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PARIS - A União Europeia não concorda com o Comitê Olímpico Internacional, que está defendendo a inclusão da Rússia e Belarus nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris em 2024. Os países europeus do bloco fizeram uma resolução contra a iniciativa do COI para as próximas Olimpíadas. A moção foi aprovada com 444 votos a favor, 26 contra e 37 abstenções.

A resolução marca o aniversário de um ano da guerra que estremeceu o mundo inteiro. As invasões russas à Ucrânia começaram no dia 24 de fevereiro de 2022. A UE acredita que a participação da Russia e Belarus nos Jogos vão ser usados por ambos os regimes para fins de propaganda e que contrariaria o isolamento amplo dos dois países. O bloco ainda espera que os 27 países membros pressionem o COI a reverter a decisão. O Comitê afirmou que seria discriminatório excluir a Rússia e Belarus.

- A hipocrisia do presidente do COI e do Comitê é simplesmente patética. Um país que comete uma agressão condenada pela grande maioria da Assembleia Geral da ONU perde o direito de competir nos Jogos Olímpicos. Isso também se aplica a todos os seus atletas - afirmou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Depois da mudança de postura do COI, a Ucrânia está considerando um boicote aos Jogos Olímpicos de Paris. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, comentou afirmando que seria uma violação da Carta Olímpica. Dmytro Kuleba, respondeu.

- Esta (o boicote) é uma das várias opções. Se atletas russos e belarrussos viessem a Paris em vez de atletas ucranianos, isso seria contra todos os padrões morais, esportivos e políticos. A maioria dos atletas russos que ganharam medalhas nos últimos Jogos Olímpicos representaram clubes esportivos do exército russo - completou Kuleba.

 

 

Por Redação do ge

A disputa reunirá mais de 200 atletas com deficiência intelectual, vindos de três regiões do país

 

JUNDIAÍ/SP - Entre os dias 03 e 06 de novembro, na cidade de Jundiaí (SP), será realizado o Torneio Nacional das Olimpíadas Especiais Brasil - organização internacional com 35 anos no Brasil, que promove o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual por meio do esporte – com grande apoio do Lions International Foundation. O evento é a consagração da prática esportiva de inclusão no âmbito nacional, após a realização de disputas estaduais, e reunirá mais de 200 atletas na cidade do interior paulista.

Os Jogos Estaduais aconteceram durante os meses de setembro e outubro em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Os atletas que tiveram melhor desempenho em suas provas na fase estadual se classificaram para a disputa nacional, a ser realizada no Complexo Educacional, Cultural e Esportivo Doutor Nicolino de Lucca e o Mundo das Crianças em Jundiaí. A Cerimônia de Abertura, por sua vez, acontecerá junto à X Mostra de Dança do Peama no dia 04, no Teatro Polytheama. Os detalhes da programação podem ser acompanhados pelas redes sociais da OEB.

O evento será aberto ao público e, aqueles que desejarem prestigiar o Torneio Nacional, acompanharão disputas no atletismo, basquete 3x3, bocha, ginástica rítmica, natação, tênis, tênis de mesa, vôlei de praia e, como demonstração, judô.

Além das disputas esportivas, o evento contará com três projetos das Olimpíadas Especiais Brasil: Atletas Saudáveis, voltado para as especificidades da saúde de pessoas com deficiência intelectual; Atletas Jovens, promove a iniciação de crianças com deficiência intelectual no esporte – e; MATP (Programa de Atividade Motora Adaptada) – desenvolvido para adaptar as atividades às pessoas com deficiência intelectual severa.

 

SOBRE OLIMPÍADAS ESPECIAIS BRASIL

Projeto global sem fins lucrativos, a Special Olympics é um movimento mundial centrado no desporto, fundado em 1968 por Eunice Kennedy Shriver – irmã do 35° presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. Trata-se de uma organização internacional criada para apoiar pessoas com deficiência intelectual a desenvolverem a sua autoconfiança, capacidades de relacionamento interpessoal e sentido de realização por meio do esporte.

Acreditada pela Special Olympics International, as Olimpíadas Especiais Brasil atuam nas seguintes modalidades esportivas: atletismo, águas abertas, basquete, bocha, ciclismo, futebol, natação, handebol, ginástica rítmica, tênis, tênis de mesa, vôlei de praia e judô, além dos Programas: APLs (Atleta Líder), Escolas Unificadas, Atletas Saudáveis, Atletas Jovens, MATP (Programa de Treinamento em Atividade Motora) e Famílias. Tendo o país quase seis milhões de pessoas com deficiência intelectual, as Olimpíadas Especiais Brasil possuem 32 mil atletas treinando e 25 mil competindo durante todo o ano.

Filosofia

A Special Olympics tem como filosofia dar oportunidade a todos os atletas, independente do nível de habilidade, promovendo diversas competições, nas mais diferentes regiões do mundo, durante todo o ano. O programa é conduzido por voluntários e por meio de treinamentos esportivos e competições de qualidade, melhora a vida das pessoas com deficiência intelectual e, consequentemente, a vida de todas as pessoas que as cercam.

Embaixadores

A Special Olympics conta, em nível local e global com uma série de embaixadores que vestem a camisa do movimento e ajudam a levar adiante a causa. No Brasil, as OEB contam com nomes como os jogadores de futebol Cafu, Ricardinho, Romário, Zico, Lucas Moura e Willian Bigode, os jogadores de vôlei Jakie Silva e Giba, e as campeãs de nado sincronizado Bia e Bianca. No mundo, além de nomes importantes do esporte, artistas como Avril Lavigne, Brooklyn Decker Roddick, Charles Melton, Eddie Barbanell, Maureen McCormick, Chris Pratt e Katherine Schwarzenegger.

PARÍS - A exatos dois anos para a abertura da Olimpíada de Paris (França), o Comitê Organizador divulgou o calendário oficial de eventos que ocorrerão de 26 de julho a 11 de agosto de 2024. “Vamos abrir os Jogos para todos”, é o lema da edição do Jogos de Paris. A mensagem visa chamar a atenção para a equidade de gêneros nos esportes.

Durante os 19 dias de competição serão 329 eventos esportivos. A cerimônia de abertura será no dia 26 de julho, mas dois dias antes já começam as disputas de futebol, handebol, rugby e tiro com arco.

A partir do dia 27 de julho ocorrerão as disputas por medalhas no ciclismo (contrarrelógio feminino e masculino), judô, esgrima, saltos ornamentais, rugby sevens, tiro, natação e skate.

De acordo com o calendário, a final do skate street masculino será no próprio dia 27 de julho e a do feminino no dia seguinte. Nos Jogos de Tóquio, os brasileiros Kelvin Hoefler e Rayssa Leal faturaram uma prata cada um no street. Já a disputa do pódio no estilo park terá início em 7 de agosto.

O torneio de surfe, cujo primeiro campeão foi o potiguar Ítalo Ferreira em Tóquio, está previsto para o período de 28 de julho a 7 de agosto. As regatas da vela ocorrerão no mesmo período,  em Teahupoo, na Polinésia Francesa, a 15 mil quilômetros de Paris. As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze – ouro duas vezes, na Rio 2016 e em Tóquio 2020 – devem ir em busca do tricampeonato.

FRANÇA - Encerrada no domingo (22), em Normandia, na França, as olimpíadas escolares ISF Gymnasiade 2022 tiveram participação histórica da delegação brasileira tanto no número de atletas - foram 230 jovens entre 16 e 18 anos - quanto no quadro geral de medalhas - onde o Brasil foi vice-campeão, com 45 ouros, 45 pratas e 36 bronzes.

A delegação brasileira participou de competições em 20 modalidades. Segundo dados do Ministério da Cidadania, que destinou R$ 5,5 milhões para os jovens atletas participarem do evento, representantes de 22 estados foram selecionados para os jogos.

“Chegar aqui na França e ver uma delegação deste tamanho, com 230 atletas e paratletas, mais a comissão técnica, sabendo que nosso esporte de base, na plataforma escolar, foi recuperado, ressurgiu, é muito gratificante”, afirmou o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, que esteve presente na cerimônia de encerramento da Gymnasiade.

Troféu Fairplay

Além do segundo lugar no quadro geral e das dezenas de medalhas, os jovens brasileiros foram agraciados com o Troféu Fairplay, destinado à delegação que mais cativou a atenção dos participantes e dos organizadores do evento. "O Brasil, além de ser muito forte esportivamente, como demonstra nosso resultado expressivo, também é o mais querido. Isso significa que estamos cumprindo o papel de pregar a paz, a união, a tolerância, e de contribuir para a formação da cidadania desses jovens e para a construção de um mundo melhor", afirmou o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), Antônio Hora Filho.

Assista trechos da participação brasileira na Gymnasiade 2022

 

 

 

AGÊNCIA BRASIL

PEQUIM - O Brasil abriu bem sua participação no bobsled para quatro homens. Neste sábado, o trenó pilotado por Edson Bindilatti ficou na 20ª posição depois de duas descidas nas Olimpíadas de Inverno de Pequim. O resultado colocou o quarteto brasileiro na briga para na próxima madrugada (domingo na China) se manter no top 20 que avança à quarta e última descida.

Esta é a quinta participação do Brasil no bobsled 4-homens em Jogos Olímpicos. A melhor colocação do país foi a 23ª posição de PyeongChang 2018. Edson Bindilatti esteve em todas as participações olímpicas brasileiras, e em Pequim teve a companhia de Rafael Silva, Ercik Vianna e Edson Martins.

A terceira descida, que vai definir o top 20 das Olimpíadas de Inverno, está programada para este sábado, às 22h30 (de Brasília), manhã de domingo da China. O sportv 2 transmite ao vivo.

O Brasil foi o primeiro time a descer, e por isso estabeleceu o recorde da pista para 4-homens, estreando em competições oficiais. O tempo de 59s49 foi o melhor do quarteto brasileiro em Pequim em comparação com os treinos oficiais. Ao fim da primeira descida, a equipe do piloto Edson Bindilatti terminou na 20ª posição, 1s36 atrás do líder, o trenó do alemão Johannes Lochner, que acabou com o recorde da pista, com 58s13.

PEQUIM - A gaúcha Nicole Silveira ficou, no sábado (12), na 13º posição no Skeleton nos jogos olímpicos de inverno de Pequim (China) e atingiu três feitos relevantes: o segundo melhor resultado brasileiro na história dos Jogos, ficando atrás apenas da snowboarder Isabel Clark, nona colocada nos Jogos de Turim 2006 (Itália). Além disso, obteve o melhor resultado do esporte na América Latina e conquistou o melhor resultado do Brasil nos esportes de gelo, já que Isabel competiu na neve.

Natural de Rio Grande (RS), com 27 anos, Nicole Silveira fez a primeira descida em 1min02s58. Já a segunda ela terminou com o tempo de 1min02s95. Por fim, 1Min02s55 e 1min02s40 foram as terceira e quarta descidas, respectivamente. Ela somou ao todo 4min10s48 no Centro de Esportes de Pista de Yanqing.

Após a disputa, Nicole, que foi a responsável por promover a estreia do país na modalidade nos Jogos de inverno, vibrou com o resultado.

“É muito especial. Eu e o meu treinador conversamos e se ele tivesse me dito que o objetivo era chegar nos Jogos Olímpicos e terminar em 13º, na frente de grandes nomes, eu não teria acreditado. Vendo o que eu consegui aprender e fazer hoje aqui, me mostra que eu tenho potencial, mas que tenho muito a evoluir. Estou muito animada para as próximas temporadas e já quero começar de novo”, disse a atleta.

PEQUIM - Em busca de se tornar a atleta brasileira mais bem colocada numa Olimpíada de Inverno, a gaúcha Nicole Silveira deixou encaminhada sua classificação à final do skeleton em Pequim 2022 na madrugada desta sexta-feira. A slider ficou no top 14 após as duas primeiras descidas das eliminatórias, com o tempo agregado de 2min05s53. Na manhã de sábado (12), serão disputadas a terceira bateria, que define as 20 finalistas, e a quarta descida, que decide o pódio, no Centro Nacional de Esportes de Pista de Yanqing.

No skeleton, as sliders fazem quatro descidas no percurso olímpico em dois dias consecutivos, sendo duas baterias por dia. Os tempos de todas as baterias são somados e o menor tempo agregado vence. Só as 20 atletas melhor classificadas ao final da terceira bateria disputam a descida final. Com 25 atletas inscritas, Nicole Silveira precisa ficar à frente de pelo menos cinco para garantir presença na decisão.

A melhor marca de uma brasileira em uma Olimpíada de Inverno foi o nono lugar conquistado por Isabel Clark no snowboard cross em Turim 2006. Na 14ª posição, Silveira está 66 centésimos atrás da oitava colocada, a americana Katie Uhlaender, e a 33 centésimos do nono lugar, ocupado pela canadense Mirela Rahneva.

Nicole foi logo a segunda slider a competir na primeira bateria. Ela bateu na parede do percurso duas vezes, mas ganhou boa velocidade - chegou a atingir 122,7km/h - e marcou 1min02s58 na primeira descida. Foi a 12ª melhor volta da bateria.

Sua namorada, a belga Kim Meylemans, fez uma boa primeira metade de prova e terminou 23s à sua frente, com 1min02s35. A volta a deixou empatada com a tcheca Anna Fernstaedt na sexta posição. A melhor volta inicial foi Mirela Rahneva, com 1min02s03 - ela atingiu 127,4km/h no ponto mais veloz.

A pista estava mais lenta na segunda bateria - apenas duas atletas conseguiram melhorar seus tempos na segunda descida. Nicole não largou muito bem, mas fez um trajeto seguro, priorizando a manutenção da linha para evitar batidas nas paredes. Ela só acertou a parede na chegada. Seu tempo foi 33 centésimos acima da primeira volta, 1min02s95. Meylemans também piorou seu tempo em 0s57 e caiu fora do top 10, terminando em 11º.

PEQUIM - O esquiador suíço Yannick Chabloz sofreu um grave acidente nesta quinta-feira durante a primeira descida da prova combinada do esqui alpino dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, na China. Ele passou reto em uma das curtas, bateu em uma barreira que é feita para amortecer as quedas e foi rolando por alguns metros na neve. Rapidamente a equipe médica chegou e ele foi atendido ainda na pista, a prova foi paralisada e não se sabe a gravidade do ocorrido.

Segundo o veículo especializado "SkiActu", Chabloz sofreu uma fratura no antebraço esquerdo.

Na prova do esqui alpino combinado, o atleta faz duas descidas: no downhill e no slalom e os tempos são somados. Essa primeira descida foi no downhill, em que os atletas atingem quase 150km/h e é considerada a prova mais rápida da modalidade.

A curva na qual ele caiu é apelidada de "the rock", ou a pedra, na tradução. Pelas imagens da transmissão, seu braço sendo amarrado antes de ser levado em um trenó pelos médicos.

O norueguês Aleksander Aamodt Kilde fez o melhor tempo nesta quinta-feira, descendo em 1m43s12, apenas dois centésimos na frente do canadense James Crawford.

 

 

Por Redação do ge

PEQUIM - A ideia era abrir as Olimpíadas de Inverno com uma cerimônia mais simples, mas de impacto. Nesta sexta-feira, Pequim fez uma ode à beleza em um show impressionante de efeitos de luz no Ninho do Pássaro. Em mais de duas horas, a capital chinesa celebrou o início dos Jogos em uma festa limitada pelos protocolos sanitários diante da pandemia de Covid-19, mas sem esquecer de honrar o espírito olímpico.

Havia a expectativa por possíveis protestos contra o governo chinês, apesar dos pedidos contrários do COI e de outras instituições. Mas, sob os olhares do presidente Xi Jinping, atletas e membros da delegação se limitaram a celebrar o início da 24ª edição dos Jogos Olímpicos de Inverno. No discurso final, Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, pediu que as Olimpíadas fossem uma inspiração para tempos de paz.

A cerimônia foi toda guiada por flocos de neve, em uma referência, também, à beleza e à leveza dos Jogos. Durante toda a festa, os organizadores apostaram em menos luxo, mas em detalhes de impacto formados pelo jogo de luzes. No fim, a dupla Dinigeer Yilamujiang e Jiawen Zhao acendeu a pira olímpica.

Ao contrário de edições anteriores, a organização optou por uma pira menor, com a tocha ao centro do floco de neve. A decisão, porém, tem razão de ser. Diante da nova política de sustentabilidade, Pequim decidiu por uma chama menor, para diminuir a emissão de carbono.

Antes da abertura, uma contagem em 24 números, representando os 24 tempos solares que fazem parte da contagem na China, além de fazer alusão à 24ª edição dos Jogos de Inverno. A contagem regressiva chegou ao fim com a representação do início da primavera. Um show de luzes e coreografia inundaram o palco em tons de verde. A cerimônia não contou com cantores, dançarinos ou atores profissionais. Todos eram cidadãos comuns, estudantes e trabalhadores que se voluntariaram a participar.

A cerimônia teve a supervisão do renomado diretor de cinema chinês Zhang Yimou, famoso pelos filmes "Lanternas Vermelhas", "Herói" e "O Clã das Adagas Voadoras". Ele também será responsável pela festa de encerramento dos Jogos.

Sob os olhares dos presidentes da China, Xi Jinping, e do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e ao som da música tocada no trompete por um menino, a bandeira do país foi levada ao palco por representantes das 56 etnias que formam o povo chinês. Foi dado, então, o início à apresentação artística da festa. Uma linda cascata de luz, simulando o Rio Amarelo, um dos maiores do país, invadiu o palco e fez surgir um imenso e simulado bloco de gelo. Em imagens refletidas, a lembrança das 23 edições anteriores dos Jogos.

 

Desfiles enxutos

O bloco, como se fosse talhado, deu lugar aos aros olímpicos. Foi a deixa para o início do desfile das delegações dos países, aberto, como sempre, pela Grécia. Em meio à realidade pandêmica, muitas delegações precisaram se adaptar. Foi um desfile mais enxuto, sem boa parte dos atletas que disputarão os Jogos. Os Estados Unidos, por exemplo, precisaram trocar sua porta-bandeira. Elana Meyers Taylor, do bobsled, havia sido a escolhida, mas testou positivo para Covid-19 e deu lugar a Brittany Bowe, da patinação de velocidade.

Ainda assim, houve espaço para improvisos e festa. A equipe de bobsled da Jamaica cruzou o palco em uma dança. Entre os atletas do Japão, houve quem tentasse uma pirueta. O Brasil foi o 16° país a desfilar. Jaqueline Mourão e Edson Bindilatti foram os porta-bandeiras. Ao lado deles, Anders Pettersson, chefe de missão do Time Brasil em Pequim, e Andrea Leibovitch, gestora esportiva do COB.

Algumas outras delegações, como a do Canadá, da Finlândia e da própria, optaram por levar boa parte de seus atletas ao desfile. Outro destaque foi a presença de um novo besuntado, Nathan Crumpton, do skeleton, porta-bandeira de Samoa Americana.

Ao final, novos efeitos de luzes fizeram nevar flocos no Ninho do Pássaro, com os nomes dos países que estarão nos Jogos. Todos deram origem a um floco de neve gigante, que voou pelo palco em Pequim, em um dos momentos mais bonitos da cerimônia.

Na sequência, um novo momento protocolar, com os discursos de Cai Qi, prefeito de Pequim e presidente do Comitê Organizador dos Jogos 2022, e de Thomas Bach. Nas palavras dos dirigentes, a celebração dos Jogos e a reafirmação dos cuidados diante da pandemia de coronavírus. Na sequência, Xi Jinping deu início oficial aos Jogos.

Pira acesa em Pequim

No décimo seguimento da cerimônia, um tributo a todos os povos, com imagens de cidadãos de todos os cantos do mundo, além de referências aos desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19. Na sequência, nomes do esporte chinês entraram no estádio com a bandeira olímpica. Depois de apresentações musicais, o momento mais esperado: o acendimento da tocha.

Weichang Zhao, Yan Li, Yang Yang, Bingtian Su, Yang Zhou, representando as últimas décadas do esporte chinês, fizeram a reta final do revezamento da tocha. No fim, coube à dupla Dinigeer Yilamujiang e Jiawen Zhao acender a pira olímpica, com a tocha ao centro do floco de neve.

 

 

Por Flavio Dilascio e Winne Fernandes / GE

JAPÃO - Um dia depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, fez um pronunciamento nesta segunda-feira para agradecer à população japonesa por ajudar o país realizar a Olimpíada com segurança, apesar das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus.

Suga ressaltou que os Jogos Olímpicos foram adiados por um ano e mantidos sob rígidas restrições, mas "acredito que fomos capazes de cumprir nossa responsabilidade como o anfitrião", disse o primeiro-ministro, agradecendo ao povo por sua compreensão e cooperação.

A Olimpíada de Tóquio-2020, com duração de 17 dias, foram disputados principalmente sem espectadores nos locais de competição. Atletas ficaram em uma bolha de isolamento, rapidamente tinham que colocar máscaras fora de seu campo de jogo e tiveram que deixar o Japão logo após o término de suas participações.

Mas os Jogos Olímpicos foram um testemunho de perseverança, como Yoshihide Suga observou ao elogiar os atletas japoneses para o recorde nacional de 58 medalhas em uma edição de Olimpíada. "Alguns ganharam medalhas e outros não, mas todas as suas performances foram emocionantes", afirmou.

O primeiro-ministro falou sobre a Olimpíada em uma cerimônia em Nagasaki, nesta segunda-feira, que marca o 76.º aniversário do bombardeio atômico dos Estados Unidos na cidade japonesa. Ele foi criticado por forçar a realização do evento esportivo a um público japonês que não queria ficar isolado em suas casas durante a pandemia.

O Japão já contabilizou 1 milhão de infecções pela covid-19 e mais de 15.700 mortes, se saindo melhor do que muitos países, mas a variante Delta está causando muitos casos recentes e acelerando a propagação do vírus.

Os novos casos diários de Tóquio mais do que dobraram durante a Olimpíada, com 2.884 registrados nesta segunda-feira para um total de 252.169 casos provinciais. Com hospitais de Tóquio ficando lotados de casos graves, quase 18 mil pessoas com casos leves são obrigados a se isolarem em suas residências.

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Pesquisas de opinião pública mostram que o apoio ao governo de Yoshihide Suga está completamente declinando, uma trajetória que o partido do governo espera que o fim das Olimpíadas reverta antes das eleições que são esperadas em breve.

 

 

*Por: ESTADÃO

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