humano fundamental”, declarou Chris Abercrombie, líder sindical.

“Tragicamente, como professores, estamos vendo que este direito está sendo prejudicado lentamente”, acrescentou.

A ministra da Educação, Jan Tinetti, afirmou que estava decepcionada com a paralisação dos professores e afirmou que deseja uma solução rápida.

O custo de vida virou um tema crucial na Nova Zelândia, onde o governo lutar para conter a inflação.

Os números recentes indicam que a economia do país está em contração, o que gera temores de recessão.

 

 

ISTOÉ

AMÉRICO BRASILIENSE/SP - Está suspensa a greve de servidores municipais da enfermagem em Américo Brasiliense. A categoria parou na segunda-feira, dia 13, em protesto na frente da Prefeitura Municipal.

Os servidores apresentaram na pauta de reivindicações, entre outros itens, o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem – assunto em debate no país desde 2022.

Em reunião realizada na manhã de terça-feira, dia 14, entre servidores, sindicato e administração, a prefeitura de Américo Brasiliense fez uma proposta de estudar a jornada de 30 horas para a enfermagem municipal e apresentar resultado em 15 dias.

Participarão deste estudo uma comissão de servidores, membros do Sismar e da administração, além do Coren – SP – Conselho Regional da Enfermagem de São Paulo. Houve também uma proposta de compensação dos dias parados para não haver prejuízo financeiro para os grevistas.

Em Assembleia realizada na manhã desta terça-feira, a categoria aceitou suspender a greve até que o estudo seja concluído. Caso a Prefeitura não cumpra a implantação das 30 horas se o estudo assim demonstrar, a greve será retomada.

Sobre o piso Nacional da categoria, a Prefeitura de Américo Brasiliense alega que já ultrapassou o limite da lei de responsabilidade fiscal e que por causa disso o pagamento só será possível caso o governo federal encontre fontes de custeio.

 

 

Chico Lourenço / PORTAL MORADA

FRANÇA - Centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas na França, na quinta-feira (19), em mais uma greve que mobilizou diversos setores do país contra a reforma da previdência defendida pelo governo de Emmanuel Macron. Os transportes foram parcialmente interrompidos, tanto na rede ferroviária quanto no metrô de Paris, e muitas escolas permaneceram fechadas. A jornada de paralisação massiva teve interpelações da polícia e foi um teste político para o presidente centrista, em um contexto social tenso no país.

As manifestações se multiplicaram em muitas cidades francesas. De acordo com Philippe Martinez, secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho), dois milhões de pessoas participaram dos atos em toda a França, enquanto a polícia estimou em 1,12 milhão de pessoas nos protestos contra a reforma das pensões.

Os sindicatos saudaram uma mobilização "bem-sucedida". Foram 16.000 pessoas nos protestos em Bordeaux, segundo a polícia, mais de 50.000 pelas contas dos organizadores, que não registraram incidentes.

Pelo menos 36.000 pessoas participaram da marcha em Toulouse (sudoeste), 26.000 em Marselha (sudeste), 25.000 em Nantes (oeste), 19.000 em Clermont-Ferrand (centro), 15.000 em Montpellier (sudeste), 14.000 em Tours (centro), 12.000 em Perpignan (sul).

Em Lyon, 23.000 pessoas protestaram. Os manifestantes atiraram projéteis contra os policiais e 17 pessoas foram presas.

 

400.000 em Paris

Na capital, um cortejo foi organizado por volta das 14h15, hora local, 10h15 pelo horário de Brasília, a partir da Praça da República, ao norte de Paris. A imensa adesão de participantes fez com que a marcha demorasse para sair. Eram cerca de 400.000 manifestantes, segundo informação da CGT, enquanto o número oficial ainda não tinha sido divulgado.

“Dois terços dos franceses são contra a reforma. Essa oposição da opinião deve se transformar em mobilização. É dessa forma que ganharemos”, afirmou Benoît Test, da FSU (Federação Sindical Unitária) à reportagem da RFI Brasil. “As pessoas têm que estar convencidas. Temos também que convencer quem está aqui que podemos ganhar. Então, temos que continuar, porque podemos vencer. A questão é sobre o aumento da idade e o aumento da contribuição. E se não nos atenderem sobre isto, então o movimento continua e vai aumentar”, completou.

“Pedimos ao governo não escolher o caminho da irresponsabilidade. Mas, ao contrário, ser razoável. E voltar atrás nesse projeto de reforma, achar meios para ter uma verdadeira melhoria na aposentadoria dos franceses”, disse Laurent Escure, da UNSA (União Nacional dos Sindicatos Autônomos).

“Sou contra a reforma porque não é um projeto social aceitável. As pessoas sofrem no trabalho. É mais isso que temos de acertar. O sofrimento no trabalho, as desigualdades, para preparar o futuro”, disse a funcionária pública Dauphine, em entrevista à RFI Brasil.

“É uma luta global contra o sistema. Desde o começo, Macron nos impõe suas leis liberais, ele não defende o serviço público e agora é a previdência. Nós queremos uma aposentadoria aos 55 anos para as profissões mais difíceis e 60 anos para as restantes. Nós queremos uma vida digna”, resume Joachim, estudante.

O projeto apresentado pelo governo francês e sua principal medida, o adiamento da idade de aposentadoria integral para 64 anos, contra 62 hoje, está enfrentando uma frente sindical unida e hostilidade da opinião pública, de acordo com pesquisas publicadas recentemente.

"Emmanuel Macron gostaria que morressemos no campo, que trabalhássemos até os 64 anos", disse Hamidou, 43, lixeiro da cidade de Paris. "Acordamos muito cedo. Tem alguns colegas meus que acordam às 3h da manhã. Trabalhar até 64, francamente, é demais", diz.

Em Paris, eclodiram confrontos entre policiais e manifestantes perto da Praça da Bastilha, onde manifestantes lançaram projéteis em direção dos policiais, que usaram gás lacrimogêneo para conter os vândalos. A polícia fez trinta interpelações durante o cortejo dos grevistas, a maioria por porte de armas, ofensa ou rebelião.

 

Home office foi privilegiado

A greve teve grande adesão no setor de transportes com quase nenhum trem regional circulando, poucos trens de alta velocidade (TGV), um metrô bem mais lento em Paris e o subúrbio mal servido de trens nessa quinta-feira.

As plataformas de metrô quase desertas e muitas estações vazias mostravam que a greve atingiu massivamente o setor do transporte. Porém, sem causar grandes aglomerações na região de Paris, porque muitas empresas e funcionários se organizaram para essa jornada de trabalho. Muitos empregadores haviam recomendado que seus funcionários trabalhassem de casa, especialmente nas atividades de escritório.

"Adaptamos nossos horários, explica Pauline Zamolo, farmacêutica. “Eu, por exemplo, era para começar ao meio-dia, mas não tem metrô depois das 9h30, então vim mais cedo e vou sair mais cedo”, diz. Apesar do esforço coletivo, alguns funcionários viram-se obrigados a tirar um dia de folga. “Temos uma mãe que tem um filho relativamente pequeno e cuja escola está em greve, então ela teve que tirar um dia de folga”, acrescentou Zamolo.

Nos restaurantes, à hora do almoço, foi necessário antecipar uma clientela menor e ajustar a jornada de trabalho. "Muitos clientes habituais nos avisaram que não estariam aqui hoje", disse Claire Calligaro, gerente do restaurante Mûre, no 2º distrito da capital. “Logicamente reduzimos as quantidades em cerca de 20%”, diz.

 

Adesão em outros setores

Na função pública, a greve era seguida por 28% dos funcionários públicos ao meio dia, de um total de 2,5 milhões de servidores.

Na educação nacional, o principal sindicato do setor, o FSU, contabilizava 70% dos professores em greve nas escolas e 65% nas faculdades e escolas secundárias.

Os agentes da empresa pública de eletricidade EDF cortaram a produção de energia, atingindo pelo menos o equivalente a duas vezes o consumo de Paris.

Quanto às refinarias, a CGT TotalEnergies registrou entre 70 e 100% de grevistas.

O porto de Calais também parou devido a adesão dos funcionários portuários à greve.

Em nível nacional, a mobilização desta quinta-feira é compatível ​​ou mesmo superior a de 5 de dezembro de 2019. “Estamos claramente numa forte mobilização, além do que pensávamos”, concluiu Laurent Berger, sindicalista.

 

 

por RFI

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