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MUNDO - O presidente americano, Donald Trump, encerrou abruptamente nesta segunda-feira (11) a coletiva de imprensa diária sobre o enfrentamento do novo coronavírus no país, após se envolver em uma áspera discussão com uma repórter americana de origem asiática.

Weijia Jiang, repórter da CBS News, perguntou a Trump porque ele continuava a insistir em que os Estados Unidos estavam se saindo melhor do que outros países nas testagens do coronavírus.

"Por que isso importa?", perguntou a jornalista. "Por que isto é uma competição mundial quando, todos os dias, americanos ainda estão perdendo suas vidas?".

"Estão perdendo vidas em todas as partes do mundo", reagiu Trump. "E talvez esta seja uma pergunta que você deveria fazer à China. Não me pergunte, faça esta pergunta à China, OK?"

Jiang, que se identifica em seu perfil do Twitter como uma "oeste-virginiana nascida na China", retrucou.

"Senhor, por que está dizendo isso a mim especificamente?", perguntou, sugerindo que se devia à sua raça.

"Estou dizendo a todo aquele que fizer uma pergunta maldosa como esta", respondeu Trump.

Quando tentou passar para outro repórter, Jiang continuou a pressioná-lo por uma resposta.

Trump chamou outra jornalista, mas imediatamente se dirigiu a uma terceira.

Quando as mulheres tentaram lhe fazer a pergunta da colega asiática, Trump abruptamente encerrou a coletiva e voltou para a Casa Branca.

As reações de apoio a Jiang apareceram rapidamente na Internet e a hashtag #StandWithWeijiaJiang (Apoie Weijia Jiang, em tradução livre) se tornou rapidamente um dos assuntos mais comentados no Twitter, recebendo a adesão de personalidades como o ator de 'Star Trek' e ativista asiático-americano George Takei.

Trump, que nunca omitiu a irritação com a imprensa, costuma ter atritos com jornalistas durante suas coletivas sobre o coronavírus.

Mais de 80.000 pessoas morreram nos Estados Unidos na pandemia do novo coronavírus, com mais de 1,3 milhão de infectados, segundo os números mais recentes desta segunda-feira (11) da Universidade Johns Hopkins.

O número de mortos nos Estados Unidos é, de longe, o maior de um único país por COVID-19 em todo o mundo.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - A intenção do Paris Saint-Germain de reduzir os salários do elenco deve ser um novo foco de conflito entre o clube francês e Neymar, segundo o jornal Sport. A suspensão do Campeonato Francês implica uma importante redução na arrecadação do PSG, que também não poderá jogar na França se a Champions League for retomada.

“Neymar, que é consciente de que recuperou uma posição de força na hora de negociar, pode aproveitar esta conjuntura para forçar sua saída, mesmo sabendo que a desvalorização do mercado de transferências também afeta o Barcelona, que é o único destino que deseja”, escreve o diário catalão.

Até por isso, o Barça indicou que o brasileiro não busque de forma unilateral a Fifa para solicitar a definição de um valor para sua transferência, mecanismo permitido após três anos sem renovação de um contrato que não tenha multa rescisória estipulada. Essa via poderia obrigar ao clube catalão desembolsar entre 160 e 180 milhões de euros para recontratar o atacante.

De acordo com o Sport, o Barcelona estuda a possibilidade de trocar jogadores para reduzir o custo de uma possível operação. Atletas franceses aparecem como os principais nomes: Dembélé, Umtiti ou Griezmann.

Já Neymar aceitaria receber menos da metade do que ganha no PSG para voltar ao Barcelona. Segundo reportagem do Mundo Deportivo, o brasileiro ganharia hoje o equivalente a 52 milhões de euros, entre salários e bônus previstos em contrato, e toparia uma proposta pouco acima dos 20 milhões de euros, além de cláusulas de produtividade.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

? #PortadaSport ❌ #Neymar, NO al #PSG y SÍ al #Barça ✔️

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*Por: André Linares / ESPN.com.br

MUNDO - A pandemia da covid-19 evidencia a forte dependência dos países ocidentais em relação aos equipamentos e insumos médicos produzidos na China, afirma Antoine Bondaz, pesquisador da Fundação francesa para a Pesquisa Estratégica e professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris.

Segundo ele, a crise sanitária levará a reflexões sobre o aspecto estratégico da saúde e a necessidade de produzir localmente para reduzir o risco de falta de produtos, como ocorre atualmente no mundo todo.

A China concentra mais da metade da produção mundial de máscaras e cerca de um quinto no caso dos respiradores. Apesar de ter aumentado significativamente sua capacidade produtiva desde o início da pandemia, o país não é capaz de suprir a explosão da demanda internacional, ressalta o especialista em Ásia e geoestratégia.

Por isso, as tensões internacionais provocadas pela falta de máscaras e outros equipamentos essenciais para lutar contra a doença irão continuar, diz Bondaz. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou recentemente que a pandemia de cCovid-19 está longe de ter terminado.

Alguns países, como a França ou a República Tcheca, confiscaram máscaras destinadas a Itália e outros mercados. Os Estados Unidos, atual epicentro do novo coronavírus, sofreram várias acusações de desviar equipamentos no enfrentamento da pandemia - uma delas feita pelo governo da Bahia, que havia comprado centenas de respiradores chineses. O governo americano negou ter adquirido ou bloqueado o material médico brasileiro.

Antes do surgimento da covid-19, a China produzia 20 milhões de máscaras cirúrgicas por dia. Esse número diário passou para mais de 120 milhões em março. Apenas a França comprou dois bilhões de máscaras da China, que vêm sendo entregues progressivamente.

A produção chinesa do disputado modelo de máscaras com filtro, as FFP-2 (ou N95 nos Estados Unidos), utilizadas em hospitais, é mais escassa ainda, de apenas cerca de 1,6 milhão por dia atualmente.

"A forte dependência do Ocidente em relação à China nos setores ligados à saúde deve levar governos a redefinirem o que é estratégico", afirma Bondaz.

Diante da disputa internacional por equipamentos de proteção, aparelhos, agentes reativos para testes e remédios (nesse caso também produzidos em larga na Índia), países veem a necessidade de reduzir sua exposição ao risco da falta de produtos, se tornando menos dependentes da Ásia.

É a linha adotada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que vem reiterando a importância de produzir máscaras e outros equipamentos internamente.

Em vários países, a escassez de equipamentos de proteção e outros insumos levou muitas empresas de setores variados a se voltarem para a produção desses itens. O grupo automotivo francês PSA, por exemplo, está fabricando respiradores em parceria com a Air Liquide, de gases industriais.

"Um consenso está surgindo com essa crise: o reforço da autonomia estratégica da Europa, a nossa capacidade de reduzir nossa dependência do resto do mundo e reforçar nossa capacidade de produzir, no plano sanitário, materiais de proteção e o que precisamos", afirmou Macron, sem mencionar especificamente a China.

A declaração foi feita logo após uma reunião recente do Conselho Europeu, o encontro de chefes de Estado e de governo do continente. Para Macron, a Europa precisa ir além das iniciativas atuais de produção no setor da saúde. A reorganização das cadeias produtivas do continente "para reduzir a dependência do resto do mundo" vai ser analisada pela Comissão Europeia, segundo o líder francês.

‘Países Ricos Falharam’

Segundo Bondaz, os países ricos "falharam, e feio", em não antecipar corretamente as consequências de uma eventual pandemia com propagação extremamente rápida, como a do novo coronavírus, e não se se prepararam para isso.

Por questões financeiras, diz ele, os países ricos consideraram que a produção chinesa de equipamentos médico-hospitalares, mais barata, seria suficiente para atender a demanda em caso de crise.

O pesquisador afirma que os países desenvolvidos subestimaram os riscos.

"Uma pandemia mundial respiratória necessita de equipamentos de proteção em quantidades consideráveis. Eles não souberam prever esse cenário e agora pagam as consequências", afirma.

Para Bondaz, os países ricos "não têm desculpas" para não ter estoques, já que dispõem mais recursos para se preparar a eventuais crises sanitárias. Na França, como faltavam máscaras para os profissionais de saúde, o governo até recentemente recomendava que a população não as utilizasse, apenas as pessoas infectadas. Agora, passou a incentivar o uso geral. A mudança de discurso causou polêmica no país.

Em 2009, o Estado francês dispunha, para enfrentar uma eventual pandemia, de uma "reserva estratégica" de um bilhão de máscaras cirúrgicas e mais de 700 milhões da FFP-2. Para cortar gastos, essa reserva foi amplamente reduzida. Em março deste ano, quando a situação começou a se agravar, o estoque francês era, respectivamente, de 150 milhões de máscaras cirúrgicas e zero de FFP-2, segundo o Ministério da Saúde.

"O maior problema é que as economias ricas, que enfrentam uma grave crise sanitária, dispõem de meios limitados e não têm capacidade para ajudar os demais países", diz Bondaz. O governo norte-americano, por exemplo, afirmou que só ajudará o Brasil com insumos médicos quando a situação melhorar nos Estados Unidos.

"Em vez de ajudar, os países ricos estão acirrando a competição pelos equipamentos, tornando a situação mais difícil para os demais", afirma o pesquisador. Além disso, a forte demanda provocou a explosão dos preços.

Países da América Latina e África, diz ele, onde a pandemia chegou posteriormente, têm de concorrer com economias ricas que podem pagar mais pelos produtos, rapidamente e fazem encomendas gigantes - como os dois bilhões de máscaras comprados pela França.

Isolamento do Brasil

Uma saída apontada pelo pesquisador seria que o Brasil fizesse compras de máscaras e outros equipamentos em conjunto com países da América Latina para ter mais peso na disputa com economias ricas pelos produtos.

Quando a situação sanitária melhorar nas economias ricas, elas devem começar a ajudar os países em desenvolvimento. A União Europeia tende a se voltar para a África, como já faz tradicionalmente, diz Bondaz.

No caso do Brasil, o isolamento diplomático do país na atual gestão deve complicar a possibilidade de ajuda internacional (exceto, possivelmente, a americana) para combater a pandemia, afirma o pesquisador.

Na semana passada, a OMS apresentou uma aliança global de colaboração científica para acelerar a pesquisa de tratamentos, testes e vacinas para a covid-19. A iniciativa foi impulsionada por Macron e conta com a adesão de líderes de vários países.

O Brasil, apesar de ter tido papel de destaque em ações para facilitar o acesso global a medicamentos, não foi convidado para o evento que lançou a aliança. Foi o caso também dos Estados Unidos.

 

 

*Por: BBCNEWS

MUNDO - O governo britânico prevê que os recém-chegados ao país respeitem 14 dias de isolamento obrigatório, apesar da crescente pressão para uma flexibilização das restrições impostas com o objetivo de lutar contra o coronavírus, informa a imprensa neste sábado.

Com exceção das pessoas procedentes da Irlanda, todos os recém-chegados por avião, trem ou navio deverão permanecer isolados por duas semanas, informa o jornal Times.

Para aplicar a medida, o governo fará verificações pontuais do endereço apresentado pelos viajantes e adotará sanções, que podem ser uma multa de 1.000 libras (1.100 euros, 1.200 dólares) ou a expulsão direta do país, segundo o jornal, que indica que o primeiro-ministro, Boris Johnson anunciará a política no domingo.

A BBC antecipa que as duas semanas de isolamento entrarão em vigor no fim de maio, com base em fontes governamentais e do organismo da indústria aeronáutica Airlines UK.

Johnson se pronunciará no domingo sobre uma possível flexibilização do confinamento, decretado em 23 de março, mas tudo indica que não acontecerão mudanças importantes.

"Não teremos mudanças espetaculares de um dia para outro. Seremos muito, muito prudentes quando começarmos a suspender as restrições, porque os dados que temos a cada dia mostram que não estamos livres", disse o ministro do Meio Ambiente, George Eustice, à imprensa na sexta-feira ao analisar a situação da COVID-19 no país.

O ministro anunciou 626 novas mortes por coronavírus, o que eleva o total no país a 31.241 vítimas fatais. O Reino Unido é o segundo país do mundo com mais óbitos por COVID-19, atrás dos Estados Unidos.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - Entregadores a domicílio de alimentos, remédios e outros produtos essenciais em meio à pandemia de coronavírus na Argentina fizeram uma greve nesta última sexta-feira (8) para exigir melhores salários e condições de higiene, informou um jornalista da AFP.

Centenas de entregadores, usando máscaras e em bicicletas, das multinacionais Glovo, Rappi e Uber percorreram uma avenida central em Buenos Aires e levaram suas demandas ao Ministério do Trabalho.

"Queremos um aumento de 100% no que cobramos para cada viagem. Nossa renda está congelada desde 2018 e esse percentual é o acumulado da inflação até agora", disse Maximiliano Martínez, de 49 anos, líder do sindicato.

Uma assembleia nacional de entregadores, todos em condições precárias de trabalho, decidiu que a medida deveria ser estendida a outras grandes cidades do país, disse Martínez.

"Precisamos de equipamentos de segurança contra a doença. Trabalhamos 10 horas por dia. Os lucros das empresas aumentaram exponencialmente", declarou o porta-voz em frente ao Ministério do Trabalho.

O pagamento para cada viagem varia entre 55 e 80 pesos, o que equivale a 0,78 centavos de dólar e 1,14 dólar, respectivamente.

A entrega a domicílio tornou-se uma tarefa essencial para a subsistência desde que o isolamento obrigatório foi introduzido em 20 de março no país.

O salário mínimo na Argentina é de 16.000 pesos, cerca de 228 dólares, e a cesta básica custa 14.000 pesos, cerca de 200 dólares.

Até o momento, 5.358 casos de COVID-19 foram registrados no país, com 285 mortes e 1.659 recuperados.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - O Jeonbuk Motors, atual campeão da K-League, campeonato nacional sul-coreano, estreou ontem (8) com pé direito contra o Suwon Bluewings. Venceu em casa  por 1 a 0 o embate que marcou a abertura da competição e o retorno do esporte após a pandemia do novo-coronavírus (covid-19). A Coreia do Sul é um dos países que melhor gerenciou a crise da covid-19: foram 10.822 casos confirmados da doença e 256 mortes no país desde o início da pandemia, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado nesta sexta-feira (8).

A partida, válida pela primeira rodada da K-League, estava prevista para fevereiro, mas o surto da covid-19 atingiu a Coreia do Sul, paralisando todas as atividades. O jogo de abertura finalmente aconteceu na manhã desta sexta-feira (8), diante de arquibancadas praticamente vazias. A exceção ficou por conta de jornalistas e profissionais de imagem - fotógrafos e cinegrafistas - devidamente protegidos com máscaras. Até mesmo os jogadores nos bancos reservas também aguardavam a hora de entrar em campo com o utensílio de proteção.

No gramado, o meia-atacante brasileiro Murilo Henrique, de 25 anos - ex-Botafogo de Ribeirão Preto (SP) - contratado em janeiro deste aos, pode fazer finalmente sua estreia com a camisa dez do Jeonbuk Motors. O brasileiro começou jogando e seguiu em campo até o 15 minutos do segundo tempo, quando foi substituído. O gol que sacramentou a vitória do Jeonbuk foi marcado por Dong-gook Lee, nos minutos finais.

Embora pouco badalado entre os principais campeonatos de futebol do planeta, o K-League teve transmissão ao vivo pela tevê para 70 países e também pode ser assistido pela redes sociais (Twitter e Youtube). Para alegria dos apaixonados por futebol, a competição prossegue neste fim de semana.

 

 

*Por: AGÊNCIA BRASIL

MUNDO - É um efeito colateral do fechamento de bares e restaurantes dentro das medidas de quarentena impostas pelo governo francês para barrar a propagação do novo coronavírus. Ao menos 10 milhões de litros de cerveja serão jogados fora por que não poderão ser consumidos a tempo.

“O fechamento brutal de cafés, restaurantes, a proibição de atividades turísticas e o cancelamento de todos os festivais e salões deixaram mais de 10 milhões de litros de cerveja, majoritariamente em barris, parados”, afirma um comunicado do Sindicato Nacional dos Produtores de Cerveja da França.

Segundo as cervejarias, a principal razão é que a bebida na moda neste momento não é pasteurizada, ao contrário das cervejas clássicas. Mais frágeis, as cervejas artesanais podem ser conservadas durante um período menor.

“São cervejas que contêm muito lúpulo. Se as guardarmos durante muito tempo, durante mais de dois ou três meses, o cheiro, gosto e aroma desaparecem”, salienta o Sindicato Nacional dos Produtores de Cerveja da França.

Ajuda para destruição dos estoques

A categoria afirma que a destruição dos estoques terá graves consequências para as empresas. Por isso, o sindicato pede ajuda do governo, não apenas para que o setor se mantenha, mas também no apoio logístico para o descarte do produto.

Se os 10 milhões de litros da bebida podem parecer pouco diante de uma produção de 2,25 bilhões de hectolitros em 2020, são vários milhões de euros que estão em jogo para os produtores, muitos financeiramente frágeis.

“Sem a ajuda do governo, centenas de cervejarias correm o risco de fechar definitivamente, colocando em risco milhares de empregos, direta ou indiretamente: uma verdadeira perda de uma rica tradição na França”, afirma Mattias Fekl, presidente da União dos Produtores de Cerveja da França, em entrevista ao canal BFM TV.

Segundo uma pesquisa recente, cerca de 25% dos produtores de cerveja da França tiveram que parar suas atividades. “70% das cervejarias declaram uma perda de 50% ou mais de seu volume de negócios desde 15 de março”, afirma o levantamento da União dos Produtores de Cerveja da França, que analisou o funcionamento de 300 sócios.

 

 

*Por: RFI

MUNDO - A Alemanha deve decidir nesta quarta-feira (6) a reabertura de todos os estabelecimentos comerciais e escolas do país em maio, a partir da próxima semana, segundo um projeto de acordo entre o governo e as regiões ao qual a AFP teve acesso.

As medidas são possíveis porque, desde o início do desconfinamento em 20 de abril, "o número de novas infecções" de coronavírus "permanece baixo" e não foi observada uma nova onda de contaminação, afirma o projeto de acordo.

O acordo inclui a retomada ainda em maio do campeonato de futebol da primeira divisão, a Bundesliga, com partidas disputadas sem a presença de torcedores.

Todas as escolas, incluindo as unidades de pré-escola, poderão reabrir as portas, sob certas condições, a partir da próxima semana, indica o projeto de acordo entre o governo federal e as 16 regiões.

"As escolas devem progressivamente receber todos os alunos respeitando as medidas de higiene e de distanciamento físico", destaca o projeto, que deve ser aprovado formalmente nas próximas horas pela chanceler Angela Merkel e os presidentes das regiões alemãs.

A Alemanha já havia autorizado a reabertura de escolas do ensino médio. O acordo dá aos governos regionais o poder de decisão a respeito das universidades.

Além disso, todos os estabelecimentos comerciais poderão retomar as atividades, desde que respeitem as condições de higiene e estabeleçam um controle de entrada para evitar filas de espera, afirma o documento.

Isto implica as grandes lojas de mais de 800 metros quadrados. Os estabelecimentos com superfície inferior já reabriram as portas.

O acordo deixa nas mãos das regiões a decisão sobre a reabertura de bares, restaurantes e hotéis, que algumas regiões como a Baviera já autorizaram.

Os ministros regionais da Economia chegaram a um acordo para permitir a reabertura do setor gastronômico a partir de sábado 9 de maio.

O acordo também prevê que as regiões serão responsáveis por autorizar a reabertura de teatros, salas de concerto, clubes, discotecas e arenas esportivas.

A última grande restrição a respeito da pandemia de COVID-19 é a proibição dos grandes eventos esportivos, culturais ou festivas.

O documento indica que seguem proibidas até pelo menos o fim de agosto.

As fronteiras não devem ser reabertas para as férias.

O acordo prevê ainda o retorno de medidas de confinamento caso o número de infecções volte a subir. Mas isto acontecerá localmente, por cidade ou, inclusive, por estabelecimento, se envolver uma casa de repouso ou edifício.

O acordo descarta um novo confinamento nacional ou regional.

As medidas locais de confinamento serão ativadas se o contágio superar 50 casos por 100.000 habitantes em um período de sete dias em uma determinada área.

O acordo reitera que os alemães devem continuar respeitando o distanciamento físico e utilizando máscaras no comércio e nos transportes públicos.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - Milhões de máscaras estão sendo distribuídas na Espanha, onde seu uso no transporte público é obrigatório a partir desta segunda-feira (4), enquanto algumas pequenas empresas começaram a retomar suas atividades em um relaxamento gradual do rigoroso confinamento do país.

A Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia de coronavírus, registrou 164 novas mortes em 24 horas nesta segunda-feira, o mesmo número registrado no dia anterior, elevando o total de vítimas fatais para 25.428, de acordo com o balanço do ministério da Saúde.

O país registrou 545 novos casos do vírus, o número mais baixo desde o início do confinamento dos 47 milhões de espanhóis, em 14 de março.

São dados "muito bons", comemorou Fernando Simón, do centro de emergências de saúde do ministério da Saúde.

Ele alertou, porém, que poderia haver atrasos na notificação de casos do fim de semana.

Milhões de máscaras começaram a ser distribuídas nas estações de metrô, uma vez que  seu uso obrigatório no transporte público entrou em vigor hoje.

Na estação Puerta del Sol, no coração de Madri, uma mensagem ecoava: "O uso de máscara é obrigatório para todos os usuários, tanto dentro dos trens quanto nas instalações".

A polícia municipal e agentes da proteção civil entregavam as máscaras, embora muitos usuários já portassem próprias.

"Começa a ter mais pessoas. Até hoje não tinha visto tantas pessoas usando máscaras e hoje sim", comentou ao sair do metrô Cristina Jiménez, de 31 anos, funcionária de uma casa de câmbio que continuou trabalhando nas últimas sem

"Com essa situação, todos deveríamos ter medo. Quem não perdeu o emprego, com a crise que vai acontecer, pode perdê-lo", diz. Mas "o importante é estarmos bem, e o trabalho no final, se não é um, é outro", conclui.

Dentro do plano do governo de flexibilizar gradualmente o confinamento, empresas com menos de 400 m2 podem reabrir para prestar serviços através de um sistema de agendamento e sob rigorosas medidas de higiene.

Os salões de beleza, por exemplo, notaram alta demanda.

"Hoje há um pouco de caos. Muitos clientes estão ligando para marcar um horário", disse Conchi Navarro, cabeleireira de 56 anos. Ela abriu seu salão em Barcelona esta manhã apenas para clientes mediante agendamento.

De acordo com o plano do governo, a Espanha entrará na fase 1 da desescalada em 11 de maio - exceto algumas ilhas nas Canárias e Baleares que o fizeram nesta segunda-feira -, quando serão permitidas reuniões de até dez pessoas mantendo a distância social ou a abertura de lojas com capacidade limitada.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - O período mais longo de crescimento da história dos Estados Unidos acabou oficialmente. A economia caiu 4,8% no primeiro trimestre —se considerada a comparação com o mesmo período de 2019—, sobrecarregada pelo início do surto de coronavírus no país, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio e que marcam o ponto de virada entre dois ciclos que parecem duas eras. Em meados de março, a NBA cancelou sua liga, os teatros da Broadway fecharam, as grandes fábricas de Michigan pararam. A primeira potência mundial iniciou um apagão autoimposto em meio mundo para deter a escalada de contágios. O declínio recém-divulgado é mais profundo do que o esperado, mas parece até irrelevante comparado ao que se prevê para abril a junho, um trimestre que registrará o impacto da tamanha hibernação: as taxas previstas de derrocada da economia variam de 30 %, 40% e até 60% em cifras anualizadas.

Os Estados Unidos não sofrem um desastre dessa dimensão desde a Grande Depressão (a crise de 1929), e o medo de repetir esse trauma econômico continua com bases sólidas. Desde o início da crise da covid-19, mais de 26 milhões de norte-americanos solicitaram os subsídios do seguro-desemprego, um volume que não acontecia desde o início dos registros (na década de 1940) e que equivale a um em cada seis trabalhadores assalariados. Nesta quinta-feira, quando forem divulgados os novos dados da semana, a proporção pode chegar a um em cada cinco. Assim, o país que em fevereiro vivia uma situação de quase pleno emprego (3,5% de desemprego) pode chegar a 20% de desempregados. Em 1933, o pior ano da depressão, alcançou 25%.

Fica para trás uma década prodigiosa, e mais do que isso. A expansão econômica nos Estados Unidos batera o recorde anterior de 120 meses consecutivos de crescimento, registrado no período de bonança prévio à crise das pontocom em 2001, durante a presidência de Bill Clinton.

O declínio recém-divulgado é mais profundo do que o esperado, mas parece até irrelevante comparado ao que se prevê para abril a junho, um trimestre que registrará o impacto da tamanha hibernação

A recuperação depois da Grande Recessão foi lenta e desigual: as famílias levaram quase 10 anos para retomarem o nível de renda antes do crash. Agora, em apenas seis semanas, perderam-se todos os empregos criados desde então, e o olhar para o futuro imediato dá vertigem. O preço de um barril de petróleo West Texas, referência no país, caiu tanto na semana passada que o vendedor chegou a pagar para se desfazer dele.

Com a economia virada de cabeça para baixo, famílias inteiras sem trabalho e filas intermináveis ​​de carros esperando receber comida como caridade, vários Estados, como Geórgia, Texas e Carolina do Sul, já começaram a reativar a vida, apesar dos pedidos de cautela de médicos especialistas. O país como um todo acabou de superar um milhão de infectados, quase um terço de todos os confirmados no mundo, e mais de 57.000 mortes (no entanto, como são 330 milhões de habitantes, a taxa de mortalidade por esta pandemia é muito menor do que a de países como a Espanha). E, apesar de que em regiões importantes como Nova York, epicentro do problema, a taxa de hospitalizações está diminuindo, o volume de infecções vem aumentando em áreas mais rurais.

O cálculo de quanto convém reduzir as restrições, de quanto mais paralisação econômica o país pode suportar, é complicado em todas as partes. O Governo federal já injetou 3 trilhões de dólares (16,2 trilhões de reais) em ajuda e estímulos para salvar a economia, mas o confinamento causa estragos.

Em meados de março, quando tudo começou a desmoronar, na emissora pública PBS perguntaram a Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI e professor de Harvard, com o que se poderia comparar o que estava acontecendo e ele respondeu que o mais parecido seria “uma invasão alienígena”. “Nem sequer pode ser comparado à gripe espanhola de 1918, porque aquilo foi depois da Primeira Guerra Mundial e as coisas já estavam ruins. Aqui os alienígenas estão nos invadindo, estão dizendo que temos de ir para casa e não sair, e a curto prazo sofreremos uma recessão tão brusca como só se viu na Segunda Guerra Mundial", afirmou.

 

 

*Por: Amanda Mras / EL PAÍS

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