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MUNDO - A Rússia informou, nessa última quarta-feira (27), que decidiu adiar a cúpula dos países do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul). A reunião estava marcada para julho, em São Petersburgo, mas teve de ser adiada em razão da pandemia do novo coronavírus.

A reunião dos chefes do Conselho de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) também foi adiada. Os eventos seriam realizados em São Petersburgo, de 21 a 23 de julho.

"As novas datas para as cúpulas serão determinadas dependendo do desenvolvimento da situação epidemiológica nos países do grupo e em todo o mundo", afirmou o comitê organizador em comunicado.

 

 

*Por Vladimir Soldatkin- Repórter da Reuters

*AGÊNCIA BRASIL

MUNDO - Jon Steingard, líder da banda gospel Hawk Nelson, chocou seus fãs ao anunciar que não acredita mais em Deus. Em suas redes sociais, o cantor, que é filho de um pastor, revelou ainda que demorou a fazer esse anúncio.

“Fiquei com medo de postar isso por um tempo – mas parece que é hora de ser sincero”, destacou Jon. “Depois de crescer em um lar cristão, ser filho de pastor, tocar e cantar em uma banda cristã, e ter a palavra ‘cristão’ na frente da maioria das coisas da minha vida – agora estou descobrindo que não acredito mais em Deus”, seguiu.

No longo texto publicado por ele, o músico fala também sobre como começou a ter dúvidas sobre a existência de Deus. “Comecei a ter questões e dúvidas sobre isso. Pareceu que havia muitas contradições na Bíblia que não faziam sentido”, explicou.

“Se Deus é todo amor e todo poderoso, por que há tanta maldade no mundo? Ele não pode fazer nada sobre isso? Ele escolhe não fazer? A maldade no mundo é um resultado de seu desejo de nos dar liberdade? Se Deus é amor, por que ele manda as pessoas para o inferno?”, completou.

Confira a publicação abaixo:

*Por: ISTOÉ GENTE

MUNDO - Em entrevista à emissora argentina TyC Sports, Gonzalo Belloso, secretário-geral adjunto de futebol e diretor de desenvolvimento da Conmebol, relatou que a entidade sul-americana planeja o retorno da Libertadores e da Copa Sul-Americana em setembro.

“Queremos voltar em setembro a jogar as Copas. De pouco a pouco, vamos tratando de cumprir nosso papel e estamos escutando aos especialistas. Se tiver que terminar ano que vem, que termine ano que vem. Não há nenhum problema terminar em janeiro”, disse Belloso.

O diretor da Conmebol ainda afirmou que a entidade está em contato com os governos dos países sul-americanos e falou sobre as grandes dificuldades enfrentadas.

“Estamos organizando reuniões com todos os governos. O futebol é uma indústria de tantas que estão sofrendo com a pandemia. O problema mais difícil que enfrentamos é a da migração das equipes e os aeroportos”, explicou.

Gonzalo Belloso reiterou que a Libertadores e a Copa Sul-Americana serão encerradas em campo e, por enquanto, não terão seus formatos alterados. Por fim, o diretor ainda disse que para o retorno das competições, é preciso analisar os campeonatos nacionais dos países sul-americanos.

“Também temos que levar em consideração todos os calendários locais para que possam jogar os torneios locais em seus países. Trabalhamos paralelamente com os países para ver o que eles planejam”, concluiu.

 

 

*Por: GAZETA ESPORTIVA

MUNDO - O presidente americano ameaçou nesta quarta-feira (27) "regulamentar fortemente", ou "fechar" as redes sociais, depois que o Twitter classificou dois de seus posts como "enganosos" e os tratou como disseminadores de informações não verificadas sobre o voto por correspondência. Essa é a primeira vez que a rede social preferida de Trump checa suas postagens.

"Os republicanos acham que as plataformas de mídia social silenciam completamente as vozes conservadoras. Vamos regulá-las fortemente, ou vamos fechá-las, em vez de permitir que algo assim aconteça", tuitou o presidente.

A rede social destacou dois tuítes de Donald Trump publicados na terça-feira (26). Nos posts, o presidente americano dizia, sem provas, que o voto por correspondência levaria a fraudes.

"Não há como o voto pelo correio ser diferente de algo substancialmente fraudulento", escreveu o republicano. Abaixo das postagens, o Twitter postou um "link" que diz: "Obtenha informações sobre o voto pelo correio. Não há nenhuma prova que esse tipo de votação seja fraudulento". A iniciativa é inédita para a rede social, que por muito tempo resistiu aos apelos para censurar o presidente americano por postagens que desafiam a verdade.

Trump voltou à carga nesta quarta-feira: "Não podemos permitir que o voto por correspondência se enraíze no país. Seria a porta aberta para a fraude, as falsificações e roubos de cédulas". "Quem trapacear mais, ganha", escreveu o presidente em uma série de novos tuítes em que pediu também à rede social para "limpar" o que ela fez.

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Interferência nas eleições

A correspondente da RFI em Washington, Anne Corpet, relata que a resposta do presidente americano foi imediata. Candidato a reeleição em novembro, Donald Trump acusou a empresa "de tentar interferir na presidencial de 2020". "Twitter está tentando impedir a liberdade de expressão e, enquanto presidente, não permitirei isso!", ameaçou.

Trump também denunciou as tentativas de interferência das redes sociais nas últimas eleições: "Vimos o que tentaram fazer e fracassaram em 2016". "Não podemos permitir que volte a acontecer uma versão mais sofisticada disso", acrescentou.

Trump votou duas vezes por correspondência

Desde o início de abril, o chefe da Casa Branca faz campanha contra o voto por correspondência, que é adotado por um número crescente de estados americanos para evitar uma nova onda de contaminações do coronavírus. A organização da eleição é de responsabilidade dos estados e o presidente já ameaçou cortar os fundos federais de Michigan e Nevada se eles adotarem também esse tipo de votação.

O contraditório é que, pessoalmente, Donald Trump, recorreu ao voto pelo correio nas eleições legislativas de 2018 e na primeira primária republicana do último mês de março.

Há muito tempo, o presidente usa o Twitter como uma plataforma para disseminar insultos, teorias conspiratórias e informações falsas para seus 80 milhões de seguidores. Antes de ser eleito em 2016, ele construiu sua marca política apoiando a mentira de que Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, não havia nascido no país. Não seria, portanto, elegível para ser presidente. Recentemente, provocou mais uma tempestade ao espalhar o boato infundado de que o apresentador de televisão da MSNBC, Joe Scarborough, havia assassinado uma assistente.

 

 

(Com informações de Anne Corpet e de agências)

*Por: RFI

MUNDO - O grupo aéreo Latam Airlines entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira (26) nos Estados Unidos. A principal empresa aérea da América Latina está à beira da falência devido à queda drástica nos negócios provocada pela pandemia de coronavírus. Em sua solicitação, o grupo explica que não consegue mais honrar seus compromissos financeiros.

Em seu comunicado oficial, a direção da Latam anuncia a reorganização do grupo "para garantir sustentabilidade no longo prazo", de acordo com o que está previsto no Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos. A lei americana concede um prazo para que as empresas se reorganizem financeiramente. Com isso, a Latam vai continuar operando os raros voos que ainda oferece.

"Argentina, Brasil e Paraguai não estão incluídos no processo de reorganização pelo Capítulo 11", cita o comunicado oficial da empresa. "A entidade da Latam no Brasil está em discussão com o governo brasileiro sobre próximos passos e suporte financeiro às operações brasileiras", diz o documento.

Segundo uma declaração feita em vídeo pelo presidente do grupo, Roberto Alvo, a empresa e suas filiais no Chile, Peru, Equador e Colômbia se comprometem a realizar uma reorganização voluntária, protegidas pela legislação americana. Eventualmente, a Latam poderá entrar com pedido de recuperação judicial também no Brasil e no Chile.

A Latam é a segunda companhia aérea da América Latina a buscar abrigo na legislação americana de falências, depois da Avianca. Fruto da fusão entre a brasileira TAM e a chilena LAN, a empresa operava antes da crise 1.400 voos diários em 26 países, transportava 74 milhões de passageiros por ano e empregava 42 mil funcionários. Em abril, ela havia reduzido 95% de seus voos e em maio havia anunciado a demissão de 1.400 funcionários.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a América Latina é o "novo epicentro" da pandemia de coronavírus. Os casos estão se multiplicando em todo o continente, principalmente no Brasil, que agora possui o segundo maior número de diagnósticos confirmados de Covid-19, depois dos Estados Unidos. A América Latina e o Caribe registraram mais de 41.000 mortes pelo vírus e mais de 766.000 casos no total, segundo uma contagem da agência AFP.

Lufthansa e Air France recebem injeção financeira estatal

As companhias aéreas, fortemente impactadas pela crise do coronavírus e sem perspectiva de recuperação em vários anos, iniciaram processos de demissão em massa, chegando a cortar milhares de empregos.

No final de abril, em uma carta aberta, as principais companhias aéreas europeias pediram apoio financeiro e regulatório "urgente" em nível europeu. Em 4 de maio, a Comissão Europeia autorizou o Estado francês a conceder uma ajuda de € 7 bilhões (US$ 7,65 bilhões) à Air France, que enfrenta sérias dificuldades devido à crise provocada pela pandemia de coronavírus.

Nesta segunda-feira (26), a companhia aérea Lufthansa e o governo alemão selaram um plano de resgate de € 9 bilhões (US$ 9,8 bilhões), que fará do Estado alemão o principal acionista do grupo, com 20% do capital.

"Antes da nova pandemia de coronavírus, a empresa estava com boa saúde e lucrativa e tinha boas perspectivas para o futuro", declarou em nota oficial o Ministério da Economia da Alemanha, anunciando a proposta de investimentos e empréstimos estatais. A Lufthansa informou, por sua vez, que o Estado alemão deixará de ser acionista da empresa no final de 2023.

A indústria aeroportuária mundial deve perder € 76 bilhões em faturamento em 2020, de acordo com sua federação, a ACI.

 

 

*Por: RFI

MUNDO - De acordo com o jornalista da ESPN Brian Windhorst, a NBA pode ter uma novidade quando retomar sua temporada, paralisada desde 12 de março por conta da pandemia do coronavírus.

Segundo Windhorst, há 'boas chances' dos playoffs da temporada serem realizados levando em conta apenas as 16 melhores campanhas, independente de conferência.

No atual formato, os oito melhores de cada conferência se enfrentam, com o duelo entre o vencedor do Leste e do Oeste sendo a final da NBA.

Se isso fosse mudado, seria possível Los Angeles Lakers e Los Angeles Clippers na final da NBA, por exemplo.

A NBA negocia para retornar no mês de julho e com uma sede única, possivelmente na Disney, em Orlando.

Por ser uma sede única, os problemas de viagem não existiriam e isso viabilizaria um playoff que não "respeitasse" as conferências.

Windhorst esclarece, no entanto, que uma mudança assim precisaria ser votada entre todos os donos de franquias.

Veja abaixo como seriam os playoffs hoje se não existisse a divisão por conferências:

(1) Milwaukee Bucks vs. (16) Orlando Magic

(8) Miami Heat vs. (9) Oklahoma City Thunder

(4) Los Angeles Clippers vs. (13) Dallas Mavericks

(5) Boston Celtics vs. (12) Philadelphia 76ers

(3) Toronto Raptors vs. (14) Memphis Grizzlies

(6) Denver Nuggets vs. (11) Indiana Pacers

(7) Utah Jazz vs. (10) Houston Rockets

(2) Los Angeles Lakers vs. (15) Brooklyn Nets

 

 

*Por: ESPN.com.br

MUNDO - A partir de 29 de maio, estrangeiros que tenham passado pelo Brasil nos 14 dias anteriores não poderão entrar nos Estados Unidos.

A medida foi tomada para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. O governo americano diz que pessoas que tenham estado no território brasileiro são uma "ameaça" à sua segurança nacional.

A decisão foi tomada depois de o Brasil ultrapassar a Rússia e se tornar o segundo país do mundo com o maior número de casos: são 363,2 mil até agora, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

A disparada das infecções no Brasil foi um dos principais motivos que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a afirmar que a América do Sul é o novo epicentro da pandemia.

Os Estados Unidos seguem como o país mais afetado no mundo, com 1,6 milhão de casos e 98 mil mortes. Com mais de 22,6 mil óbitos, o Brasil é o sexto em número de fatalidades.

"Há quem aponte que os Estados Unidos até demoraram em implementar essa restrição", afirma Carolina Moehlecke, professora de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Dado o desenvolvimento dos números da epidemia no Brasil, isso poderia ter acontecido antes."

Um dos fatores que podem ter contribuído para essa demora é o esforço do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) de se aproximar e se alinhar com o governo de Donald Trump.

"Mas essa relação especial não foi suficiente para evitar a imposição dessa restrição. Se havia expectativa do governo brasileiro que essa proximidade bastaria, ela foi frustrada", diz Moehlecke.

Maioria dos países adotam restrições

No entanto, não se trata de uma medida excepcional por parte dos Estados Unidos, que já havia imposto a mesma limitação a pessoas vindas de outras partes do mundo. Também não é algo inédito em outros países.

A princípio, a OMS não indicava haver necessidade de restringir viagens ou fechar fronteiras por causa do coronavírus.

Mas a partir do momento em que foi declarada uma pandemia e ficou claro que as viagens internacionais tiveram um papel crucial na propagação da covid-19, mais e mais nações adotaram medidas do tipo.

Há países que fogem à regra, como o México e o Reino Unido, onde não está em vigor nenhuma restrição do tipo, ou a Coreia do Sul, onde há apenas algumas limitações relacionadas à China.

Mas, atualmente, a maioria dos países do mundo fechou suas fronteiras para estrangeiros — em geral ou de determinadas nacionalidades —, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), ou suspendeu os voos internacionais,

Isso inclui o próprio Brasil, onde as fronteiras estão fechadas desde 27 de março e permanecerão assim até pelo menos o fim de junho.

"Na história recente, não houve no mundo restrições tão amplas e por períodos tão longos", diz Moehlecke.

E devemos esperar que essas medidas persistam por algum tempo, na avaliação da professora da FGV, mesmo que não de forma contínua.

"Os países devem fechar e abrir fronteiras no futuro próximo para conseguir controlar as taxas de contaminação e mortes conforme o comportamento do vírus. Haverá mais restrições temporárias enquanto não houver uma vacina pronta para ser aplicada em larga escala."

Confira a seguir alguns dos destinos onde os brasileiros não podem entrar neste momento, salvo algumas exceções, como para quem é residente no país em questão — e, mesmo nestes casos, quem ingressa é normalmente obrigado a passar por uma quarentena.

Estados Unidos: não permite a entrada de estrangeiros que venham do Brasil, da China, do Irã, do Reino Unido, da União Europeia.

Canadá: a entrada de estrangeiros está proibida.

União Europeia: o fechamento das fronteiras para estrangeiros foi prorrogado até 15 de junho.

Japão: não permite a entrada de estrangeiros que venham de dezenas de países, entre eles o Brasil.

China: não permite a entrada de estrangeiros no país.

Índia: os voos internacionais para o país estão suspensos.

Austrália: não permite a entrada de estrangeiros.

Nova Zelândia: não permite a entrada de estrangeiros.

Argentina: as fronteiras estão fechadas para estrangeiros.

Uruguai: os voos internacionais estão suspensos.

Chile: estrangeiros não podem entrar no país.

Paraguai: os voos para o país estão suspensos.

Bolívia: as fronteiras do país estão fechadas para estrangeiros.

Peru: as fronteiras do país estão fechadas para estrangeiros.

Venezuela: os voos internacionais estão suspensos.

Equador: os voos para o país estão suspensos.

Colômbia: os voos para o país estão suspensos.

 

 

*Por: BBCNEWS

MUNDO - A reabertura de lojas nos EUA entra para uma nova fase, na qual os varejistas se adequam a realidade “grab-and-go”, termo que define o ato de comprar e ir embora. Segundo eles, o hábito de experimentar maquiagens e testar brinquedos nas lojas, acabaram devido à pandemia de covid-19.

Com o cenário atual, o objetivo é deixar as compras mais seguras, rápidas e fáceis diante as mudanças de longo prazo nos hábitos e expectativas dos consumidores.

Lojas como a Apple estão checando a temperatura das pessoas na porta dos estabelecimentos. A Best Buy agenda horários de compras com os clientes. A Macy’s e a Nordstrom acabaram com consultas e serviços de beleza. Já a Gap fechou os provadores e banheiros das lojas.

A Sephora não permite mais que clientes experimentem produtos. Algumas lojas estão colocando as devoluções “em quarentena” por até 72 horas antes de colocá-las de volta nas prateleiras.

Na Child’s Play, loja de brinquedos de Washington, o proprietário Steven Aarons, que abriu a loja há 34 anos, conta com menos crianças nas lojas e menos compras por impulso. “Parece que estamos começando um negócio totalmente novo”, disse ele.

A empresa American Eagle investiu em pontos de coleta e máquinas de infravermelho que medem a temperatura dos clientes. Além disso, displays foram colocados na entrada das lojas, como “mesas de boas-vindas”, com frascos de desinfetante para as mãos, máscaras descartáveis e tapetes azuis que limpam as solas dos calçados.

“Queremos que as pessoas vejam algo novo assim que entrem na loja”, disse Andrew McLean, diretor comercial da empresa.

Os novos protocolos, que já foram implementados em quase 50% das 435 filiais nos EUA. “O tapete pegajoso, a mesa de boas-vindas – tudo isso desencadeia na mente do cliente a ideia de que as coisas estão diferentes”, afirmou McLean.

 

 

*Por: PODER360

MUNDO  - O governo americano anunciou neste domingo, 24, a proibição da entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil.

A ameaça de limitar voos vindos do País vinha sendo mencionada publicamente pelo presidente americano, Donald Trump, desde o final de abril. Na sexta-feira, no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde classificou a América Latina como novo epicentro do vírus, dando destaque ao Brasil, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano concordaram em oficializar a restrição, como antecipou o Estadão.

A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias. A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA, além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes. Estrangeiros que possuem visto específicos, como os que representam outros governos, também estarão excluídos da restrição.

Trump é considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado críticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro nas últimas semanas que não pouparia o País. “Eu não quero pessoas entrando e infectando nosso povo”, afirmou na terça-feira, quando o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes diárias por covid-19.

A pressão para que o governo americano adotasse restrições à chegada de brasileiros cresceu na última semana, quando a situação no Brasil se agravou e passou a ser destaque na imprensa internacional. O prefeito de Miami, Francis Suárez, foi um dos que defenderam abertamente o bloqueio dos voos. O Brasil é considerado um epicentro da pandemia, com trajetória de rápido crescimento dos casos, enquanto os EUA caminham para um processo de reabertura econômica e de controle interno da primeira onda da epidemia, que deixou mais de 1,6 milhão de infectados e quase 100 mil mortos no país.

Fontes do governo brasileiro veem na iniciativa americana mais uma mensagem eleitoral de Trump. A Flórida, onde chegam quase metade dos voos hoje em operação entre Brasil e EUA, é um Estado-chave para a eleição presidencial americana, que ocorrerá em novembro.

A avaliação para impor a medida, entretanto, levou em consideração fatores além do eleitoral. Em 23 de março, um funcionário do alto escalão do Departamento de Segurança Interna disse a jornalistas que a rápida aceleração de casos na América Latina, com destaque para o Brasil, era acompanhada com preocupação nos EUA. Na época, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tinha 1.891 casos de covid-19 confirmados e 34 mortes. Dois meses depois, o Brasil tem quase 350 mil casos confirmados e mais de 22 mil mortos.

Atualmente, há 13 voos semanais em operação entre os dois países, sendo que seis têm a Flórida como destino e outros sete, o Texas. Só a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois países. Com a restrição de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida não poderão ingressar nos EUA. A tendência, portanto, é que o número de voos seja ainda mais reduzido.

O governo brasileiro adotou uma restrição geral à entrada de estrangeiros. Em 27 de março, editou uma portaria para proibir temporariamente a entrada de estrangeiros que chegassem ao País. Em 22 de maio, uma nova portaria renovou esta limitação, que vale para todas as nacionalidades e tem exceções semelhantes às previstas pelo governo americano.

Nos bastidores, o governo brasileiro diz ver com naturalidade a medida americana. Na prática, no entanto, a diplomacia do País atuou para evitar essa barreira. Em abril, o encarregado de negócios pela Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, chegou a enviar uma carta ao governador da Flórida, Ron de Santis, na qual argumentou que a maioria dos voos era usada para repatriar brasileiros que estão nos EUA e para o transporte de cargas. Forster também se colocou à disposição de De Santis, da Casa Branca e do Conselho de Segurança Nacional para compartilhar informações sobre as respostas do governo brasileiro para controlar a pandemia.

Esta é a quarta vez que Trump decide restringir o ingresso ao país para conter o avanço do vírus. O primeiro bloqueio foi imposto em 31 de janeiro sobre a China. Na sequência, os EUA limitaram a entrada de passageiros vindos do Irã, em fevereiro, e da União Europeia, Irlanda e Reino Unido, em duas decisões tomadas em março.

Na manhã deste domingo, 24, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien, afirmou durante entrevista à rede de TV CBS News que a ideia é “proteger o povo americano” e a expectativa é de que a decisão seja temporária. “Esperamos que seja temporário, mas em razão da situação no Brasil iremos tomar todos os passos necessários para proteger o povo americano”, afirmou O’Brien. As restrições impostas anteriormente pelo presidente continuam em vigor, mesmo depois de China e Europa mostrarem sinais de que a epidemia está sendo controlada.

REPERCUSSÃO

O assessor especial da presidência da República, Filipe Martins, se manifestou hoje, pelo Twitter, para dizer que a decisão dos Estados Unidos de barrar a entrada de estrangeiros com passagem recente pelo Brasil não é nada específico contra o Brasil.

"Ao banir temporariamente a entrada de brasileiros nos EUA, o governo americano está seguindo parâmetros quantitativos previamente estabelecidos, que alcançam naturalmente um país tão populoso quanto o nosso. Não há nada específico contra o Brasil. Ignorem a histeria da imprensa", postou Martins.

O Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão do presidente norte-americano Donald Trump.

 

 

*Por:Beatriz Bulla / ESTADÃO

MUNDO - O Taleban declarou um cessar-fogo de três dias durante o Eid, que encerra o Ramadã, no Afeganistão a partir deste domingo, por meio de um tweet neste sábado do grupo islâmico radical, e o presidente do país disse que tomaria atitude recíproca.

A trégua acontece quando as lutas entre os dois lados se intensificaram, apesar da pandemia de coronavírus.

"Não realize operações ofensivas contra o inimigo em nenhum lugar; se alguma ação for tomada contra você, defenda-se", twittou Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã. Ele acrescentou que o cessar-fogo foi declarado apenas para as festividades do Eid, marcando o fim do mês sagrado do Ramadã.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, saudou o anúncio de cessar-fogo do Talibã e retribuiu a oferta de paz. "Como comandante em chefe, instruí as ANDSF (Forças de Defesa e Segurança Nacional Afegãs) a cumprir a trégua de três dias e a se defender apenas se for atacado", disse em um tweet.

No mês passado, o Talibã rejeitou um pedido do governo de cessar-fogo no Afeganistão para o Ramadã, dizendo que uma trégua "não era racional", uma vez que eles intensificaram os ataques às forças afegãs.

Pelo menos 146 civis foram mortos e 430 feridos pelo Talebã durante o Ramadã, disse Javid Faisal, porta-voz do principal escritório de inteligência e segurança do país em Cabul, no sábado.

 

(Reportagem de Abdul Qadir Sediqi, Orooj Hakimi)

*REUTERS

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