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MUNDO - Os números, inclusive os da pandemia de coronavírus, que às vezes não parecem muito convincentes, são teimosos. Enquanto a imensa maioria da Europa já está em diferentes fases de reabertura, na Suécia ainda não se sabe ao certo se a famosa curva da epidemia começou a cair. De acordo com o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC), o país escandinavo tem a segunda maior taxa de casos positivos por 100.000 habitantes (550,3). Somente a de Luxemburgo é mais alta (674,5), mas se trata de um país de apenas 670.000 habitantes (a Suécia tem cerca de 11 milhões) com um total de 4.099 casos, segundo a última lista do ECDC. A Suécia reconheceu 6.395 novos positivos apenas na última semana.

Em 18 de junho, as autoridades da Suécia – país onde está o Instituto Karolinska, uma referência europeia em questões sanitárias – referiram mais de 1.000 novos casos. Naquele dia, a taxa sueca superou pela primeira vez a belga e a espanhola. Neste domingo, a lista dos países mais afetados está assim: Luxemburgo, Suécia, Bélgica (530) e Espanha (526). A média europeia está em 282,7. Naquele dia também houve o maior número de casos registrados no mundo: 181.232, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas esses são dados acumulados desde o início da pandemia. Se considerarmos os valores da última semana, que indicam melhor o estado atual da covid-19, o país que mais comunicou novos casos foi o Reino Unido (8.865), seguido por Suécia (6.359). Trata-se de dois países que tentaram estratégias similares no início da expansão do coronavírus: evitar os confinamentos e confiar em que os sucessivos contágios entre a população – ainda sob risco de elevar o número de mortes – criariam a chamada imunização de rebanho, que ocorre quando uma porcentagem importante dos habitantes (acima de 60% ou 65%) já contraiu a doença e, portanto, tem imunidade adquirida, ainda que não seja permanente, o que interrompe a circulação do vírus.

O Reino Unido, cujo primeiro-ministro Boris Johnson foi internado na UTI em 6 de abril após contrair a Covid-19, mudou de política em 20 de março e estabeleceu confinamentos e restrições à mobilidade (ainda exige quarentena para a entrada ao país). A Suécia não impôs outras restrições além de fechar os centros educativos para alunos de mais de 16 anos. Bares, restaurantes, academias, bibliotecas e todos os demais estabelecimentos continuaram abertos, e as autoridades recomendaram aos cidadãos que não se reúnam em grupos de mais de 50 pessoas.

O caso sueco tem sido muito estudado – e criticado. Em 12 de junho, a revista British Medical Journal (BMJ) publicou um artigo intitulado Teve Sucesso a Controvertida Estratégia Sueca Contra o Coronavírus?, que reunia críticas de epidemiologistas e outros especialistas do país a essa estratégia. O artigo censura o responsável pela estratégia, o epidemiologista Anders Tegnell, que já em 26 de abril disse que a curva de contágios no país estava caindo. A autora do trabalho, Heba Habib, destaca “como os números demonstrariam o contrário” e cita, por exemplo, que na semana de 25 de maio a 2 de junho a Suécia teve a maior taxa de mortalidade da Europa (5,29 por milhão de habitantes). O segundo país foi o Reino Unido (4,48). Além disso, tampouco se conseguiu a ansiada imunização de rebanho. Em 11 de maio, a OMS calculou que menos de 10% da população tinha anticorpos (porcentagem dentro do intervalo de casos da Espanha e França). Um estudo de 20 de maio calculou que a imunidade em Estocolmo, a cidade mais afetada, estava em 7,3% da população. Em 2 de junho, o primeiro-ministro, o social-democrata Stefan Löfven, admitiu falhas na estratégia e anunciou uma investigação interna.

A situação sueca tem sido tão diferente que, em 18 de junho, uma pequena cidade da Lapônia, Gällivare (8.500 habitantes), causou comoção ao ordenar o fechamento de museus, piscinas e bibliotecas, além da suspensão de algumas linhas de ônibus. O município havia detectado 31 casos positivos, e uma nota da Prefeitura falava de “situação descontrolada”. Essa apreciação foi posteriormente suavizada pelo vereador Henrik Ölvebo, do Partido Verde, que jogou a culpa no gabinete de comunicação, “que, em tempos de crise, pode ir depressa demais”. “A situação é séria, mas não incontrolável”, afirmou Ölvebo.

Se considerarmos o aumento de casos por 100.000 habitantes durante a última semana, a Suécia continua nos primeiros lugares. Concretamente está em segundo, com um incremento de 12,8% nesse indicador. Apenas a Bulgária registra uma alta maior (17,67%). A média europeia está em 2,48%. E países que historicamente ocupavam as primeiras posições ficaram nas últimas durante a semana passada, como Bélgica (com um aumento de 1,1% na taxa), Luxemburgo (1,09%), Espanha (0,97%) e Itália (0,72%). As cifras indicam que foram muito afetados, mas que isso já é coisa do passado e, salvo que apareçam novos surtos, a epidemia está controlada.

A situação dos países do Benelux – que também estão entre os de piores taxas – é diferente. Uma rápida olhada nas cifras poderia fazer pensar que o coronavírus passou como um furacão pela Bélgica e Luxemburgo. A primeira lidera as mortes por população no mundo inteiro, com 84,9 mortos para cada 10.000 habitantes (9.696 no total). Já Luxemburgo encabeça o ranking de contágios europeu.

Mas a realidade é muito mais complexa. A Bélgica apostou num sistema de contagem de mortos próprio, em que as pessoas falecidas em residências e domicílios particulares que não foram submetidas a teste, mas são suspeitas de terem padecido a Covid-19, são adicionadas automaticamente à estatística (a Espanha, por exemplo, só conta os casos com exame PCR positivo). Várias vozes criticaram que isso expõe a Bélgica a uma crise de reputação, já que muitas análises não prestam atenção a essa ressalva e se limitam a apontar o país como líder mundial em número de mortos. Mas o Governo e os especialistas locais se mantiveram firmes ao considerar que o método é o melhor para apresentar um retrato mais real do impacto causado pela pandemia. As comparações com os mortos de anos anteriores dão razão ao Executivo: enquanto em outros países as diferenças entre mortos confirmados e os do ano passado são abismais, na Bélgica são quase similares. E praticamente ninguém na Bélgica considera que seu país tenha sido realmente o mais atingido pelo coronavírus.

O caso de Luxemburgo é diferente. O pequeno país, com uma área quase 100 vezes menor que a do Estado de São Paulo e uma população similar à de Sorocaba, empreendeu a ambiciosa tarefa de testar toda a população. Isso fez surgir um número de casos maior que o de países com menos capacidade de testagem. Quase um em cada quatro habitantes do grão-ducado fez exame. É como se a Espanha tivesse feito mais de 10 milhões de testes (no sábado, o Ministério da Saúde informou a realização de 3,2 milhões de PCRs, mas vários desses testes são aplicados na mesma pessoa). Como resultado, foram registrados 675 casos para cada 100.000 habitantes – mais que em qualquer outra nação europeia. A cifra de óbitos respalda essa tese, já que, apesar de ter contabilizado maior proporção de infectados, Luxemburgo tem quase quatro vezes menos óbitos que a Espanha em relação à população: 4.105 mortos para 625.000 habitantes. “Luxemburgo não teve muitos mortos porque não tem cidades com alta densidade. É certo que [as autoridades] demoraram em sua promessa de testar todo mundo, mas a sensação entre a população é que agiram bem”, explica Diego Velázquez, jornalista do Luxemburger Wort.

 

 

*Por: Emilio de Benito,Álvaro Sánchez / EL PAÍS

MUNDO - A Alemanha superou o pior da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus e já está no caminho para a recuperação, afirmou o Banco Central (Bundesbank) da maior economia europeia.

"Nos últimos meses vivemos a crise econômica mais grave da história da Alemanha (do pós-guerra)", declarou Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"A boa notícia é que o pior deve ter ficado para trás e que e as coisas devem melhorar", completou.

Weidmann destacou, no entanto, que a recuperação deve ser  "relativamente progressiva".

O presidente do Bundesbank, que não hesita em criticar as políticas expansionistas do Banco Central Europeu (BCE), expressou apoio aos planos de resgate e de recuperação econômica sem precedentes anunciados por Berlim para proteger as empresas e os empregos na Alemanha.

O governo conservador da chanceler Angela Merkel apresentou em março um grande plano de resgate de 1,1 trilhão de euros, rompendo assim com o dogma de não criar novas dívidas.

No início de junho, o governo anunciou a liberação de 130 bilhões adicionais em dois anos para apoiar a oferta, em especial com uma redução do imposto sobre o valor agregado, mas também a demanda com subsídios às famílias.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - A luta principal do UFC Las Vegas, evento realizado neste sábado (20), contou com o embate entre dois top 10 dos pesos-pesados. E a julgar pela estagnação dos últimos anos da divisão, o resultado será de grande importância para Curtis Blaydes, vencedor da disputa, em sua caminhada por uma chance de disputar o cinturão do evento.

Após cinco rounds de intenso desgaste físico, o americano levou a melhor sobre o gigante russo Alexander Volkov por pontos. Aproveitando o tamanho reduzido do octógono utilizado nas dependências do UFC Apex, Blaydes clinchou e derrubou ao longo dos 25 minutos de ação para garantir o triunfo.

Atual número três do ranking, o americano espera a definição do combate válido pelo título entre Daniel Cormier e Stipe Miocic, marcado para agosto. Além deles, apenas Francis Ngannou está à sua frente no ranking da categoria. No entanto, o camaronês já o derrotou em duas ocasiões, o que transforma Blaydes automaticamente em uma espécie de “porteiro” da divisão

A luta

Ciente da vantagem do russo no quesito envergadura, Curtis levou apenas dois segundos para mergulhar em uma tentativa de queda e clinchar o rival junto à grade. Com a pressão constante, o americano passou os primeiros cinco minutos inteiros golpeando por cima, variando de posições e alternando quedas, mas sempre em vantagem. Blaydes 10 x 9 Volkov.

Na segunda etapa, Blaydes tentou trocar golpes em pé no primeiro minuto, mas, apesar de acertar dois bons diretos, sentiu a proximidade do rival e preferiu clinchar e derrubar mais uma vez. Por cima, desta vez na guarda fechada, o wrestler foi menos contundente ao apostar em curtas cotoveladas. Nova vitória parcial: Blaydes 20 x 18 Volkov.

Logo no início do terceiro assalto ficou claro que o cansaço do americano dificultava sua estratégia de seguir derrubando o gigante rival de pouco mais de dois metros de altura. No entanto, após a terceira tentativa seu jogo voltou a ser eficaz e, mesmo com poucos golpes conectados por cima, sua vantagem foi inquestionável. Blaydes 30 x 27 Volkov.

Exausto, Blaydes pouco pôde fazer na quarta etapa e, ofegante, viu seu oponente melhorar de desempenho com o decorrer dos minutos. Mais inteiro, Volkov pressionou em pé e se deu ao luxo de derrubar o americano nos segundos finais para garantir a vantagem parcial. Blaydes 39 x 37 Volkov.

O quinto e último assalto foi marcado pela valentia dos atletas. Mesmo ofegantes, eles deixaram tudo de si no cage. Enquanto Blaydes buscava quedas, chegando a receber uma joelhada na cara como defesa, Volkov gastava suas últimas forças tentando permanecer de pé. E apesar de levar a melhor em pé, o russo foi quedado em duas ocasiões e viu sua chance de vitória se esvair. Blaydes 49 x 46 Volkov.

Confira os resultados do UFC Las Vegas:

Curtis Blaydes venceu Alexander Volkov por decisão unânime; Josh Emmett venceu Shane Burgos por decisão unânime; Raquel Pennington venceu Marion Reneau por decisão unânime; Belal Muhammad venceu Lyman Good por decisão unânime; Jim Miller finalizou Roosevelt Roberts no 1º round; Bobby Green venceu Clay Guida por decisão unânime; Tecia Torres venceu Brianna Van Buren por decisão unânime; Marc-André Barriault nocauteou Oskar Piechota no 2º round; Gillian Robertson finalizou Cortney Casey no 3º round; Justin Jaynes nocauteou Frank Camacho no 1º round; Lauren Murphy venceu Roxanne Modafferi por decisão unânime; Austin Hubbard venceu Max Rohskopf por desistência no 2º round.

 

 

*Por: Ag. Fight

MUNDO - O Congresso colombiano aprovou na última quinta-feira (18) uma mudança na Constituição para impor a prisão perpétua a estupradores e assassinos de crianças e adolescentes até 14 anos.

O projeto de lei, apresentado pelo governo do presidente Iván Duque, foi aprovado por votação unânime no Senado e mudou o artigo constitucional que proibia penas de “desterro, prisão perpétua e confisco”.

A mudança era uma das promessas de campanha de Duque, presidente colombiano conservador, eleito no final de 2018. Apesar do projeto ter apoio popular, advogados e pesquisadores de violência fizeram duras críticas à nova lei, que deve ampliar os custos do sistema prisional.

O que mudou?

A partir de agora, estupradores e assassinos de crianças podem ser condenados em casos com agravantes à prisão perpétua. Até então, o tempo máximo de prisão era de 60 anos na Colômbia.

A pena máxima, no entanto, deve ser aplicada de maneira excepcional, apenas em casos dolosos, com uso de violência e em que a criança esteja em situação de “incapacidade de resistir”, diz o texto da reforma.

“Hoje a Colômbia tem um grande motivo de felicidade”, afirmou o presidente em uma transmissão na televisão horas depois da decisão e chamou a nova punição de “sanção exemplar”. A reforma deve ser assinada nos próximos dias por Duque.

Em 2019, 22 mil agressões sexuais e 708 assassinados contra menores de 18 anos foram registrados na Colômbia. Não há dados específicos para menores de 14 anos, população protegida pela sanção mais dura aprovada.

Após a decisão, o senador da oposição, Ivan Cepeda, qualificou a decisão como lamentável. “O problema é que, na Colômbia, 95% dos crimes não têm punição. O problema não é que as penas não são suficientemente longas, o problema é que não há investigação desses crimes”, afirmou.

Medida viola tratados internacionais

Para os contrários a essa medida, a mudança na lei não deve reduzir o número de vítimas e aumentará o custo de encarceramento dos punidos.

Em um relatório preparado por especialistas em violência e advogados, a pedido do Ministério da Justiça, e entregue em 2019, o grupo afirmava ao governo que a prisão perpétua não seria útil para prevenir os crimes contra crianças, mas também que a mudança seria inconveniente para o país, já que violava tratados internacionais assinados pela Colômbia.

O relatório chamava a atenção ainda para o custo da prisão perpétua. “Com o dinheiro que custa sustentar uma pessoa condenada à prisão anualmente (18.371.560 pesos), seria possível bancar a educação de um ano para 9,54 crianças do ensino fundamental (1.924.081 pesos) ou para 8,4 jovens do ensino médio (2 164.591 pesos)”, diz o documento.

 

* Com informações da AFP

*Por:RFI

MUNDO -  O Facebook e o WhatsApp são as principais plataformas de difusão de conteúdos falsos, segundo o Relatório de Notícias Digitais 2020 do Instituto Reuters, considerado o mais importante estudo mundial sobre jornalismo e novas tecnologias. Entre os ouvidos, 29% manifestaram preocupação com a difusão de desinformação nas redes sociais Facebook, 6% no Youtube e 5% no Twitter. Nos apps de mensagem, o WhatsApp foi o mais citado.

O Facebook foi a rede social mais apontada nas Filipinas (47%), Estados Unidos (35%) e Quênia (29%), entre outros países. No Brasil, o Whatsapp foi mencionado como principal local por onde mensagens falsas são disparadas (35%), enquanto o Facebook é o segundo canal mais citado (24%). O Youtube é objeto de maior preocupação na Coreia do Sul, enquanto o Twitter ocupou essa posição no Japão.

Mais da metade (56%) dos participantes do levantamento se mostrou preocupada como identificar o que é real e o que é falso no consumo de informações. O Brasil foi o país onde esse receio apareceu de forma mais presente (84%), seguido do Quênia (76%) e da África do Sul (72%).

Entre as fontes de desinformação, a mais indicada foram os políticos (40%), especialmente nos Estados Unidos, Brasil e Filipinas. Em seguida vêm ativistas (14%), jornalistas (13%), cidadãos (13%) e governos estrangeiros (10%).

Confiança

Entre os ouvidos, 38% disseram confiar nas notícias, índice quatro pontos percentuais menor do que no ano passado. Essa atitude varia entre países, sendo mais comum na Finlândia e Portugal e menos recorrente em Taiwan, na França e na Coreia do Sul. O Brasil teve desempenho acima da média (51%).

Quando perguntados sobre os conteúdos jornalísticos que consomem, o índice subiu para 46%, ainda abaixo da metade e três pontos percentuais menor do que no ano anterior. Essa avaliação sobre a confiabilidade é menor em mecanismos de busca (32%) e em redes sociais (22%).

Mas 60% relataram preferir notícias mais objetivas (sem uma visão política clara) e 28% preferiram conteúdos com visões políticas claras e que reforçam suas crenças. O Brasil foi o com maior percentual de pessoas que desejam ver notícias de acordo com suas concepções (43%).

Fonte de informação

Os serviços online foram apontados como principal fonte de informação em diversos países, como Argentina (90%), Coreia do Sul (85%), Espanha (83%), Reino Unido (79%), Estados Unidos (73%), Alemanha (69%). Em seguida vêm a TV e o rádio. A mídia impressa perdeu espaço, servindo como meio para se informar em índices que variam de 30% a 16% a depender do país.

O estudo confirmou uma variação desse comportamento conforme a idade. Jovens preferem canais jornalísticos online, enquanto a TV e a mídia impressa são a principal alternativas para a faixa acima dos 55 anos de idade.

Os brasileiros foram os que mais recorrem ao Instagram para se informarem (30%), e também estão entre os que mais utilizam o Twitter para esta finalidade (17%). Mas o Facebook e o Whatsapp ainda são as plataformas dominantes, servindo de alternativa informativa para, respectivamente, 54% e 48% dos entrevistados.

Pandemia

Embora realizado em sua maioria antes da pandemia, o estudo avaliou o consumo de notícias durante esse período. Entre os ouvidos em seis países, 60% consideraram que a mídia ajudou a entender a crise e 65% concordaram que os noticiários explicaram o que os cidadãos poderiam fazer. Dos entrevistados nestas nações, 32% avaliaram que a mídia exagerou no impacto da pandemia.

Para o pesquisador do Instituto Nic Newman, a crise provocada pela pandemia do coronavírus reforçou a necessidade da importância de um jornalismo confiável e correto que possa informar a população. Ao mesmo tempo, ele lembra como a sociedade está suscetível a teorias da conspiração e à desinformação.

“Os jornalistas não controlam o acesso à informação, enquanto o uso de redes sociais e plataformas dão às pessoas acesso a um rol grande de fontes e fatos alternativos, parte dos quais é enganosa ou falsa”, disse.

O estudo

A equipe responsável pelo relatório entrevistou mais de 80 mil pessoas em 40 países de todos os continentes. A maior parte das entrevistas foi coletada antes da pandemia, mas em alguns países, as respostas foram obtidas em abril, já trazendo algum impacto desse novo cenário.

Facebook

Em nota, o Facebook afirmou que está comprometido com o combate à desinformação. "Em abril colocamos marcações de notícias falsas em cerca de 50 milhões de postagens em todo o mundo, removemos milhares de conteúdos que poderiam levar a danos no mundo real e direcionamos mais de 2 bilhões de pessoas a recursos de autoridades de saúde por meio da Central de Informações sobre a Covid-19.  Também estamos ajudando jornalistas e organizações de notícias a se adaptarem às mudanças no mundo digital, assim como comprometemos mais de US$ 400 milhões em todo o mundo para apoiar esse trabalho", acrescentou a empresa.

 

 

*Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil

MUNDO - Donald Trump assinou nesta última terça-feria (16), o decreto que autoriza mudanças no sistema policia dos Estados Unidos. A medida veio após os protestos contra  a violência da polícia e o racismo.

A lei sancionada pelo presidente dos EUA proibi manobras de sufocamento por parte dos agentes. Como a usada em George Floyd e que inspirou as manifestações. O decreto também autoriza que o Secretário de Justiça ofereça treinados para ajudar na saúde mental dos policias.

A Câmara dos Representantes dos EUA, controladas pela oposição, pretende votar ainda esse mês uma reforma ainda com mudanças mais significativas. Já o senado, com maioria republicana, também deve votar em uma mudança mais branda.

Entenda o caso

Um juiz estabeleceu a fiança de US$ 1 milhão na quinta-feira (4) para três dos policiais de Minneapolis acusados de serem cúmplices na morte de George Floyd, homem negro cujo assassinato sob custódia da polícia gerou uma série de protestos generalizados pelos Estados Unidos.

A fiança para Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao - que fizeram sua primeira aparição no tribunal nesta quinta -, seria baixada para US$ 750 mil caso eles concordassem com certas condições, inclusive abrir mão de armas de fogo pessoais.

Os três homens foram acusados na quarta (3) de ajuda e cumplicidade em assassinato de segundo grau e de ajuda e cumplicidade em homicídio culposo. Eles poderão enfrentar até 40 anos de prisão, se forem condenados. Os policiais devem comparecer novamente ao tribunal em em 29 de junho.

No assassinato ocorrido no dia 25 de maio, Lane e Kueng foram filmados ajudando a pressionar Floyd no chão. Thao ficou de vigia entre pessoas que assistiam a cena e os policiais que seguravam Floyd no chão.

 

 

*Por: REDE TV!

MUNDO - A segunda maior companhia aérea chinesa lançará uma nova empresa, mesmo que a pandemia tenha causado um colapso global no setor de viagens e no número de passageiros. Por trás do paradoxo, a estratégia é coerente com a retomada do consumo doméstico no gigante asiático.

Não se trata uma aventura improvisada. Para lançar sua nova companhia aérea, a China Eastern Airlines reuniu fortes parceiros e aliados. Entre eles, a Juneyao Airlines (Shanghai) e, especialmente, a Trip.com, líder em viagens on-line no mercado chinês. Um projeto centrado em um dos principais destinos turísticos da China: a ilha de Hainan, apelidada de "pequena Tailândia", com seus oito milhões de habitantes e seu status de zona franca (pouco ou nada taxada pelos impostos).

Questões não faltam sobre o “timing” escolhido para este novo projeto, num momento em que o setor global de companhias aéreas está lutando por sua sobrevivência, amplamente afetado pela pandemia de coronavírus.

De acordo com um anúncio feito no domingo (14) na bolsa de Hong Kong, a China Eastern, principal estatal do setor, deterá 51% do capital da nova empresa. Ela será chamada de Sanya International Airlines, batizada a partir do nome da cidade mais famosa de Hainan, e a mais popular entre os turistas. A data de lançamento não foi oficialmente definida. O projeto ainda exige a aprovação do organismo regulador chinês.

Xi Jinping e a maior zona franca da China

O objetivo dos acionistas da nova companhia aérea é simples: capitalizar na crescente importância da Hainan na China. A ilha é 30 vezes maior que o território de Hong Kong e se afirma cada vez mais como um popular destino de férias para turistas chineses.

No entanto, não se trata apenas de uma simples transação financeira. É também o símbolo da estratégia de Xi Jinping. O presidente chinês quer fazer de Hainan a maior zona franca do país. Pequim pretende reduzir o imposto de renda para 15% para certas categorias de pessoas e empresas, além de suavizar os critérios para a obtenção de um visto para turistas e empresários.

Setor aéreo global em turbulência

O plano de lançamento da Sanya Airlines ocorre justamente quando a Covid-19 deixou os aviões colados no chão e forçou o estabelecimento de quarentenas rigorosas para impedir a propagação do vírus. Muitas empresas estão lutando pela vida, como a Thai Airlines ou a Virgin. O setor poderá perder mais de US$ 84 bilhões em 2020, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo.

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A aposta chinesa na nova companhia ainda está longe de ser ganha, de acordo com Greg Waldron, editor-gerente da revista FlightGlobal: "O lançamento oficial da empresa dependerá, sem dúvida, da retomada do tráfego aéreo doméstico na China e da situação da Covid-19, tanto no país como na região. Leva tempo para construir uma companhia aérea: é preciso muito trabalho para instalar equipamentos e pessoal antes que o primeiro avião possa decolar."

Patriotismo turístico e isento de impostos

Mas, para Shaun Rein, fundador do China Market Research Group, o período escolhido para lançar a Sanya Airlines seria perfeito. "Mesmo antes da Covid-19, 2020 já era o ano do turismo doméstico na China, quando os chineses queriam se concentrar em seu próprio país, especialmente em locais importantes como Hainan, Yunnan ou destinos emergentes como Gansu", analisou. Segundo Shaun Rein, a guerra comercial sino-americana "trouxe patriotismo entre os cidadãos chineses que querem mostrar a seus filhos a grandeza de seu país e ensiná-los mais sobre a herança nacional."

 

 

*Por: RFI

MUNDO - Muitos de nós já perderam alguma coisa em algum trem — como celular, óculos, carteira, fones de ouvido — , mas certamente poucos deixaram para trás em um vagão uma sacola cheia de ouro.

Foi o que uma pessoa fez na Suíça. E as autoridades agora querem saber quem foi.

Elas estão buscando o dono de mais de 3 quilos de ouro, estimados em US$ 191 mil (cerca de R$ 960 mil), deixados em um vagão em outubro do ano passado.

O trem viajava entre as cidades de St. Gallen e Lucerna.

O dono tem até cinco anos para reaver o ouro, segundo uma nota oficial da Promotoria de Lucerna. A descoberta está sendo revelada agora depois de meses em que a polícia procurou o dono sem obter sucesso.

As autoridades não deixaram claro como irão comprovar a veracidade de quem disser que o ouro é seu.

 

 

*Por: BBC NEWS

A atuação do Real Madrid neste domingo pode ser definida em "jogo de dois tempos".

 

MUNDO - Neste último domingo, a equipe retomou as atividades em LaLiga e recebeu o Eibar no estádio Alfredo Di Stefano - o da equipe B, visto que as partidas são sem público e o Bernabéu está em obras - e fez 45 minutos de muita intensidade para atropelar os visitantes e montar o placar que se fecharia em 3 a 1, com gols de Kroos, Ramos e Marcelo para os donos da casa e Pedro Bigas descontando no segundo tempo, quando o Real diminuiu o ritmo.

Os três gols dos merengues na primeira etapa foram bonitos: Kroos fez de cobertura, Ramos finalizou um contra-ataque de manual e Marcelo deu um lindo chute de trivela de primeira.

O brasileiro, inclusive, aproveitou seu gol para protestar na comemoração, ajoelhando e colocando o punho para o alto em homenagem ao movimento Black Lives Matter (Vidas Pretas Importam, em tradução livre).

Com o resultado, os merengues mantém a desvantagem de dois pontos em relação ao líder Barcelona e seguem na perseguição do título.

Ficha técnica

Real Madrid 3 x 1 Eibar

GOLS: Kroos, Ramos e Marcelo (REA); Pedro Bigas (EIB)

  REAL MADRID: Courtois, Carvajal (Ferland Mendy), Varane, Ramos (Militão) e Marcelo; Casemiro, Modric (Valverde) e Kroos; Hazard (Vinicius Jr), Benzema e Rodrygo (Bale); Técnico: Zinedine Zidane

  EIBAR: Dmitrovic, Rober, Paulo Oliveira, Anaitz Arbilla (Burgos) e Rafa (Pedro Bigas); Álvarez, Orellana (Pedro León), Cristóforo, Expósito e de Blasis (Inui); Kike (Sergio Enrich); Técnico: José Luis Mendilibar

Estatísticas

Zidane chegou aos 200 jogos como técnico do Real Madrid; é o 3º técnico da história do clube a atingir a marca

O Real demorou 182 segundos para marcar seu primeiro gol oficial no estádio Di Stefano

O primeiro gol oficial do Bernabéu também veio com 4 minutos de jogo

Kroos chegou ao seu 6º gol na temporada, maior marca com a camisa do Real

Sergio Ramos não marcava um gol com o pé com a bola rolando desde 13/09/2017 ; desde então, todos seus gols haviam sido de cabeça ou bola parada direta

Marcelo não marcava um gol em LaLiga desde outubro de 2018

Não tomou conhecimento!

No primeiro tempo, o Real Madrid sequer tomou conhecimento do adversário. Com menos de cinco minutos, Kroos aproveitou bola sobrada e, de primeira, deu um toque de muita categoria para encobrir o goleiro e abrir o placar com um golaço.

Aos 30, o Real ampliou com um contra-ataque de manual. Sergio Ramos roubou a bola e tocou para Benzema, o francês serviu Hazard e o belga rolou para o meio da área aonde Ramos, que havia corrido o campo inteiro, apareceu livre para empurrar para o gol vazio e fazer 2 a 0.

Menos de cinco minutos depois, veio o terceiro. Hazard levou pela direita, invadiu a área e bateu cruzado. Dmitrovic espalmou e a bola sobrou para Marcelo, na entrada da área o brasileiro bateu de trivela e fez o terceiro dos merengues.

Eibar melhora, mas não é o suficiente

Na segunda etapa, o Eibar melhorou e obrigou Courtois a trabalhar. Primeiro o belga saiu jogando errado e deu a bola de graça para o ataque adversário, mas se redimiu com boa defesa.

Na sequência, um chute de longe fez Courtois se esticar todo e fazer linda defesa.

Água mole... de tanto tentar, o Eibar conseguiu diminuir em um lance estranho. Após chute cruzado, a bola bateu nas costas de Bigas e Courtois tomou um frango histórico.

Próximos jogos

As duas equipes voltam a campo no próximo final de semana, por LaLiga.

Quinta-feira, 18/06, 17h*, Real Madrid x Valencia

Sábado, 20/06, 14h30*, Getafe x Eibar

*horário de Brasília

 

 

*Por: ESPN.com.br

MUNDO - Após meses de disparos de foguetes e relações tensas, os Estados Unidos e o Iraque retomaram discussões na última quinta-feira (11). Mesmo se o diálogo está sendo apresentado como “estratégico”, há poucas esperanças de uma decisão imediata sobre uma das questões centrais do debate: a presença militar norte-americana em solo iraquiano.

O último “diálogo estratégico” entre Washington e Bagdá data de 2008, quando Estados Unidos e Iraque definiram as condições de saída do país dos soldados americanos, presentes no solo iraquiano desde a invasão de 2003. Boa parte deles deixaram o país mas, desde então, as tropas voltaram – muito menos numerosas – para liderar uma coalizão contra o grupo Estado Islâmico (EI).

Mas recentemente as relações entre os dois países ficaram balançadas, principalmente após o assassinato, em janeiro passado, do general iraniano Qasem Soleimani e de seu braço-direito iraquiano em Bagdá. Cerca de trinta ataques com foguetes contra americanos foram registrados.

O episódio fez com que deputados xiitas iraquianos votassem a favor da expulsão de todos os soldados estrangeiros, enquanto Washington ameaçou atacar vários locais paramilitares.

Mas a chegada em abril de um novo primeiro-ministro, o ex-chefe da inteligência Mustafa al Kazimi, considerado próximo a Washington e seus aliados árabes, pode mudar a situação. Ele assumiu a liderança do país, que exige justiça para os 550 manifestantes mortos na repressão de uma revolta popular sem precedentes mas, acima de tudo, em meio a uma grave crise econômica.

Governo interino é contestado

A conversa entre Washington e Bagdá é feita por meio de videoconferência. Do lado da opinião pública iraquiana, a retomada das discussões entre os dois países divide. Se alguns veem o debate como primordial, outros não o consideram importante.

“Eu acho que é o momento é perfeito e espero que será a ocasião de desarmar todos os grupos que não estão sob a autoridade do governo”, afirma Hussein, um iraquiano vindo de Kerbala.

Já para Ali, nascido em Bagdá e morador da capital, esse tipo de discussão não deveria acontecer no momento em que o governo acaba de ser formado. “Eu acho que o timing não é bom. O governo tem apenas dois meses de existência! Eu não acredito que ele seja qualificado para negociar com o americanos. Além disso, trata-se de um governo interino. Porque eles negociam com os americanos”, se irrita.

Independentemente da legitimidade do novo governo, poucos têm esperança de que uma solução seja encontrada em apenas um dia de discussões. “Não acredito que haverá resultados concretos. E mesmo se tiver um acordo, o governo terá que trabalhar para alcançar os resultados. E não creio que isso possa ser feito por um governo interino”, comenta Mohammed, que vive no sul do país.

“Governo iraquiano vai querer manter as forças americanas”

Washington garante que Bagdá quer que as tropas dos Estados Unidos continuem em seu território para apoiar a luta contra o grupo Estado Islâmico (EI). "Estou convencido de que o governo iraquiano vai querer manter as forças americanas e a coalizão internacional" contra o EI, disse na quarta-feira (10) o general Kenneth McKenzie, chefe das forças dos Estados Unidos no Oriente Médio. "Estamos no Iraque para derrotar o EI definitivamente e a ajudar o Iraque a conseguir sua vitória final contra eles", acrescentou McKenzie.

"Quando novas ameaças surgem no horizonte, incluindo a pandemia, a queda dos preços do petróleo e um grave déficit orçamentário, é imperativo que o Iraque e os Estados Unidos discutam como se preparar para um futuro mutuamente vantajoso", completou nesta quinta-feira o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

De fato, a coalizão liderada pelos Estados Unidos tem apenas três bases no Iraque, contra uma dúzia antes. Mas uma redução drástica no número de soldados parece improvável, à medida que a ameaça jihadista persiste na região.

Mas, a longo prazo, esse o "diálogo estratégico" poderia garantir contratos americanos nos setores da construção e energia, bem como ajudas do Golfo e do Banco Mundial.

 

 

*Por: Lucile Wassermann, correspondente da RFI em Bagdá

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