SÃO CARLOS/SP - Representantes da Prefeitura Municipal de São Carlos, por meio das secretarias municipais de Saúde e Governo, do Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais (SINDSPAM) e da Comissão de Saúde e Promoção Social da Câmara Municipal estiveram reunidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cidade Aracy na manhã desta terça-feira (14/02) para debater ideias quanto a operacionalização da reforma daquela unidade, no sentido de não acarretar prejuízos no atendimento à população.
Recentemente, a Prefeitura concluiu a licitação referente ao Processo Administrativo nº 2172/22 – SMS, que prevê a pintura, adequação hidráulica, impermeabilização das lajes, revestimento, cobertura e instalação elétrica da UPA Cidade Aracy. A obra foi orçada em R$ 258.388,36 e tem 90 dias como prazo para execução, mas, em função do objeto de contratação, algumas salas precisarão ficar inutilizadas por determinado tempo para que os reparos aconteçam, o que eventualmente pode prejudicar a execução habitual de alguns dos serviços oferecidos na unidade.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Jôra Porfírio, existe uma preocupação dupla em relação ao andamento da obra, seja pelas condições de trabalho dos servidores ou pelo atendimento à população. “Estamos com a licitação concluída e, com essa reunião, buscamos viabilizar a operacionalização da obra observando o ponto de vista dos servidores, do SINDSPAM e com o apoio da Câmara Municipal. Como será uma obra abrangente, existe essa preocupação quanto ao fluxo de atendimento e com a própria estrutura disponível da UPA Aracy no intuito de não acarretar prejuízos no atendimento à população. Agora, faremos uma reunião também com a empresa vencedora para entender seu planejamento e juntos realizarmos uma obra eficiente e sem danos relevantes nos serviços ofertados”, ressalta a secretária.
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que deve retornar ao País em março para fazer oposição a Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse se enxergar como a única liderança de direita do País e manifestou a intenção de apoiar a campanha de cerca de 5 mil candidatos alinhados a ele nas eleições municipais de 2024. O político está nos Estados Unidos desde a última semana de dezembro.
Apesar de planejar o retorno ao País, Bolsonaro admitiu ter medo de ser preso. Segundo ele, “uma ordem de prisão pode vir do nada” no Brasil, relembrando o caso do ex-presidente Michel Temer, que foi preso preventivamente em março de 2019 por suspeitas de corrupção. As declarações foram feitas ao jornal americano Wall Street Journal, em entrevista publicada nesta terça-feira, 14.
Ao Wall Street Journal, o ex-presidente reconheceu a derrota nas urnas e afirmou que perder “faz parte do processo eleitoral”. Ele recuou das acusações de fraude na votação, mas insistiu em desqualificar as autoridades eleitorais. “Eu não estou dizendo que houve fraude, mas o processo foi enviesado”, afirmou.
Questionado sobre os atos extremistas de 8 de janeiro, quando apoiadores de seu governo invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília, o ex-presidente negou ter responsabilidade pelo ocorrido. “Eu não estava nem lá, e querem atribuir a mim”, afirmou.
O político opinou, ainda, que a depredação aos prédios públicos não foi uma tentativa de golpe: “Golpe? Que golpe? Onde estava o mandante? Onde estavam as tropas, onde estavam as bombas?”
Pandemia
Bolsonaro afirmou que teria outra postura diante da pandemia de covid-19 se pudesse voltar no tempo. “Eu não diria nada, deixaria o problema para o Ministério da Saúde”, declarou. O político mencionou a crise sanitária ao ser questionado se teria feito algo diferente em seu governo. Quando a situação epidemiológica começou a se agravar no Brasil, em março de 2020, o então presidente fez pronunciamento em cadeia nacional e chamou a doença de “gripezinha”.
O ex-presidente também relembrou a ocasião em que associou a aplicação de vacinas a “virar jacaré”. “Foi só uma figura de linguagem, e eu fui martelado por isso”, disse. Durante seu mandato, o presidente fez diversas declarações desacreditando a eficácia das vacinas e foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis omissões na Saúde. O colegiado chegou a investigar denúncias de propina na compra de vacinas por representantes de seu governo.
ALEMANHA - O líder da CDU, Friedrich Merz, vê confirmada sua guinada à direita dentro do partido com vitória conservadora na eleição da capital. Difícil vai ser achar um parceiro para governar.
O mapa da votação realizada no domingo passado (12/02) na cidade-Estado de Berlim parece com uma folha verde queimada nas bordas: uma grande mancha verde na região central, que é dominada pelo Partido Verde, cercada de preto, a cor que normalmente é usada para representar os conservadores da União Democrata Cristã (CDU).
O mapa pode até não ser perfeito como representação visual, pois quem ficou em segundo lugar na contagem geral de votos foi o Partido Social-Democrata (SPD), mas ilustra a divisão cultural que permeia toda a Alemanha: uma geração jovem, urbana, de centro-esquerda, preocupada com as mudanças climáticas, e do outro lado uma geração mais velha, suburbana, cuja principal preocupação é a criminalidade.
Nach der #BerlinWahl2023 ist deutlich: Wo die Karte 2021 rot war, ist sie nun schwarz. Die SPD konnte keinen Wahlkreis für sich entscheiden – die CDU konnte aufholen und wurde zum Wahlgewinner. Innerhalb des Berliner S-Bahn Rings wurde vorwiegend Grün gewählt. #rbbwahl #aghw23 pic.twitter.com/JbZncq4RQW
— rbb|24 (@rbb24) February 13, 2023
A CDU, que foi de longe o partido mais votado, com mais de 28% dos votos, se impôs, ao que tudo indica, por ter focado no tema segurança e ordem. Uma pesquisa do instituto Infratest Dimap mostrou que essa foi a questão mais importante para os eleitores berlinenses de um modo geral: 23% a escolheram como sua principal preocupação, à frente de moradia (17%) e clima (15%). E a CDU, para a maioria dos eleitores, é o partido mais adequado para tentar resolver o problema.
Violência no réveillon
As cenas de violência vistas no réveillon em bairros de Berlim certamente ajudaram a CDU. Pesquisas de novembro e dezembro mostravam SPD, CDU e Partido Verde numa disputa acirrada. Na primeira semana de janeiro (quando eleitores começaram a enviar seus votos pelo correio), a imprensa estava cheia de manchetes sobre homens jovens lançando fogos de artifício contra trabalhadores dos serviços de emergência.
Isso alimentou um debate, de conotação racista, que o candidato da CDU, Kai Wegner, soube aproveitar. Muitas regiões onde ocorreram distúrbios têm grandes comunidades de imigrantes, e Wegner abriu um debate na mídia ao exigir que o governo da cidade-Estado divulgasse os nomes dos cidadãos alemães suspeitos de envolvimento nos distúrbios, para que o público pudesse determinar se eram de origem árabe ou turca.
A sugestão de Wegner foi duramente criticada pelos adversários dele, a prefeita Franziska Giffey, do SPD, e a candidata dos verdes, Bettina Jarasch, mas parece ter tocado em preconceitos profundos na população: 83% dos eleitores que mudaram o voto para a CDU, na pesquisa da Infratest Dinap, concordam com a afirmação "acho bom que se nomeie claramente os problemas com imigrantes."
O cientista político Frank Decker, da Universidade de Bonn, considera que essa questão, em especial, pode afetar a coalizão liderada pelo chanceler federal, Olaf Scholz. "A CDU conseguiu impor que certas questões fossem transformadas em tabus", observa. "E o que chama a atenção no caso de Berlim é que essa questão ajudou a CDU mais do que a AfD. Esse voto de protesto contra a política migratória normalmente vai para a AfD."
De fato, o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou com 9% dos votos na eleição, mas isso é um aumento de apenas 1 ponto percentual na comparação com 2021, enquanto a CDU conseguiu adicionar 10 pontos percentuais ao seu resultado daquele ano. "Os partidos de centro-esquerda, em especial os verdes, vão ter de se perguntar como lidar com a questão", diz Decker. "E essa é uma questão permanente. Esta é uma sociedade de migração, além disso estamos lidando com a questão dos refugiados já faz um tempo."
Migração e mudanças climáticas
Essa perspectiva deverá dar novo ímpeto ao líder nacional da CDU, Friedrich Merz, que participou da campanha eleitoral em Berlim e abriu seu próprio debate de teor racista em janeiro, com seu comentário sobre "pequenos paxás".
Num debate na televisão, Merz fez uma relação causal direta entre os distúrbios no réveillon em Berlim e crianças árabes de 8 anos em escolas primárias alemãs que, segundo ele, não têm respeito por professoras. "É aí que tudo começa", afirmou Merz. "São predominantemente pessoas jovens do mundo árabe que não estão preparadas para seguir as regras aqui na Alemanha."
A outra questão da eleição regional de Berlim que deverá se tornar decisiva para a política nacional é a política climática – em especial para os automóveis. Jovens ativistas alemães começaram a confrontar motoristas pelo país bloqueando ruas, e os planos do Partido Verde para transformar em áreas de pedestres partes da capital afastaram eleitores conservadores.
"Tráfego desempenha um papel grande em emissões, e há uma necessidade objetiva de que algo seja feito, mas é um tema altamente controverso, sobretudo em grandes cidades", diz Decker. "É muito difícil reduzir o tráfego, e há um grande potencial de conflito, e a coalizão em nível federal terá que abordar isso também."
Próxima coalizão
A vitória de Wegner em Berlim é também uma vitória para Merz, um antagonista da ex-chanceler federal Angela Merkel na CDU: esse foi o primeiro parlamento regional no qual a CDU conseguiu tirar a maioria do SPD na era pós-Merkel. O problema é que nenhum governo alemão funciona sem coalizão, e mesmo uma CDU mais à direita terá que fazer concessões centristas.
Pelo resultado das urnas, a atual coalizão de esquerda que governa Berlim, formada por SPD, Partido Verde e A Esquerda, ainda tem maioria parlamentar – o que significa que a CDU, para liderar um governo, terá de fazer generosas concessões ao SPD ou aos verdes para atraí-los para uma coalizão.
"Isso obviamente não é uma derrota para Merz, mas também não o ajuda muito", comenta Decker. "Acho provável que a atual coalizão se mantenha no poder, assim a CDU não terá muito de sua vitória eleitoral."
Scholz, aparentemente, saiu da eleição sem maiores danos. Apesar de os social-democratas terem obtido um dos piores resultados da história na capital, pesquisas mostram que os eleitores culpam o SPD local por um mau governo na cidade-Estado.
Governar sem os liberais
Uma outra consequência importante da eleição em Berlim está relacionada ao Partido Liberal-Democrático (FDP). Esse parceiro natural de coalizão para a CDU tem acumulado maus resultados em eleições regionais, o que se confirmou mais uma vez no domingo passado, em Berlim, quando o FDP ficou abaixo da barreira de 5% dos votos para entrar no parlamento local.
Com o FDP relegado a uma posição de partido nanico, a CDU acaba sendo forçada – tanto agora em Berlim como talvez na próxima eleição nacional – a achar pontos em comum com o SPD ou com o Partido Verde.
Autor: Ben Knight / DW
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal vai realizar nesta quinta-feira (16), às 19h, uma audiência pública para discussão de assuntos relacionados ao tema “enchentes em São Carlos”. A audiência foi solicitada pelo vereador Djalma Nery.
A Audiência deverá contar com a presença do Ministério Público, das Secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Serviços Públicos e Obras Públicas. Além destes, também deverão comparecer representantes da empresa Rumo Logística, a Professora Dra. Luciana Schenk, que leciona na Universidade de São Paulo (USP), e representantes da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC) e da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (AEASC).
Djalma estendeu o convite à população são-carlense, e comentou que “a participação da sociedade para tratar desse assunto que afeta boa parte da cidade é muito importante para ampliar o debate”.
CHINA - O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, desembarcou nesta terça-feira na China à frente de uma ampla delegação para uma visita de três dias, durante a qual pretende fortalecer a cooperação econômica e consolidar as relações entre os dois países.
Raisi se reunirá em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping, com quem deve assinar uma série de "documentos de cooperação", informou Teerã.
Ele é acompanhado na visita pelo presidente do Banco Central e pelos ministros do Comércio, Economia e Petróleo.
Irã e China têm grandes vínculos econômicos, em particular nas áreas de energia, transporte, agricultura, comércio e investimento. Em 2021 os dois países assinaram um "acordo de cooperação estratégica".
As duas nações enfrentam pressões do Ocidente por suas posturas sobre a invasão russa da Ucrânia.
Teerã é um dos poucos aliados que restam a Moscou, que enfrenta um crescente isolamento desde a invasão, que completará um ano na próxima semana.
Os países ocidentais acusam o Irã de vender drones armados à Rússia para uso na guerra na Ucrânia, acusação que Teerã nega.
A ofensiva de Moscou na Ucrânia é uma questão delicada para Pequim, que procura seguir uma postura neutra, mas tem oferecido apoio diplomático à Rússia, sua aliada estratégica.
De acordo com a agência estatal de notícias IRNA, Raisi participará em reuniões com empresários chineses e iranianos que moram na China.
A China é a principal parceira comercial do Irã, de acordo com a IRNA. Com base em dados oficiais, o Irã exportou 12,6 bilhões de dólares para a China e importou US$ 12,7 bilhões de seu sócio nos primeiros 10 meses do ano passado.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio das secretarias municipais de Saúde e Governo, reuniu-se com a nova diretoria do Ambulatório Médico de Especialidades (AME São Carlos) na manhã desta segunda-feira (13/02), no Paço Municipal, participando de uma apresentação dos novos projetos deste serviço de saúde na cidade e esclarecendo dúvidas, como forma de aglutinar ideias para aprimorar a qualidade do atendimento à população.
Recentemente, o AME São Carlos passou por uma troca no comando administrativo. Vinculado diretamente ao Governo do Estado e tendo a função de acolher pacientes referenciados de São Carlos e microrregião, o ambulatório era gerido pela Santa Casa de Marília, cujo contrato terminou no final de 2022. Posteriormente, a Santa Casa de Franca assumiu os trabalhos e, com este encontro, procurou aprofundar seu contato com a administração pública municipal.
O presidente do grupo Santa Casa de Franca, Tony Graciano, discorreu sobre a estrutura que a entidade atende atualmente e os projetos para a unidade de São Carlos. “O grupo Santa Casa de Franca faz a gestão de seis equipamentos do Governo do Estado de São Paulo. Como estamos chegando agora em São Carlos, solicitamos esta reunião para que os integrantes da Prefeitura pudessem nos conhecer a fim de saber melhor sobre o nosso trabalho. Temos a expectativa de crescimento do AME São Carlos e, sobretudo, de começar a fazer o AME Cirúrgico em São Carlos, ainda que timidamente e sabendo que isso depende do Governo do Estado, com as cirurgias de catarata e outros procedimentos”, destacou Graciano.
Atenta aos objetivos da nova gestão da unidade, a secretária municipal de Saúde, Jôra Porfírio, desejou sucesso na empreitada e colocou a pasta à disposição para agregar esforços. “Inicia-se um novo ciclo no AME São Carlos, onde os representantes da Santa Casa de Franca nos disseram que vêm para somar e, consequentemente, tentar viabilizar um trabalho de excelência com a população. A proposta é muito boa e esperamos que tenhamos principalmente um atendimento de qualidade, pois quem ganha com isso é a saúde do nosso município”, comentou Jôra.
Na mesma linha, o secretário municipal de Governo, Netto Donato, pregou pelo diálogo para que São Carlos seja bonificada com a chegada da Santa Casa de Franca ao AME. “O projeto é interessante e, no que vier para auxiliar na estruturação dos serviços de saúde, certamente terá o apoio da Prefeitura e do nosso prefeito Airton Garcia”, salienta Donato.
A reunião também contou com a participação da diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS-III Araraquara), Sônia Regina Souza Silva, da vereadora Cidinha do Oncológico e de diretores da Santa Casa de Franca.
SÃO CARLOS/SP - A vereadora Cidinha do Oncológico esteve na Área de Preservação Permanente (APP) do Parque das Nascentes do Córrego Tijuco Preto, localizada na rua Monteiro Lobato, para verificar as condições do local, conforme solicitações de moradores.
Acompanhada do secretário de Serviços Públicos, Mariel Pozzi Olmo, e do secretário adjunto, José Augusto, Cidinha apontou e debateu a necessidade de melhorias no local, como a desobstrução dos bueiros entupidos por lixo e folhas; poda das árvores, que, por estarem muito grandes, prejudicam a iluminação da área durante a noite, provocando insegurança nos moradores e pedestres que por ali circulam. Também apontou a necessidade de limpeza das margens do córrego, para que as chuvas escoem sem causar risco de inundações. A vereadora protocolou um requerimento na Câmara formalizando o pedido à Prefeitura para a realização destes serviços.
Durante a visita, Cidinha agradeceu ao secretário, Mariel, e ao secretário adjunto, José Augusto, “pela prontidão em atender esta demanda da associação de moradores e amigos vizinhos do Parque das Nascentes do Tijuco Preto”. A parlamentar ainda destacou que “a área de preservação é de extrema importância para diminuir os impactos causados na natureza e assegurar o bem-estar da população, por isso precisamos cuidar e conservar”.
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira (10), em entrevista exclusiva à CNN, que se autorizasse o envio de munições para o conflito entre Rússia e Ucrânia seria o mesmo que entrar na guerra.
“Lógico que ela [a Ucrânia] tem o direito de se defender. Lógico que ela tem o direito de se defender, até porque a invasão foi um equívoco da Rússia. Ela não poderia ter feito isso. Afinal de contas, ela faz parte do Conselho de Segurança Nacional. Ou seja, isso não foi discutido no Conselho de Segurança. O que eu quero é dizer o seguinte: olha o que tinha que ser feito de errado já foi feito”, explicou Lula à Christiane Amanpour, da CNN, em Washington, nos Estados Unidos. "Eu não quis mandar [munição para Ucrânia], porque se eu mandar, eu entrei na guerra. E eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com a guerra", afirmou.
O presidente Lula declarou que trabalhará para construir um caminho para pacificação no cenário global. O pedido de munição de tanques foi feito pelo governo da Alemanha para apoiar a Ucrânia, em guerra com a Rússia.
"Estou comprometido com a democracia. No caso da Ucrânia e da Rússia, é preciso que alguém esteja falando sobre paz. Precisamos falar com o presidente Putin sobre o erro que foi a invasão [do território ucraniano], e devemos falar para a Ucrânia conversar mais. O que quero dizer a Biden é que é necessário um grupo de países pela paz", disse. “Agora é preciso encontrar pessoas para tentar ajudar a consertar. E eu, eu sei que o Brasil não tem muita importância no cenário mundial, nessa lógica perversa dos conflitos do mundo. Mas eu posso te dizer que eu vou me dedicar para ver se encontro um caminho para alguém falar em paz”, acrescentou.
Lula ainda falou sobre o papel da democracia e os efeitos da divisão política com o crescimento da extrema direita no mundo.
“Nunca poderíamos imaginar que em um país que era o símbolo da democracia no mundo — alguém pudesse tentar invadir o Capitólio”, disse Lula, ao se referir à invasão do Capitólio, sede do legislativo dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.
O presidente afirmou que as forças de segurança que atuavam em Brasília no dia 8 de janeiro estavam comprometidas com os atos de vandalismo que destruíram as sedes dos Três Poderes. Lula destacou que foi necessária uma intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal para controlar o problema.
“Eu posso te garantir que a impressão que eu tenho é que todas as forças que tinham que cuidar da segurança de Brasília estavam comprometidas com o golpe”, disse.
Questionado se tratará sobre extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro do ano passado, Lula afirmou que só falará caso o presidente americano Joe Biden aborde o assunto.
"Um dia ele terá que voltar ao Brasil e enfrentar os processos a que responde. Não vou falar com Biden sobre extradição do Bolsonaro, isso depende dos tribunais, e quero que ele seja considerado inocente até que seja provado o contrário, o que não aconteceu comigo. Só falo com Biden sobre isso se ele falar."
O presidente Lula está nos Estados Unidos onde se encontra com o presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington. A reunião vai marcar a retomada da relação entre os dois países, que em 2024 vai completar 200 anos de diplomacia.
Na manhã desta sexta-feira, Lula se encontrou com parlamentares do partido Democrata. Por meio das redes sociais, o presidente disse que foram tratados de "programas sociais que desenvolvemos no Brasil, a preocupação que compartilhamos sobre o meio ambiente e futuro do mundo e enfrentamento à extrema-direita e fake news nas redes sociais".
NICARÁGUA - Milhares de pessoas foram às ruas na Nicarágua, no sábado (11), para demonstrar seu apoio à decisão do presidente Daniel Ortega de libertar e expulsar para os Estados Unidos 222 opositores, acusados de serem "traidores da Pátria".
A marcha governista percorreu as principais ruas de Manágua, onde os participantes, com bandeiras de Nicarágua, Venezuela, Cuba e da governista Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), entoaram palavras de ordem a favor do governo e contra os opositores.
Alguns levavam balões em forma de avião, em referência ao meio utilizado para transportar os opositores para Washington. A expulsão dos 222 aconteceu na quinta-feira, 9 de fevereiro.
No final da marcha, houve um espetáculo musical, onde foi executada uma canção que qualificava os opositores exilados como “golpistas”, “traidores” e “assassinos”.
Entre os libertados e expulsos do país nesta semana estão ex-candidatos à presidência, jornalistas, ex-comandantes guerrilheiros sandinistas, ex-ministros e ex-diplomatas.
Além disso, um tribunal da Nicarágua condenou o bispo católico Rolando Álvarez a 26 anos de prisão, na sexta-feira, um dia depois de ele se recusar a ir para os Estados Unidos com os demais opositores.
Neste domingo (12), o papa Francisco manifestou sua "preocupação" e "tristeza" com a situação na Nicarágua, especialmente o bispo Rolando Álvarez.
“As notícias que chegam da Nicarágua me entristeceram muito”, disse o pontífice argentino, ao final de sua tradicional oração do Ângelus na Praça de São Pedro.
"Não posso deixar de recordar, com preocupação, o bispo de Matagalpa, monsenhor Rolando Álvarez, de quem tanto gosto", acrescentou, "e também as pessoas que foram deportadas para os Estados Unidos".
Francisco disse rezar por todos eles e "por aqueles que sofrem nessa querida nação".
Também pediu aos líderes políticos para seguirem o caminho da “busca sincera da paz, que nasce da verdade, da justiça, da liberdade e do amor, e se alcança através do exercício paciente do diálogo”.
Centenas de opositores foram detidos na Nicarágua no contexto da repressão que se seguiu aos protestos de 2018 contra Ortega. Ele está no poder desde 2007 e foi reeleito sucessivamente.
Alguns nicaraguenses viram a libertação dos opositores como um sinal de boa vontade para com os Estados Unidos, que impuseram sanções a Manágua.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, elogiou a soltura dos opositores e disse que pode abrir caminho para um diálogo com Ortega.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas, instruiu Processo Administrativo para contratação de empresa especializada na execução de serviços de recapeamento asfáltico, no valor de R$ 3,2 milhões, e que contemplará diversas regiões do município.
A maioria dos recursos é proveniente de emendas parlamentares estaduais, totalizando cerca de R$ 2,2 milhões nesta modalidade, além de uma contrapartida de pouco mais de R$ 1 milhão com recursos dos cofres públicos municipais. As verbas estaduais foram destinadas pelos deputados Carlos Sampaio, Fernando Capez, Itamar Borges e Paulinho da Força, bem como da Casa Civil do Governo do Estado.
Neste processo, serão beneficiadas as ruas João Tonissi (Jardim Hikari), José Favoretto, Vicente Petrilli, Luigi Mazziero e Romildo Bruno (Parque Industrial), Luiz Paulino dos Santos, José Geraldo Machado, Bruno Pauka e José Freitas de Souza (Antenor Garcia) e Avenida São Carlos (entre as ruas Raimundo Corrêa e Santa Cruz), em uma área compreendida de 38.332 m².
De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas, João Muller, a junção de forças entre agentes do município e do Estado foi fundamental para a viabilização dos recursos. “Com apoio dos nossos vereadores junto aos deputados estaduais e o respaldo do prefeito Airton Garcia, conseguimos um valor significativo para investimento em recapeamento de vias públicas. Se tudo der certo, dentro do direito administrativo e seus procedimentos, acredito que licitaremos até o final de março e executaremos as obras até o final do primeiro semestre”, disse Muller.
De acordo com o secretário de Governo, Netto Donato, além deste processo que será aberto, a Prefeitura tem mais três licitações em andamento para recapeamento asfáltico. “Vamos atender ruas e bairros como Valparaíso, Jardim São Rafael, Jardim Tangará, Jardim Paulistano e Jóquei Club, com investimento aproximado de mais R$ 2,1 milhões na somatória dos três processos”, explicou Donato.
O prefeito Airton Garcia disse que até o fim do seu segundo mandato quer recapear mais de 90% das vias da cidade. “Também estamos aguardando R$ 15 milhões via DesenvolveSP para levar o serviço de recape para outras regiões da cidade”, finalizou o prefeito de São Carlos.
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