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RIO DE JANEIRO/RJ - Há várias formas de dimensionar o tamanho de um Fla-Flu. A mais famosa citação do cronista Nelson Rodrigues sobre o clássico é que ele surgiu "40 minutos antes do nada". O premiado escritor uruguaio Eduardo Galeano também faz menção ao embate histórico na obra-prima Futebol ao sol e à sombra. O confronto é cantado, até mesmo, por um de seus participantes. "No Fla-Flu é o ai, Jesus!", diz um trecho do hino rubro-negro.

A cultura poliesportiva de ambos os clubes faz com que seus representantes também se cruzem em outros campos, na terra ou na água – muitas vezes, estando no mesmo lado. Caso do nado artístico, que até julho de 2017 tinha o nome de nado sincronizado. Tradicionais na modalidade, o campeão brasileiro Flamengo e o vice Fluminense formaram a base da seleção nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru) e no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju (Coreia do Sul), no ano passado. Além disso, o dueto que vem treinando para disputar vaga na Olimpíada de Tóquio (Japão) tem, justamente, uma atleta de cada agremiação.

Aos 24 anos, Luísa Borges é a metade tricolor do dueto Fla-Flu. Não que seja exatamente uma novidade. Em 2016, a nadadora do Fluminense representou o Brasil nos Jogos do Rio de Janeiro (Rio 2016) com Duda Miccuci, hoje no Flamengo e à época da Rio 2016 na agremiação das Laranjeiras. "Ser uma do Flamengo e a outra do Fluminense não atrapalha nada, até porque a gente quer a mesma coisa e torce pela mesma vitória. Tive outros duetos com meninas do Flamengo. Brincadeira sempre acontece, mas é saudável e tudo bem", diz Luísa à Agência Brasil.

Quatro anos depois, a parceira é outra, mas segue rubro-negra e de sobrenome Miccuci. Irmã de Duda, Laura Miccuci virou titular do dueto em julho, substituindo Maria Clara Lobo. Também do Flamengo, Lobo testou positivo no Mundial para a substância furosemida, diurético vetado pela Agência Mundial Antidoping (Wada). Com apenas duas semanas de treino, a dupla já caiu na água para disputar o Pan. O quarto lugar em Lima foi bem vindo. "Foi um desafio grande, mas sempre foi um objetivo meu [chegar ao dueto]. O resultado ajudou muito na nossa confiança", conta Laura, de 19 anos, à Agência Brasil.

Para defenderem o Brasil em Tóquio, elas terão pela frente o pré-olímpico de nado artístico, de 4 a 7 de março do ano que vem, na própria capital japonesa. A disputa seria em abril, mas foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), que também postergou os Jogos para 2021. Um dos desafios até lá será afinar o entrosamento. Apesar do tempo curto, a dupla não acredita que isso será complicado.

"Eu já conhecia a Luísa porque ela fazia dueto com a minha irmã. A gente se aproximou quando entrei para a seleção adulta e passamos a fazer parte da mesma equipe. Agora que entrei no dueto, a relação aumentou e tudo flui", afirma Laura. "Como ela já estava treinando com a gente há um tempo, o entrosamento aconteceu de forma natural. Nosso objetivo é o mesmo, obter um bom resultado para o Brasil, então, conseguimos juntar forças", completa Luísa.

"Nadando" sem piscina

A pandemia da covid-19 forçou Luísa e Laura a se adaptarem a uma rotina difícil para quem depende da água para treinar e competir. "A gente está se reinventando", explica Twila Cremona, técnica do dueto, à Agência Brasil. "As meninas têm se encontrado muitas vezes na semana, por videoconferência. Temos feito a marcação da coreografia fora d'água, cada uma em sua casa. Os preparadores do COB (Comitê Olímpico do Brasil) passam atividades físicas diariamente a elas. Estamos fazendo também a zala, que consiste em exercícios de flexibilidade e alongamento referentes ao nado, e até aula de dança", detalha.

Como diz o filósofo romano Juvenal, mens sana in corpore sano (mente sã, corpo são). Segundo a técnica, o período longe da piscina serve também para as duas atletas aprimorarem a parte teórica. "Temos estudado a coreografia, o que podemos melhorar, analisando os adversários e isso tudo está sendo válido. Tem o lado negativo, que é estarmos paradas há muito tempo e o retorno será complicado. Mas, olhando o copo meio cheio, isso está servindo para nos unir e melhorarmos juntas", analisa Twila, que conhece bem as duas pupilas: treinadora de Luísa no Fluminense, ela foi uma das primeiras a trabalhar com Laura quando a jovem, mais nova, ainda nadava pelo Tricolor.

A volta às atividades presenciais é uma incógnita, pois depende de liberação das autoridades sanitárias da cidade e do estado do Rio de Janeiro. "Temos o nosso protocolo, mas, obviamente, é preciso estar alinhado com outros. Precisamos ver como será o protocolo do COB para retorno ao Maria Lenk [Centro de Treinamentos do Time Brasil) e acompanhar as ordens judiciais. Faremos tudo com a máxima responsabilidade", garante à Agência Brasil o supervisor de Nado Artístico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Maurício Pradal.

Longe das piscinas desde março, o dueto Fla-Flu aguarda a liberação das atividades na água. "Nunca fiquei tanto tempo fora da piscina. Sinto muita vontade de ter essa rotina de treino, até porque estávamos em um ritmo pesado, tempo integral, para competir no pré-olímpico. Estava muito focada e sigo focada", afirma Luísa. "Acredito que o fato de cada uma estar em sua casa na quarentena ajuda para que o processo não demore tanto. Temos o objetivo de conseguir essa vaga e buscar uma final olímpica", completa Laura.

 

 

*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

*AGÊNCIA BRASIL

SÃO PAULO/SP - O próximo desafio do nadador paulista Glauco Rangel é percorrer a nado os aproximadamente 34 quilômetros que separam a cidade inglesa de Dover da francesa Calais, completando assim a conhecida e temida Travessia do Canal da Mancha. O objetivo inicial do atleta é se aproximar do recorde sul-americano da prova, de 8h49min23seg, que é do brasileiro Adherbal de Oliveira desde 2015. Glauco soma, entre outras conquistas, sete títulos da "14 Bis", travessia de 24km entre Bertioga a Santos. Ele já inscreveu o nome dele no Guinness Book com o recorde obtido na Travessia do Leme ao Pontal – ele completou os cerca de 36km de extensão, sem traje de neoprene, em 7h13min39.

 "Viajo para a Inglaterra dia 2 de agosto, e a minha "janela" para fazer a prova é entre os dias 11 e 16. Mas é claro que os organizadores só liberam se estiver seguro para o nadador e para a equipe", diz o paulista de 48 anos. "Sem dúvida, eu sou um cara competitivo e tenho essa vontade de bater o recorde. Mas o meu objetivo principal é completar a prova, que já é muito difícil. Não subestimo de forma alguma o Canal da Mancha e tudo depende das condições climáticas que vou enfrentar. Quem manda lá é o Canal, a natureza", ressalta o atleta à Agência Brasil.

Durante a preparação, Glauco mudou de cidade no interior paulista. Em outubro do ano passado, ele saiu de Brotas, a cidade natal, para Ourinhos e começou a nadar no rio Paranapanema. "Eu já conhecia o rio porque tinha nadado aqui há muitos anos. E agora um dos meus alunos de natação me levou de volta. Fiz um treinamento lá, algumas séries contra a correnteza, principalmente através das corredeiras e isso me ajudou demais, porque exige muita intensidade e força. Fiz também trabalhos de resistência; cheguei a nadar mais de quatro horas no rio", lembra.

Mais recentemente Glauco também retomou os trabalhos em piscinas. "Claro que sempre respeitando os cuidados sanitários e de distanciamento, consegui alguns locais para treinar. Inclusive, fiz há poucas semanas um treino previsto de 12 horas de natação com a água a 18 graus para tentar simular a temperatura que vou enfrentar lá na Europa. Mas não consegui nadar mais de quatro horas e trinta e abandonei com tontura e mal-estar. Foi um teste importante para ver que eu ainda preciso melhorar e aumentar meu percentual de gordura."

COVID-19

Além das dificuldades naturais do desafio, Glauco tem pela frente outro problema: as incertezas causadas pela pandemia da covid-19. Além de existir a possibilidade de ele ter de passar por uma quarentena forçada ao chegar à Europa, a própria prova pode ser adiada, como ocorreu recentemente com Alan Viana. "Eu acompanhei bem de perto essa questão, porque sou o técnico do Alan. É claro que existe essa possibilidade, mas estou monitorando diariamente os sites e, por enquanto, está tudo confirmado".

A questão financeira e o aumento da cotação da libra em relação ao real durante os meses de pandemia também dificultaram a concretização do desafio. Isso fez com que amigos e alunos do nadador se envolvessem em uma campanha virtual para arrecadar o valor necessário para a realização do projeto, estimado em cerca de R$ 40 mil.

REFERÊNCIAS

O técnico Igor de Souza, o primeiro brasileiro que atravessou o Canal da Mancha, em ida-e-volta, e a nadadora Renata Agondi, que morreu durante a travessia em 1988, foram as primeiras referências de Glauco para encarar o desafio das ultramaratonas em águas abertas. "Fiz alguns trabalhos com eles quando eu ainda era adolescente. Foi uma aclimatação para o frio em 1988, uma super experiência. São referências para mim até hoje. É claro que o que aconteceu com a Renata preocupa a todos, pois tenho família, uma filha de 13 anos. Eu faço uma dieta para ganhar gordura, estou com 18% de percentual de gordura e o ideal é chegar em 20,5%. Mas dei uma empacada, não é fácil. O treinamento é pesado e longo, mas eu confio demais no Igor. Ele vai comigo no barco para fazer a escolta e a hidratação. Vamos com tudo para encarar esse "Everest" das águas abertas", completa Glauco Rangel.

 

 

*Por Juliano Justo, repórter da TV Brasil

*AGÊNCIA BRASIL

BRASÍLIA/DF - Treinos e campeonatos em piscina foram suspensos pelo mundo devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Seria possível praticar uma modalidade com o nado artístico na sala de casa? É o desafio que atletas da modalidade terão nesta quinta-feira (11), a partir das 10h (de Brasília), em uma seletiva online para definir a seleção que representará o Brasil em um campeonato da modalidade, também virtual, organizado pela União Americana de Natação (Uana), no próximo dia 20 de junho.

"É uma situação inusitada, diferente, que ninguém previa. Mas, a partir do momento que a Uana resolveu movimentar a comunidade do nado desta forma, a gente se mobilizou e criou uma seletiva nos mesmos moldes. As categorias obedecem a mesma divisão que já existe (infantil, juvenil, júnior e sênior), com exceção do masculino, que terá uma categoria só. Os movimentos serão avaliados com parâmetros e por juízes do nado artístico", explica à Agência Brasil o supervisor de Nado Artístico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Maurício Pradal.

Os atletas serão analisados em dois movimentos. Entre as mulheres, burpee (flexão com salto) e posição de "Y" (a perna é erguida até ficar "colada" na orelha, seguindo requisitos de postura de ombros e pés). No masculino, chute de perna e flexão. Em cada gênero e categoria, será selecionado um atleta por habilidade ou um que representará o país em ambas. Clique aqui para ver o regulamento.

"O grande objetivo é movimentar a comunidade do nado e que todos se divirtam. Passamos orientações sobre tipo de roupa mais adequado, regras de posicionamento de câmera. Como faremos ao vivo e online, publicamos também requisitos mínimos de internet para os atletas se conectarem na plataforma", destaca Pradal.

Entre os mais de 70 inscritos segundo a organização, está Luísa Borges, integrante do dueto que disputará vaga na Olimpíada de Tóquio (Japão).

"Achei bem interessante porque nós, atletas, somos estimulados a competir. Falando por mim, que gosto de competir, penso que será positivo", conta à Agência Brasil a ganhadora do Prêmio Brasil Olímpico de 2019 no nado artístico, que defende o Fluminense e, desde o início da pandemia, tem realizado atividades caseiras acompanhada por técnicos do clube e do Time Brasil.

"As pessoas que já me orientavam na parte física continuaram me passando treinos específicos para casa. A gente continua tendo encontros [virtuais] com a Twila (Cremona, técnica do Fluminense e da seleção) e tentando se manter ativo. É bom para evitar a menor perda possível de rendimento", conclui Luísa, que representou o Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

 

 

*Por: Lincoln Chaves - repórter da TV Brasil - Rio de Janeiro

*AGÊNCIA BRASIL

MUNDO - A Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou na última quinta (21) que adiou a realização do Mundial de Piscina Curta de Abu Dhabi (Emirados Árabes) para o período de 13 a 18 de dezembro de 2021.

A competição estava programada inicialmente para acontecer em dezembro de 2020. Mas a entidade informou que, “dada a incerteza relacionada à evolução da pandemia de covid-19 em todo o mundo”, a competição foi adiada.

“Trabalhamos em estreita cooperação durante as últimas semanas com as autoridades dos Emirados Árabes Unidos sobre este assunto e acreditamos que esta é a solução mais adequada para todos os participantes desta competição. A competição de Abu Dhabi em dezembro de 2021 será uma grande conquista e mais uma vez será uma forte inspiração para o desenvolvimento da natação e dos esportes aquáticos na região”, declarou o presidente da Fina, Julio C. Maglione.

 

 

*Por: AGÊNCIA BRASIL

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