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BRASÍLIA/DF - Um incêndio iniciado na última quinta-feira (5) destruiu 10 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. De acordo com a administração da unidade de preservação, a área atingida é ainda uma estimativa e fica entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia.

Em nota divulgada ontem (7), a chefia do parque informou que ainda não sabia o que ou quem provocou o incêndio, o que sinaliza que a unidade de preservação entende que pode ter sido criminoso. Na mensagem, também destaca que, desde o começo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o PrevFogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), escalaram efetivos para ajudar a debelar o incêndio, junto com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. A expectativa era de que hoje fossem enviadas à localidade duas aeronaves, o que a reportagem não conseguiu confirmar, já que não teve sucesso nas tentativas de contato.

Um grupo organizado pelo Polo de EcoCiências do Cerrado realizou hoje (8), pelo segundo dia consecutivo, um mutirão para avaliar as condições da Reserva Privada do Patrimônio Natural (RPPN) Campo Úmido Voshysias, em Alto Paraíso de Goiás, próxima ao Parque Nacional. Assim como a RPPN Murundu, visitada neste sábado (7) no mesmo município, o local foi afetado por um incêndio e precisou ser examinado mais de perto, demandando também a retirada de espécies de plantas exóticas invasoras.

A rede de combate às chamas conta, ainda, com a Rede Contrafogo, que articula brigadas de voluntários, e o Instituto Biorregional do Cerrado (IBC). Em um vídeo postado nas redes sociais, Ivan Anjo, da Rede Contrafogo, compartilha informações sobre outro ponto atingido por chamas, o lixão de Alto Paraíso de Goiás.

"Todo ano é a mesma coisa. O lixão pega fogo sempre na mesma semana! Em 2021 foi no dia 7 de setembro, 2022 foi dia 4 de setembro, em 2023 não teve (oh glória) e esse ano, 6 de setembro iniciado perto das 22h, enquanto ainda cuidavam do fogo no Pouso Alto [também em Alto Paraíso]. Seria só coincidência? A prefeitura não se organiza pra fiscalizar, vigiar e muito menos pra combater. Parecem gostar que o lixão diminua seu volume todo ano pra ter menos o que administrar. Dezenas de famílias tiveram que abandonar suas casas ontem devido a essa incompetência. Ou seria maldade mesmo? O que você acha?", diz o texto que acompanha o vídeo. Nos comentários da postagem, moradores da cidade concordam com o brigadista e fazem críticas à gestão municipal.

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é um dos locais de preservação do Cerrado, conhecido como "berço das águas" e que, apesar disso, pode perder cerca de 34% do fluxo dos rios até 2050. De acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), somente este ano, até ontem (7), foram detectados 48.966 focos de queimada no bioma, que só perde para a Amazônia (79.175).

A Agência Brasil tentou contato com o ICMBio, o Ibama e a prefeitura de Alto Paraíso de Goiás, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

NORUEGA - Hvaldimir, a baleia beluga que hamou a atenção em 2019, foi encontrada sem vida, no sábado (31), na Noruega.

O mamífero suscitou interesse depois de há cinco anos ter sido encontrada com uma espécie de cinto com uma câmara integrada. Alegou-se na ocasião que o animal seria um espião ao serviço de Vladimir Putin.

Hvaldimir foi encontrada no sábado, por uma organização sem fins lucrativos, que trabalhou para proteger a baleia.

Sebastian Strand, fundador da Marine Mind, disse que viu a baleia morta flutuando perto de Risavika, no sudoeste da Noruega. A causa da morte não ficou imediatamente clara.

"É de partir o coração. Ela tocou o coração de milhares de pessoas aqui na Noruega", lamentou.

A baleia foi encontrada em 2019 e dada as suspeitas em torno de estar ao serviço da Rússia, decidiu-se dar-lhe o nome de Hvaldimir que é a combinação de “hval”, a palavra norueguesa para baleia, e o nome Vladimir.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

BRASÍLIA/DF - O número de municípios que decretaram situação de emergência por incêndios florestais em agosto aumentou em 354% em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Esse dado reflete uma intensificação significativa das ocorrências de incêndios florestais no Brasil, o que pode ser atribuído a fatores como condições climáticas extremas, aumento das práticas de desmatamento e outros fatores ambientais que têm agravado a vulnerabilidade das áreas florestais a incêndios.

Somente neste mês, 118 gestores municipais registraram a condição no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Este ano, até o dia 26 de agosto, 167 municípios declararam situação de emergência. No mesmo período de 2023 apenas 57 enfrentavam o problema.

De acordo com o levantamento, 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais este ano, sendo que a maioria, 4 milhões, foram alcançados pelos efeitos como poluição do ar e perda da biodiversidade.

O maior número de decretos foi registrado em São Paulo, por 51 municípios, seguido por Mato Grosso do Sul, com 35 registros; Acre, com 22; Espírito Santo e Rondônia, dois municípios, e Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Santa Catarina, apenas um município cada.

Até o momento, o sistema aponta que já foram reconhecidos pelo governo federal a situação de emergência por incêndio florestal em 12 municípios em Mato Grosso do Sul. Os demais processos ainda estão em andamento para que os gestores possam ter acesso aos recursos públicos federais para medidas emergenciais.

A instituição estima um prejuízo de R$ 10 milhões em assistência médica emergencial para a saúde pública, que ainda pode crescer com impactos causados pela exposição da população à fumaça.

 

 

Por Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil

São ofertadas 30 vagas, preenchidas por ordem de inscrição

 

SÃO CARLOS/SP - No próximo dia 27 de agosto, terça-feira, a atividade de extensão "Visitas Orientadas à Trilha da Natureza: Disseminando Cultura Ambiental" promoverá uma visita aberta monitorada ao fragmento de Cerrado da UFSCar. A atividade está vinculada ao Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA), da Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), e ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), todos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP.

A visita tem o objetivo de aproximar a comunidade da UFSCar e externa dessa importante área natural remanescente e protegida no Campus de São Carlos,  promovendo, assim, uma sensibilização para a importância da conservação do Cerrado de forma específica e para o debate ambiental de forma mais ampla. O local de encontro é o DeAEA, junto ao Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR), na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar, às 17h45. A visita tem início às 18 horas e terá duração aproximada de duas horas e meia.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através de formulário no link https://bit.ly/cerradocrepuscular. São disponibilizadas 30 vagas, por ordem de inscrição; dentre estas, duas vagas são destinadas a pessoas com mobilidade reduzida, que poderão solicitar o uso de scooters elétricas disponíveis. É preciso estar de sapatos fechados e calças compridas. Recomenda-se também levar agasalhos, água e lanterna. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (16) 3306-6462 e 3351-3771.

Promessa de forrageiras com alta produtividade e alto teor de proteína bruta para qualquer tipo de solo, pode ser indicação de armadilha. Portanto, é fundamental estar atento a possíveis contradições para evitar ser enganado

 

SÃO PAULO/SP - Estima-se que cerca de 90% da carne bovina do Brasil é produzida em regime de pastagens. De acordo com a Embrapa, são aproximadamente 177 milhões de hectares de pasto no país, para um rebanho de 234,4 milhões de animais. Na busca por uma pastagem que ofereça alimento de qualidade ao rebanho, é preciso atenção para não cair em armadilhas ou falsas promessas de um capim "que só tenha vantagens".

"Embora pareça promissor, não há um capim que trará 'soluções milagrosas'. Qualquer capim precisará absorver uma grande quantidade de nutrientes do solo para atingir alta produtividade e qualidade. O termo 'capim milagroso' é frequentemente utilizado para descrever variedades que prometem alta produção e qualidade, mesmo em solos pobres, alagados ou baixa disponibilidade hídrica, por exemplo, mas essa conta não fecha. Se o solo e as condições forem ruins, o capim irá refletir isso, e a consequência será sentida pelos animais.", explica o zootecnista Wayron Castro, assistente técnico de sementes na Sementes Oeste Paulista (Soesp).

Segundo o especialista, é natural que cada forrageira possua exigências e adaptações diferentes. Cada capim apresenta suas vantagens e desvantagens. "Desconfie quando um produto for apresentado como tendo apenas vantagens, mesmo em diversas condições de clima e manejo. No Brasil, com nossa vasta extensão territorial e seis biomas distintos, é difícil acreditar que um único capim possa ter excelentes resultados em tantos ambientes diferentes", detalha.

Testes, validações e a escolha certa

O lançamento de uma nova cultivar é algo que requer muitos anos de pesquisas e validações. A Embrapa, por exemplo, pode levar até 15 anos para desenvolver um novo capim. São realizados inúmeros testes para verificar todo o seu potencial, inclusive em vários biomas. Entre eles é testado a viabilidade, produção de semente e sua validação no campo em pelo menos cinco regiões diferentes do Brasil.

Outro cuidado fundamental que o produtor precisa ter, é em relação à qualidade das sementes – estas precisam ter tratamento especial antes de chegar ao campo para garantir aos pecuaristas o recebimento desse importante insumo livre de doenças e pragas, como por exemplo, nematoides.

As sementes blindadas com tecnologia Advanced da Soesp, por exemplo, recebem na fábrica o tratamento para garantir sua qualidade. A empresa possui laboratório especializado em sementes forrageiras acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro e aplica dois fungicidas e um inseticida à superfície das sementes. Todo o processo tecnológico proporciona alta pureza e alta viabilidade para as Brachiarias e Panicuns.

As sementes blindadas com a tecnologia Advanced têm ainda como importante característica a uniformidade e resistência, assim não entopem os maquinários de plantio e o tratamento não se rompe, chegando intacto ao solo. Além disso, são produtos com inteligência na absorção de água e ideais para Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), com menor custo por hectare. "É fundamental que o produtor busque sementes de empresas idôneas como a Soesp, que sejam associadas da Unipasto e/ou parceiras da Embrapa", pontua Castro.

Simples e eficiente

Conforme destacado, não existe capim milagroso que possa ter alta produção em solos com baixa fertilidade. Não é só uma boa cultivar que vai gerar resultados ao pecuarista, é preciso um conjunto de fatores, e isso passa obrigatoriamente por cuidados e preparo de solo. "Não há mágica, o produtor tem que fazer o básico bem feito, ou seja, adubar, aplicar calcário e buscar a melhoria contínua da fertilidade", destaca o especialista.

Outra dica importante é que o produtor procure sempre um agrônomo, zootecnista ou um técnico de sua confiança, que conheça bem a sua região e as condições de solo, para poder indicar as variedades que melhor se adaptam a cada realidade. "É válido reforçar que nunca é indicado fazer compra de insumos pela empolgação, é preciso ser criterioso, pesquisar sobre a origem dos produtos e o histórico da empresa. Somado a isso, é preciso que o produtor enxergue o pasto como uma cultura, pois todo investimento ajudará em um bom desempenho dos animais, bem como na garantia de oferta de alimentos com valor mais competitivo", finaliza Castro.

EUA - A tempestade Debby chegou na Geórgia após deixar um rastro de destruição na Flórida, nos Estados Unidos. Autoridades alertam para inundações históricas e declararam situação de emergência.

 

O QUE ACONTECEU

Ventos de 72 km/h foram registrados no sudoeste de Savannah, na Geórgia, por volta das 5h (4h no horário de Brasília). Cidades na região sudeste podem enfrentar até 63 centímetros de chuva, informou o Centro Nacional de Furacões.

Prefeito de Savannah diz estar aterrorizado. Van Johnson alertou que algumas regiões estarão submersas daqui alguns dias. "Eu tenho enfrentado tempestades por aqui por 30 anos e nunca experimentei nada assim. Nós estivemos no olho de uma tempestade e nunca experimentamos isto".

Nos próximos dias, Debby cruza a Geórgia e se aproxima da costa do Atlântico, atingindo os estados Carolina do Sul e Carolina do Norte. O Centro Nacional de Furacões prevê que a tempestade deve ganhar força e atingir um ponto de terra perto de Charleston, na Carolina do Sul.

Autoridades alertam para inundações catastróficas na costa do Atlântico, com estimativas de 50 a 75 centímetros de chuva até a manhã de sexta (9). Os governadores da Geórgia e da Carolina do Sul declararam estado de emergência em antecipação aos danos causados pelo Debby.

 

FURACÃO DEIXOU CINCO MORTOS NA FLÓRIDA

Pelo menos cinco pessoas morreram durante a passagem do furacão no norte da Flórida. Na manhã nesta segunda-feira (5), Debby atingiu a pequena cidade de Steinhatchee, a cerca de 115 km de Tallahassee, como um furacão de categoria 1. Depois, o furacão se aproximou da região de Big Bend com ventos de até 130 km/h, mas perdeu força.

Duas crianças morreram após queda de árvores no Condado de Levy, informaram as autoridades. Um deles, um menino de 13 anos, estava dentro de uma casa móvel, segundo a polícia local.

Um caminhoneiro de 64 anos morreu após perder o controle de um caminhão na rodovia 75. Ele caiu no canal de Tampa Byapass.

Uma mulher de 38 anos e seu filho de 12 anos estavam em um SUV que derrapou em Dixie, ao norte de Tampa, durante a tempestade.

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO PAULO/SP - No meio do inverno, o começo de agosto será marcado por dias de forte a extremo calor em Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, segundo previsão da MetSul. "A temperatura passará dos 30ºC mais ao Sul do País e ficará ao redor dos 40ºC no Centro-Oeste", prevê a empresa de meteorologia.

Segundo a MetSul, uma massa de ar quente predomina sobre grande parte do País neste início de mês, mantendo os dias quentes, principalmente à tarde. Na região amazônica, a expectativa é de temperaturas acima dos 35ºC.

Extremo calor no Centro-Oeste

A primeira semana do mês será extremamente quente na região brasileira. Conforme a MetSul, para Cuiabá, em Mato Grosso, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, a expectativa é de vários dias com máximas perto ou até acima dos 40ºC nas duas cidades.

Calor na região Sudeste

Embora grande parte do Sul e do Sudeste ainda estejam sob influência de uma massa de ar frio que se deslocou no começo da semana, a previsão indica que a condição climática já se afasta para o mar, dando lugar ao ar quente.

Em São Paulo, a projeção da MetSul indica que os primeiros dias do mês devem ser mais quentes no oeste e norte do Estado, com máximas variando entre 31ºC e 34ºC. No sul e leste paulista, o calor será mais intenso a partir de domingo, 4, com possibilidade de atingir marcas acima de 30ºC em regiões do litoral.

Depois da passagem de uma frente fria neste início de semana que trouxe chuva e também derrubou drasticamente os termômetros na terça-feira, 30, a cidade de São Paulo voltou a registrar temperaturas em leve elevação.

Nesta quinta-feira, 1º, o sol voltou a predominar na capital paulista, favorecendo a elevação dos termômetros ao longo do dia.

Conforme a empresa de meteorologia Meteoblue, além do aumento das temperaturas, com a máxima chegando aos 28ºC entre domingo, 4, e segunda-feira, 5, não há expectativa de chuva nos próximos dias.

Veja a previsão para os próximos dias:

  • Sexta-feira: entre 13ºC e 25ºC;
  • Sábado: entre 14ºC e 27ºC;
  • Domingo: entre 14ºC e 28ºC;
  • Segunda-feira: entre 16ºC e 28ºC.

No Rio de Janeiro, a temperatura também deve subir no começo de agosto. "As máximas passam de 30ºC no fim de semana e aquece ainda mais entre segunda e quinta-feira, 8, da semana que vem, inclusive com registros próximos ou acima dos 35ºC", estima a MetSul.

Dias quentes no estado gaúcho

No Rio Grande do Sul, onde as temperaturas máximas ficam em torno de 10ºC nesta época do ano, a expectativa é de que os termômetros passem dos 30ºC, principalmente no oeste gaúcho. A partir desta quinta-feira, já começa a esquentar e as tardes serão marcadas por muito calor.

Risco para queimadas no Pantanal

A MetSul também alerta que o tempo muito seco e quente deve agravar o problema das queimadas no Pantanal. "Depois de um recuo no fogo em meados de julho, as queimadas voltaram a aumentar neste fim de julho e tendem a seguir com muitos focos de calor durante os primeiros dias de agosto", acrescenta a empresa de meteorologia.

 

 

 

ESTADAO CONTEUDO

Localizado em um sítio de mais de 50 hectares, estrutura tem 12 pavilhões a céu aberto e combina arte, ciência e natureza

 

BROTAS/SP - O Parque Campana está aberto ao público, um projeto concedido em Brotas, com repercussão internacional, e que une arte, ciência e natureza. Situado em uma área de 52 hectares, o parque conta com oito dos 12 pavilhões planejados, todos voltados para a integração ambiental.

O espaço, que foi destaque em edição recente do jornal britânico Financial Times,  oferece oficinas de manualidades, residências artísticas e exposições com obras dos irmãos Fernando e Humberto Campana, além de artistas convidados. Um projeto de regeneração de biomas, desenvolvido em parceria com cientistas da Universidade de São Paulo, permitirá que o público acompanhe ações de conservação ambiental.

Com mais de 20 mil mudas nativas plantadas em pouco mais de 50 hectares, o Parque Campana está em pleno desenvolvimento desde 2020. O local, antiga fazenda de café e gado, pertenceu à família Campana há mais de quatro gerações e agora faz parte do Instituto Campana, que preserva o legado dos irmãos e promove programas educacionais usando o design como ferramenta de transformação social.

Futuras etapas incluirão a construção de um bistrô e a realização de eventos privados. Informações sobre a abertura ao público serão anunciadas em breve pelo site www.parquecampana.com.br e no perfil do Instagram @parquecampana.

 

Conexão com a natureza

O Instituto Campana foi fundado com o objetivo de promover educação e cultura através do design e da arte e se dedica a preservar e divulgar o legado dos irmãos Campana, além de fomentar novos talentos por meio de programas educacionais, workshops e projetos comunitários. A missão do instituto é inspirar e capacitar novas gerações de designers, contribuindo para o desenvolvimento cultural e social. Já o Parque Campana busca conectar o homem e o planeta por meio da restauração da terra, oferecendo um espaço de pesquisa aplicada e práticas regenerativas. Pavilhões construídos em meio à natureza proporcionam momentos de contemplação, introspecção e cura da alma através da arte e da ciência.

 

Transformação do cotidiano em arte

Fernando e Humberto Campana são reconhecidos internacionalmente por seu trabalho inovador no design, transformando elementos do cotidiano em peças de arte. Com mais de 30 anos de carreira, suas obras estão presentes em coleções de museus renomados, como o MoMA em Nova York. Fernando Campana faleceu em 16 de novembro de 2022, mas seu legado continua a inspirar novas gerações.

Os irmãos Campana têm uma ligação profunda com Brotas, onde nasceram e passaram grande parte de sua infância e juventude. Esta conexão pessoal com a cidade influenciou a escolha do local para o Instituto e o Parque Campana. A inauguração do parque é um marco significativo para o turismo local, trazendo uma nova atração que combina arte e natureza, e tem o potencial de atrair visitantes nacionais e internacionais. Com suas atividades culturais e ambientais, o Parque Campana promete dinamizar a economia local, oferecendo novas oportunidades de emprego e fomentando o desenvolvimento sustentável na região.

BRASÍLIA/DF - Um levantamento feito pela fundação holandesa IDH, com apoio do instituto de pesquisa WRI Brasil, mostra que há, pelo menos, meio milhão de hectares de caatinga com potencial de restauração. Segundo o estudo, divulgado nesta terça-feira (23), em São Paulo, as áreas ficam no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

A pesquisa destaca que a vegetação nativa restaurada  poderá oferecer oportunidades econômicas sustentáveis, proporcionando renda e empregos para as populações locais. Entre outros benefícios, a restauração da mata local traria regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão.

“A conservação e a restauração da paisagem na caatinga são cruciais para a resiliência climática, a segurança hídrica e a sobrevivência de suas comunidades”, diz a coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do trabalho, Luciana Alves.

Os arranjos de restauração mais indicados para os territórios analisados são o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, tendo a palma forrageira (Opuntia fícus-indica) como espécie principal; o SAF Melífero, focado em espécies para apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, combinando árvores com espécies frutíferas, forrageiras e agrícolas; a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) de caprinocultura com produção de forragem e árvores; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, baseada em intervenções para reverter a degradação e restaurar solo e vegetação, indica a  pesquisa.  

Recursos internacionais

“Pela forte intersecção com a agenda climática, a restauração da caatinga poderá se beneficiar significativamente de recursos internacionais e privados destinados ao fortalecimento dessa agenda”, destaca Luciana.

Dos seis biomas que ocupam o território nacional, a caatinga é o único exclusivamente brasileiro. Ocupando aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, é a região do semiárido mais densamente povoada do mundo porque aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem nela.

Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma caatinga, a serem implantadas até 2026, que resultarão no aumento de mais de um milhão de hectares das áreas protegidas.

 

 

Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - Quatro anos após os devastadores incêndios que incineraram cerca de 30% do Pantanal brasileiro, o fogo volta a ameaçar as espécies animais que vivem na região, considerada um santuário da biodiversidade e um patrimônio natural da humanidade. Enquanto brigadistas, bombeiros, militares e voluntários tentam apagar as chamas as chamas, biólogos, veterinários e outros profissionais se dedicam a minimizar o sofrimento animal.

"O fogo é um fator estressante para a biodiversidade. Devemos ter muito cuidado, pois é difícil prever por quanto tempo mais toda essa abundância em termos de fauna e flora resistirá até começarmos a perder irremediavelmente espécies para esses incêndios intensos, que têm queimado repetidas vezes as mesmas áreas", disse à Agência Brasil o biólogo Wener Hugo Arruda Moreno, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), organização não governamental (ONG) que desde 2002 atua na conservação e preservação do Pantanal.

Corumbá (MS), 01/07/2024 - Brigadista observa acampamento montado na  na Base do Prevfogo/Ibama. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brigadista observa acampamento montado na na Base do Prevfogo/Ibama. Foto - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O instituto é uma das organizações da sociedade civil que integram o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), junto a representantes de órgãos, entidades e instituições sul-mato-grossenses e federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O grupo foi instituído em abril de 2021, na esteira dos incêndios que se seguiram à grande seca de 2019 e 2020, a mais severa registrada em 50 anos. Cabe ao Gretap monitorar, avaliar, resgatar e dar assistência a animais afetados por  eventuais desastres ambientais no Mato Grosso do Sul. Pela experiência de seus integrantes, em maio deste ano, parte do grupo viajou ao Rio Grande do Sul, onde participou do resgate e atendimento a animais domésticos e silvestres atingidos pelas recentes enchentes no estado.

Estudo que pesquisadores brasileiros publicaram em dezembro de 2021, no periódico Scientific Reports, estima que, em 2020, os incêndios pantaneiros mataram, diretamente, cerca de 17 milhões de animais vertebrados.

A mortalidade foi maior entre as pequenas serpentes (os especialistas estimam que 9,4 milhões delas morreram) e pequenos roedores (3,3 milhões). Aproximadamente 1,5 milhão de aves morreram queimadas, intoxicadas ou, posteriormente, de fome. As chamas ou suas consequências também tiraram a vida de 458 mil primatas, 237 mil jacarés e 220 mil tamanduás.

Ainda é cedo para dizer se a tragédia se repetirá este ano, em dimensões semelhantes. Contudo, autoridades já reconhecem que o número de focos de incêndio registrados no bioma ao longo do primeiro semestre deste ano é o maior para o período dos últimos 26 anos, superando inclusive o resultado de 2020.

Mapbiomas

Além disso, de acordo com a rede Mapbiomas, em junho deste ano foi registrada a maior média de área queimada para o mesmo mês desde 2012. A marca superou a média histórica de setembro, mês em que os focos de calor tendem a intensificar, dada a persistência do clima seco.

"Aqui, em Mato Grosso do Sul, nosso trabalho se intensificou muito nos últimos tempos, principalmente no último mês", afirmou Moreno.

"Estamos frequentemente indo às áreas pantaneiras atingidas pelos incêndios. Verificamos o ambiente, e vemos se os animais estão retornam às áreas debilitados, ou se as espécies que lá permanecem têm refúgios para obter os recursos necessários à sobrevivência. Temos observado muitas carcaças de répteis, pequenos roedores e anfíbios, mas ainda estamos começando o processo de contagem", disse Moreno. Ele destacou a velocidade com que o fogo tem se espalhado pela vegetação, que nesta época do ano costuma estar bastante seca.

"O Pantanal não é para amadores. É preciso conhecer bem a área, saber como se formam os corredores de propagação do fogo. O fogo é assustador. A velocidade com que ele avança e o tamanho da área atingida são impressionantes. Combater às chamas e proteger a fauna é um trabalho difícil."

Segundo Moreno, antes de ir a campo, os agentes precisam fazer um diagnóstico preliminar da área, usando drones e ferramentas de geoprocessamento.

"Temos que esperar entre 48 horas e 72 horas a partir do fim das chamas para podermos deslocar uma equipe para determinado lugar, sob risco de deixar as pessoas em perigo", acrescentou Moreno, destacando os riscos da atividade.

"Daí a sensação de alívio que sinto quando localizamos um animal que, apesar de tudo, não precisa de resgate, que basta o monitorarmos e, se preciso, suplementar a alimentação até que a vegetação se recomponha."

No fim do mês passado, o fotógrafo da Agência Brasil, Marcelo Camargo, passou dias acompanhando brigadistas combatendo as chamas. Camargo testemunhou e registrou o sofrimento animal e a devastação da vegetação pantaneira. Na manhã do dia 30, enquanto se deslocavam, de helicóptero, para uma área de difícil acesso, as equipes avistaram um tuiuiú, ave símbolo do Pantanal, pousado na copa de uma grande árvore, em meio a uma área ainda fumegante. Olhando mais atentamente, perceberam que o animal parecia estar protegendo seus ovos, em um ninho construído entre os galhos mais altos.  

"Seria o primeiro dia de atuação da equipe de brigadistas quilombolas da comunidade Kalunga, de Cavalcante [GO], na região. Estávamos a caminho de uma área de mata fechada com um grande número de focos de incêndio, a cerca de 50 quilômetros de Corumbá [MS]. Durante o percurso, o piloto do helicóptero avistou o tuiuiú e identificou o ninho, no alto da árvore, com ao menos três ovos dentro. Ainda havia um foco de incêndio ao redor da árvore, que estava expelindo fumaça. Os pilotos sobrevoaram o local para marcar as coordenadas [de geolocalização], para que os brigadistas tentassem acessar o local em outro momento. Eu então consegui registrar minhas primeiras imagens", contou Camargo ao retornar a Brasília.

"Seguimos para nosso destino, a partir de onde os brigadistas tiveram que abrir caminho em meio à mata fechada. Foram cerca de duas horas só para conseguirmos chegar ao foco do incêndio. E após muitas horas, no horário combinado para o helicóptero nos resgatar, não tínhamos conseguido chegar nem perto do local onde avistamos o tuiuiú. Durante o voo de volta a Corumbá, eu ainda fiz mais umas fotos. Havia ao menos um pássaro, aparentemente guardando o ninho. Outras pessoas, em outras aeronaves, disseram ter visto dois pássaros adultos, um casal, mas isso eu não presenciei. Na manhã seguinte, o piloto do primeiro helicóptero que passou pelo local já não encontrou a árvore de pé. Mais tarde, quando consegui lugar em uma aeronave, consegui identificar parte da árvore caída no chão e o ninho, aparentemente queimado, próximo", relatou o fotógrafo da Agência Brasil.

Uma família de bugios teve um pouco mais de sorte. Ou muito mais sorte, considerando que, apesar de expulsos de seu bando e com dificuldades para encontrar alimentos, não sofreram qualquer ferimento e estão recebendo ajuda dos membros do Gretap, conforme contou o biólogo do Instituto do Homem Pantaneiro.

"Recebemos o chamado de uma senhora, ribeirinha, que achava que a fêmea tinha sofrido queimaduras e precisava de cuidados. Ao chegarmos à área, na região de Baía do Castelo, na margem direita do Rio Paraguai, a cerca de duas horas de viagem de barco a partir de Corumbá, encontramos um bando de bugios e macacos-da-noite. Só na segunda tentativa localizamos, isolada, a fêmea que procurávamos. Ela não tinha queimaduras. Era seu filhote, recém-nascido, bastante magro e debilitado, que estava se segurando nela. Além da fêmea com seu filhote, havia um macho. Provavelmente, os três foram expulsos de seu grupo devido à escassez de recursos. Nestes casos, nossa estratégia é monitorar os animais. Administramos um pouco de frutas, um aporte nutricional básico, e instalamos câmeras na área para podermos observar se o bando vai aceitar os alimentos", concluiu  Wener Hugo Arruda Moreno.

Devastação

Coordenadora operacional do Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), a bióloga e veterinária Paula Helena Santa Rita reforça que as consequências de mais uma temporada de fogo sem controle estão sendo "devastadoras" para os animais.

"Para a fauna, as consequências são as piores possíveis. Vão da morte direta de animais, por incineração e inalação de fumaça e fuligem, a mortes posteriores, por falta de alimentos e outras questões, podendo, inclusive, no limite, interferir na questão da reprodução das espécies, caso haja a perda de um número significativo de indivíduos", explicou Paula.

"Alguns fatores, como a própria ação humana, se somaram e tivemos a antecipação [ocorrência] do fogo. Nós [do Gretap] estamos monitorando a situação, principalmente em locais por onde o fogo já passou, e fazendo o aporte nutricional básico quando necessário. Também deslocamos alguns animais que encontramos próximos a áreas de fogo", concluiu a coordenadora do Gretap.

 

 

Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

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