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BRASÍLIA/DF - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes esclareceu ontem (3) que o senador Marcos do Val o procurou para revelar a existência de um suposto plano para constranger o ministro e, assim, impedi-lo de seguir à frente das investigações que apuram a divulgação de notícias falsas (fake news) e os ataques a ministros da Corte.

“Assim como inúmeros parlamentares, ele [do Val] solicitou uma audiência. Eu o recebi no salão branco e o que ele me disse foi que o deputado Daniel Silveira o teria procurado e ele teria [então] participado de uma reunião com o [ex-]presidente da República [Jair Bolsonaro]”, disse Moraes ao participar, por vídeo, de um evento realizado pela Lide, em Lisboa.

Segundo o ministro, do Val contou que Silveira e outras pessoas próximas a Bolsonaro planejavam delegar a alguém em quem Moraes confiasse a missão de gravar uma conversa com o ministro, tentando obter algo comprometedor. O senador do Val seria esta pessoa, ainda que Moraes garanta que os dois não são próximos, só tendo estado juntos em três ocasiões.

“A ideia genial que tiveram foi colocar uma escuta no senador [do Val] para que ele, que não tem nenhuma intimidade comigo, me gravasse para que, com isso, pudessem solicitar a minha retirada da presidência dos inquéritos”, acrescentou Moraes.

“Indaguei ao senador se ele reafirmaria isso e colocaria no papel [pois, desta forma] eu tomaria seu depoimento imediatamente. Ele me disse que, infelizmente, não poderia confirmar [o relato oficialmente]. Então, me levantei, me despedi e agradeci a presença do senador. Porque, para mim, o que não é oficial não existe”, continuou o ministro.

Apesar da recusa inicial, o senador acabou por revelar a história à revista Veja – que a transformou na matéria de capa da edição que circula a partir de hoje. Antes que a revista chegasse às bancas, do Val falou sobre o assunto em uma transmissão ao vivo, em seu perfil no Instagram. Durante a live, ele chegou inclusive a anunciar que planejava deixar a atuação político partidária.

Diante da repercussão das declarações de do Val, o próprio ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal colhesse seu depoimento – o que foi feito ontem (2). Hoje, Moraes disse que “tudo ainda está sendo apurado”, mas ridicularizou o suposto plano para constrangê-lo.

“Esta tentativa de uma operação tabajara mostra exatamente o quão ridículo chegamos na tentativa de um golpe”, comentou o ministro.

Cartão vermelho

Presente no evento, o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Lula, Luiz Fernando Furlan, perguntou a Moraes sobre como as autoridades públicas responsáveis por tomar decisões às vezes impopulares lidam com o reconhecimento público e o consequente risco de serem vítimas de agressões. Furlan mencionou que Moraes é, hoje, mais conhecido no Brasil que muitos jogadores de futebol, ao que o ministro rebateu dizendo ganhar “bem menos” que os atletas”.

- Mas ninguém pode te dar um cartão vermelho, ministro, brincou Furlan.

- Tentaram me dar o cartão vermelho, mas o VAR não permitiu, reagiu Moraes, se referindo ao assistente de vídeo usado para conferir penalidades no futebol.

Ainda durante o evento, o ministro comentou que os financiadores da divulgação de informações falsas e dos ataques aos Três Poderes que culminaram com a invasão e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do SFT, no dia 8 de janeiro, estão sendo identificados. De acordo com Moraes, muitas dessas pessoas agem “não só por ideologia, por gosto político, mas sim por questões econômicas, já que acabam sendo economicamente favorecidas”.

Regulamentação

O ministro também voltou a defender a regulamentação das mídias sociais, explicando que, embora o assunto seja controverso e ainda não haja um exemplo mundial a ser seguido neste sentido, o principal objetivo, a ser ver, é equiparar a atividade das empresas de tecnologia responsáveis por redes sociais à de companhias de mídia tradicionais.

“O que se defende é exatamente que as mídias sociais deixem de ser consideradas empresas de tecnologia, passando a ser responsabilizadas pelo que divulgam. Que estas empresas passem a ter a mesma responsabilidade que empresas de mídia que ganham e arrecadam com publicidade", defende o ministro. "Não se trata de analisar conteúdo previamente ou de estabelecer a necessidade de autorização para veicular algo – o que a Constituição Federal jamais permitiria, mas quem tem a coragem de publicar discursos de ódio, antidemocrático, ofensas pessoais, deve ter a coragem de se responsabilizar. O binômio liberdade com responsabilidade vale para a mídia tradicional, televisiva e escrita e, a meu ver, deve também valer para as mídias sociais”, defendeu Moraes.

 

 

Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - Os vereadores Bruno Zancheta (PL) e Elton Carvalho (Republicanos) estiveram no campo municipal “Alberto Dunk Filho”, no Jardim Paulistano. Eles foram acompanhados pelo diretor de Esportes Comunitários da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, Marcelo Aparecido Simone.

Os parlamentares destinaram recursos de suas emendas parlamentares para realização de uma manutenção geral neste espaço público de lazer. Os recursos enviados pelos parlamentares serão utilizados para reforma dos vestiários, manutenção geral do campo, dos alambrados e de toda infraestrutura necessária para que a população possa utilizar.

“Quem ganha com isso é a população, que terá um espaço adequado para realização de suas atividades físicas. Temos também no bairro um projeto social que atende um expressivo número de crianças e jovens, logo, estamos promovendo inserção na sociedade através do esporte. Agradeço ao vereador Elton Carvalho e a Secretaria de Esportes pela parceria.”, afirmou Bruno Zancheta.

"Fico feliz em participar desse projeto, contribuir com os moradores e com o time do Jardim Paulistano, Jockey Clube e demais bairros adjacentes. Agradeço ao vereador Bruno pela parceria e ao secretário Thiago de Jesus por nos atender prontamente", disse Elton Carvalho. 

CABUL - O regime Talibã prendeu e agrediu um professor que criticou na televisão o veto à educação universitária imposto às mulheres, anunciou um de seus auxiliares.

Em dezembro, Ismail Mashal provocou polêmica ao rasgar seus diplomas durante uma entrevista a um dos mais importantes canais privados do país, como forma de defender o direito das mulheres a cursar o Ensino Superior.

Nos últimos dias, emissoras de televisão mostraram Mashal - que pediu demissão de três universidades particulares de Cabul - com um carro repleto de livros para distribuir aos moradores da cidade.

"Mashal foi espancado impiedosamente e levado de maneira muito desrespeitosa por membros do Emirado Islâmico" (nome oficial do regime Talibã), declarou à AFP Farid Ahmad Fazli, assistente do professor.

Uma fonte do governo confirmou a detenção.

"O professor Mashal estava envolvido há algum tempo em ações provocativas contra o sistema", tuitou Abdul Haq Hammad, diretor do ministério da Informação e Cultura.

Em uma sociedade profundamente conservadora e patriarcal como a do Afeganistão é incomum ver um homem defendendo os direitos das mulheres.

O Talibã prometeu, quando retornou ao poder em agosto de 2021, um regime mais flexível que o exercido em seu primeiro período no poder (entre 1996 e 2001), mas o governo impôs duras restrições às mulheres - que foram de fato afastadas da vida pública.

 

 

AFP

BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou o seu antecessor Jair Bolsonaro (PL) de ter cometido uma série de crimes, entre eles o de genocídio do povo yanomami e durante a pandemia da Covid-19.

Lula ainda acrescentou ter certeza de que o ex-mandatário participou ativamente nos atos golpistas de 8 de janeiro e pediu que ele seja responsabilizado por todos esses crimes.

O presidente afirmou também que não vai disputar a reeleição para o cargo em 2026. No entanto fez uma ressalva: disse que isso pode acontecer se houver "uma situação delicada" e ele se sentir com a saúde perfeita.

"Se eu puder afirmar para você agora, eu falo 'não serei candidato em 2026'. Eu vou estar com 81 anos de idade. Eu preciso aproveitar um pouco a minha vida, porque eu tenho 50 anos de vida política. Isso é o que eu posso te dizer agora. Agora, se chegar num momento, tiver uma situação delicada e eu estiver com a saúde, porque também só posso ser candidato se eu tiver com saúde perfeita, mas com saúde perfeita, 81 de idade, energia de 40 e tesão de 30 [aí posso ser candidato]", afirmou o presidente.

As falas foram dadas em entrevista à RedeTV, cujos trechos começaram a ser divulgados em redes sociais. A íntegra foi ao ar na noite de quinta-feira (2).

A ressalva vai em direção oposta a declarações dadas durante a campanha eleitoral do ano passado. Em evento em setembro, por exemplo, o atual presidente disse: "Todo mundo sabe que eu tenho quatro anos. Todo mundo sabe que não é possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição".

Logo na primeira semana da gestão, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu a hipótese de Lula concorrer em 2026. "Vocês estão partindo de um fato consumado de que Lula não irá disputar a Na entrevista à emissora de TV, o presidente chamou Jair Bolsonaro de genocida em pelo menos dois momentos da entrevista. Afirmou que ele cometeu crime de extermínio de um povo contra os yanomamis, cuja crise humanitária ganhou grande relevo no início do atual governo.

"Eu acho que é necessário [punir Bolsonaro] pelo seguinte: ele deve ser julgado por genocídio no caso dos yanomamis, mas [também] no caso de Covid-19, porque ele foi um presidente que se colocou contra tudo que é cientista desse país. Ele se colocou contra praticamente todo mundo que clamava para que a gente comprasse vacina rápida, clamava para que o governo fizesse publicidade da necessidade de tomar vacina. Ele não. Ele fez o contrário", afirmou Lula.

Lula também afirmou que Jair Bolsonaro deve ser julgado em algum momento, que há a possibilidade de parentes de vítimas da pandemia abram um processo em cortes internacionais.

O atual chefe do Executivo também citou as ofensas em série de Bolsonaro e que ele desrespeitou "tudo aquilo que a gente tinha de normalidade na política brasileira". Citou os ataques contra o Supremo Tribunal Federal, contra o Congresso Nacional, contra o papa Francisco, o presidente francês Emmanuel Macron e sua esposa.

Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e outras ações antidemocráticas, Lula disse ter certeza que Bolsonaro preparou um golpe.

"Este cidadão preparou o golpe. Hoje eu tenho consciência e vou dizer aqui em alto e bom som. Esse cidadão preparou o golpe. Eles queriam fazer aquela bagunça no dia 1º de janeiro, mas eles perceberam que não dava porque tinha muita polícia e muita gente na rua. Eu tenho certeza que o Bolsonaro participou ativamente disso e ainda está tentando participar", afirmou.

Classificou o adversário como "quase que um psicopata". "Esse cidadão não pensa, ele não raciocina, ele vomita as coisas com o maior desrespeito do mundo, com a maior falta de objetividade e de sinceridade do mundo", completou.

O presidente depois acrescentou que Jair Bolsonaro precisa responder por esses crimes.

"Eu acho que o Bolsonaro em algum momento vai ter que ser julgado. Eu acho que, não sei se a pena dele, se vai ficar inelegível ou não, mas ele cometeu um crime na minha opinião. Ele tem que ser julgado em algum momento por genocídio, contra a população vítima do Covid e pelo que aconteceu com os yanomami." reeleição. Eu não parto desse fato consumado."

 

 

por RENATO MACHADO / FOLHA de S.PAULO

PERU - O Congresso do Peru voltou a rejeitar, na quarta-feira (1º), um projeto de lei que contemplava a realização de eleições gerais em 2023, em meio à onda de protestos contra a presidente Dina Boluarte e os parlamentares, que já deixou 48 mortos em sete semanas.

O plenário rejeitou por 68 votos a 54 e duas abstenções a segunda proposta em uma semana, e terceira desde dezembro, que propunha a realização do pleito em dezembro.

A presidência do Peru lamentou que "o Congresso não tenha alcançado o consenso necessário para antecipar as eleições" e reiterou, em uma mensagem no Twitter, que apresentará "imediatamente" um projeto de lei para insistir na organização de eleições gerais ainda este ano.

Depois de assumir o governo do país em 7 de dezembro como presidente interina após a destituição do esquerdista Pedro Castillo, Boluarte anunciou que encerraria o mandato oficial em 2026.

Mas os protestos que exigem sua renúncia a levaram a reduzir o prazo para abril de 2024 e posteriormente a propor a antecipação das eleições para 2023.

Mas o Congresso se recusa a antecipar a votação para dezembro.

Os congressistas de esquerda aplaudiram a rejeição ao projeto de lei apresentado pelo partido fujimorista Força Popular (FP, direita).

O texto rejeitado contemplava antecipar as eleições gerais para dezembro e que as novas autoridades assumissem seus cargos em maio de 2024. "O propósito desta proposta é um só, antecipamos este tema porque nosso país sangra", disse o parlamentar fujimorista Hernando Guerra García no começo da sessão.

Dina Boluarte havia convocado o Congresso no domingo para aprovar as eleições antecipadas, diante da crise social que abala o país.

Mas o empenho das bancadas de esquerda em condicionar seu voto a um referendo para formar uma Assembleia Constituinte tornou impossível um consenso no Congresso.

 

- 'Divórcio total' -

Nas ruas, manifestantes pedem a renúncia da presidente ou eleições em abril, mês em que os peruanos costumam eleger o chefe de Estado.

Novos protestos, que reuniram centenas de manifestantes, ocorreram hoje no Centro de Lima, perto do Congresso. É a luta pelo Peru profundo "que alimenta o país, e pedimos a renúncia de Dina Boluarte", disse a engenheira agrônoma Cintya Huancco, 24, procedente da região de Puno.

"O Congresso se recusou a antecipar as eleições, e não concordamos. Faço um apelo a todos os congressistas, por que estão fazendo isto conosco, por que nos traem?", questionou Cintya. “Que fechem o Congresso, não queremos esses congressistas que têm interesses pessoais”, criticou Beatriz Quispe, também de Puno.

"Este é o divórcio total entre a classe política e a população", disse à AFP Alonso Cárdenas, professor de Ciência Política da Universidade Antonio Ruiz de Montoya (UARM).

 

- 'Bomba-relógio' -

Após a rejeição ao projeto para antecipar as eleições, o Congresso começou a discutir uma nova proposta das bancadas de esquerda, que inclui uma consulta para a realização de uma Assembleia Constituinte, mas, minutos depois, a sessão foi suspensa até amanhã, devido a uma discussão acalorada entre os congressistas.

"É uma bomba-relógio, é o pior cenário que poderia acontecer no país, com uma presidente que não renuncia e um Congresso que pretende seguir como se nada tivesse acontecido", disse o cientista político Cárdenas.

Em um parlamento fragmentado em mais de dez forças políticas, além de congressistas independentes, as bancadas de direita impulsionam a antecipação das eleições.

Dina Boluarte e o Força Popular defendem a antecipação de eleições para apaziguar os protestos, que já somam 48 mortos desde a destituição e detenção de Castillo, que tentou dissolver o Congresso e governar por decreto.

Paralelamente à crise política, os protestos continuavam, com bloqueios de estradas que provocavam uma escassez de combustíveis em várias regiões do país.

 

 

AFP

SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta teceu duras críticas ao setor de tapa-buracos da Prefeitura na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (31). Na tribuna, o parlamentar afirmou que o setor tem sido ineficaz na realização de seus trabalhos e apresentou pontos em vias da cidade com buracos que representam perigo ao trânsito.

“São Carlos é hoje a lua do interior de São Paulo, de tantos buracos! É uma vergonha a situação das ruas de nossa cidade. Tenho andado pela cidade e a queixa da população é sempre a mesma: a situação vexatória das ruas. Até quando vamos esperar uma solução?”, indagou o vereador em seu discurso na tribuna.

Bruno acrescentou que o poder público não possui um cronograma ou planejamento das manutenções a serem realizadas nas vias públicas. “O tapa-buraco da cidade não segue um cronograma. Vale lembrar que não estou falando das vias que foram atingidas pelas enchentes, isso é um caso específico. Cito ruas que aguardam manutenção há meses. Isso é inaceitável”, finalizou o parlamentar.

BRASÍLIA/DF - O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito, na tarde de ontem (1º), presidente do Senado pelos próximos dois anos. A eleição ocorreu na segunda reunião preparatória desta quarta-feira, dia que marcou também a posse dos senadores eleitos em outubro de 2022 e o início do ano legislativo na Casa. Pacheco derrotou Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE). Esse último chegou a discursar como candidato, mas retirou sua candidatura em seguida para apoiar Marinho.

Pacheco venceu por 49 votos contra 32. Não houve votos em branco. O resultado não trouxe grandes surpresas em relação às estimativas prévias. Pacheco tinha apoio da maioria dos partidos da Casa, inclusive o PT, MDB e seu partido, o PSD, duas das maiores bancadas. Do outro lado, Marinho tinha apoio do PL. Há cerca de uma semana, esperava-se uma vitória do senador do PSD por 55 votos, uma margem bem maior do que a obtida. Marinho contava com “traições” para virar o jogo. As traições, senadores que contrariam a orientação de apoio do seu partido, ocorreram, mas não foram suficientes.

Em seu pronunciamento após a recondução ao cargo, Pacheco condenou o que chamou de “polarização tóxica” vigente no Brasil. Atribuiu a ela os atos terroristas na Esplanada dos Ministérios em 8 de janeiro e afirmou que tais acontecimentos “não podem e não vão se repetir”.

“Os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente, precisam reconhecer com absoluta sobriedade quando derrotados e precisam respeitar a autoridade das instituições públicas. Só há ordem se assim o fizerem. Só há patriotismo se assim o fizerem. Só há humanidade se assim o fizerem”, disse presidente reeleito. Em seguida, Pacheco atribuiu à classe política a responsabilidade de combater práticas antidemocráticas.

“O discurso de ódio, o discurso mentiroso, o discurso golpista deve ser desestimulado, desmentido e combatido. Lideranças políticas que possuem compromisso com o Brasil sabem disso. Lideranças políticas que possuem compromisso com o futuro do Brasil não podem se omitir nesse momento”, disse. “E o recado que o Senado Federal dá ao Brasil agora é que manteremos a defesa intransigente da democracia”.

Discursos de campanha

Girão, em seu discurso como candidato, afirmou que o Senado está “desmoralizado” e atribuiu isso à “sobreposição de um Poder sobre o outro”. O senador do Podemos é conhecido por criticar constantemente ministros do Supremo Tribunal Federal e pedir a abertura de processo de impeachment contra alguns deles. Ao final do seu discurso, anunciou a retirada da candidatura e o apoio a Rogério Marinho.

Já Pacheco destacou a aprovação de vários projetos em defesa das mulheres e também no combate ao racismo durante seu mandato. Também lembrou a criação da liderança da oposição e a aprovação de projetos de interesse social urgente, como a aprovação do aumento do Auxílio Brasil e a redução do preço dos combustíveis. Citou também o arquivamento de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) prejudiciais ao governo da época e que “contaminariam o processo eleitoral”. “É preciso ter coragem para ser presidente do Senado e enfrentar os desafios que isso representa”.

Marinho foi o último a discursar. Estreante na Casa e ligado ao bolsonarismo, Marinho se opôs aos atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília, mesmo não citando diretamente o episódio. Afirmou a necessidade de combater “o radicalismo e a barbárie” praticado “por quaisquer dos espectros ideológicos do campo político, tanto da direita quanto da esquerda”. Ele afirmou que o Senado precisa atuar para pacificar o país e indicou que há desequilíbrio entre os Poderes, fazendo coro ao discurso de Girão. Também referiu-se a uma crise de credibilidade da Casa com a sociedade, e disse ser seu compromisso a reconexão do Senado com o país.

Apuração dos votos

A reunião foi conduzida pelo vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), uma vez que o presidente da Casa era um dos candidatos. Após discursos dos três candidatos, Pacheco, Marinho e Girão, os senadores foram chamados, um a um, para depositar seus votos na urna localizada na mesa de onde são conduzidos os trabalhos. Os senadores foram chamados por ordem de antiguidade de seus estados. Assim, os primeiros a votarem foram os senadores da Bahia e os últimos de Roraima.

Para vencer, era necessário conquistar 41 votos, mas os senadores também estavam de olho no tamanho da vitória. Uma margem maior de votos significa mais apoio dentro da Casa e, consequentemente, mais facilidade na negociação de pautas de interesse do presidente do Senado e de seus aliados.

 

 

Por Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Em uma votação recorde, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito nesta quarta-feira (1º) para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados por 464 votos. O parlamentar ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos.

Arthur Lira está em seu quarto mandato e foi o candidato a deputado federal mais votado de Alagoas nas eleições do ano passado. O parlamentar afirmou que, entre as prioridades de sua gestão, está a aprovação da reforma tributária.

No início do discurso após confirmação da vitória, ele se emocionou ao falar do pai, o ex-senador Benedito de Lira, de 80 anos, que desmaiou durante a cerimônia de posse na manhã desta quarta. O ex-congressista e prefeito de Barra de São Miguel (AL) foi imediatamente atendido por socorristas da Câmara dos Deputados e está hospitalizado para realização de exames.

Lira afirmou que buscará construir uma relação com o Poder Executivo sem relação de subordinação, mas um pacto para aprimorar e avançar nas políticas públicas, “a partir da escuta cuidadosa de opiniões e sugestões de nossas comissões”.

“Podemos ter adversários, mas não somos inimigos uns dos outros. Essa vai ser a tônica da Câmara nos próximos anos”, disse. Lira também afirmou que, se eleito, não concordará “passivamente” com a invalidação dos atos, por recursos da minoria, em Tribunais Superiores.

O parlamentar contou com apoio de 20 partidos: PT, PCdoB, PV PL, União Brasil, PP, MDB, PSD, Republicanos, PSDB, Cidadania, Podemos, PSC, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Pros, Patriota e PTB.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) recebeu 21 votos. O deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) teve 19 votos. A votação ainda teve cinco votos em branco.

Em seu discurso, Lira afirmou que os votos são o "reconhecimento a uma dinâmica de trabalho, o resultado desta eleição é a demonstração concreta de que, na boa política, é possível divergir, debater, mas ao final, construir consensos, decidir e atuar, sempre em prol do Brasil"

O parlamentar afirmou ainda que o "Brasil diverso, multicultural, só é possível porque é democrático". O deputado criticou os atos de vandalismo que depredaram o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro deste ano.

"Esta Casa não acolherá, defenderá ou referendará nenhum ato, discurso ou manifestação que atente contra a democracia. Quem assim atuar, terá a repulsa deste Parlamento, a rejeição do povo brasileiro e os rigores da lei. Para aqueles que depredaram, vandalizaram e envergonharam o povo brasileiro haverá o rigor da lei", disse. "Aos vândalos e instrumentadores do caos que promoveram o 8 de janeiro passado, eu afirmo: No Brasil, nenhum regime político irá prosperar fora da Democracia.  Jamais haverá um Brasil sem eleições livres e representantes escolhidos pelo voto popular", acrescentou.

Segundo o deputado, "é hora de desinflamar o Brasil e distensionar as relações". Para Lira, cada um dos Poderes deve atuar dentro de suas funções definidas pela Constituição.

"É hora de ver cada um no seu quadrado constitucional – para voltarmos a ver os Poderes articulando, interagindo com a clareza exata de onde termina o espaço de um e começa o do outro", afirmou. "Não dá mais para que as decisões tomadas nesta Casa sejam constantemente judicializadas e aceitas sem sustentação legal. Resta a nós, investidos pelo poder popular, exercer a cada dia a boa política do entendimento, da conciliação e do equilíbrio", completou.

Pelas redes sociais, o presidente Lula disse que ligou para Lira:

Composição da mesa

A nova mesa diretora da Câmara terá a seguinte composição: 1ª vice-presidência:  Marcos Pereira (Republicanos/SP); 2ª vice-presidência: Sóstenes Cavalcante (PL/RJ); 1ª secretaria: Luciano Bivar (UNIÃO/PE); 2ª secretaria: Maria do Rosário (PT/RS); 3ª secretaria: Júlio Cesar (PSD/PI); 4ª secretaria: Lucio Mosquini (MDB/RO). Os deputados suplentes são: Gilberto Nascimento (PSC/SP), Pompeu de Matos (PDT/RS), Beto Pereira (PSDB/MS) e André Ferreira (PL-PE).

 

 

Por Heloísa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil 

SÃO CARLOS/SP - A vereadora Cidinha do Oncológico esteve na Prefeitura solicitando providências, com urgência, sobre o Ecoponto localizado no bairro São Carlos VIII. Cidinha foi procurada por moradores do bairro que apontam as péssimas condições em que se encontra a área do Ecoponto. O local vem servindo como ponto de descarte irregular de materiais. O volume acumulado chega a alcançar o calçamento impedindo o fluxo dos moradores tendo os mesmos que adentrarem na rua colocando suas vidas em risco.

Durante visita ao local, Cidinha constatou um acúmulo de descarte de todo tipo, sofás, camas, colchões, podas, móveis, lixo, plástico, entre outros materiais inflamáveis, que a qualquer momento podem sofrer com incêndios.

 O Ecoponto está em situação precária, caçambas cheias, estrutura comprometida, telhas queimadas, moradores do entorno do Ecoponto estão preocupados com relação à poluição ocasionada pela degradação da área e até mesmo com os riscos à segurança da população. O descarte de entulhos na rua pode ocasionar, entre outros, problemas como entupimento de bueiros, alagamentos, acúmulo de animais peçonhentos e danos ao meio ambiente.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, entregou novas mochilas aos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) que atuam no município. A ação foi coordenada pelo Departamento de Vigilância em Saúde, via Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias.
Atualmente, 38 servidores prestam serviço ao município atuando na prevenção e combate às endemias ao desenvolverem atividades como vistorias de residências, depósitos, terrenos baldios, estabelecimentos comerciais e pontos estratégicos para buscar focos endêmicos. Estas verificações ocorrem na checagem de recipientes que acumulem água, lixos, lonas e pneus, entre outros itens, que possam servir de criadouro para o mosquito da dengue e outras doenças. Além disso, também promovem ações de educação em saúde junto à comunidade e informam a população sobre os riscos das doenças.
Conforme a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Denise Mello Martins, a ação faz parte de uma série de iniciativas que estão sendo desenvolvidas a fim de otimizar as condições de trabalho destes agentes. “Os agentes sabem das reais necessidades da população e trabalham a prevenção e a promoção da saúde o tempo todo, por meio de ações educativas, em conformidade com os princípios e diretrizes do SUS. Eles são essenciais para a gestão poder planejar as ações nos territórios e têm realizado um trabalho de excelência no combate às arboviroses, contribuindo para que possamos oferecer uma saúde pública resolutiva, como todo cidadão merece. Ao fazermos estes investimentos no intuito de promover o bem-estar, garantir direitos com valorização e dar melhores condições de trabalho a estes profissionais, temos, com certeza, uma prestação de serviço com ainda mais qualidade aos nossos munícipes”, comenta Denise.
O agente de combate às endemias Odair José de Souza, que está há 18 anos na função, foi um dos profissionais que recebeu o equipamento. “Ser agente de endemias é oferecer saúde pública como todo cidadão merece e, na mochila, sempre há um espaço garantido para tudo que precisamos carregar no dia a dia”, acrescentou o servidor.

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