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UCRÂNIA - A Rússia prepara o que pode ser o maior ataque contra a Ucrânia desde as primeiras semanas da invasão promovida por Vladimir Putin em fevereiro de 2022. Segundo Kiev, mais de 100 mil soldados foram concentrados na região noroeste de Donetsk, no leste do país.

A informação foi dada a repórteres pelo porta-voz do Grupo Oriental das Forças Armadas da Ucrânia, Serhii Tcherevati. Ele afirmou que há cerca de 900 tanques, 555 sistemas de artilharia e 370 lançadores múltiplos de foguetes na direção de Liman-Kupiansk.

O alerta foi dado em um dia particularmente agitado no conflito, com o ataque à ponte que liga a Crimeia ocupada à Rússia e a saída de Putin do acordo que permite a exportação de grãos ucranianos pelo mar Negro sem oposição eventual de bloqueio militar.

Segundo a reportagem ouviu de analistas militares em Moscou, a provável ação visa romper as defesas de Kiev no momento em que a contraofensiva das forças de Volodimir Zelenski mostra sinais de dificuldades, com avanços apenas incrementais mais a sudeste de Donetsk e em Zaporíjia (sul do país).

A invasão do ano passado mobilizou cerca de 200 mil militares e provou-se insuficiente, por erros logísticos e táticos, para capturar Kiev. Mas a ação ocorreu em três grandes frentes do país, o que gerou críticas acerca do número de soldados nos esforços principais, e agora parece que a ofensiva será concentrada.

Se o cenário se confirmar, Kiev pode ter problemas. Sua contraofensiva, iniciada em 4 de junho, não rompeu as defesas de Moscou, apesar de haver batalhas com grande atrito e perdas de lado a lado --só que há menos soldados ucranianos, talvez 60 mil na ação, do que russos. Autoridades da Otan, a aliança militar ocidental que armou e treinou as forças de Zelenski para a ação, têm baixado as expectativas sobre resultados rápidos.

Mas ninguém contava, ao menos publicamente, com uma nova ofensiva russa. Ao contrário, o mantra de comentaristas ocidentais é o da exaustão das forças de Putin, que de quebra enfrentou um motim dos mercenários do Grupo Wagner no fim de junho, perdendo acesso a esses recursos -amplamente empregado nos meses mais estáticos da guerra.

Se a ofensiva ocorrer de fato, na direção aparente, pode cortar pela metade os 45% de Donetsk que ainda estão em mãos da Ucrânia, colocando linhas de suprimento para a capital provisória de Kramatorsk sob risco. É um cenário novo na guerra, com consequências imprevisíveis.

Das quatro regiões anexadas ilegalmente por Putin em setembro do ano passado, Donetsk é aquela em que ele tem menos controle territorial. Domina quase toda a vizinha Lugansk e boa parte de Zaporíjia e Kherson, que estabelecem a chamada ponte terrestre entre a Rússia e a Crimeia no sul ucraniano, às margens do mar de Azov.

Ele havia sido estimado na semana passada por George Friedman, da consultoria americana Geopolitical Futures. Em texto para seus clientes, ele afirmou que havia a possibilidade de uma ofensiva russa tentar resolver em favor de Moscou a situação em Donetsk, o que poderá levar a um congelamento das fronteiras presumidas.

Friedman argumenta que o presidente americano Joe Biden não gostaria de entrar a campanha eleitoral de 2024 com uma situação indefinida na Ucrânia, e há fadiga entre os aliados ocidentais, como disse na semana passada o tcheco Petr Pavel na reunião de cúpula da Otan. Mas o presidente da República Tcheca contava mais com ganhos de Kiev do que com uma ofensiva russa, que colocará em xeque o esforço da Otan em preparar Zelenski para contra-atacar.

Por outro lado, se for em frente Putin estará arriscando o coração de suas forças, e uma derrota será desastrosa, obrigando talvez uma nova rodada de mobilização de reservistas. Estima-se que haja de 300 mil a 400 mil, dos cerca de 1 milhão de militares russos, em território ocupado na Ucrânia, então uma força de 100 mil homens é muito significativa.

No auge da ocupação soviética do Afeganistão, que durou de 1979 a 1989, havia 120 mil soldados de Moscou no país. Eles acabaram saindo humilhados pelos guerrilheiros islâmicos do país, uma derrota geracional que acompanhou o ocaso do império comunista --dissolvido logo depois, em 1991.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

CRIMEIA - A circulação na principal ponte que liga a península da Crimeia à Rússia foi hoje (17.07) interrompida. Os moradores na área relataram explosões. Entretanto, a agência de notícias russa TASS relata que o movimento ferroviário foi retomado após o incidente.

'Drones' marítimos ucranianos foram utilizados para o ataque desta madrugada contra a ponte da Crimeia, que teve de ser encerrada depois de ser atingida por várias explosões, avançou a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

A agência de notícias estatal cita fontes não identificadas dos serviços secretos ucranianos (SBU) e da Marinha do país, duas componentes das forças de segurança ucranianas.

"Foi difícil chegar à ponte, mas acabámos por conseguir", disse um representante dos SBU citado pela Ukrinform, que salientou que a ponte é um alvo legítimo para a Ucrânia, uma vez que foi construída em território ucraniano ocupado.

De acordo com as mesmas fontes, o ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura.

 

A joia da coroa de Putin

A ponte, a mais longa da Europa, com 19 quilómetros, foi construída depois de a Rússia ter anexado a Crimeia, em 2014, e liga esta península do Mar Negro à Rússia. É a principal conexão terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia.

Também com circulação ferroviária, a ligação é uma importante artéria de abastecimento para a guerra da Rússia na Ucrânia.

Em outubro do ano passado, um camião armadilhado explodiu na ponte, considerada a mais longa da Europa, e a joia da coroa do Presidente russo, Vladimir Putin.

Cinco pessoas morreram neste atentado, descrito por Moscovo como um ataque terrorista.

 

Vítimas

As autoridades russas reconheceram a existência de uma "emergência" na ponte e comunicaram a morte de dois civis.

Pelo menos dois residentes da região russa de Belgorod morreram hoje e uma criança ficou ferida "numa emergência", na ponte da Crimeia, anunciaram as autoridades russas.

Um casal morreu e a filha, que sofreu ferimentos ligeiros, vai ser transportada de imediato para Belgorod quando os médicos o permitirem, disse o governador de Belgorod, Viacheslav Gladkov.

"Nos últimos dias, temos enviado os nossos filhos para os acampamentos da Crimeia", disse Gladkov, garantindo aos pais que "nada ameaça a vida" das crianças.

O governador da península da Crimeia, Sergey Axyonov, anexada pela Rússia em 2014, relatou "uma emergência" na ponte, depois de terem sido ouvidas pelo menos duas explosões e detetados posteriormente danos na estrada.

"A circulação foi suspensa na ponte da Crimeia: ocorreu uma emergência na área do [pilar de] apoio 145 do Território de Krasnodar", indicou o responsável, na plataforma de mensagens Telegram.

O Ministério dos Transportes russo reconheceu que há "danos na estrada em secções da ponte da Crimeia", que liga a península ocupada à Rússia, mas os pilares estão intactos, indicou a agência de notícias russa TASS.

Os habitantes locais ouviram duas explosões, por volta das 01:04 e 01:20 (hora universal), de acordo com comentários na rede social russa VKontakte, citados pela agência de notícias EFE.

 

 

 

por sq, com agências / DW.com

UCRÂNIA - Em um campo de treinamento na periferia de Kiev, combatentes ucranianas correm, saltam obstáculos e operam armas kalashnikov. Pela primeira vez, usam uniformes feitos para mulheres.

Mais de 42.000 mulheres fazem parte das forças armadas ucranianas e a maioria ainda usa fardas masculinas.

O projeto ucraniano Arm Women Now (Armem as Mulheres Agora) arrecadou doações para produzir milhares de uniformes adaptados às mulheres, que depois distribui gratuitamente entre as mulheres militares.

"É muito confortável, não limita meus movimentos porque o tamanho é grande (...) Está tudo no lugar e temos mobilidade", disse Alina Pyrenko, psicóloga militar que recebeu as peças.

Alina utilizou a farda na cidade de Bakhmut, cenário de uma longa e sangrenta batalha contra as forças russas. Disse que está satisfeita com as calças.

Lembra que ao unir-se ao Exército ficou dois meses sem receber "nenhum uniforme". "Logo, começaram a fornecer as fardas, mas todas com tamanhos masculinos, que recusamos", conta.

As militares ucranianas geralmente precisam ajustar os trajes que recebem ou comprar de forças armadas de outros países.

"As calças masculinas caem", diz Alina.

Arm Women Now, fundado por ucranianas, desenhou um conjunto feminino com jaquetas reduzidas, calças com a cintura ajustável e sutiãs esportivos confortáveis.

O produto está sendo testado agora para ser utilizado em conjunto com as forças armadas ucranianas. A organização negocia com o Ministério da Defesa para que o modelo seja regulamentado.

"Gostaria que todas as mulheres recebessem o uniforme", disse a fundadora do projeto, Iryna Nykorak, deputada do partido Solidariedade Europeia do ex-presidente Petro Poroshenko.

Na semana passada, o ministério garantiu que trabalhava para "responder às necessidades materiais do pessoal militar feminino".

O vice-ministro da Defesa, Denys Sharapov, assistiu a uma apresentação dos desenhos criados pela Arm Women Now e destacou que "uma farda confortável é um dos elementos mais importantes, porque nossas mulheres a usam todos os dias".

Arm Women Now forneceu kits gratuitos a quase 5.000 mulheres. Os itens incluem roupa de baixo para missões de combate, que são "diferentes das usadas por civis", explica Nykorak.

"É difícil para as mulheres encontrarem roupas de baixo convenientes e que as deixem confortáveis", acrescenta.

Para o inverno, também há camisetas de manga longa, meias pretas e cáqui, casacos de lã com zíper e jaquetas impermeáveis com capuz.

As calças possuem vários bolsos e fechos em velcro que permitem ajustar o tamanho nos joelhos e tornozelos.

"As calças mais procuradas são tamanho PP e até PPP", incomuns entre as vestimentas masculinas, disse Iryna Nykorak.

"As mulheres que lutam em uma guerra não deveriam se preocupar com o que vestir", explica.

"Se uma mulher toma as armas e defende seu lar, sua família e seu país, deve ter, ao menos, um uniforme confortável", acrescenta. "Uma mulher não pode combater com calças masculinas", diz.

 

 

AFP

RÚSSIA - O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) prendeu nesta quinta-feira (13) um ativista transgênero acusado de "alta traição" por supostamente apoiar a Ucrânia. A detenção acontece no mesmo dia em que legisladores deram mais um passo em sua cruzada anti-LGBTQIA+, endurecendo projetos de lei que têm a comunidade como alvo.

Segundo o FSB, o detido é um ativista transgênero que trabalha como voluntário para a ONG OVD-Info, que documenta a repressão política no país liderado por Vladimir Putin. A agência também alega que o suspeito é gestor de um projeto que organizou transferências de dinheiro para entidades ucranianas.

Em um vídeo filmado pelo órgão de segurança e transmitido pela mídia estatal, homens encapuzados e armados com coletes à prova de balas e uniformes camuflados saem de um veículo, jogam o ativista contra um muro e o espancam brutalmente.

"O FSB frustrou as atividades ilegais de um cidadão russo, morador da região de Oriol, implicado em um crime de alta traição por ter prestado assistência financeira às Forças Armadas ucranianas", afirmou agência em comunicado.

Um porta-voz da OVD-Info disse que a organização tinha milhares de voluntários e que o preso em questão ainda não tinha sido identificado.

Também nesta quinta-feira, os deputados usaram a segunda leitura de um projeto de lei que busca criminalizar cirurgias de mudança de sexo para torná-lo ainda mais rígido para virar legislação, ele ainda precisa passar por uma terceira leitura, marcada para esta sexta-feira (14); ser aprovado pelo equivalente ao Senado brasileiro na Rússia; e ser ratificado pelo presidente.

Além da proibição das cirurgias, o projeto também impede pessoas de mudar de gênero em documentos oficiais, algo permitido na Rússia desde 1997. Por fim, pessoas trans seriam impedidas de adotar ou obter a custódia de crianças, e seus casamentos seriam anulados caso a mudança de gênero tenha acontecido após a união.

Também na quinta-feira, um popular site de streaming russo foi multado em 1 milhão de rublos (cerca de R$ 53 mil) depois que um tribunal de Moscou disse que a plataforma não incluiu uma classificação etária de 18 anos ou mais em um filme que faz referência a relacionamentos LGBTQIA+.

O tribunal disse que a plataforma ivi.ru considerou que a comédia italiana "Perfect Strangers", perfeitos estranhos, poderia ser assistida por maiores de 16 anos, quando as rígidas leis russas proíbem que relações descritas como "não tradicionais" sejam retratadas em obras audiovisuais consumidas por crianças e adolescentes.

Desde a ofensiva na Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022, a Rússia multiplicou suas medidas conservadoras, sobretudo contra a comunidade LGBTQIA+. Os defensores da lei argumentam que ela serve para proteger a Rússia, em especial as crianças, de ideias disseminadas pelo Ocidente. Para ativistas de direitos humanos, porém, a legislação é uma tentativa de intimidar a comunidade.

 

 

FOLHA de S.PAULO

KIEV - Um ataque aéreo noturno em Kiev causou pelo menos uma morte e quatro feridos, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira (13), noite de quarta-feira em Brasília, na terceira noite consecutiva de ataques contra a capital da Ucrânia. Os serviços de emergência responderam a chamadas dos distritos de Solomyansky, Shevchenkivsky, Podilsky e Darnytsky após uma série de "explosões na capital", segundo o prefeito, Vitali Klitschko.

A noite foi novamente difícil para os habitantes de Kiev. As sirenes soaram na capital ucraniana pela terceira noite consecutiva. Várias explosões, bem como o som de drones Shahed, de fabricação iraniana, foram ouvidos no centro da cidade. Aqui, eles são chamados de "vespas" (scooters) porque o ruído é bastante semelhante ao deste modelo de moto.

“Vinte drones Shahed foram destruídos, todos os que voavam foram abatidos. Dois mísseis de cruzeiro Kalibr também foram eliminados”, disse o porta-voz da força aérea ucraniana, Yuriy Ignat, que disse que eles foram derrubados “principalmente na região de Kiev”. A defesa aérea destruiu uma dúzia deste tipo de equipamento nos céus da cidade.

Os destroços que caem provocam danos e incêndios, além de poder matar pessoas. A informação ainda não foi completamente esclarecida, mas, segundo fontes locais, nesta noite foram afetados cinco bairros do centro da capital, três prédios de apartamentos e um parque. Pelo menos uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas. Centenas de bombeiros foram mobilizados.

 

Hesitação da Otan

Não há indícios neste momento de que os ataques a infraestruturas civis vão cessar, um dia depois do fim da cúpula da Otan organizada em Vilnius, na Estônia.

Três quartos dos ucranianos já perderam um membro da família ou uma pessoa próxima desde o início da invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia no ano passado e todo mundo conhece um ou mais soldados lutando nas frentes militares. Por isso, a falta de precisão no calendário para a adesão da Ucrânia à Otan não agrada à opinião pública local. Se os ucranianos estão muito atentos e muito gratos pelas entregas de armas que se anunciam como garantias de segurança, eles também têm a sensação de terem pago durante anos em vidas humanas o preço desta guerra.

 

 

Com a correspondente da RFI em Kiev, Emmanuelle Chaze, e AFP

por Jeffrey Epstein

KIEV - A Rússia lançou ataques contra a capital da Ucrânia, Kiev, o porto de Odessa, no Mar Negro, e a região sul de Kherson, na terça-feira, antes do início de uma cúpula da Otan na Lituânia, onde as ameaças de segurança de Moscou estavam na agenda.

Nenhuma morte foi relatada em ataques noturnos de drones em Kiev e Odessa, mas um bombardeio russo matou uma mulher no vilarejo de Sofiivka, no sul, e feriu duas pessoas na cidade de Kherson, disse o governador de Kherson, Oleksandr Prokudin.

Alertas aéreos foram emitidos em toda a Ucrânia e os combates continuaram enquanto os líderes da Otan se reuniam para uma cúpula que o Kremlin criticou, alertando que Moscou responderia para proteger sua própria segurança.

"O inimigo atacou Kiev do ar pela segunda vez neste mês", escreveu Serhiy Popko, chefe da administração militar de Kiev, no aplicativo de mensagens Telegram.

A Força Aérea disse que 26 dos 28 drones kamikaze Shahed de fabricação iraniana lançados pela Rússia durante a noite foram abatidos.

Os militares disseram que os destroços que caíram danificaram vários edifícios na região de Kiev. Um prédio administrativo no porto de Odessa também foi danificado, e um incêndio foi rapidamente extinto em um terminal de grãos perto do porto, segundo autoridades.

Na cúpula de Vilnius, os líderes da Otan disseram que a Ucrânia receberá uma "mensagem positiva" ao buscar a adesão. Moscou citou a expansão da Otan para o leste como um fator em sua decisão de enviar tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022.

A Rússia nega ter alvejado deliberadamente civis.

 

 

por Por Valentyn Ogirenko e Gleb Garanich / REUTERS

UCRÂNIA - A Ucrânia informou nesta terça-feira (11) que drones russos atacaram instalações de grãos em um porto da região de Odessa (sul), um dos três terminais marítimos cruciais para o acordo de exportação entre Kiev e Moscou, que está a ponto de expirar.

"As forças de defesa aérea não permitiram que o plano do inimigo de atacar o terminal de grãos de um dos portos de Odessa fosse concretizado", afirmou em um comunicado o governador regional Oleg Kiper.

O exército ucraniano afirmou que derrubou 26 drones russos durante a noite. Algumas horas antes, as autoridades relataram um ataque noturno com drones contra a capital Kiev.

"O inimigo atacou Kiev por via aérea pela segunda vez este mes", anunciou a administração militar de Kiev no Telegram.

O ataque utilizou drones explosivos de fabricação iraniana Shahed, lançados a partir do sul, provavelmente da região russa de Krasnodar, segundo a nota militar.

"Todos os alvos aéreos que avançavam em direção a Kiev foram destruídos pelas forças e com os recursos de nossa defesa aérea", acrescentou a administração militar.

O ministério do Interior ucraniano informou que destroços de drones Shahed foram encontrados em uma área não divulgada da região de Kiev.

Os alertas de ataques aéreos também foram acionados nas regiões de Mykolaiv, Kherson, Kirovogrado, Poltava e Kharkiv.

Os ataques coincidem com a reunião de cúpula da Otan em Vilnius, Lituânia, onde o presidente ucraniano Volodimir Zelensky se reunirá na quarta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para defender o direito de seu país de entrar para a aliança militar.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram quatro mísseis no domingo, disseram autoridades russas, um sobre a península anexada da Crimeia e três sobre as regiões russas de Rostov e Bryansk, que fazem fronteira com a Ucrânia.

Um míssil de cruzeiro foi abatido perto da cidade de Kerch, na península da Crimeia, sem causar danos ou vítimas, escreveu o governador instalado da Rússia, Sergei Aksyonov, no aplicativo de mensagens Telegram. Ele não especificou de onde o míssil foi lançado.

A Crimeia foi anexada pela Rússia da Ucrânia em 2014, mas é reconhecida internacionalmente como parte da Ucrânia.

Autoridades locais disseram que o tráfego na Ponte da Crimeia, que liga a península ao continente russo, foi restabelecido após uma aparente suspensão. Não foi dada nenhuma razão para a paralisação do trânsito.

Em outro incidente, defesas aéreas derrubaram um míssil ucraniano sobre a região russa de Rostov, disse o governador Vasily Golubev no Telegram. "Não houve vítimas. Os destroços danificaram parcialmente os telhados de vários edifícios", escreveu Golubev.

Alexander Bogomaz, governador de Bryansk, escreveu no Telegram que os militares russos derrubaram dois mísseis ucranianos. Uma serraria foi totalmente destruída como resultado da queda de um dos mísseis, disse Bogomaz.

Moscou acusa regularmente a Ucrânia de ataques contra alvos dentro da Rússia. Kiev negou isso, dizendo que está travando uma guerra defensiva em seu próprio território.

 

 

REUTERS

TURQUIA - O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, reivindicou, nesta quinta-feira (6), na República Tcheca, "honestidade" e "coragem" à Otan, dias antes de uma reunião crucial da aliança militar, e reconheceu que a contraofensiva lançada contra as posições russas "não é rápida".

Sua viagem para Praga faz parte de uma ofensiva diplomática de Kiev para aderir à Otan e receber mais munições de seus aliados, que o levou antes à Bulgária e continuará na Turquia nesta sexta-feira.

"A ofensiva não é rápida, isto é um fato. Mas, mesmo assim, avançamos, não retrocedemos como os russos", disse Zelensky à imprensa ao lado do presidente tcheco, Petr Pavel.

O dirigente ucraniano assegurou que a lentidão no fornecimento de armas a seu país havia atrasado sua contraofensiva e permitiu que a Rússia fortalecesse suas defesas nos territórios ocupados.

"Exigimos honestidade em nossas relações" com a Otan, disse Zelensky em Praga. É hora de demonstrar "a coragem e a força dessa aliança", acrescentou.

Os países-membros da Otan se reúnem nos dias 11 e 12 de julho em Vilnius, a capital da Lituânia, ainda sem uma posição comum sobre as garantias de segurança que querem oferecer a Kiev nem sobre um eventual convite à Ucrânia para se juntar à aliança militar.

"A motivação de nossos parceiros deve continuar intacta", disse o presidente ucraniano anteriormente na Bulgária. Kiev reivindica aviões de combate F16 e munições de artilharia. Caso contrário, "perderemos a iniciativa no campo de batalha", frisou.

Durante a próxima etapa de sua viagem, na Turquia, Zelensky se reunirá com o presidente Recep Tayyip Erdogan, no momento em que a Rússia ameaça sair do acordo sobre as exportações de grãos ucranianos apoiado por Ancara.

 

- 'Onde está Prigozhin?' -

A campanha diplomática do líder ucraniano coincidiu com um bombardeio russo em Lviv (oeste) e com novas revelações sobre o paradeiro do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, depois de seu motim contra o alto comando militar do presidente Vladimir Putin.

O presidente de Belarus, país para o qual teoricamente foi Prigozhin após um acordo com o Kremlin, disse que o polêmico empresário não estava ali, mas na Rússia.

"Quanto a Prigozhin, ele está em São Petersburgo. Onde está esta manhã? Ele pode ter partido para Moscou ou para outro lugar, mas não está em território bielorrusso", disse Alexander Lukashenko.

"Tenho certeza de que ele está livre", disse Lukashenko, afirmando que tinha conversado ontem com Prigozhin por telefone, que lhe garantiu que continuaria "trabalhando para a Rússia".

O presidente bielorrusso mediou o acordo que pôs fim à rebelião de Prigozhin nos dias de 23 e 24 de junho. No dia 27, Lukashenko informou que o líder do Grupo Wagner havia chegado a Belarus.

já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questionado sobre o paradeiro de Prigozhin, respondeu: "Não estamos acompanhando os seus movimentos."

Putin, que tachou Prigozhin de "traidor", deu aos combatentes do Grupo Wagner a opção de ingressar no exército regular, ir para Belarus ou voltar para a vida civil.

Mas, segundo Lukashenko, os combatentes do Grupo Wagner também estão "em seus destacamentos permanentes" na Ucrânia e não em Belarus, "por ora".

Após o motim de 24 horas que abalou o Kremlin, Prigozhin disse que não queria tomar o poder, mas proteger o Grupo Wagner do risco de ser desmantelado pelo Estado-Maior russo, a cujos responsáveis ele acusa de incompetência no conflito da Ucrânia.

 

- Mísseis em Lviv -

Na Ucrânia, a centenas de quilômetros da frente de batalha, a cidade de Lviv foi alvo de uma série de mísseis russos durante a noite, que mataram sete pessoas e causaram danos em mais de 30 edifícios, segundo as autoridades locais.

"Este é o ataque mais destrutivo contra a população civil do oblast [província] de Lviv desde o início da guerra", assinalou o chefe da administração militar da província, Maksym Kozytsky, no Telegram.

"Acordei com a primeira explosão, mas não tivemos tempo de sair do apartamento. Houve uma segunda explosão e o teto começou a cair", disse à AFP Olya, uma moradora da cidade.

"Minha mãe morreu, meus vizinhos morreram. Neste momento, parece que sou a única sobrevivente do quarto andar", acrescentou.

Por outro lado, o Exército russo garantiu que seus ataques foram contra lugares de "destacamento temporário" de soldados ucranianos. "Todas as instalações designadas foram atingidas", disse o Ministério da Defesa russo.

A Unesco condenou hoje o bombardeio russo contra um edifício histórico em Lviv, e ofereceu suas "sinceras condolências" às famílias das vítimas.

"Este ataque, o primeiro que afeta uma área protegida pela Convenção sobre o Patrimônio Mundial desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, constitui uma violação" deste acordo, afirmou esta agência especializada da ONU com sede em Paris.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Um ataque com mísseis matou quatro pessoas em um edifício residencial na cidade de Lviv (oeste) nesta quinta-feira (6), no maior bombardeio contra uma infraestrutura civil da localidade desde o início da guerra na Ucrânia, anunciaram as autoridades locais.

"Um edifício de apartamentos foi atingido por um ataque russo com mísseis", afirmou no Telegram o ministro ucraniano do Interior, Igor Klimenko.

"O terceiro e o quarto andares do prédio foram destruídos no ataque (...) Quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas", acrescentou.

As equipes de resgate trabalhavam para resgatar as pessoas presas entre os escombros, informou Klimenko.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu uma "resposta tangível" ao ataque russo.

"Infelizmente há feridos e mortos... Definitivamente haverá uma resposta ao inimigo, uma resposta tangível", afirmou Zelensky no Telegram.

O prefeito de Lviv Andriy Sadovyi, indicou que mais de 50 apartamentos foram "destruídos" e um dormitório da Universidade Politécnica da cidade foi atingido.

"Este é o maior ataque contra uma infraestrutura civil de Lviv desde o início da invasão russa", em 24 de fevereiro de 2022, destacou Sadovyi.

Não foi possível determinar quantos mísseis foram lançados contra a cidade.

 

 

AFP

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