Ele levou palavras de fé para pacientes e funcionários durante pior fase da pandemia
SÃO CARLOS/SP - Deus está em todo lugar. Portanto, a casa de Deus pode ser a Igreja, o nosso lar e até um espaço de onde todos queriam distância nesses tempos de pandemia. Foi nesse cenário que um jovem padre em São Carlos, no interior paulista, decidiu testar os limites e colocar a fé em Deus e no próximo acima de tudo. O padre Robson Caramano, pároco da Igreja São Nicolau de Flüe e assessor da Diocese de São Carlos, realizou um trabalho de evangelização durante duas semanas na Santa Casa de São Carlos, entre final de março e início de abril de 2021.
“Eu percebi que estava muito sobrecarregado com inúmeras questões provocadas pela pandemia, como ministrar as missas, reorganizar a Igreja, ajudar famílias que perderam o emprego. Mas em determinando momento, senti que estava ficando preso a situações administrativas. Nesse momento, veio a inspiração: por que não entrar na cova dos leões e ver de perto o trabalho de quem está na linha de frente e dar apoio aos pacientes que estão sofrendo principalmente pela COVID?”, conta padre Robson.
A Santa Casa de São Carlos é quase um pequeno município. Emprega mais de 1.200 funcionários e 300 profissionais do Corpo Clínico. É responsável pelo atendimento de mais de 400 mil habitantes de seis cidades da região. E foi a primeira unidade de saúde da região a abrir setores com atendimento exclusivo para paciente de COVID-19.
“Quando cheguei ao hospital para o trabalho, o cenário era de exaustão por parte dos funcionários da linha de frente. E de esgotamento por parte dos pacientes e familiares que foram afetados diretamente pela COVID-19. Senti que os dias que passei ali, pude levar alento. E senti até que houve resgate de esperança para muitos”, relata o padre.
Para a infectologista e Diretora de Práticas Assistenciais da Santa Casa, Carolina Toniolo Zenatti, que, à época, deu o apoio para a execução do Projeto, a ação foi fundamental para ajudar no enfrentamento da COVID-19 no auge da pandemia. “Com o recrudescimento da pandemia, presenciamos a necessidade por acalento espiritual, não só dos nossos pacientes e familiares, que estão passando por um momento de fragilidade com a doença, mas também dos nossos colaboradores. E a ação de humanização feita nessas duas semanas ajudou a restabelecer e a minimizar a sobrecarga dos nossos funcionários. Acreditamos no poder da fé e em como a religião é fundamental para que sigamos com a nossa missão de levar cuidado e saúde aos nossos pacientes”, afirma.
Toda essa difícil jornada se transformou em um livro “Sobre Viver - um ato de coragem”. O título já mostra a perspicácia do autor com o jogo de palavras, saber sobre como viver e aprender também a sobreviver.
Com um texto de fácil leitura, direto, o padre consegue levar o leitor a reflexões sobre vários aspectos dessa nossa caminhada. Se a pandemia nos trouxe, como uma das marcas principais a dor da perda pela morte, porque não iniciar o livro pelo gênesis, como no primeiro capítulo “O que é a Vida?
O livro basicamente se divide em duas partes. A primeira, mais introspectiva, leva o leitor a repensar como encarar a vida, a finitude da morte, mas também a temas cruciais para todos, como a busca pela felicidade.
“Felicidade parece que é algo que sempre nos espera amanhã. Você, as pessoas, eu ... custamos saber que HOJE se pode ser feliz. Ser feliz não é para `depois`, é agora, onde se está, com o que se tem”, resume padre Robson.
A segunda parte, mais jornalística e factual, retrata todo o trabalho desenvolvido na Santa Casa de São Carlos durante a pandemia, que ainda não acabou. E as histórias que ficaram no coração do escritor.
“Tive a oportunidade de entrar na UTI COVID. Chegando lá, sei que não entrei sozinho. Quantos que tinham seus familiares, que desejariam estar ali fazendo uma oração pelos seus”, conta emocionado.
A atenção não era apenas para os pacientes. Os profissionais de saúde também eram atendidos, consolados.
“Me chamou atenção um dos médicos que pediu para falar comigo, entre lágrimas me dizia do sentimento de esgotamento físico, psíquico e emocional. Por ser católico pediu que lhe desse a comunhão, pois desde o início da pandemia os plantões lhe consumiram e não foi à missa. Quando voltei para lhe ministrar o sacramento, ele havia reunido outros profissionais do seu setor e me olhou dizendo: ‘chamei a todos, porque todos precisamos desta força, pensei que não era possível que iria trazer algo apenas para mim’. Foi um momento que me marcou ver os profissionais ali ajoelhados, em silêncio, no saguão do hospital”, relembra padre Robson.
Para o Provedor da Santa Casa de São Carlos, Antônio Valério Morillas Júnior, essas ações são fundamentais para dar apoio aos pacientes e aos colaboradores do hospital.
“A Igreja Católica está presente na história das Santas Casas, inclusive na origem da nossa Santa Casa de São Carlos. Nesse sentido, ações como a do Padre Robson são importantíssimas na recuperação dos pacientes. Também são essenciais para os nossos funcionários que, ao se sentirem ouvidos e acolhidos, podem também oferecer o melhor a quem precisa dos nossos serviços”, afirma.
Todas essas e outras experiências foram a essência e o fio condutor para “Sobre Viver - um ato de coragem “. O pré-lançamento está marcado para 31 de janeiro de 2022 e o lançamento, em 10 de fevereiro de 2022. A obra também pode ser adquirida pelo site: www.padrerobsoncaramano.com.br ou pelo telefone: (16) 99259-7341. Um livro capaz de fazer você repensar atitudes e seguir em frente. Nas palavras do autor “É preciso semear a esperança. Nos pequenos gestos.”
SERVIÇO:
PRÉ-LANÇAMENTO DO LIVRO “SOBRE-VIVER – UM ATO DE CORAGEM”
DATA: 31 DE JANEIRO DE 2022
LOCAL: PASSEIO SÃO CARLOS
HORÁRIO: 19H
LANÇAMENTO DO LIVRO “SOBRE-VIVER – UM ATO DE CORAGEM”
DATA: 10 DE FEVEREIRO
LOCAL: PARÓQUIA SÃO NICOLAU DE FLÜE HORÁRIO: 19H30
Evento tradicional da cidade tem títulos com interesse para os simpatizantes e a comunidade espírita
SÃO CARLOS/SP - A partir desta segunda-feira, 01, e até o dia 30 de novembro, a USE - União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de São Carlos, realiza sua tradicional Feira do Livro Espírita, na sede da Livraria León Denis, na rua Padre Teixeira esquina com a rua 9 de julho.
O evento, que faz parte do calendário oficial da cidade, receberá a todos os simpatizantes, espíritas e àqueles que tem interesse em conhecer a doutrina, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30 e aos sábados das 9h às 16h, respeitando as regras sanitárias impostas pela pandemia.
Visando divulgar a doutrina ao maior número de pessoas e incentivar à leitura e ao estudo das obras espíritas, estão disponíveis na feira grande variedade de obras de vários estilos literários e os principais lançamentos do ano. São cerca de mil títulos com descontos especiais, que vão de 20% à 80%.
Aproveite a 44.ª Feira do Livro Espírita de São Carlos para conhecer as novas obras da literatura espírita, para adquirir os clássicos e para ter sempre à mão as Obras Básicas.
“Teremos vários títulos com autoria de nomes já consagrados na doutrina e com psicografia de Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, entre outros, com descontos realmente especiais para poder atender a todos, por isso reiteramos nosso convite que venham visitar a 44.ª Feira do Livro Espírita de São Carlos”, disse Maria Aparecida Mazzo, presidente da USE Intermunicipal São Carlos.
SERVIÇO
Data - de 01 a 30 de novembro de 2021
Horário – Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30
– Sábado, das 9h às 16h
Local – Rua Padre Teixeira, 1806, esquina com a rua 9 de julho
Participam mais de 50 editoras, com descontos entre 20 e 50%
SÃO CARLOS/SP - A Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) realiza entre os dias 4 e 10 de outubro a 2ª Feira Virtual do Livro. A Feira contará com a participação de mais de 50 editoras, que ofertarão descontos de 20 a 50 %, além da programação cultural, com palestras todos os dias, e da Feirinha Infantil, tudo de forma virtual.
Obra foi organizada por pesquisadores da UFSCar, Unesp e UTFPR
SOROCABA/SP - Os professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Diogo Aparecido Lopes Silva, do Departamento de Engenharia de Produção (DEP-So) do Campus Sorocaba, e Yovana Saavedra, do Centro de Ciências da Natureza (CCN), do Campus Lagoa do Sino, juntamente com José Augusto de Oliveira, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Fabio Neves Puglieri, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), organizaram e estão lançando, pela editora Springer, o livro "Life Cycle Engineering and Management of Products: Theory and Practice" ("Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida de Produtos: Teoria e Prática).
A obra é um livro-texto para uso em sala de aula (em cursos de graduação e pós-graduação) e discute o papel da Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida (EGCV) de produtos e serviços e suas contribuições para a sustentabilidade ambiental corporativa e para a economia circular. Aborda os principais sistemas, técnicas, ferramentas e práticas para melhorar o desempenho ambiental de produtos e serviços ao longo de seus ciclos de vida.
A ideia de elaborar o material surgiu quando os docentes perceberam que as produções bibliográficas relacionadas com a EGCV se concentravam em artigos, geralmente destinados à comunidade estritamente científica, e em livros que apresentavam apenas alguns tópicos, muitas vezes, de forma isolada e superficial. "Assim, o nosso objetivo com a obra é que ela seja referência para o ensino do tema, tanto na academia quanto no meio empresarial, e que auxilie na capacitação focada em questões relevantes envolvendo a sustentabilidade nas organizações", afirma a professora Yovana Saavedra.
De acordo com Saavedra, a Engenharia do Ciclo de Vida (ECV) "consiste na projeção de produtos a partir de uma série de escolhas referentes a conceitos, materiais, estruturas e processos de fabricação, pensando sempre no menor impacto ambiental. Mas, para alcançarmos a ECV, precisamos da Gestão, por isso, mais que um conceito, a Gestão do Ciclo de Vida - GCV - tem como papel fundamental implementar e gerenciar a aplicação da ECV ao longo do ciclo de vida dos produtos". É esse universo que está detalhado na obra.
Apresentando cada assunto por meio de teorias básicas e aprofundadas, com estudos de casos reais e hipotéticos para discussão e assimilação do conteúdo e sua contextualização no cenário empresarial, além de exercícios em cada capítulo, "o livro pode ser utilizado em diversos cursos de graduação e pós-graduação, aperfeiçoamento e especialização, nas áreas de Engenharia, Administração, Gestão e Análise Ambiental, Agroecologia, Biotecnologia, Ciências Biológicas e Química", destaca a pesquisadora da UFSCar.
Ao todo, são 13 capítulos, distribuídos entre 329 páginas, que abordam desde a introdução à Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida até tópicos como: Produção mais Limpa (P+L); Avaliação do Ciclo de Vida (ACV); ecodesign de produtos; sistemas de gestão ambiental e medição de desempenho ambiental; gestão verde da cadeia de suprimentos; comunicação e rotulagem ambiental; entre outros. Cada capítulo foi escrito por autores reconhecidos da área em nível nacional e internacional.
O livro foi lançado em Inglês, mas "continuamos em um trabalho árduo com as editoras para que, em curto prazo, consigamos ter também essa publicação em Português", garante Saavedra. Mais informações e o acesso à obra estão disponíveis no site da editora Springer (https://bit.ly/2VUq5re).
Às vésperas da primeira participação de atleta trans na Olimpíada, obra problematiza casos a partir da mídia esportiva
SÃO CARLOS/SP - No momento em que o mundo se prepara para acompanhar os Jogos Olímpicos de Tóquio, dos quais devem participar mais de 12 mil atletas, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulga nova obra propondo uma reflexão necessária, urgente e especialmente adequada a este momento, sobre questões de gênero nos esportes. O livro "Leituras de gênero e sexualidade nos esportes" é um lançamento da Editora da UFSCar (EdUFSCar), de autoria de Wagner Xavier de Camargo, pesquisador na Universidade desde 2013, atualmente cursando um segundo doutorado, em Antropologia Social, e atuando como docente voluntário no curso de graduação em Ciências Sociais da Instituição.
A obra se propõe a ampliar os entendimentos sobre corpos, gêneros e sexualidades para além da lógica binária - masculino versus feminino, homem versus mulher. "Entende-se que as concepções de gênero têm suas múltiplas dimensões, algo que deve ser respeitado e, sobretudo, repensado. Trago uma provocação para as pessoas leitoras: será que todos os corpos são bem-vindos e estão incluídos nas práticas esportivas?", questiona o autor.
Em linguagem acessível a todas as pessoas, a obra apresenta casos e fatos que apareceram na mídia esportiva, sugerindo novas abordagens a partir do debate sobre gênero e sexualidade. Fruto de pesquisas de Camargo ao longo dos anos - de 2013 a 2019 como pesquisador de pós-doutorado na UFSCar, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) -, o livro é composto por textos curtos e críticos, que decodificam a linguagem acadêmica para abordagens bastante práticas.
Grande parte dos textos foi originalmente publicada pelo autor entre 2019 e 2020 na coluna "Para além do futebol" (https://bit.ly/3iF1wpt), no site Ludopédio (ludopedio.com.br), e adaptada para a versão final no livro. O intuito é trazer à luz as questões de gênero e problematizar o que é considerado senso comum nos esportes, partindo para a desconstrução de estereótipos com uma visão reflexiva.
"Em senso comum, o esporte opera segundo o sexo, colando as genitálias nos corpos. Mas sabemos que não é bem assim. Existem pessoas que não se consideram necessariamente enquadradas nas categorias masculina ou feminina, e ter que fazer essa escolha é passar por cima de suas subjetividades", analisa Camargo.
O pesquisador alerta que pessoas de outras identidades de gênero e orientações sexuais no esporte buscam reconhecimento, cada qual com o seu foco. "Como exemplos: para as mulheres cisgênero, a luta nos esportes é de equidade perante os homens. Elas querem ser reconhecidas como sujeitas praticantes e terem legitimação. Já os homens gays e as mulheres lésbicas lutam, principalmente, por inclusão, buscando acolhimento e, portanto, mostrando que outras formas de se expressarem no esporte são possíveis. E as pessoas trans buscam legitimação das identidades que escolheram, a partir de uma conscientização sobre si e de uma lição para a sociedade."
Em uma temática em que ainda existem poucos estudos, o livro é voltado a todas as pessoas interessadas e também pode ser empregado como bibliografia básica para disciplinas como Sociologia do Esporte, Antropologia do Esporte, Antropologia das Práticas Esportivas, dentre outras. A obra visa, sobretudo, questionar o binarismo para que haja reflexões e mudanças, na direção de incluir, de fato, todas as pessoas no mundo esportivo.
Exemplos
Ao longo de 205 páginas, a obra é dividida em cinco partes. A primeira, "Gênero e sexualidade nas práticas esportivas", traz um compilado de textos que abordam a desconstrução do gênero, abrangendo desde polêmicas relacionadas a cores de chuteiras até a questão de atletas intersexos - pessoas que nascem com características sexuais e reprodutivas específicas, não se encaixando naquelas típicas dos sexos feminino ou masculino.
A segunda, "Corpos, gêneros, (a)normalidades", desfaz a ideia de uma normalidade definida pelo senso comum, como, por exemplo, no termo "minorias no esporte". "Muito se fala que mulheres e negros são minorias, algo que tento desconstruir. No Brasil, mais da metade da população se declara negra, e mais da metade é mulher.
Essas pessoas também estão presentes nos esportes, assim como, mais recentemente, a comunidade LGBTQIAPN+. Quem é minoria, então?", questiona o pesquisador.
Em "Violências e fobias instituídas no esporte", terceira parte do livro, há textos que problematizam os bastidores das práticas esportivas. "Em um deles, mostro o desejo de crianças de fazerem carreira no futebol - algo que, no senso comum, é romantizado, mas que problematizo em minha escrita, relacionando a temática com algo recorrente na realidade: o abuso sexual no esporte", relata Camargo.
A quarta sessão - "Eventos esportivos: o que têm a nos dizer?" - é dedicada a iniciativas esportivas pouco disseminadas, com uma crítica ao que autor chama de esporte-espetáculo. "É o esporte da matriz midiática. No caso do Brasil, se resumem aos eventos futebolísticos - Copa do Mundo e campeonatos brasileiros - e aos próprios Jogos Olímpicos. Isso faz com que outras expressões sejam invisibilizadas, como, por exemplo, os Jogos Mundiais Indígenas, os Jogos da Diversidade de São Paulo, dentre outros que cito no livro. O intuito foi mostrar que o esporte no Brasil vai além da monocultura do futebol", sintetiza.
O futebol feminino, por exemplo, é também questionado por ele. Embora o evento tenha ganhado apoio, o autor considera o tema pernicioso. "Se analisarmos criticamente, ele alcança visibilidade justamente por se aproximar de uma espécie de ‘clone’ do masculino. O que proponho são debates sobre como subverter isso, ou seja, como fazer com que as mulheres ocupem espaços próprios, com suas próprias regras e especificidades e sem comparações com jogadores homens. Os uniformes e o jeito de jogar, por exemplo, são elementos que deveriam ser próprios de seus corpos, e não uma imitação do que se considera masculino", expõe o pesquisador da UFSCar.
Por fim, a quinta parte, intitulada "Biografias esportivas", traz textos sobre a vida de atletas LGBTQIAPN+, como Stella Walsh, David Kopay, Madge Syers, Renée Richards, Justin Fashanu, dentre outros, mostrando suas lutas e desafios no esporte.
Fomento à diversidade
Com base em toda a discussão atual, impulsionada em sua obra, e no contexto da Olimpíada do Japão, Camargo considera animadoras as perspectivas relacionadas à diversidade de gênero nos esportes, apesar dos desafios impostos pela sociedade heteronormativa.
Pela primeira vez na história, haverá a participação, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, de uma atleta trans, além de outros atletas que se autodeclaram LGBTQIAPN+. "Espero que haja este despertar para a diversidade sexual e de gênero, já iniciado na Olimpíada sediada no Rio de Janeiro, em 2016", lembra Camargo.
O caminho, no entanto, ainda é longo, mas necessário. "Assim como existem os atletas heterossexuais, existem atletas homossexuais, trans e outros, que muitas vezes não se encaixam na lógica binária homem-mulher, masculino-feminino. Há fatores que vão além disso e que demandam estudos; as pessoas são plurais e diversas, têm corporalidades distintas, para modalidades esportivas distintas. Com base em informações e conhecimento sobre a sociedade, é visível que o esporte terá que se redefinir", finaliza o autor.
O livro "Leituras de gênero e sexualidade nos esportes" já está disponível para compra no site da EdUFSCar, em https://bit.ly/3kHhsdG.
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