SÃO CARLOS/SP - Os vereadores Djalma Nery, Professora Neusa e Fabio Zanchin, integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Proteção Animal da Câmara Municipal, estiveram fiscalizando diversas situações no Parque da Nascente do Tijuco Preto.
Acompanhados de equipes da secretaria municipal de Meio Ambiente e da secretaria de Serviços Públicos e moradores locais, os vereadores percorreram a distância entre a nascente e a ponte na rua Totó Leite. O vereador Djalma Nery comentou que “juntos, apontamos os principais problemas e sugerimos soluções que serão encaminhadas para execução junto a Secretaria de Meio Ambiente”.
Além do Parque, visitaram também as obras do empreendimento Monte Soleil da MRV, onde foi cobrada celeridade nas correções das obras de drenagem e esgotamento sanitário, para adequarem-se aos termos da legislação ambiental.
ESPANHA - No próximo domingo (23), a Espanha vai às urnas para eleições legislativas que, segundo as pesquisas, devem devolver o poder à direita e fortalecer o domínio dos partidos conservadores na União Europeia.
Convocadas pelo presidente de governo, o socialista Pedro Sánchez, após a debacle da esquerda nas eleições municipais de 28 de maio, o pleito geral antecipado também pode trazer a extrema direita para o seio do governo pela primeira vez desde a morte do ditador Francisco Franco há meio século.
Uma situação que confirmaria "um processo contínuo e paulatino de normalização da extrema direita a nível europeu", afirmou à AFP o historiador Steven Forti, professor da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB).
Assim, muita coisa está em jogo tanto para Sánchez, no poder desde 2018 à frente de uma coalizão minoritária que passou a contar com o partido de esquerda radical Podemos em 2020, como para a esquerda europeia.
"É evidente que existe um movimento de fundo [na Europa] e a Espanha é uma barreira de contenção bastante importante para essa corrente regressiva e reacionária", afirmou em junho ao jornal La Vanguardia a ministra para a Transição Ecológica, Teresa Ribera, em referência a uma possível coalizão de governo entre direita e extrema direita.
- O medo do Vox -
Desde as eleições municipais, o triunfo do Partido Popular (PP, conservadores) de Alberto Núñez Feijóo nas legislativas de 23 de julho parece inevitável.
A única dúvida é se haverá necessidade de uma aliança com o Vox, um partido ultranacionalista e ultraconservador nascido em 2013 de uma cisão no PP, para alcançar a maioria absoluta de 176 deputados necessária para formar governo.
A dinâmica da direita perdeu impulso quando o PP foi obrigado a negociar acordos com o Vox para formar governo em algumas regiões que estavam sob controle da esquerda.
Como esperava Sánchez, o PP e seu líder não saíram ilesos dessas negociações, com a rejeição do Vox a falar de "violência de gênero" e sua negação da mudança climática.
Posições extremas que não são as do PP, mas que permitiram a Sánchez fazer campanha pedindo que os eleitores a não votassem nos conservadores porque isso significaria levar o Vox para o governo e causar retrocessos sociais.
Seu objetivo é duplo: dissuadir o eleitor de centro a votar no PP e mobilizar os 500 mil simpatizantes da esquerda que não compareceram às urnas em 28 de maio.
Mas as esperanças escassas de Sánchez de uma "virada" se viram frustradas depois de seu fraco desempenho diante de Feijóo no único debate televisionado entre ambos, em 10 de julho, que levou ao crescimento do PP nas pesquisas.
Sánchez gabou-se de seu desempenho na economia, que é bastante positivo no contexto europeu, com uma Espanha que cresceu 5,5% em 2022 e se tornou, em junho, a primeira grande economia da UE em que a inflação caiu para menos de 2% (1,9%). O problema para ele, no entanto, é que a percepção dos espanhóis sobre a própria situação econômica continua sendo muito negativa.
- 'Derrubar o sanchismo' -
O líder socialista também aumentou suas entrevistas em programas de grande audiência que costumava ignorar.
"Sánchez reconhece que errou ao não comparecer nos meios de comunicação que considerava hostis", resumiu a cientista política Cristina Monge.
Mas talvez seja tarde para Sánchez, que conta com uma imagem muito negativa para além da esquerda, e que deteriorou ainda mais com os efeitos devastadores de leis promovidas pelo Podemos.
Isso facilitou a campanha do PP, que popularizou o lema "derrubar o sanchismo". Nas palavras de Núñez Feijóo, isso significa abolir "todas aquelas leis inspiradas nas minorias e que atentam contra as maiorias".
O Podemos, que está em queda livre, resignou-se a ser absorvido por uma nova coalizão de esquerda radical, Sumar (Somar, em português), dirigida pela ministra do Trabalho, a comunista Yolanda Díaz, com quem os socialistas buscam formar uma nova coalizão de governo. Uma hipótese pouco provável com base nas pesquisas, embora a Sumar brigue pelo terceiro lugar com o Vox.
Também pode influir no resultado a data do pleito, em pleno verão europeu, com milhões de espanhóis de férias que, se quiserem votar, terão que fazê-lo por correio.
Os especialistas consideram que é cada vez menos improvável um cenário vivenciado há alguns anos, de um Parlamento sem uma maioria de governo viável, o que levaria a novas eleições nos meses seguintes.
BRASÍLIA/DF - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda fala em “nossa gestão” e usa verbos no presente para mostrar ações do governo dele, apresentadas com muitos números e misturadas a vídeos em que aparece cumprindo tarefas da “vida comum”, nas redes sociais. O gesto, segundo especialistas, é uma estratégia para reter um apoio que está cada dia menor e reforçar, simbolicamente, a narrativa de “injustiçado”.
Fora do governo há mais de seis meses, Bolsonaro foi declarado inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Paralelo a isso, a aprovação da reforma tributária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta como derrota para o ex-governante. Apesar de ele insistir para que o seu partido fosse contra a proposta, o texto passou na Câmara com um placar folgado e o apoio de 20 deputados do PL.
No início da semana, por exemplo, Bolsonaro relembrou um decreto antigo de autoria dele que estabelece a obrigatoriedade do pregão eletrônico em cidades pequenas. “Essa iniciativa do Governo Bolsonaro amplia a concorrência nas licitações públicas e permite que empresas de todo o Brasil participem destes processos realizados pelos Municípios”, escreveu o ex-presidente. O decreto, contudo, é de setembro de 2019, primeiro ano do governo dele.
-Essa iniciativa do Governo Bolsonaro amplia a concorrência nas licitações públicas e permite que empresas de todo o Brasil participem destes processos realizados pelos Municípios.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 10, 2023
-Tal iniciativa é também uma forma de combater a corrupção.
O ex-presidente frequentemente apresenta números que demonstram ações da gestão dele e compara suas práticas com as do governo Lula. Há alguns dias, por exemplo, ele usou a frase “governo Bolsonaro repassa R$ 722 milhões para estados e DF investirem em segurança pública”, no tempo presente. O investimento foi feito em novembro de 2022, nos últimos dias de mandato.
A estratégia vem sendo utilizada com mais força em momentos mais sensíveis para o ex-presidente, como a posse de Lula e a decisão do TSE que o tornou inelegível. Nos últimos dias, a aprovação da reforma tributária na Câmara foi o ponto-chave.
“Bolsonaro age com a intenção de atrair parte da opinião pública a favor da sua causa, de que foi supostamente injustiçado e que as forças do Judiciário tentam boicotá-lo. É também uma forma de criar uma situação quase que utópica”, avaliou o cientista político Paulo Ramirez, doutor pela PUC-SP e professor da ESPM. Ele também observa que ex-presidente reforça a oposição da sua base a Lula.
Como mostrou a Coluna do Estadão, Bolsonaro ainda tem influência no seu segmento político, mas vem em crescente desprestígio entre os pares. A aprovação da reforma tributária expôs essa tendência: enquanto o ex-presidente rivalizou com a proposta, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, buscou apaziguar os ânimos da base e defendeu a negociação de emendas com o governo.
Para Ramirez, Bolsonaro virou “carta fora do baralho”. “Ele tenta recuperar o apoio que está perdendo gradualmente. E também visa reforçar sua influência para as eleições do próximo ano, pois ainda tem um capital político muito forte”, disse o professor.
Vida ‘comum’
Outra linha frequente nas redes sociais de Bolsonaro são publicações que mostram o ex-presidente cumprindo tarefas da vida ordinária, cercado de demonstrações de apreço dos seus correligionários. Embora ele já fizesse isso durante a gestão, hoje o ex-presidente aparece mais acessível, com menos assessores e sem “cercadinhos”. O gesto reforça a narrativa de que ele é um outsider do mundo político, embora tenha sido deputado por mais de 30 anos antes de assumir a Presidência.
Uma situação que simboliza esse movimento foi a noite da última sexta-feira, 14. Bolsonaro esteve em Goiânia, um dos seus redutos eleitorais (nas eleições passadas, ele teve 58,7% dos votos do Goiás), para “ir ao dentista e tomar caldo de cana”, de acordo com o que divulgou o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). Cercado por uma grande quantidade de apoiadores, o ex-presidente agradeceu o carinho do público, que entoava “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”, um dos motes da oposição ao governo.
Na última segunda-feira, 10, ele publicou um vídeo cortando o cabelo em uma barbearia simples, no Distrito Federal. No vídeo, o ex-presidente se deixa fotografar pelas pessoas, tira foto com crianças e está acompanhado por apenas um assessor, que permanece distante e permite que as pessoas se aproximem do político do PL.
No dia 8 de julho, Bolsonaro renovou sua carteira de habilitação. Nas imagens divulgadas nas redes sociais, ele vai a uma clínica para fazer os exames médicos em Taguatinga (DF), aparentando estar desacompanhado. A pessoa que o filma grava o ex-presidente fazendo os testes de visão, pressão e, depois, na saída, tirando fotos com crianças.
Especialistas não enxergam ilicitudes
A inelegibilidade de Bolsonaro, declarada pelo TSE por abuso do poder político e dos meios de comunicação, levanta um alerta sobre possíveis ilícitos que o ex-presidente poderia cometer ao usar dessa estratégia nas redes sociais. Na visão dos especialistas ouvidos pelo Estadão, como Bolsonaro está fora do cenário político institucional, a hipótese é remota.
A advogada Izabelle Paes, sócia do escritório Callado, Petrin, Paes e Cezar, atua na área de Direito Eleitoral e avalia que Bolsonaro tem agido dentro dos limites da liberdade de expressão. ”Mesmo diante dessa limitação ao direito de ser votado, existe a liberdade de prosseguir divulgando as realizações do seu mandato.”
Já para o cientista social Paulo Ramirez, uma eventual responsabilização de Bolsonaro dependerá do teor daquilo que ele disser. “Na medida em que ele mentir em público, isso pode levar as autoridades do Poder Judiciário a reforçarem a incriminação em torno do ex-presidente.” Ele cita como exemplo os encontros com Marcos do Val. Depois de negar qualquer encontro entre os dois, na última quarta-feira, 12, Bolsonaro admitiu à Polícia Federal que conversou com o senador, mas sem falar em golpe de estado.
De tempos em tempos, o ex-presidente “volta a usar da estratégia de confundir a opinião pública. Quanto mais polêmicas ele cria, mais acaba atraindo apoio, mesmo daqueles que estão hoje abandonando o barco do bolsonarismo”, avalia Ramirez.
por Isabella Alonso Panho / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou na noite deste sábado (15) com destino a Bruxelas, na Bélgica, onde participará da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. O embarque foi às 22h, na Base Aérea de Brasília. Pela agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a previsão de chegada na capital belga é 16h10, horário local (11h10 pelo horário de Brasília).

Ao todo, cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos são esperados para o encontro, que ocorrerá oficialmente nos dias 17 e 18. A delegação brasileira levará à cúpula propostas de estímulo à cooperação mútua nas áreas ambiental, energética e de defesa, além do combate à fome e aos crimes transnacionais.
Embora não figure entre os principais temas da 3ª Cúpula Celac-União Europeia, as negociações para conclusão do acordo de livre-comércio entre os países do bloco europeu e do Mercosul podem ser objeto das conversas. Compõem o Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.
Segundo o Itamaraty, Lula levará ao evento o posicionamento brasileiro em relação às últimas exigências do bloco europeu para aprovar a assinatura do tratado – que incluem, entre outras coisas, a previsão de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.
Embora ainda não esteja totalmente fechada, a agenda do presidente Lula prevê reuniões e encontros com líderes políticos e empresariais europeus.
O chefe do governo brasileiro terá encontros com o rei da Bélgica, Philippe Léopold Louis Marie, e com o primeiro-ministro do país anfitrião, Alexandre De Croo. Também já foram confirmados compromissos com os representantes da Áustria e da Suécia.
Na segunda-feira (17), Lula participa do Fórum empresarial União Europeia - América Latina, pela manhã. À tarde, ocorre a sessão de abertura da Celac. No dia seguinte, ocorre a Cúpula da Celac-União Europeia. O retorno a Brasília está previsto para quarta-feira (19).
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta esteve na noite desta quinta-feira (13) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Vila Prado, acompanhando o plantão noturno e ouvindo demandas dos servidores e da população.
Desde o início de seu mandato, o parlamentar tem verificado in loco plantões nas três UPAs (Vila Prado, Cidade Aracy e Santa Felícia), além de realizar visitas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde e nas USFs (Unidade de Saúde da Família), buscando entender melhor o funcionamento de cada unidade de saúde. Recentemente, atendendo a pedido de seu mandato, de outros vereadores e da Comissão de Saúde, a Prefeitura deu início às manutenções na UPA do bairro Cidade Aracy.
O parlamentar apontou demandas emergenciais e frisou que em breve o novo aparelho de Raio-X da UPA da Vila Prado estará em funcionamento: “Acompanhando o plantão, recebi uma notícia que me deixou muito feliz: nos próximos dias, o novo aparelho de Raio-X adquirido pela Secretaria de Saúde começará a funcionar. Essa demanda tem sido pauta frequente do meu mandato e alvo de constante cobrança. Friso que esse serviço está parado há mais de um ano e, muito em breve, teremos boas novidades. Quero destacar o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde e pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal".
"Além disso, precisamos que as manutenções estruturais necessárias na unidade sejam realizadas o mais breve possível, para que possamos atender melhor todos munícipes”, disse o vereador.
Bruno Zancheta afirmou que vai realizar um relatório de sua visita e protocolar documentos que serão encaminhados à Secretaria de Saúde para que essas demandas sejam equacionadas.
BRASÍLIA/DF - O presidente Lula (PT) elogiou na sexta-feira (14) a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e mandou um recado ao centrão, que fez movimentos nos bastidores para assumir o comando da pasta.
"Tem ministros que não são trocáveis. Tem pessoas e tem funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente da República. Eu já disse publicamente: a Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra", afirmou.
A declaração foi dada em evento de sanção da lei do programa Mais Médicos no Palácio do Planalto. A ministra foi ovacionada pelos presentes em mais de uma oportunidade.
A retomada do programa é fruto da medida provisória que foi aprovada em junho pelo Congresso Nacional.
A expectativa do Ministério da Saúde é que o Mais Médicos tenha, até o fim de 2023, 15 mil novos médicos em todo país, totalizando 28 mil profissionais. O governo espera que a iniciativa resgate o acesso à saúde para mais de 96 milhões de brasileiros.
Lula criticou a extinção do programa e disse que nunca "imaginou que alguém fosse capaz de acabar com o Mais Médicos".
"Era uma coisa tão importante para a sociedade que eu não imaginava que presidente ou ministro qualquer pudesse simplesmente dizer que esse programa não vai mais acontecer, sem dizer o que ia colocar no lugar", afirmou.
Ele também voltou a afirmar que o governo trabalha para ampliar o acesso das pessoas a médicos especializados. O chefe do Executivo disse que é inadmissível que, em alguns casos, a pessoa descubra uma doença e tenha que esperar por até 9 meses para ter uma consulta com um profissional com especialização naquela área.
Na sexta (14), o presidente Lula também assinou um decreto que institui um Grupo de Trabalho Interministerial. O objetivo é discutir e propor regras para reservas de vagas aos médicos com deficiência e pertencentes a grupos étnico-raciais.
O GT, coordenado pelo Ministério da Saúde, terá a participação dos Ministérios da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Planejamento.
Logo no início desta gestão, em fevereiro, o Ministério da Saúde retomou editais que estavam paralisados pela gestão passada, causando desassistência para regiões de maior vulnerabilidade, principalmente nos territórios indígenas. Das 804 novas vagas, 152 profissionais foram direcionados para os DSEIS (Distritos Sanitários Especiais Indígenas), sendo 14 deles para o território Yanomami.
Em março, após a retomada oficial do programa, o primeiro edital foi lançado com 5.968 vagas para reposição das vagas que não foram preenchidas nos últimos anos 45% delas estão em regiões de maior vulnerabilidade. Dessas, mil vagas foram direcionadas para a região da Amazônia Legal.
Em um modelo inédito, o Ministério da Saúde lançou um novo edital com, pelo menos, 10 mil vagas em coparticipação de municípios. Essa forma de contratação garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e permanência nessas localidades.
Neste edital, 2.683 municípios solicitaram 15.838 vagas que serão analisadas de acordo com os critérios já definidos. Dessas cidades, 599 poderão ter profissionais do Mais Médicos pela primeira vez.
por RAQUEL LOPES E MATHEUS TEIXEIRA / FOLHA de S.PAULO
RÚSSIA - As percepções mundo afora sobre Vladimir Putin caíram para mínimos históricos, de acordo com uma pesquisa recentemente divulgada pela Pew Research Center, na qual pessoas de 24 países foram entrevistadas.
Não é uma novidade que a popularidade de Putin fora da Rússia sofreu uma grande baixa desde que ele tomou a decisão de invadir a Ucrânia.
Agora, após um ano e meio de conflito, 82% dos adultos entrevistados disse ver o presidente russo de forma desfavorável.
A pesquisa concluiu ainda que uma média de 87% das pessoas não tinham “muita ou nenhuma confiança” na capacidade de Putin de lidar com assuntos mundiais.
“Consistente com as visões sobre o país em geral, a confiança no presidente russo, Vladimir Putin, é extremamente baixa”, informou o Pew Research Center.
A confiança global em Putin contrasta fortemente com as classificações dadas ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelos entrevistados.
Segundo os números levantados pela pesquisa, as pessoas acreditam que o presidente ucraniano pode ser confiável em suas decisões sobre assuntos globais.
Enquanto apenas 11% das pessoas entrevistadas confiam na capacidade de Putin de lidar com assuntos mundiais, 51% disseram ter confiança em Zelensky. Entretanto, as opiniões sobre o líder da Ucrânia variam: menos da metade das pessoas confiam nele em 10 países.
O relatório do Pew Research Center observou que “a confiança em Zelensky alinha-se amplamente com as opiniões sobre o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz”.
“Uma média de 54% confia em Biden no cenário mundial, 50% confia em Macron e 49% diz o mesmo sobre Scholz”, detalha a pesquisa do Pew.
Os entrevistados na Polônia, em particular, foram extremamente críticos à invasão russa da Ucrânia e 98% deles disseram não ter confiança em Putin.
Por outro lado, a Índia seguiu um caminho muito mais intermediário com a Rússia, e isso refletiu-se nos números registrados pelo Pew Research Center. Um total de 59% dos entrevistados indianos disseram ter confiança em Putin, um aumentou de 17 pontos com relação à pesquisa Pew de 2019.
Os poloneses também tiveram a opinião mais desfavorável sobre a Rússia, com 98% dos adultos respondendo que tinham uma visão negativa do país. Já 57% dos indianos entrevistados relataram uma “opinião favorável”.
O relatório descobriu que a confiança em Putin variava de acordo com a ideologia em alguns países: “Aqueles à direita do espectro político costumam dizer que confiam em Putin, ao contrário daqueles à esquerda.”
A Itália forneceu um bom exemplo de apoio ideológico a Putin, com 16% da direita política do país dizendo que confiava no presidente da Rússia, enquanto apenas 4% da esquerda relataram o mesmo.
“Os europeus que apoiam partidos populistas de direita em seu país têm maior probabilidade de expressar confiança em Putin, em comparação com aqueles que dizem não apoiar os partidos populistas de direita em seu país”, observou o Pew Research Center.
por Zeleb.es / thedailydigest.com
PARIS - A França comemorou seu feriado nacional na sexta-feira (14) com um grande destacamento policial, semanas depois que a morte de um jovem baleado pela polícia provocou várias noites de tumultos.
Caças sobrevoaram o céu de Paris pela manhã durante o tradicional desfile militar na Champs Elysées, com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi como convidado de honra do presidente Emmanuel Macron.
Antes do desfile, o chefe de Estado francês percorreu a avenida rumo ao Arco do Triunfo a bordo de uma viatura militar, sob aplausos e algumas vaias do público.
Macron viveu um início de 2023 tenso, com vários meses de protestos contra a reforma da Previdência e, em junho, pela morte de Nahel, um menino de 17 anos, morto a tiros por um policial, que desencadeou nove noites de violência urbana.
Diante do risco de incidentes, a França organizou um dispositivo de 45.000 policiais e gendarmes desde a noite de quinta-feira até o início da manhã de sábado.
As festividades na noite de 13 de julho foram "relativamente tranquilas", disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, nesta sexta-feira.
“As festas populares transcorreram dentro da normalidade na França e constatamos menos danos em relação a 2022”, tuitou.
Um primeiro balanço oficial informou 218 carros incendiados, contra 326 na mesma noite do ano passado. Quase 100 pessoas foram detidas e três policiais ficaram feridos (34 em 2022).
Também nesta sexta-feira, o presidente Macron condecorou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, com a Grã-Cruz da Legião de Honra durante sua visita à França como convidado de honra do feriado nacional, informou a presidência nesta sexta-feira. Trata-se da mais alta distinção que um presidente francês pode conceder.
“Esta condecoração presta uma homenagem ao papel do primeiro-ministro na excelente relação de amizade e confiança que une entre França e Índia”, acrescentou a mesma fonte.
"Aceito, com muita humildade, a Grã-Cruz da Legião de Honra", tuitou o primeiro-ministro indiano, que iniciou ontem uma viagem oficial à França.
A entrega oficial ocorreu na noite desta quinta-feira, durante uma recepção no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
França e Índia comemoram este ano o 25º aniversário de sua parceria estratégica, que Paris quer reforçar para influenciar a região da Ásia-Pacífico.
"A Índia terá um papel decisivo para o nosso futuro. É um parceiro estratégico e um país amigo", declarou Macron, ontem, durante um discurso às Forças Armadas.
Nesse mesmo dia, a Índia deu seu acordo de princípio para a compra de 26 caças Rafale e três submarinos Scorpène.
Terceira geração de comerciantes na cidade, Paulo Gullo foi um importante articulador na vinda do Iguatemi para a cidade, do Posto Regional da Jucesp e da criação da Lei do Horário Livre do comércio. Além de presidente do Sincomercio São Carlos é, hoje, vice-presidente da FecomercioSP e do Conselho do Comércio Varejista (CCV)
SÃO CARLOS/SP - Em reconhecimento à notável contribuição prestada ao desenvolvimento da cidade de São Carlos e por indicação do vereador Moisés Lazarine, o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio), Paulo Roberto Gullo, recebe o título de “Cidadão Benemérito de São Carlos”, em sessão solene que será realizada na próxima sexta-feira, dia 21 de julho, às 19h30, no Plenário da Câmara Municipal de São Carlos.
O sobrenome Gullo é sinônimo de comércio em São Carlos. Terceira geração de uma família de comerciantes na cidade, Paulo Roberto Gullo é filho de José Gullo Filho e Ruth Martin Gullo, mas foi com seu avô, José Gullo, que tudo começou, quando inaugurou a loja de calçados “Casa Gullo”, em 1903, no tradicional endereço à Rua General Osório.
Aos 67 anos, Paulo Gullo é casado com Marisa Ribeiro Garcia Gullo e tem três filhos, Marina Garcia Gullo Solci, cirurgiã dentista e empresária; Paulo Roberto Gullo Filho, engenheiro agrônomo e empresário e Débora Garcia Gullo Vendramini, médica e três netos Cauã, Filipe e Enrico.
“Quero agradecer a indicação feita pelo vereador Moisés Lazarine e a todos os envolvidos nessa homenagem. É uma honraria que marcará a minha trajetória e a de toda a minha família. Representa o reconhecimento, não apenas do meu trabalho por São Carlos, mas de todo o nome Gullo, que chegou na cidade em 1903 com meu avô. Desde então, contribuímos muito para o desenvolvimento do município, chegando até mim. E o trabalho não para, sempre em favor de um comércio mais moderno e atuante. Nossas negociações para as Convenções Coletivas, por exemplo, são sempre pensadas para atualizar o setor, criar empregos e atrair novas empresas. Temos orgulho de sermos, hoje, referência para muitos outros municípios. Temos orgulho de levar o nome de São Carlos para o estado. Tenho orgulho de ser são-carlense. Meu muito obrigado”, declara.
Paulo Roberto Gullo é o atual presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (gestão 2022 a 2026), é vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e do Cecomercio do Estado e vice-presidente do Conselho do Comércio Varejista (CCV). É, também, conselheiro efetivo do Serviço Social do Comércio (SescSP) e representante titular da FecomercioSP na Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Além de presidente do Sincomercio, do São Carlos Clube (gestão 1991/1995) e da Associação Comercial e Industrial de São Carlos ACISC (gestão 1994/1998), Paulo foi Juiz Classista representante dos Empregadores na Vara do Trabalho de São Carlos (de 1998 a 2000) e Presidente da Comissão Municipal de Emprego (CME) de São Carlos (2019). No poder público atuou como Secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e Diretor de Obras Particulares e Fiscalização do Município de São Carlos (gestão 2013 / 2016).
A atuação de Paulo Gullo no comércio de São Carlos sempre foi de inovação. Em sua gestão como presidente da ACISC foi proposta e aprovada a lei municipal nº10.795, que dispõe sobre o livre horário de funcionamento do comércio da cidade, facultativamente por até 24h em qualquer dia da semana. Nessa mesma época, ele foi um importante articulador para a vinda definitiva do Shopping Iguatemi para São Carlos, inaugurado em 1997.
À frente do Sincomercio São Carlos, Paulo Gullo conquistou o Posto Regional Oficial da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), instalado desde 1998 na sede do sindicato, na Rua Riachuelo 130, o que contribui muito para o trabalho da classe contábil, jurídica e empresarial da cidade.
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite de quinta-feira (13), em Brasília, do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). A última vez que um presidente da República compareceu ao evento foi em 2009, quando o próprio Lula, durante seu segundo mandato, esteve no encontro estudantil. O Congresso da UNE, ou Conune, como costuma ser chamado, é considerado o maior encontro de estudantes da América Latina e deverá reunir cerca de 10 mil participantes até o próximo domingo (16) na capital federal.
No evento, o presidente prometeu ampliar o número de universidades e outras instituições de ensino no país. “Nós vamos voltar a fazer mais universidades, a fazer mais escolas técnicas, mais laboratórios, vamos nos reunir com reitores e com os estudantes, vamos outra vez colocar o pobre no orçamento da União”, garantiu diante de um ginásio Nilson Nelson cheio. Tal promessa já havia sido feita durante a campanha eleitoral, em 2022.
Durante a cerimônia, representantes das entidades estudantis leram e entregaram uma carta de reivindicações ao presidente. Entre os principais pontos, estão a manutenção da política de cotas e ampliação do direito de acesso para indígenas e pessoas trans, a criação da Universidade de Integração da Amazônia e a aprovação de uma lei para instituir o Programa Nacional de Assistência Estudantil. Além disso, a UNE reiterou, no documento, o pedido para que o governo revogue o Novo Ensino Médio, demanda repetida diversas vezes pelos estudantes em palavras de ordem gritadas no ginásio.
Em seu discurso, Lula também exaltou o vigor do movimento estudantil. “O que motiva a vida humana e o que motiva a nossa capacidade de ser melhor ou não é se a gente tem uma causa ou não tem uma causa”, afirmou. “Eu acho extraordinário a UNE apresentar uma pauta de reivindicações longa, árdua e apimentada”, acrescentou.
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Falando diante de uma plateia de milhares de jovens, Lula celebrou que o perfil social dos estudantes tenha mudado ao longo da última década, com o ingresso de pobres e negros nas universidades, especialmente a partir dos programas criados em seus governos anteriores.
“Aqui não tem apenas filho de gente rica, aqui tem filho de pedreiro, de empregada doméstica, aqui tem filho de metalúrgico, de químico, de gráfico. Aqui está a filha e o filho do povo brasileiro, com a nossa cara”.
O presidente ainda fez uma defesa enfática da democracia, citando as ameaças de ruptura do último período. “Há muito pouco tempo, vocês conheceram o que é o fascismo, o nazismo, apenas em quatro anos. Como é que se pode destruir a democracia e as conquistas que a gente, às vezes, leva séculos para conquistar? Espero que tenhamos aprendido uma lição, a de que a democracia pode não ser a coisa mais perfeita que humanidade criou, mas não tem nada igual a ela. É na democracia que a gente pode viver a pluralidade, a diversidade, que a gente pode aplaudir, a gente pode vaiar, a gente pode gritar e a gente pode contestar. É na democracia que a gente vive a plenitude da manifestação do ser humano”, afirmou.
Além de Lula, participaram do ato político o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, além de ministros do governo federal, incluindo o ministro da Educação, Camilo Santana. Em discurso, Mujica, que foi preso político por 14 anos na ditadura uruguaia, pediu aos estudantes que busquem a unidade para defender a democracia.
“Não cometam o erro do meu tempo. Quanto mais desunidos, mais dominados vamos estar. Portanto, estudar, não perder tempo, cuidar da democracia. A democracia não é perfeita, está cheia de defeitos. Mas, até hoje, não encontramos nada melhor”, disse. O ex-presidente do Uruguai também apelou para que os estudantes deem sustentação ao governo Lula frente aos desafios de gestão.
“Lula é grandioso, mas não é mago. Aos governos populares, não apenas se pede, mas se ajuda. Os obstáculos que se têm adiante estão aí e não são simples. É fácil reclamar, mas é preciso comprometer-se”, afirmou.
Em vários momentos durante o ato, os estudantes entoaram gritos para pedir a revogação da lei que instituiu o Novo Ensino Médio. Em seu discurso, o ministro da Educação, Camilo Santana, que chegou a ser vaiado e interrompido por parte dos estudantes, lembrou que o governo paralisou a implementação do novo modelo até que se defina eventuais mudanças.
“Eu suspendi a implantação do Novo Ensino Médio no Brasil. E nós abrimos uma ampla escuta para ouvir estudantes. Foram 150 mil estudantes que participaram. Nós ouvimos professores, entidades, secretários”, defendeu-se, ao fazer menção ao processo de consulta pública aberto pela pasta e que foi encerrado na semana passada.
A lei do Novo Ensino Médio foi aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos.
Pelo modelo, parte das aulas deve ser comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas, o que tem sido um dos maiores desafios de implementação da nova etapa.
Em 2023, a implementação deveria seguir com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas, mas o cronograma foi suspenso pelo governo federal até que haja sistematização das propostas da consulta pública e eventuais ajustes na nova etapa de ensino.
A revogação do Novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação de entidades do setor e de muitos especialistas. Apesar disso, o governo federal não cogitou revogar a medida por completo, mas fazer ajustes a partir dos resultados obtidos na consulta.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
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