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SÃO CARLOS/SP - Abordagem, discussão e apresentação de propostas para a abertura de novos caminhos rumo ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Estes foram os objetivos centrais que levaram a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (EMBRAPII) a elaborar e publicar o livro subordinado ao título “Ciência para Prosperidade - Sustentável e Socialmente Justa”, já disponível ao público.

Nele, são expostas as análises, visão e críticas, no âmbito dessas temáticas, de alguns dos mais importantes cientistas nacionais que foram convidados pela EMBRAPII a exporem seus pontos de vista, tendo como meta uma contribuição importante rumo a um país mais moderno, sustentável e socialmente justo.

A abordagem de áreas estratégicas nacionais, como o agronegócio, bioeconomia, transformação digital, saúde e bem estar, e transição energética, constitui um dos capítulos com maior destaque nesta publicação, que abre espaço para a discussão e reflexão sobre como passar para uma nova fronteira, especialmente tendo em vistas ações para a redução das desigualdades.

Entre os autores, estão os docentes e pesquisadores de nosso Instituto, Profs. Adriano Andricopulo e Glaucius Oliva.

Para acessar o livro, no formato PDF, vá em https://www.abc.org.br/wp-content/uploads/2022/10/CI%C3%8ANCIA-PARA-PROSPERIDADE-compactado.pdf

Serão mais de 30 editoras participantes, com descontos entre 20 e 70%

 

SÃO CARLOS/SP - Começa hoje (27/9) e vai até 29 de setembro um dos maiores eventos literários da cidade: A XVII Feira do Livro da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a II Feirinha do Livro Infantil, que acontecem no formato presencial no Saguão da Biblioteca Comunitária (BCo), na área Sul do Campus São Carlos, das 9 às 20 horas. A entrada é gratuita e aberta ao público.
Serão mais de 30 Editoras participantes, que oferecerão descontos de 25%. Já os livros da Editora da UFSCar (EdUFSCar) terão descontos entre 20 e 70%. As Editoras participantes são: EdUFSCar, Editora 34, Blucher, Boitempo, Expressão Popular, Girassol, Callis; Companhia das Letras, Companhia das Letrinhas, Zahar, Brinque-Book, Estação Liberdade, Record, L&PM, Martin Claret, Rocco, UNESP, Vozes, Ciranda Cultural, Perspectiva, Melhoramentos. Aletria, Pulo do Gato, Ateliê, Pensamento, HarperCollins, Annablume, AVEC, Unicamp, Pallas, EDUSP, UFPR, UFMG, Lote 42, Geração Editorial.
Neste ano, a Feira do Livro continua no formato virtual entre os dias 3 e 9 de outubro, por meio do site da EdUFSCar (www.edufscar.com.br), com os mesmos descontos para os livros da EdUFSCar, além de alguns títulos das editoras participantes.
Mais informações pelo WhatsApp (16) 3351-8962 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Obra foi lançada no contexto de mais de 40 anos de formação de profissionais na área pela UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - A Terapia Ocupacional (TO) é uma profissão da Saúde com atuação em outras áreas, como Educação, Educação Especial e Serviço Social, que se volta ao suporte e à facilitação do cotidiano de pessoas que, por qualquer motivo (físico, emocional, cognitivo ou social), estão com limitações ou dificuldades para concretizar as suas ocupações. Para abordar a atuação da área na infância, Mirela de Oliveira Figueiredo, docente no Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), organizou o livro "Terapia Ocupacional no ciclo de vida da infância - histórico, proposições atuais e perspectivas futuras", lançado no último mês pela editora Memnon.
A produção da obra teve início em 2020, no âmbito dos 50 anos da UFSCar e na época em que a graduação em TO comemorava seus 42 anos na Instituição. "O livro retrata parte da história e do presente do curso e do DTO, que possuem um grupo de docentes com ações de ensino, pesquisa e extensão com foco na Terapia Ocupacional junto a bebês e/ou crianças em seus diferentes contextos de vida (família, escola, comunidade) e nas possíveis áreas de intervenção terapêutica ocupacional e de reabilitação, a saber física, mental, cognitiva, sensorial e social", descreve Figueiredo, destacando o número significativo de docentes do DTO que, historicamente, atuam no ciclo de vida da infância e em diferentes áreas de da TO.
O livro possui 17 capítulos elaborados por 41 autores, entre discentes e ex-alunos de graduação e pós-graduação em TO da UFSCar e docentes atuais e professores aposentados do DTO. Cada capítulo apresenta um histórico vinculado ao tema tratado, traçando uma trajetória da ação da Terapia Ocupacional enquanto campo profissional e do saber, dirigido a uma população específica e sua respectiva demanda. "Cada capítulo explana também as proposições atuais, seja sobre uma determinada prática da Terapia Ocupacional com a população alvo do texto em questão e/ou sobre achados de investigação sobre esta população e seu potencial para subsidiar futuras práticas e pesquisas na área", explica a organizadora. Além disso, o final de cada parte apresenta perspectivas futuras.

Campo de atuação da TO
Mirela Figueiredo expõe que, por muitos anos, persistiu a crença equivocada de que a TO "servia para ocupar as pessoas". A docente da UFSCar explica que "a palavra ocupacional vem do principal conceito da profissão, que é a 'ocupação', entendendo o ser humano pelas suas ocupações e por tudo o que as pessoas fazem. Existe uma relação entre o que as pessoas fazem e quem elas são como seres humanos e, através da ocupação, elas estão em um estado constante de se tornarem diferentes", aponta a organizadora do livro.
Assim, o foco da TO é olhar para a pessoa e para o que esta faz, deseja fazer ou precisa fazer e que, porventura, está com dificuldades. "Isso independe de as pessoas terem alguma deficiência, doença ou dificuldade socioeconômica", acrescenta a docente do DTO.
Especificamente na temática do livro, a TO pode atuar na reabilitação de crianças com deficiência; dificuldade física, sensorial, cognitiva; ou com atrasos ou transtornos do neurodesenvolvimento. A partir de uma avaliação da criança, o terapeuta ocupacional elabora um plano de intervenção com atividades voltadas à estimulação, ao desenvolvimento e/ou aprimoramento da criança, sendo que conjuntamente acolhe e orienta mães, pais e familiares; e pode orientar e capacitar professores que atuam com essa população infantil.
Maria Luisa Guillaumon Emmel, docente que participou da fundação do curso de TO na UFSCar, em 1978, conta que a profissão era muito desconhecida no início da graduação pela comunidade universitária e por profissionais de outras áreas. A inserção da Terapia Ocupacional em diferentes espaços e cenários de atenção à saúde foi sendo feita com sensibilização, apresentações a públicos distintos e com esclarecimentos. "Além de contatos pessoais com profissionais, começamos a provocar discussões de casos com médicos da cidade e organizamos ciclos de palestras abertos a toda a população, bem como procuramos participar de eventos em outras cidades para que pudéssemos divulgar a profissão", relembra a docente sobre o início da Semana de TO da UFSCar, evento que começou em 1980 e se mantém até hoje.
A professora destaca o pioneirismo da UFSCar na implantação da TO e todo o esforço empenhado para a formação dos profissionais e o desenvolvimento de pesquisa e extensão na área ao longo dos anos. "Fica evidente o protagonismo da UFSCar na Terapia Ocupacional, não só no avanço com o ensino, como também na extensão, na pesquisa e na divulgação de conhecimentos da área", conclui. 

TO na UFSCar
Oito anos após o início da graduação em TO na UFSCar, foi criado, em 1986, o Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (DeFITO) da Universidade. Após a compreensão de que as duas áreas tinham características distintas e peculiaridades, em 1996 foi implantado o Departamento de Terapia Ocupacional (DTO), integrando o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da UFSCar.
Atualmente, o curso de graduação tem duração de cinco anos e oferece 50 vagas por ano. A proposta da graduação em TO da UFSCar é uma formação generalista em que os alunos aprendem conteúdos relativos às diferentes áreas e campos de atuação, tanto de forma teórica como prática. "Ao longo do percurso formativo, prima-se pela inserção dos estudantes em contextos reais da prática profissional desde o primeiro ano da graduação. A proposta é que, a partir de vivências em situações concretas e da articulação entre teoria e prática, mediada pela vivência individual e grupal dos estudantes, o processo de aprendizagem aconteça de forma mais significativa e efetiva", aponta a professora Amanda Dourado Fernandes, Chefe do DTO.
Os 28 docentes do Departamento realizam atividades de extensão e de pesquisa e, com isso, os discentes têm a possibilidade de realizar atividades extracurriculares e de participar de diferentes projetos. "A qualificação e a dedicação do corpo docente na produção de conhecimento por meio de pesquisas científicas certamente trazem rebatimentos importantes no processo de ensino-aprendizagem na graduação", ressalta Fernandes. Atualmente, o Departamento conta com cinco laboratórios que realizam atividades de extensão e pesquisa e são responsáveis pelo ensino de graduação e pós-graduação em suas respectivas áreas. Alocado no DTO está o Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Terapia Ocupacional da UFSCar, o primeiro do País e da América Latina, que iniciou o mestrado em 2009 e o doutorado em 2014.
Mais informações sobre o DTO e os cursos de graduação e pós-graduação em Fisioterapia da UFSCar podem ser acessadas em www.dto.ufscar.br. O livro "Terapia Ocupacional no ciclo de vida da infância - histórico, proposições atuais e perspectivas futuras" pode ser adquirido no site da editora Memnon (https://memnon.com.br).

A 7ª Festa do Livro da USP de São Carlos acontece nos dias 23, 24 e 25 de agosto, com programação cultural aberta à comunidade

 

SÃO CARLOS/SP - Grandes nomes da literatura nacional, programação cultural, mais de 50 editoras e todos os livros com desconto mínimo de 30%, tudo em um só lugar! Dias 23, 24 e 25 de agosto, a Festa do Livro da USP está de volta! A FLUSP22 acontece dentro do campus da USP, no Vão Livre do E-1 das 10h às 22h. 

Abertura do evento trará Eduardo Suplicy, dia 23, às 12h, falando sobre as consequências sociais da pandemia. A programação artística conta com 6 atrações, com grandes talentos da música e da dança em todos os dias, programação que pode ser conferida a seguir ou no site do evento https://festadolivro.sc.usp.br/

O renomado e premiado escritor e colunista Julián Fuks, que acabou de publicar o livro de crônicas “Lembremos do futuro”, participará no encerramento, em conversa mediada pelo professor David Sperling (IAU/USP), na quinta-feira (25), às 20 horas.

A programação literária conta com outros grandes escritores como Rodrigo Vianna, Nicodemos Sena, Daniel Munduruku, Reinaldo Lopes, Ana Paula Cavalcanti Simioni, Leandro Schenk, Joana D’Arc de Oliveira e Ana Lis Soares. Além de pesquisadores como Isabella Santos, Felipe Iszlaji e Carolinne Pinheiro, e o famoso cartunista e escritor Guilherme Infante, no mesmo bate-papo com os conhecidos quadrinistas Shun Izumi e Talles Rodrigues.

A 7ª Festa do Livro da USP de São Carlos contará  também com autores da cidade, que também estarão expondo e vendendo seus livros!

 

Confira a programação:

23 DE AGOSTO (TERÇA-FEIRA)

12:00 – Abertura

Convidado de honra Eduardo Suplicy, que falará sobre as consequências sociais da pandemia, os desafios de projetar futuros para o Brasil e a importância da informação e do conhecimento neste cenário.

13:00 – Apresentação musical: Maria Butcher e André de Souza cantam a MPB.

14:00 – Bate-papo com o tema “A política na internet”.

Convidados: Rodrigo Vianna, autor, entre outros, do livro “De Lula a Bolsonaro”, publicado pela Kotter Editorial (2022), e Leandro Schenk, autor, entre outros, do livro “Os antidemocratas anônimos”, da editora Scienza (2022). Mediador Prof. Guilherme Sipahi – IFSC/USP.

16:00 – Mesa-redonda com o tema Territórios negros.

Convidados: Isabella Santos (Sampa Negra) e Joana D’Arc (IAU/USP).

18:00 – Apresentação musical: Conversa de Botequim apresenta linha do tempo dos compositores do samba.

20:00 – Mesa-redonda nobre com o tema “Povos indígenas, Amazônia e meio ambiente”.

Convidados: Daniel Munduruku, é escritor e professor, formado em Filosofia, História e Psicologia, pertence à etnia indígena Munduruku, é autor de 54 obras, sendo muitas premiadas no Brasil e no exterior, e o jornalista e escritor Nicodemos Sena, com vivência com os povos indígenas do Pará e Amazonas, e uma produção literária também premiada. Mediador Prof. Ruy Sardinha Lopes – IAU/USP.

 

24 DE AGOSTO (QUARTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação artística: Flamenco – patrimônio imaterial da humanidade.

14:00 – Bate-papo com o tema “A história da violência no Brasil”.

Convidado: Reinaldo Lopes, autor, entre outros, do livro “Homo Ferox: as origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la”, publicado pela editora HarperCollins (2021).

17:00 – Bate-papo com o tema “Mulheres na Semana de Arte Moderna”.

Convidada: Ana Paula Cavalcanti Simioni, autora, entre outros, do livro “Mulheres Modernistas: estratégias de consagração na arte brasileira”, publicado pela editora Edusp (2022). Mediadora: Prof.ª Amanda Ruggiero – IAU/USP.

20:00 – Apresentação musical: Num programa com canções de Tom Jobim, a cantora Luana Liaw, estudante de graduação do Curso de Música da FFCLRP-USP se apresenta acompanhada pelo maestro Rubens Russomanno Ricciardi (piano) e pelos bolsistas da USP Filarmônica, Alexandre Girio (contrabaixo) e Matheus Luís de Andrade (percussão).

 

25 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação musical: Coral USP São Carlos canta música brasileira.

14:00 – Mesa redonda: A inteligência artificial vai escrever literatura e música?

Pesquisadores e profissionais em IA Felipe Iszlaji (Dicionário Criativo e Clarice.ai), Carolinne Pinheiro (aplicativo Vinder) e a jornalista e escritora Ana Lis Soares, autora do livro “Domingo”, da editora Instante (2021).

16:00 – Bate-papo com o tema “Tirinhas, quadrinhos e ilustrações: crítica e entretenimento no papel e na web”.

Convidados:  Guilherme Infante, escritor e cartunista, criador do personagem “O Capirotinho” e autor do recém-lançado “Manifesto Proletário”, que satiriza pequenas situações do mundo corporativo; Shun Izumi,outro grande ilustrador, animador, quadrinista e designer de personagem, autor de “Sonhonauta”, da editora Conrad (2021); e também Talles Rodrigues, jornalista, ilustrador e quadrinista, com várias publicações de sucesso e premiadas como “Cortabundas” e “Mayara & Annabelle”, da editora Conrad.

18:00 – Apresentação musical: Quarteto Brasileiro. Formado e produzido pelo guitarrista Paulo Aggio, Gabi Milino na voz, Tinho Pereira no baixo e Alan Ramos na bateria. O repertório é um passeio pela música popular brasileira, com diversos compositores, intérpretes e estilos.

Publicação foi feita a partir de programa de pesquisa #CasaLibras, da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - As crianças surdas têm menos acesso a conteúdos culturais que as ouvintes. Isso ocorre, entre outros fatores, por conta da falta de materiais literários produzidos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para ajudar a preencher essa lacuna, foi desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o programa #CasaLibras, coordenado pela professora Vanessa Regina de Oliveira Martins, docente do Departamento de Psicologia (DPsi). As atividades do programa, iniciadas na pandemia da Covid-19, são voltadas a crianças surdas e contam com a produção de materiais literários em Libras, bem como eventos virtuais interativos e em apoio às escolas. A partir dessa iniciativa, foi lançado, em formato digital, o livro "#CasaLibras - Educação de surdos, Libras e infância: ações de resistências educativas na pandemia da Covid-19". A obra reúne a produção de materiais em Libras, desenvolvidos pelo programa #CasaLibras, da UFSCar, com narrativas advindas de histórias infantis populares.
O objetivo do programa é ampliar o conhecimento cultural das crianças surdas por meio da democratização da cultura popular literária, explicam os organizadores da publicação, os professores Vanessa Martins e Guilherme Nichols e a servidora técnico-administrativa Regina Célia Torres, todos do DPsi da UFSCar.  A obra é gratuita e pode ser acessada em https://bit.ly/3z0eaYD.  
"As narrativas voltadas a crianças surdas levam em consideração a especificidade visual que a modalidade linguística da Libras traz", detalha a coordenadora do programa #CasaLibras. Ela conta que, para chegar até as crianças surdas, essas narrativas também consideram a produção discursiva com escolhas de vocabulários, na língua de sinais, que expandem a gestualidade e alguns recursos imagéticos (verbais e não verbais), de modo que seja favorecida a apropriação do conteúdo das histórias também por crianças surdas que estão em aquisição tardia de linguagem. "Mais de 90% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes e acabam tendo contato com a Libras apenas na escola. Portanto, pelo desconhecimento e não uso dessa língua por seus familiares, a criança adentra à escola com um restrito uso de gestos caseiros, com uma aquisição de conteúdo e conhecimento de mundo aquém do esperado, isso por conta da aquisição tardia da Libras pela falta de interlocutores em potencial para tal desenvolvimento", relata a professora.   

O livro
O livro recebeu o nome de "#CasaLibras - Educação de surdos, Libras e infância: ações de resistências educativas na pandemia da Covid-19", porque divulga os dados e resultados de produção de ensino, pesquisa e extensão do programa, que enfoca a criação de narrativas literárias em Libras para crianças surdas. 
As atividades do programa são voltadas para a educação de surdos, produção de materiais literários em Libras e apoio às escolas inclusivas com programas bilíngues, por meio da oferta de formação e atividades lúdicas dirigidas às crianças surdas. O #CasaLibras nasceu durante a pandemia da Covid-19 por conta do isolamento social e a falta de materiais didáticos em Libras. Desde então, seus materiais têm sido usados de forma ampla e gratuita em escolas públicas de todo o Brasil, conta Martins. 
A obra é composta por artigos de professores que trabalham com o conceito de "Educação na Diferença", numa perspectiva filosófica de abordagem francesa, explica a coordenadora do programa.   
O trabalho apresenta quatro áreas de discussão. A primeira é formada por capítulos de autores que compõem a rede de estudo no campo da diferença em diálogo com as questões de inclusão, infância e surdez. No segundo tópico, o leitor encontra ações e pesquisas interligadas a crianças surdas e ao #CasaLibras. O terceiro eixo apresenta análises da abrangência nacional do programa; por fim, o livro reúne relatos de experiências da equipe da iniciativa, composta por docentes, estudantes de graduação e pós-graduação e técnico-administrativos da UFSCar. A ilustração da capa foi criada por Anderson Marques da Silva e Regina Célia Torres, ambos técnico-administrativos da UFSCar.  
"Os textos teóricos são base para o constructo epistemológico que pauta nosso programa e que pode ser material importante para docentes de alunos surdos, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação da área da filosofia da diferença, mesmo aos que trabalham com outras temáticas voltadas à infância e as ações inclusivas a grupos minoritários, bem como a gestores de escolas que precisam lidar com concepções voltadas a práticas educativas a crianças surdas e às diferenças. Além disso, o livro traz capítulos mais ensaísticos e relatos de experiência que abordam práticas desenvolvidas pela equipe do #CasaLibras, de modo que tais relatos poderão contribuir com estudantes em formação nas áreas de tradução e interpretação Libras/Língua portuguesa, Educação Especial, Imagem e Som e outras áreas transversais à Educação", detalha Martins. 

Trabalho inovador
Vanessa Martins explica por que o trabalho é inovador: "Primeiro porque não temos repositórios midiáticos livres, de grande porte, voltado a crianças surdas. Segundo porque temos poucas produções literárias com narrativas em Libras de pessoas de toda parte do Brasil, representando a comunidade surda como as construídas neste programa. E, por fim, porque temos hoje no #CasaLibras um repositório variado culturalmente e de uso gratuito, com ampla circulação e que vem sendo usada por instituições de ensino públicas do Brasil todo".
Esses materiais estão compilados no canal do #CasaLibras no Youtube (https://bit.ly/3PQotVF). "A necessidade de instrumentalizar as escolas com conteúdos literários e também de entretenimento às crianças surdas, no isolamento social, fez com que a ação ganhasse urgência de desenvolvimento", avalia a coordenadora. "Esperamos que a obra ‘viralize’ mais ações voltadas aos estudos sobre surdez, infância e diferenças", complementa. 
O livro, disponível gratuitamente no site Pedro e João Editores (https://bit.ly/3z0eaYD), recebeu financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação Especial (PPGEEs) - por estar vinculado a pesquisas da primeira organizadora, Vanessa Martins, docente do Programa. O #CasaLibras é vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Publicação reúne informações e imagens de 125 espécies; lançamento foi no último dia 7 de julho

 

ARARAS/SP - Estimular a conexão com a natureza e contribuir para tornar muitas árvores mais conhecidas, em uma publicação com linguagem simples e visual. Esses são os objetivos principais do livro "125 árvores para conhecer no campus da UFSCar em Araras-SP", de autoria de Ricardo Augusto Gorne Viani, Eduardo Bermudes, Israel Henrique Buttner Queiroz e Ricardo Toshio Fujihara, e que está sendo lançado pela Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar).
"As pessoas estão cada vez menos conectadas à natureza, a ponto de não perceberem as plantas que estão ao nosso redor, como elas são, como interagem com o ambiente e com outros seres vivos, quão úteis e interessantes elas podem ser. Com o livro, queremos chamar a atenção para esses aspectos, construindo e popularizando o conhecimento sobre mais de 100 espécies", afirma Viani. "Além disso, sabemos que plantar uma árvore é um ato louvável, mas que deve ser sempre planejado. Árvores não são homogêneas, diferem entre si em muitas particularidades e, ao descrevermos no livro as características de centenas delas, contribuímos para que a escolha de que árvore plantar em determinado espaço urbano ou rural seja feita ponderando-se os aspectos biológicos que elas têm, com os propósitos do plantio, os benefícios esperados, e o ambiente, minimizando ou eliminando inconvenientes futuros", completa ele.
Viani, que é professor do Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar) do Campus Araras da UFScar, conta que a ideia surgiu a partir do projeto de extensão intitulado "Catálogo de Árvores do CCA/UFSCar, Araras-SP: é preciso conhecer para valorizar", que já havia mapeado as árvores do campus da UFSCar em Araras. "O processo foi longo, iniciado em 2017. Primeiro, mapeamos cada árvore do campus - quase 1000 - com um GPS, depois colocamos, em todas elas, uma numeração metálica, identificamos as espécies e, para cada espécie, selecionamos um exemplar para receber uma placa informativa", recorda o autor.
Esse trabalho contou com o envolvimento de muitos estudantes do campus que desenvolviam atividades junto ao Laboratório de Silvicultura e Pesquisas Florestais (Laspef), dois deles inclusive são coautores do livro: Israel Henrique Buttner Queiroz, que se graduou em Ciências Biológicas, e Eduardo Bermudes, formado em Agroecologia. "Mais tarde, como já tínhamos as árvores mapeadas e fotografadas, tivemos a ideia de fazer o livro. Submetemos a proposta em edital aberto pela EdUFSCar e, com satisfação, ficamos em primeiro lugar", diz Viani.
A obra traz informações botânicas, curiosidades, a etimologia dos nomes populares e científicos, usos e importância, além de fotos das 125 espécies retratadas. "São cinco fotos por espécie! Além disso são apresentados ícones para demonstrar os usos, características e a origem - nativa ou exótica - e figuras para ilustrar as épocas de floração e frutificação. É um livro bem visual e a linguagem é simples, de modo que uma pessoa que não tenha nenhum conhecimento específico possa compreendê-lo", descreve o professor. "E tem mais: o livro também traz trechos de canções da música popular brasileira que já versaram sobre as árvores catalogadas na publicação. A música está no cotidiano de todos nós e no livro usamos como uma forma de ajudar as pessoas a lembrarem de determinadas árvores e suas características", destaca ele. 
Para o autor, a obra deve gerar sentimentos de curiosidade, apreço e cuidado em relação às árvores. "Temos no campus várias espécies ameaçadas de extinção. Temos um baobá, árvore emblemática e cheia de simbolismo, já com várias décadas de idade e que produz flores e frutos, mas suspeito que grande parte da nossa comunidade não saiba disso. Temos também um grande jequitibá-rosa por aqui. Gigante! Todos o veem! Mas imagino que não saibam que se trata de um jequitibá-rosa, que essa é a espécie de árvore que tem os maiores exemplares na Mata Atlântica e que o exemplar do campus já é centenário, provavelmente remanescente do período em que essa região foi desmatada, séculos atrás... Enfim, há muita história para contar e uma natureza exuberante para ser preservada", conclui Viani.
As espécies apresentadas são comuns Brasil afora, assim, o livro é voltado para todas as pessoas que se interessam por árvores e pela natureza e pode ser especialmente útil para profissionais e estudantes de áreas como Agronomia, Biologia, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental, Arquitetura e Paisagismo, Agroecologia etc. 
O quarto coautor, Ricardo Toshio Fujihara, é professor do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) e atual Diretor do Centro de Ciências Agrárias (CCA) do Campus Araras da UFSCar, para quem foi uma satisfação participar da equipe e poder apresentar à comunidade universitária local uma obra que deixará registrada na história a riqueza da vegetação que torna o campus tão especial aos estudantes, docentes, técnicos e visitantes.
O livro "125 árvores para conhecer no campus da UFSCar em Araras-SP" foi lançado no dia 7 de julho durante a live "EdUFSCar no ar", com a participação do professor Ricardo Viani, e transmissão feita pelo Facebook da EdUFSCar (https://www.facebook.com/editora.edufscar) e, também, nos canais oficiais da UFSCar no Facebook (https://www.facebook.com/ufscaroficial) e YouTube (https://www.youtube.com/c/ufscaroficial).

Sob o prisma da sociologia da cultura, Mauricio Trindade da Silva reúne uma seleção da correspondência de Mário de Andrade, cuja atuação prospectiva como líder do grupo modernista paulista contribuiu para renovar a arte e a cultura brasileiras na década de 1920 e contava com Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia

SÃO CARLOS/SP - As Edições Sesc lançam o livro Mário de Andrade, epicentro: sociabilidade e correspondência no Grupo dos Cinco, do pesquisador Mauricio Trindade da Silva. A obra traz um novo olhar sobre o grupo que promoveu a Semana de Arte Moderna e as relações entre seus integrantes. O lançamento compõe a programação do Diversos 22, iniciativa do Sesc São Paulo para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e o Bicentenário da Independência por meio de projetos, memórias e conexões.

 

lançamento acontece em duas oportunidades: no dia 23 de junho, às 19h30, no Sesc São Carlos, com um bate papo do autor com o pesquisador e professor Pedro Varoni. E no dia 29 de junho, no CPF (Centro de Pesquisa e Formação do Sesc), com uma conversa entre o autor e a professora Ligia Fonseca Ferreira e o também pesquisador e professor Eduardo Jardim.

 

Em São Carlos o lançamento marca a abertura do projeto "A Semana de 100 Anos", programa comemorativo do Centenário da Semana de 22, realizado pelo Instituto Mário de Andrade (IMA) e Projeto Contribuinte da Cultura, com apoio do Sesc São Carlos e entidades parceiras. A programação inclui exposições, instalações, exibições áudio visuais, apresentações artísticas, encontros formativos, que acontecerão ao longo do segundo semestre, na cidade.

 

"Trata-se de uma reconstrução dos primeiros passos do movimento modernista em São Paulo e da posição ocupada por Mário de Andrade naquele tabuleiro", segundo a professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-Rio Maria Alice Rezende de Carvalho, que assina o texto da orelha deste livro "interessantíssimo", superlativo amplamente usado para se falar do poeta, romancista, pianista, musicólogo, historiador, crítico de arte, pesquisador e gestor cultural Mário de Andrade.

 

O Grupo dos Cinco e a renovação cultural brasileira

A obra analisa o papel dele no chamado Grupo dos Cinco, que reunia também as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. O grupo vanguardista foi o motor do movimento que, a partir de 1922, contribuiu para renovar a arte e a cultura no Brasil. O autor de Macunaíma, Mário de Andrade, era o epicentro desse grupo. Com enfoque sociológico, o autor desvela, por meio de correspondência e outros documentos desses modernistas, os pontos de vista, as contradições e paixões, os afetos e a ampla atuação de Mário no contexto cultural dos anos 1920 a 1940.

 

Para Maria Alice Rezende de Carvalho, "Mauricio Trindade não recorre nem à descrição das transformações materiais e culturais em curso na única cidade burguesa do Brasil àquela altura (São Paulo), nem se atém às armadilhas comuns às biografias e aos projetos biográficos". Segundo ela, o autor se arrisca a extrair daquela "sociabilidade tensa", ditada pela heterogeneidade dos seus membros, "a ebulição de São Paulo e o modo como Mário assumiu o núcleo dinâmico, motor do grupo, e bem mais do que isso".

 

"O enfoque sociológico adotado pelo autor promove uma visão abrangente tanto do período, marcado pela busca da renovação artística e da modernização da cultura brasileira, quanto desse agente comprometido, se não obstinado, com as pesquisas em torno das linguagens expressivas e, ainda, com políticas culturais de caráter inovador."

Danilo Santos de Miranda, Diretor do Sesc São Paulo

 

No prefácio, Sergio Miceli, sociólogo, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e orientador da pesquisa de doutorado de Maurício Trindade no Programa de Pós-Graduação de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, afirma que o principal feito do autor foi "depreender sentidos inesperados nas cartas de Mário de Andrade e de seus interlocutores, advindos da feição relacional no diálogo entre vozes em surdina".  

 

"A concorrência, os laços de amizade, os enlevos amorosos, os entreveros, as pretensões de supremacia e de legitimidade, tópicos candentes no material aqui examinado, permitem reconstituir um momento-chave na gênese do estouro modernista."

Sergio Miceli

 

Mario de Andrade como protagonista do movimento modernista

A obra busca ampliar a compreensão da centralidade de Mário de Andrade na constituição do modernismo brasileiro, seu papel influenciador e fomentador de obras e da própria cultura brasileira. Mais do que líder, o escritor, pesquisador e gestor cultural paulista é tomado, neste trabalho, como "epicentro" do movimento cultural e estético do início do século XX. Deslocando o foco que geralmente se concentra nas obras de Mário de Andrade, a obra busca promover uma articulação entre a produção literária do escritor e sua ampla atuação no contexto cultural dos anos 1920 a 1940.

 

O primeiro capítulo esmiúça as formas como Mário de Andrade assumiu o protagonismo do movimento modernista. Os capítulos seguintes se aprofundam nos "lundus", encontros na casa do líder na rua Lopes Chaves, na Barra Funda, na história familiar e atuação de Mário, e na correspondência dele com as artistas plásticas, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral. Já a partir do quarto capítulo, a temperatura esquenta com a polêmica entre Mário e Oswald e o rompimento dos dois. Oswald também tem sua trajetória familiar e artística examinada. A Conclusão discorre sobre as dissensões que acabaram desfazendo o Grupo dos Cinco.

 

SOBRE O AUTOR

Mauricio Trindade da Silva é graduado, licenciado, mestre e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Desde 2005 trabalha no Serviço Social do Comércio em São Paulo (Sesc SP), atualmente ocupando o cargo de gerente adjunto no Centro de Pesquisa e Formação – CPF.

 

SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO

Pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento e em diálogo com a programação do Sesc. A editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade. Seus títulos estão disponíveis nas Lojas Sesc, na livraria virtual do Portal Sesc São Paulo, nas principais livrarias e em aplicativos como Google Play e Apple Store.

 

Os títulos das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridos em todas as unidades do Sesc São Paulo, nas principais livrarias, em aplicativos como Apple Store e Google Play, e pelo portal www.sescsp.org.br/livraria

Serviço de lançamento

Dia 23 de junho, quinta-feira, às 19h30

Bate papo do autor Maurício Trindade e Pedro Varoni

Sesc São Carlos

 

Sesc São Carlos

Av. Comendador Alfredo Maffei, 700

Jardim São Carlos

São Carlos – SP

Material é voltado para aplicação desde o Ensino Fundamental até cursos de graduação e também para população em geral

 

SÃO CARLOS/SP - Tomando o Rio Monjolinho como tema principal, dois livros didáticos lançados recentemente pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) buscam aproximar conteúdos teóricos de Ecologia ao cotidiano de crianças e adolescentes. Além disso, o material apresenta reflexões, voltadas ao público em geral, sobre as consequências da poluição em ecossistemas aquáticos. 
O trabalho, coordenado pela professora voluntária Raquel Aparecida Moreira, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da UFSCar, é resultado de um projeto de extensão da UFSCar, com a participação de professores e alunos de São Carlos. Juntos, eles buscaram preencher uma lacuna, evidenciando a importância de metodologias alternativas, por meio da confecção de materiais didáticos, utilizando insumos de baixo custo. 
As obras "Desvendando o rio Monjolinho" (https://bit.ly/3MPgTZN) e "A importância da preservação dos rios" (https://bit.ly/3Oe308m) foram publicadas pela editora RFB, em formato online; são gratuitas e destinadas a alunos dos cursos de graduação de Ciências Biológicas e Ciências Ambientais, alunos e professores dos ensinoss Fundamental e Médio de escolas de São Carlos e região, responsáveis pela gestão escolar (direção e equipe pedagógica) e também à população em geral. 
"O ensino de Ciências e Biologia nos ensinos Fundamental e Médio, respectivamente, de modo geral, apresenta dificuldades devido à complexidade de seus conceitos e à falta de recursos pedagógicos diversificados, ficando muitas vezes restrito a aulas teóricas com o uso de livros didáticos", explicam os organizadores. "Particularmente nos aspectos relacionados ao estudo dos conteúdos de Ecologia, ainda existe carência de recursos didáticos que relacionem conteúdos teóricos aos fenômenos observáveis na natureza. Assim, a confecção e uso de materiais didáticos com objetos diversificados visa proporcionar a compreensão dos conteúdos de forma clara, significativa e contextualizada", complementam. 
Para produzir o material, foram realizadas revisões de literatura compreendendo o histórico e estudos anteriores relacionados aos impactos antrópicos sobre a biota aquática do Rio Monjolinho. O livro "Desvendando o rio Monjolinho" (www.rfbeditora.com/ebooks-2022/ebook-54) também conta com três propostas de atividades a serem realizadas em sala de aula, que fazem parte do contexto do material, incluídos como material suplementar em forma de roteiro de aula prática. A segunda obra, o livro de atividades "A importância da preservação dos rios" (www.rfbeditora.com/ebooks-2022/ebook-55), para alunos do Ensino Fundamental I, inclui propostas de atividades como colorir e desenhar. Ambos incentivam a assimilação de conceitos científicos, possibilitando aos usuários do material um aumento no interesse e motivação sobre problemas ambientais, tendo como foco o rio Monjolinho, um dos importantes corpos d´água que abastece a cidade de São Carlos (SP).
"A nascente da Bacia Hidrográfica do Rio Monjolinho fica a leste da cidade, localizada em propriedade privada. O rio termina na divisa geográfica de São Carlos e Ribeirão Bonito, desaguando no rio Jacaré-Guaçu. O Monjolinho percorre toda a cidade e recebe vários afluentes, cada um formando microbacias", explica a coordenadora da iniciativa.  
Os livros têm como autores os estudantes de graduação em licenciatura em Ciências Biológicas da UFSCar, Maria Beatriz Magoci (primeira autora) e Kauê Ruggiero; e as professoras Renata Paro, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP - campus de São Carlos), Elisa Garcia, da Escola Estadual Gabriel Félix do Amaral, Odete Rocha, do DEBE-UFSCar, e Raquel Aparecida Moreira, do DEBE e coordenadora do projeto de extensão; e o doutorando Diego Gomes, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFSCar. 
O trabalho é fruto do projeto de extensão "A construção de materiais didáticos auxiliares no processo de ensino-aprendizagem em Ecologia, Ecotoxicologia, Limnologia e introdução de conceitos sobre bioindicadores de qualidade ambiental", vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar.
Livro teve tradução da professora Débora Cristina Morato Pinto, da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - A professora Débora Cristina Morato Pinto, do Departamento de Filosofia (DFil) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), traduziu a obra do filósofo Henri Bergson, "A ideia de tempo: Curso no Collège de France (1901-1902)" (https://bit.ly/3wqAYPP), lançada pela Editora Unesp. O livro traz um potente curso de Henri Bergson proferido no Collège de France durante o ano universitário de 1901-1902. Inédito no Brasil, o texto apresenta um mergulho do autor nos temas do tempo e do conceito, a natureza da "duração" e a do conhecimento conceitual, bem como em suas mútuas imbricações. 
Nascido na França, Henri Bergson (1859-1941) foi filósofo e diplomata. Em 1927, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. "Na aurora do século XX, quando Bergson escrevia sua impactante interpretação da vida, a obra "A Evolução Criadora" - a um só tempo núcleo por assim dizer metafísico de sua filosofia e fonte de uma notoriedade inesperada (por vezes até incômoda) - ele protagonizou uma história marcante para as relações entre a filosofia de um autor e sua atuação como professor. Os cursos no Collège de France foram um episódio de imenso sucesso de público, atraindo multidões em Paris, e estabelecendo o momento glorioso de Bergson", relata a professora. 
Segundo a tradutora da obra, no período de 1900 a 1914, o filósofo ensinava temas que estão no centro de sua reflexão filosófica, num conjunto de cursos que, debutando sobre o conceito de "causa", abarcam desde "a ideia de tempo" até a relação entre "conceito e intuição", passando pelas noções de vontade, teorias da memória, personalidade, liberdade, evolução, entre outras. "Os cursos consistem em material precioso para pesquisadores que se dedicam à filosofia bergsoniana, mas também, e sobretudo, facilitam o acesso geral a um conjunto de meditações filosóficas, cuja expressão oral oferece nova chave de leitura a conceitos e argumentos que perpassam a filosofia da duração, exibindo sua profundidade e sua originalidade", analisa Débora Morato. 
O livro conta com 320 páginas. Segundo a Editora Unesp, diferentemente de outros cursos publicados, somente a segunda metade de "A ideia de tempo" foi datilografada. A primeira parte é uma transcrição de anotações manuscritas de seus alunos. Esse material apresenta, portanto, algumas lacunas, o que aparece claramente na leitura de várias aulas. Apesar disso, não há dúvidas quanto à sua fidelidade ao pensamento bergsoniano. A professora reforça que o desafio de traduzir os cursos reside no fato de que o material consiste em "transcrições de aulas, com lacunas prováveis, mas que mobilizam o estilo e a leveza marcantes no professor Bergson, correlatos diretos do estilo e da linguagem permeada de imagens que marcam a obra escrita". 
Para desempenhar a tarefa de traduzir o curso "A ideia de tempo", a docente se dedicou também à leitura de outros cursos, aprofundando-se em elementos desconhecidos sobre noções muito importantes no pensamento de Bergson. "A tradução buscou, dado tal contexto, pensar em Português soluções fiéis a uma elegância oral, que é diferente da escrita, em particular no caso de um filósofo que tratou sua obra pessoal e original, bem como seu ensino, com uma sofisticação sem pedantismo, cuja raridade justifica a surpresa e o encanto que a leitura dos livros e dos cursos nos provoca", descreve a professora. "Pensei também em reforçar a atualidade dos debates filosóficos que o curso atravessa, como é o caso do uso do termo francês 'esprit' que comporta tanto 'espírito' quanto 'mente' como correspondentes em Português. A tradução por 'mente' visa assinalar a relevância das aulas para um problema tão clássico quanto contemporâneo, o das relações entre o corpo e a consciência ou, se preferirmos, entre o cerebral e o mental. Este é um exemplo entre outros de questões que surgem quando traduzimos, que explicita, além disso, dada sua inevitável diferença com o original, o desafio de exercer algo como uma infidelidade respeitosa", conclui a professora da UFSCar.
A obra "A ideia de tempo: Curso no Collège de France (1901-1902)" pode ser adquirida pelo site da Editora da Unesp, em https://bit.ly/3wqAYPP.
Obra está disponível para download gratuito

 

SÃO CARLOS/SP - Um grupo de pesquisadores de diferentes instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior se reuniu para escrever um livro sobre análise de dados ecológicos utilizando a linguagem R. O livro, intitulado "Análises de Ecológicas no R", possui mais de 600 páginas, repletas de exemplos, figuras e códigos da linguagem R, e tem o intuito de auxiliar estudantes, professores e profissionais de diversas áreas no desenvolvimento de suas próprias análises estatísticas.
Os autores contam que iniciaram a proposta ainda quando realizavam seus estudos de doutorado, como lembra Fernando R. da Silva, professor do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So), do Campus Sorocaba da UFSCar: "Este livro surge a partir de uma apostila elaborada para o curso 'Estatística aplicada à ecologia usando o R', no Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da Unesp [Universidade Estadual Paulista] de São José Rio Preto, em abril de 2011. Eu, junto com o Diogo Provete, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Thiago Gonçalves-Souza, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, éramos na época estudantes desse Programa quando elaboramos o material. A proposta de transformar a apostila em livro sempre foi um tópico recorrente desde 2011 e concretizado agora, um pouco mais de 10 anos depois".
No decorrer desses anos, os três pesquisadores ofereceram diferentes versões do curso "Estatística aplicada à ecologia usando o R" para alunos de graduação e pós-graduação em diferentes instituições do País. A possibilidade da oferta desses cursos fortaleceu a ideia de transformar a apostila em um livro com base nas experiências em sala de aula. Segundo Gonçalves-Souza, "mesmo com tanta experiência na docência, novas abordagens ecológicas foram descritas e criadas a uma taxa elevada nos últimos anos, e era de se esperar que as informações disponíveis na apostila estivessem defasadas após uma década. Por este motivo, convidamos outros dois pesquisadores, Gustavo Paterno, da Georg-August-University of Göttingen, e Maurício Vancine, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Evolução e Biodiversidade da Unesp de Rio Claro, referências no uso de estatística em ecologia usando o R. Com o time completo, passamos quase dois anos realizando reuniões, compartilhando scripts e aprimorando o conteúdo, até chegarmos nesta primeira versão do livro em abril deste ano".
Provete destaca que a "proposta é oferecer um conteúdo que possa ser utilizado tanto por quem quer se aprofundar em análises comumente utilizadas em ecologia, quanto por quem não tem nenhuma ou poucas habilidades quantitativas. Para isso, traçamos um caminho de aprendizado, pelo menos do nosso ponto de vista, entre questões ecológicas e os métodos estatísticos mais robustos para testá-las. Nosso principal objetivo é mostrar que o conhecimento de teorias ecológicas e a formulação de questões apropriadas são o primeiro passo na caminhada rumo à compreensão da lógica estatística". 
Também de acordo com ele, "o livro possui 15 capítulos, que vão desde como baixar e instalar o R, passando por manipulação e visualização de dados, estatística básica, métodos multidimensionais, análises de diversidade e visualização de dados geoespaciais. Este livro é um dos poucos, senão único, material em Português com essa abrangência e visa ser o principal manual de entrada para aprendizagem de R e suas aplicações em ecologia, conservação e ciências ambientais. Cada capítulo contém exercícios propostos e suas soluções, recomendações de literatura e links especializados, além de uma sessão sobre como utilizar o livro em grupos de discussão e sala de aula".

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