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BRASÍLIA/DF - Uma pesquisa divulgada na 3ª feira (15) pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela biofarmacêutica Takeda revelou que 31% dos brasileiros acreditam que a dengue deixou de existir durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Essa percepção, no entanto, contrasta com os dados do Ministério da Saúde, que apontou crescimento de 43,5% no número de casos de dengue, considerando-se as seis primeiras semanas deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

A pesquisa Dengue: o impacto da doença no Brasil, ouviu 2 mil brasileiros, por telefone, entre os dias 19 e 30 de outubro do ano passado e foi realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec).

Além dos 31% que acreditam que a dengue deixou de existir na pandemia, outros 22% disseram que o risco com a doença diminuiu. Entre as razões apontadas para as duas situações, 28% disseram não ter ouvido falar mais na doença e 22% responderam que “toda doença agora é covid-19” e não há casos de dengue.

Para os pesquisadores, o fato da população brasileira considerar que a doença deixou de existir durante a pandemia pode levar ao relaxamento das ações de controle e de prevenção, aumentando o risco de se contrair a doença.

“Essa realidade revelada pela pesquisa é preocupante. Com a urgência da pandemia da covid-19, muitas doenças infecciosas, como as arboviroses (dengue), foram colocadas em segundo plano e até esquecidas. Precisamos retomar a discussão e os cuidados com a dengue”, alertou Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da SBI.

Entre os brasileiros consultados, 30% afirmaram já ter tido dengue e 70% disseram conhecer alguém que já teve a doença. Entre os que já tiveram a doença, pouco mais da metade (55% do total) afirmou ter feito alguma mudança em sua casa para evitar a proliferação do mosquito, tal como aumentar a limpeza do quintal, evitar deixar água parada em vasos de plantas e aumentar o cuidado com a água parada.

Apesar de a pesquisa ter apontado que o brasileiro conhece a doença, ainda há desconhecimento sobre como ela se desenvolve e suas formas de prevenção e de transmissão. A forma de contágio, por exemplo, não é totalmente conhecida pela população: 76% acertaram, dizendo que ela decorre da picada de mosquito, mas 8% disseram não se lembrar de como ocorre a transmissão e 4% mencionaram que ela ocorre de pessoa para pessoa - o que não acontece. Além disso, seis em cada dez entrevistados (59%) não sabiam quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença. Apenas 2% reconheciam que se pode pegar dengue até quatro vezes, já que só existem quatro subtipos de dengue: quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde comunica que durante ato de vandalismo quebraram o registro da caixa de água da UPA da Vila Prado.

SÃO CARLOS/SP - Os escorpiões são animais peçonhentos pertencentes à classe dos aracnídeos, tendo maior incidência nos meses mais quentes e úmidos do ano, ou seja, entre outubro e março.  A Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias do Departamento de Vigilância em Saúde, atende a população em geral, órgãos públicos e comércio, realizando orientações e vistorias com o objetivo de apontar medidas que minimizem a ocorrência de infestações e a prevenção dos acidentes (picadas).

 Os escorpiões injetam seu veneno através de um ferrão na ponta da cauda, geralmente não atacam, e a picada ocorre de forma acidental, quando o animal é comprimido contra alguma parte do corpo. Devido ao seu hábito de se esconder em locais úmidos e escuros e em objetos armazenados diretamente no chão, algumas dicas são fundamentais para prevenir acidentes e a presença do animal, uma vez que não existem inseticidas com eficácia comprovada contra os escorpiões. Além disso, o uso de praguicidas provoca o desalojamento, aumentando sua aparição durante o dia em busca de locais livres do veneno.

De acordo com a equipe técnica da Zoonoses é comum os escorpiões se esconderem próximo de residências, terrenos sujos com entulhos, em materiais de construção (madeiras, telhas, tijolos e pedras), em caixas de passagem e inspeção tanto de energia quanto de água e esgoto, e até em jardins com pedras e cascas decorativas. Alimentam-se principalmente de baratas, sendo importante combater esses insetos, por meio do correto armazenamento e descarte do lixo orgânico. Nas residências, os principais acessos ao interior, são saídas de esgoto, ralos e vãos em portas, daí a importância de criar barreiras físicas com o objetivo de bloquear seu acesso. 

A médica veterinária Luciana Marchetti, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, alerta que é impossível exterminar o aracnídeo e as medidas que visam o controle e a prevenção de acidentes (picadas) são baseadas em manejo ambiental e adoção de barreiras físicas que impeçam o acesso dos escorpiões ao interior das edificações.  “O manejo ambiental consiste em eliminar condições favoráveis à permanência e esconderijos para os animais, mantendo os ambientes limpos e organizados. Medidas constantes de limpeza com remoção de materiais inservíveis e lixo ajudam a tornar o ambiente desfavorável ao aparecimento de escorpiões

Outro cuidado importante é sempre vistoriar, limpar e guardar em locais longe do chão, os brinquedos das crianças antes e depois do uso”, ressalta Luciana Marchetti.
As escolas devem informar o número de animais encontrados diariamente, bem como encaminhá-los à Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, para avaliação da efetividade das medidas e procedimentos que estão sendo adotados e avaliar o índice de infestação.

SÃO CARLOS/SP - Uma mulher vai receber indenização de R$ 5 mil da prefeitura de São Carlos, após ter o nome indevidamente incluído na lista de pessoas que tomaram a 1ª dose da vacina irregularmente. O valor foi determinado pela Vara da Fazenda Pública de São Carlos e a decisão mantida pela 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Segundo os autos, o nome da mulher foi divulgado a partir de uma lista compartilhada pela prefeitura de São Carlos para a imprensa. No documento, constavam os nomes de pessoas suspeitas de terem furado a fila para tomar a primeira dose da vacina. A autora da ação será indenizada por danos morais. Além da exposição de seu nome, ela também enfrentou dificuldades para ter acesso à segunda dose da vacina.

Na sentença, o desembargador Francisco Bianco, avaliou que a conduta da prefeitura pode ser classificada como ilícita por causa de dois pontos. Primeiro, devido "a elaboração e divulgação de lista nominal, sem a comprovação da prática de qualquer conduta irregular ou ardilosa, tendente à obtenção antecipada da Vacina". Além disso, "a imposição de obstáculos, de forma pública e constrangedora, ao recebimento da 2ª dose da Vacina".

Os argumentos apresentados para a indenização da mulher por danos morais foram baseados, segundo o magistrado, em "princípios da razoabilidade, moderação e proporcionalidade, para compensar, de um lado, o sofrimento experimentado pela parte autora e, de outro, punir a conduta ilícita". O relator do processo também destacou que a indenização pode servir de exemplo para que casos semelhantes a esse não se repitam. "Contribuindo, inclusive, para o aprimoramento do próprio serviço público". Com votação unânime, o julgamento contou com a presença dos desembargadores Nogueira Diefenthaler e Marcelo Berthe.

EUA - A primeira pessoa a receber um transplante de coração de porco morreu dois meses após o procedimento histórico nos Estados Unidos, informou o hospital que realizou a cirurgia.

David Bennett, de 57 anos, que morreu em 8 de março, recebeu seu transplante em 7 de janeiro, informou a Universidade de Maryland, situada no estado de mesmo nome no leste dos Estados Unidos, em comunicado.

"Sua condição começou a se deteriorar há vários dias", diz a nota.

O transplante inédito gerou expectativas de que o uso de órgãos de outras espécies seria a solução no futuro para resolver a escassez crônica de órgãos humanos para doação. Por sua vez, a equipe responsável pela cirurgia mantém seu otimismo sobre o êxito desse procedimento no futuro.

"Depois que ficou claro que ele não se recuperaria, ele recebeu cuidados paliativos compassivos. Ele conseguiu se comunicar com sua família durante suas últimas horas", diz o comunicado.

Após a cirurgia, o coração transplantado funcionou muito bem por algumas semanas, sem sinais de rejeição, indicou a universidade.

Bennett passou algum tempo com sua família, fez sessões de fisioterapia, assistiu ao Super Bowl - a final da liga de futebol americano NFL - e sempre falava sobre o seu desejo de voltar para casa para ver seu cachorro Lucky.

"Ele mostrou ser um paciente corajoso e nobre, que lutou até o fim. Expressamos nossas mais sinceras condolências à família", comentou Bartley Griffith, o cirurgião que conduziu o procedimento.

 

Esperança para o futuro

Em outubro de 2021, Bennett deu entrada no hospital da Universidade de Maryland. Estava deitado em uma cama e conectado a uma máquina de suporte vital de emergência. Foi considerado não elegível para um transplante humano, o que acontece quando o receptor tem problemas de saúde subjacentes.

"Obtivemos aprendizados inestimáveis sobre como o coração de porco geneticamente modificado pode funcionar bem dentro do corpo humano enquanto o sistema imunológico se comporta adequadamente", afirmou Muhammad Mohiuddin, diretor do programa de xenotransplante cardíaco da universidade americana.

"Seguimos otimistas e planejamos continuar com nosso trabalho em futuros ensaios clínicos", ressaltou.

O porco do qual veio o coração transplantado foi geneticamente modificado para evitar rejeição imediata. Uma nova droga experimental também foi usada, além das habituais drogas anti-rejeição, para suprimir o sistema imunológico. Durante os enxertos, o perigo é que este não detecte o órgão como corpo estranho e comece a atacá-lo.

Sem o transplante, David Bennett estava condenado. "Era a morte ou este transplante. Eu quero viver", disse o paciente antes da operação.

"Meu pai lutou até o fim da vida para passar mais tempo com sua família. Pudemos passar semanas preciosas juntos quando ele estava se recuperando de uma cirurgia, semanas que não teríamos sem esse esforço milagroso", disse seu filho David Bennett Jr em uma declaração.

"Esperamos que esta história seja um começo de esperança, não o fim", acrescentou.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura Municipal de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está solicitando que os pacientes cadastrados na fila de cirurgia eletiva compareçam à sede da SMS para atualizar seu cadastro a fim de posterior convocação para a realização de procedimento cirúrgico

Para tanto, um calendário, tendo como critério a data de cadastro, foi elaborado pela pasta para evitar aglomerações e filas. O atendimento ocorrerá de modo excepcional nos quatro próximos sábados, das 8h às 12h.

Em um primeiro momento, os pacientes que se cadastraram em 2017 ou antes devem ir ou enviar um representante à Secretaria Municipal de Saúde munido do pedido de cirurgia e documento oficial com foto. No atendimento, serão confirmadas informações como telefone para contato e tipo de cirurgia solicitada. O paciente, então, será encaminhado para realização da cirurgia ou reavaliação com médico especialista visando atualização do quadro diagnóstico para operação. Posteriormente, e conforme calendário, serão avaliados os pacientes cadastrados em 2018.

É importante destacar que todos os pacientes cadastrados neste período e já operados de forma eletiva não precisam comparecer, assim como aqueles que, por diferentes motivos, foram submetidos a procedimentos cirúrgicos de urgência e emergência.

SÃO CARLOS/SP - As perdas e desperdícios agroalimentares gerados em volumes maciços a partir de operações e consumo agroindustriais poderiam ser transformados em diversos produtos de alto valor agregado, como bioplásticos e materiais avançados, para movimentar a chamada bioeconomia circular. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e de instituições da Finlândia, Áustria e Canadá.

Parte da biomassa dos resíduos agroalimentares (FLW, sigla em inglês para food loss and waste) é atualmente reaproveitada, mas geralmente para aplicações de baixo valor agregado, como alimentação para o gado. Isso pode ser considerado uma subutilização, já que a versatilidade dos FLW permite a sua reutilização para produção de materiais avançados, com potencial de aplicação em dispositivos biomédicos, sensores, atuadores e dispositivos de conversão e armazenamento de energia.

O estudo ressalta a importância dos resíduos agroalimentares para o mercado de embalagens, principalmente, de alimentos, para o qual é bastante promissor, devido ao crescimento contínuo do setor, acompanhando a demanda cada vez maior por alimentos de conveniência e o aumento da população urbana.

De linear para circular

De acordo com os pesquisadores, a bioeconomia é baseada na transformação de recursos renováveis em produtos finais, incluindo materiais. No entanto, a economia circular propõe a transformação da atual cadeia de abastecimento linear (“pegue, faça, use, descarte”) em um modelo circular (“pegue, faça, use, recicle”), focado na otimização da eficiência de recursos e processos por meio da reutilização e dos diferentes tipos de reciclagem de produtos.

Eles acreditam que isso possibilitaria um ciclo cada vez mais perto de ser fechado, conduzindo a um sistema idealmente livre de resíduos e, assim, contrabalançar as deficiências socioeconômicas e ambientais existentes no modelo linear atual.

Para o engenheiro de materiais da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Daniel Souza Corrêa, um dos autores do estudo, os FLW representam desperdício de recursos, incluindo água, trabalho e energia usados para produzir alimentos.

Os três eixos, que compreendem o nexus água-energia-alimento, exigem uso mais eficiente, equitativo e adequado frente ao possível esgotamento de recursos do ecossistema de produção. Até pouco tempo água-energia e alimentos eram gerenciados de forma independente, mas em emergente abordagem, passaram a ser tratados de forma conectada.

O conceito nexus - palavra de origem latina – vem demandando integração entre os três elementos, uso racional e governança de diferentes setores, considerando que o uso em excesso de uma das variáveis causa perda de outra e, consequentemente, nas cadeias de produção.

“Além disso, os resíduos agroalimentares contribuem para agravar o cenário das mudanças climáticas, com o aumento dos gases de efeito estufa (GEE). O gás metano, por exemplo, principal contribuinte para a formação do ozônio, é liberado durante a decomposição de matéria orgânica (como restos de alimentos encontrados em lixões e aterros”, diz o pesquisador.

Geração de bioplástico

O estudo “O nexus alimentos-materiais: bioplásticos de próxima geração e materiais avançados de resíduos agroalimentares”, foi publicado em 2021, na edição 43 na contracapa da Advanced Materials. A revista é uma das de maior impacto na área. No artigo, os cientistas avaliaram os avanços recentes na valorização dos FLW.

Além disso, exploraram aspectos de sustentabilidade associados às demandas de fabricação de materiais e dispositivos avançados e funcionais, bem como os desafios e estratégias para obter bioplásticos a partir desses resíduos agroalimentares.

Entre as aplicações apontadas está a transformação de perdas e resíduos agroalimentares em materiais “verdes”, uma opção emergente que utiliza biomassa residual e fluxos secundários da cadeia de abastecimento alimentar.

O professor do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, Caio Otoni, primeiro autor do estudo, explica que a maioria dos bioplásticos atuais é de primeira geração, ou seja, produzidos a partir de plantas ricas em carboidratos ou proteínas que, pelo menos em alguns casos, poderiam ser usados como alimento ou ração animal. Entre elas, destacam-se milho, cana-de-açúcar, soja, trigo e batata, o que leva a divergências em torno de aplicações alimentares e não alimentares.

Por outro lado, o pesquisador diz que os bioplásticos de segunda geração são derivados de matérias-primas que não se destinam ao uso alimentar, incluindo celulose de madeira e FLW. Uma terceira geração de bioplásticos, ainda em desenvolvimento, envolve a produção direta de plásticos, ou seus blocos de construção, a partir de organismos vivos.

“Portanto, a utilização de resíduos agroalimentares (FLW) para obter materiais é compatível com os bioplásticos de segunda e terceira gerações, representando uma alternativa sustentável para as estratégias atuais de produção massiva de plásticos, sobremaneira os ditos de uso único”, avalia Otoni.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico anualmente, mas apenas 1% do que é descartado é reaproveitado. O lixo orgânico não tratado gera gás metano, nocivo à atmosfera, quando entra em decomposição nos aterros sanitários.

Desafio Global

A perda e o desperdício de alimentos são considerados um problema generalizado em todo o globo, um desafio à segurança alimentar, à economia e à sustentabilidade ambiental.

Reduzir o desperdício alimentar global per capita é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como meta diminuir em 50% os FLW até 2030 (a meta foi definida em 2015).

De acordo com o estudo global Food Waste Index, divulgado em março do ano passado, a estimativa é de que 931 milhões de toneladas de alimentos, ou 17% do total de alimentos disponíveis para os consumidores em 2019, foram despejados por residências, varejos, restaurantes e outros serviços de alimentação.

Iniciativas promissoras

Na Embrapa Instrumentação, pesquisas para aproveitamento de subprodutos agroalimentares já vêm sendo realizadas há mais de duas décadas, frequentemente em parceria com grupos da UFSCar, de outras unidades da Embrapa, entre elas, a Embrapa Agroindústria Tropical, e de outras instituições do Brasil e do exterior, como o Departamento de Agricultura dos EUA, o USDA.

Segundo a engenheira de alimentos da Embrapa, Henriette M. C. Azeredo, coautora do estudo, além do reaproveitamento de subprodutos ou resíduos, existem casos em que se utilizam as partes comestíveis dos alimentos para a produção de materiais, neste caso, materiais comestíveis. Um exemplo são os filmes comestíveis à base de frutas, hortaliças e legumes.

Estas películas finas têm potencial para servir como embalagem primária e embalar de pizzas a sushi e, a depender da formulação, podem apresentar características físicas semelhante aos plásticos convencionais, como resistência mecânica e capacidade de barreira, além de igual capacidade de proteção dos alimentos. Esta linha de pesquisa, iniciada na Embrapa pelo pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, pode ajudar a reduzir o desperdício de alimentos.

O uso de embalagens comestíveis é fundamental para a proteção dos alimentos, para evitar agentes de deterioração, danos mecânicos, desidratação, entre outros. Assim, o principal objetivo deve ser a minimização de FLW com o uso de materiais de longa duração, considerando a circularidade e a persistência dos recursos naturais dentro do ciclo econômico.

Barreiras ao uso

No entanto, os custos econômicos e diferenças de desempenho permanecem como barreiras importantes para o uso dos resíduos agroalimentares. Azeredo diz que, embora mais vantajoso do ponto de vista ambiental, a maioria dos bioplásticos tem desempenho inferior nas suas propriedades, comparados aos plásticos convencionais.

“Além de apresentarem desafios na processabilidade, requerendo adaptações de engenharia ou novos métodos, esses materiais geralmente têm propriedades mecânicas e de barreira inferiores aos dos plásticos convencionais. Estes são desafios a serem enfrentados com pesquisa e criatividade. Por outro lado, os materiais derivados de alimentos podem ter propriedades funcionais (como antimicrobianas e antioxidantes, por exemplo) que não são apresentadas pelos plásticos convencionais”, afirma a engenheira de alimentos.

Azeredo explica que a composição química complexa e heterogênea da biomassa derivada dos resíduos agroalimentares é um desafio, mas também pode oferecer grandes oportunidades, por exemplo, se táticas de fracionamento apropriadas forem aplicadas.

Bruno Dufau Mattos, pesquisador da Universidade de Aalto, na Finlândia, e coautor do trabalho, complementa que as estratégias de última geração usadas para reciclar FLW em materiais multifuncionais e avançados dependem da desconstrução e remontagem, síntese e engenharia de blocos de construção monoméricos, poliméricos e coloidais derivados de resíduos agroalimentares.

Azeredo enfatiza, no entanto, que os bioplásticos representam apenas uma pequena fração, cerca de 1% da produção total de plásticos. A principal aplicação são as embalagens, mais de 53%, o que representou 1,14 milhão de toneladas em 2019.

Para a pesquisadora, os bioplásticos poderiam substituir contrapartes tradicionais não renováveis ou criar soluções para os desafios tecnológicos atuais, melhorando assim os aspectos de sustentabilidade e circularidade da fabricação de materiais. 

SÃO CARLOS/SP - Nesta semana, de 14 a 18 de março, a vacinação para as crianças de 5 a 11 anos vai ser realizada nos seguintes locais: USF do Antenor Garcia, UBS da Redenção, UBS da Vila Isabel, UBS da Vila São José e UBS do Santa Felícia. O horário de vacinação é das 8h às 16h em qualquer uma das unidades. 

Já os adultos devem se dirigir a Fundação Pró-Memória, UBS do Cidade Aracy, UBS do Maria Stella Fagá e USF do Jockey Guanabara, das 8h às 16h. O Ginásio Milton Olaio Filho também permanecerá vacinando adultos das 7h30 às 18h30.

Você já ouviu falar de “artrite psoriásica”?

 

SÃO CARLOS/SP - Muito bem, caso não tenha ouvido falar, a artrite psoriásica (APs) é uma forma de artrite que afeta pessoas que possuem psoríase. A psoríase caracteriza-se pelo aparecimento de lesões avermelhadas, escamosas, que acometem principalmente joelhos, cotovelos e couro cabeludo, sendo que a grande maioria das pessoas desenvolve psoríase primeiro e depois a artrite. Segundo uma importante cartilha divulgada pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, (http://www.reumatologia.org.br/downloads/cartilhas/CartilhaSBR_A4_ARTRITE%20PSORI%C3%81STICA.pdf)

entre 5% e 40% das pessoas que tem psoríase podem apresentar dores e inflamação nas articulações, desenvolvendo assim um quadro de “artrite psoriásica”.

Dentro desta realidade, pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Clínica MultFISIO Brazil, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Hagler Institute for Advanced Study (Universidade A&M do Texas Texas -EUA), iniciaram, recentemente, uma pesquisa que visa proporcionar um novo tratamento para a diminuição das dores provocadas pela artrite psoriática através da utilização de ultrassom e laser, explorando assim a ampla versatilidade apresentada pelo equipamento desenvolvido no IFSC/USP e que tem aberto sucessivas portas para novos e inovadores tratamentos fisioterápicos.

O Dr. Antonio Eduardo de Aquino Júnior, um dos autores da pesquisa publicada neste mês de março no “Journal of Novel Physiotherapies”, relata o estudo que foi feito sobre o novo tratamento aplicado a uma paciente com 51 anos de idade, residente em São Carlos, portadora de psoríase há 16 anos e que entre 2018 e 2019 começou a manifestar um quadro (diagnosticado) de artrite psoriásica. “A psoríase é uma doença que tem, também, uma relação direta e muito próxima com o foro emocional das pessoas, sendo que a possibilidade de um paciente manifestar um quadro de artrite psoriásica ronda entre os 30% e os 40%. A psoríase já tem na sua essência uma condição inflamatória (crônica) e que não fica localizada. Ao longo do tempo são formadas citocinas inflamatórias - marcadores inflamatórios - que podem provocar outro quadro inflamatório nas articulações, o que provoca as mesmas características de dores que são muito semelhantes às da  artrite reumatóide”, salienta o pesquisador. A paciente, que se disponibilizou para realizar esta pesquisa, apresentava, além desse quadro, um outro caracterizado por fibromialgia: tudo somado, seu estado comprometeu grandemente o equilíbrio emocional, principalmente manifestado por depressão, ansiedade e insônias, embora estivesse ampla e conveniente medicada.

 

Com dores generalizadas pelo corpo, a paciente foi submetida a 14 sessões de tratamento - conforme está relatado no artigo científico publicado - tendo os pesquisadores conseguido reduzir em 75% as dores causadas pela artrite psoriásica e em 60% as dores provocadas pela fibromialgia. Em termos de dores generalizadas no corpo e na restauração da qualidade de vida da paciente, foram registradas melhoras em 60%. O pesquisador comemora, dizendo que “Conseguimos um ganho imenso. A paciente, que é artesã, voltou a trabalhar sem sentir a intensidade das dores que anteriormente sentia em todo o corpo e principalmente nas mãos, tendo recuperado a mobilidade e muito de sua qualidade de vida”. Para o Dr. Antonio de Aquino Junior, esta pesquisa indica que o tratamento poderá ser igualmente utilizado em casos de dores provocadas pela artrite reumatóide, mas sempre mantendo os medicamentos prescritos pelos médicos. Estudos já estão sendo desenvolvidos nesse sentido por forma a se observar os resultados. A paciente relatada nesta matéria continua a ser acompanhada pelos pesquisadores do IFSC/USP através de sessões periódicas, no sentido poderem observar a evolução da recuperação de sua qualidade de vida e a diminuição das dores.=

Este tratamento, executado de forma sistêmica na palma das mãos e na planta dos pés, representa uma evolução significativa comparativamente à série que foi realizada anteriormente, em 2018.

SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia, aceitou o pedido de exoneração do então secretário de saúde Marcos Palermo.

A Prefeitura informa ainda que a chefe de gabinete da pasta, Jôra Teresa Porfírio, foi nomeada para responder, interinamente, pelo expediente da Secretaria Municipal de Saúde

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