fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

SÃO CARLOS/SP - Dois funcionários do setor de zeladoria e manutenção da secretária municipal de saúde foram afastados por testar positivo para covid-19.

Nossa reportagem recebeu denúncia afirmando que as pessoas que tiveram contato com os positivados teriam sido orientados a continuar trabalhando sem realizar exames. O Sindspam ficou sabendo da situação, onde interveio e fez com que os funcionários que tiveram contato com os colegas positivados ficassem em casa e realizassem os exames.

SÃO PAULO/SP - O maior órgão do corpo é o que mais sente os efeitos da pandemia – a pele. Ela possui a mesma origem embrionária do sistema nervoso, e, por isso, eles permanecem ligados por toda a nossa vida. Trata-se de um órgão sensorial que permite a sensação térmica, a capacidade sensitiva de tensão mecânica e a dor.

“Se ficamos envergonhados ou emocionados nossa pele exprime essas emoções através da ruborização e dos arrepios. Enfim, tamanha é a complexidade das funções da pele em conexão com terminais nervosos que este tema vem trazendo novas descobertas científicas”, conta a médica Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD).

A especialista também aponta o que é possível fazer para reduzir esse quadro. “O estresse vivido por este momento aumenta a inflamação e a liberação de uma série de hormônios (como o cortisol, adrenalina e derivados) que interferem em receptores e neurotransmissores em diversas regiões do corpo”, explica. A pele é, não apenas um canal imediato de situações de estresse, como um alvo para algumas respostas a ele (os mediadores do estresse atuam nela, promovendo respostas inflamatórias e até imunológicas).

O estresse aumenta a liberação de células inflamatórias, reduz a imunidade e aumenta o estado de alerta na pele, promovendo maior incidência de alergias, acne, dermatites, urticária. “Quando o grau é elevado ou cronificado, doenças mais sérias (como as autoimunes) podem se apropriar do momento e serem deflagradas, em indivíduos predispostos”, explica.

Enquanto a acne aparece por aumento da oleosidade e inflamação dos poros, com infecção, gerando as tão conhecidas espinhas e cravos, as demais inflamações provocam outros sintomas a serem observados no contexto individual do paciente. A dermatite causa vermelhidão, coceiras e até mesmo bolhas. Outras condições pioradas podem ser a urticária, uma reação alérgica que pode aparecer por meio de vergões na pele. Temos recebido muitos casos de urticária generalizada, de difícil tratamento, em que é preciso “desligar” os fatores psicoemocionais envolvidos de forma pontual.

Para tratar e prevenir, a médica lembra que é importante manter uma rotina de cuidados específicos para cada tipo de pele, respeitando a sazonalidade (o inverno requer mais cuidados, e evitar água quente) e a individualidade do paciente. Atividades que promovem bem-estar e saúde, como a prática de exercícios físicos, meditações e técnicas respiratórias, também são grandes aliados para minimizar os efeitos do estresse.

Muitas vezes o paciente chega a tentar esses recursos, mas não consegue sozinho, ou possui recidivas sucessivas das alergias e outros problemas de pele, afetando drasticamente sua autoestima. Esse paciente necessita de um tratamento individualizado, e, por vezes, multifatorial.

 

 

*Por: Eduardo Nunes / SPORTLIFE

COREIA DO NORTE (FOLHAPRESS) - Dois dias depois de ter afirmado à OMS (Organização Mundial da Saúde) que não havia casos de Covid-19 na Coreia do Norte, o ditador Kim Jong-un demitiu vários membros da elite do Partido dos Trabalhadores por causa de um "grave incidente" relacionado ao coronavírus, "que criou uma grande crise para o segurança do país e de seu povo".

O alerta foi feito em discurso durante reunião do comitê executivo do partido governante, segundo a agência de notícias estatal KCNA. Kim afirmou que os funcionários responsáveis "negligenciaram decisões importantes do partido, que apelou por medidas organizacionais, materiais e científicas e tecnológicas para apoiar o trabalho antiepidêmico prolongado em face de uma crise de saúde global".

Desde o começo da pandemia, a Coreia do Norte, já então considerada o país mais fechado do mundo, isolou-se ainda mais, proibindo todas as viagens internacionais, inclusive para a China e a Rússia, e restringindo as domésticas.

O objetivo era evitar que a entrada do coronavírus agravasse ainda mais a já abalada situação humanitária do país, embora seja quase impossível verificar a afirmação de que o país estivesse livre de contaminação, como disse à época Chad O'Carroll, principal executivo do Grupo Korea Risk (GKR), consultoria e serviço de informação especializado na Coreia do Norte.

Quinhentos e dezesseis dias após fechar ainda mais o país, Kim afirmou que as restrições impostas para frear a pandemia seriam mantidas, embora analistas apontassem impacto forte sobre a economia frágil do país, para o qual o turismo é uma das poucas possibilidades legais de obtenção de moeda forte.

O fechamento de fronteiras afeta também o comércio com a China, majoritariamente ilegal, mas permitido extra-oficialmente pela ditadura norte-coreana, por substituir falhas de abastecimento da economia estatal. Em outro discurso neste mês, Kim afirmou que a Coreia do Norte passava pela "pior situação de todos os tempos".

Com estimados 26 milhões de habitantes, a Coreia do Norte espera receber 1,7 milhão de doses de vacinas do consórcio Covax, que compra e distribui imunizantes para países em todo o mundo.

A entidade, no entanto, tem enfrentado atrasos nas remessas por causa principalmente da falta de capacidade global de produção. A Covax também aponta falta de estrutura e preparo para receber, armazenar e distribuir os fármacos -que, dependendo do fabricante, exigem ultracongelamento.

Na semana passada, Kim pediu reforço das medidas de controle para criar uma "luta antipandemia perfeita", relatou o serviço noticioso independente NK News, editado por O'Carroll. A agência também citou a mídia oficial alertando sobre o perigo da variante delta, que é cerca de 60% mais contagiosa que a alfa.

A divulgação nesta terça de que o expurgo incluía membros do órgão máximo de decisão (o chamado "presidium"), segundo a KCNA, e "uma importante figura militar", segundo a NK News, corresponde a uma admissão de que há Covid-19 na Coreia de Norte, segundo dissidentes ouvidos pela agência francesa AFP na Coreia do Sul.

Um deles, o pesquisador do Instituto Mundial de Estudos da Coreia do Norte em Seul Ahn Chan-il, afirmou que a divulgação pela agência estatal norte-coreana das advertências feitas por Kim indica que o país precisa de ajuda internacional.

"Caso contrário, eles não teriam feito isso, pois inevitavelmente envolve o reconhecimento do próprio fracasso do regime em seus esforços antiepidêmicos", afirmou Ahn, segundo a AFP.

A última vez que a Coreia do Norte admitiu publicamente um possível surto de Covid-19 foi em julho de 2020, quando um homem cruzou a mais patrulhada fronteira do país, com a Coreia do Sul. A cidade de Kaesong, onde ficam as principais bases de controle de fronteira, ficou fechada por 20 dias. Um suposto surto, porém, não foi confirmado oficialmente.

Também não há certeza sobre os dados relatados pelo país à OMS, sobre o estágio da pandemia. O relatório semanal da entidade não tem, por exemplo, informações sobre quantos norte-coreanos estão em quarentena, dado não compartilhado pela ditadura desde dezembro do ano passado.

Até aquele momento, o país informara ter isolado mais de 32 mil habitantes e 382 estrangeiros, todos liberados da quarentena sem contaminação confirmada.

Na última segunda (28), o regime de Kim afirmou que até 17 de junho foram realizados testes em 31.083 pessoas e que nenhum caso do novo coronavírus foi encontrado. Os últimos testes incluíam 149 pessoas com doenças semelhantes à gripe ou "infecções respiratórias agudas graves", segundo relatório da Coreia do Norte à OMS.

Continua depois da publicidade

Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse que o país estaria disposto a doar vacinas para seu vizinho do norte.

 

 

 

*Por:  ANA ESTELA DE SOUSA PINTO / FOLHA

Com o agravamento da pandemia da COVID-19 e a chegada do inverno, as doações despencaram 50%.

 

SÃO CARLOS/SP  - O Banco de Sangue precisa com urgência de doações do tipo sanguíneo A positivo. O estoque está crítico e 70% abaixo da quantidade ideal para atender às necessidades do hospital. Além disso, com o agravamento da pandemia e a chegada do inverno, os estoques tiveram uma queda de 50%.

De acordo com a hematologista e médica responsável pelo Banco de Sangue, doutora Andreia Moura de Luca, outra situação que agrava o problema é o fato de alguns doadores agendarem horário e não comparecerem para fazer a doação. “Isso causa um déficit no estoque, pois contamos com todas as doações do dia. Além disso, em época de frio, os estoquem têm uma queda considerável. Pedimos o apoio de toda população”, comenta a hematologista.

Além das demandas do hospital - como os casos de urgência e emergência, cirurgias oncológicas e cardíacas, UTIs, Maternidade e até mesmo pacientes com COVID-19 -, o Banco de Sangue também fornece bolsas de sangue para o Hospital Universitário e Hospital São Paulo de Araraquara.

Desde o início da pandemia, o Banco de Sangue tem seguido as regras da Associação Brasileira de Hematologia. O mobiliário é higienizado entre uma e outra doação; os profissionais usam todos os equipamentos de proteção adequados; é obrigatório o uso de máscara de proteção facial e, para evitar aglomeração, foi proibida a entrada de acompanhantes.

 

QUEM PODE DOAR - REQUISITOS GERAIS

O candidato deve ter entre 18 e 69 anos; ter mais de 50 Kg; estar em boas condições de saúde; não pode fumar uma hora antes da doação e nem ingerir bebida alcoólica 24 horas antes.

 

SERVIÇO:

BANCO DE SANGUE – HORÁRIOS PARA DOAÇÕES

Segunda a sexta-feira – 8h às 12h

Sábados – 8h às 11 h

 

BANCO DE SANGUE – CANAIS PARA AGENDAMENTO

(16) 99104-6748 (WhatsApp) e (16) 3509-1230 (fixo)

De segunda a sexta-feira, das 8h às 15h

Iniciativa integra pesquisa de doutorado que propõe o uso da telessaúde para monitorar esse público

 

SÃO CARLOS/SP - Uma equipe do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (Ladi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está desenvolvendo uma pesquisa que oferece avaliações e orientações gratuitas, em formato online, para estimulação do desenvolvimento motor de bebês com até um ano de idade. O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade, por quatro fisioterapeutas, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar.

O foco do estudo é atuar com bebês, com até um ano de idade, que tiveram alguma complicação durante o parto que os exponha ao risco de atraso no desenvolvimento motor. De acordo com as pesquisadoras, essa faixa etária é um período crítico para o desenvolvimento cerebral dos bebês e ocorrem rápidas mudanças nas habilidades motoras, de linguagem e funções sensoriais. No entanto, elas apontam que o distanciamento social, necessário por conta da pandemia, pode ter dificultado o acesso a cuidados especiais nesse período o que favorece os fatores de risco apresentados por esses bebês. "A telessaúde pode ser uma alternativa para monitorá-los, pois parece ser uma forma econômica de expandir o acesso aos cuidados especialmente durante esse problema de saúde global", explicam.

Dessa forma, visando diminuir os impactos do distanciamento social e dos fatores de risco apresentados por esses bebês, o estudo propõe um protocolo de reabilitação que conta com a avaliação e intervenção remota das capacidades motoras, participação e fatores ambientais. Portanto, o objetivo do estudo é comparar o efeito de um protocolo remoto de telecuidado - composto por intervenção domiciliar direcionada à tarefa e ao contexto, realizada pelos pais - com a orientação de cuidado padrão, quanto à funcionalidade de bebês com risco para atraso do desenvolvimento. 

As orientações propostas pela pesquisa serão oferecidas para bebês com risco de atraso no desenvolvimento motor e serão formuladas por fisioterapeutas, que acompanharão os cuidadores a realizarem as orientações em casa. A atividade terá duração de três meses e ocorrerá por meio de ligação telefônica ou WhatsApp das pesquisadoras. 

Após as intervenções do estudo, as pesquisadoras têm a expectativa de que os lactentes com risco para atraso de desenvolvimento apresentem melhora na evolução das capacidades motoras.

Continua depois da publicidade


Participantes

Podem participar do estudo pais/cuidadores de bebês de 0 a 1 ano de idade, que tiveram alguma complicação durante o parto (prematuridade, baixo peso, internação em UTI neonatal, reanimação cardiorrespiratória, falta de oxigenação, dentre outras) e, também, bebês com idade gestacional acima de 37 semanas que não sofreram nenhuma intercorrência durante o parto. Interessados podem entrar em contato diretamente com as fisioterapeutas, até o final deste ano, por meio do WhatsApp: Camila Gâmbaro (11) 95783-8540; Bruna Verdério (16) 98119-5497; Raíssa Abreu (81) 99704-4694; e Marina dos Santos (16) 98158-7477. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 312566205.0000.5504).

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos deve anunciar está semana novas restrições à atividade econômica não essencial para frear o avanço da pandemia nas próximas semanas. A cidade mantém a taxa de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para COVID-19 de 97,7% e mais de 15 pessoas estão nas enfermarias aguardando vagas nas UTIs.

Com caráter imediato e temporário, a restrição está sendo estudada e deve ser anunciada até quarta-feira (30), e segundo informações, as novas medidas podem acontecer do dia 1º à 18 de julho.

O Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus estuda e deve anunciar também o um novo horário de trabalho do comércio das 9h às 16h e o chamado "toque de restrição" das 19h às 5h, com o objetivo de coibir aglomerações e festas noturnas. Segundo apurado pela nossa redação, é mais uma tentativa de diminuir os casos de contaminação pelo vírus e evitar o lockdown.

A fiscalização será ainda mais rígida no quesito festas em chácaras e eventos clandestinos e as denuncias podem ser feitas através do Guarda Municipal - (16) 3364-2112 / 3364-2113 / 0800 771 00 43 ou pelo site http://coronavirus.saocarlos.sp.gov.br/denuncie-aqui/.

Atuação da Força Tarefa

Semana de 21/06/2021 à 27/06/2021

 

Total de estabelecimentos Vistoriados pela Força Tarefa

69

 

 

Ocorrências de Perturbação de Sossego Público atendidas pela GM

8

 

 

Total de estabelecimentos Notificados

2

 

 

Total de estabelecimentos Interditados e/ou autuados

10

 

 

Total de denúncias                                           

75

 

 

Total de Orientações via fone GM         

75

 

CAMPINAS/SP - Três milhões de doses de vacinas da Janssen contra a covid-19, doadas pelo governo norte-americano, desembarcaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na manhã desta sexta-feira (25). O lote é avaliado em R$ 145 milhões.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acompanhou a chegada dos imunizantes, ao lado do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman. Queiroga agradeceu a colaboração do governo americano.

"Nesse momento recebemos essa doação, mas, no futuro, Brasil e Estados Unidos farão,  juntos, muito mais pelos países da América Latina e pelos países mais pobres que também enfrentam essa doença", afirmou o ministro.

O embaixador Todd Chapman disse que "esses 3 milhões de doses representam a maior doação que nós já fizemos para qualquer nação".

Continua depois da publicidade

 

 

Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil

Estudo da UFSCar em parceria com Universidade do Minho associou prevalência de cepa resistente a medicamento à necessidade de ampliação da genotipagem no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - A elevada taxa de mutação é característica conhecida do vírus HIV-1, e mutações que causam resistência a medicamentos significam ameaça ao sucesso dos tratamentos antirretrovirais. No entanto, a ocorrência dessas mutações vem caindo em todo o mundo, diante de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos adversos, o que permite reduzir a replicação viral e, assim, a probabilidade de mutação.

Estudo realizado em parceria entre Brasil e Portugal e publicado recentemente no "International Journal of Molecular Sciences" [https://www.mdpi.com/1422-0067/22/10/5304/htm], utilizando dados brasileiros, corroborou essa tendência, indicando leve queda na prevalência de cepas resistentes como um todo, embora essa prevalência ainda seja considerada elevada. Mais preocupante foi o registro de elevação gradual no Brasil na prevalência de uma mutação específica, chamada de K65R, associada à resistência a um dos medicamentos usados no tratamento antirretroviral no País, o Tenofovir.

A pesquisa, coordenada Nuno Miguel Sampaio Osório, da Universidade do Minho, em Portugal, contou com a participação de Bernardino Geraldo Alves Souto, docente do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no âmbito de acordo de cooperação com o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho. Colaboraram também pesquisadores de outras instituições portuguesas e da Espanha. A equipe analisou 20.226 sequências genéticas de HIV-1 coletadas em pacientes em tratamento antirretroviral, no período entre 2008 e 2017, no Brasil.

Os resultados mostraram que a prevalência da K65R passou de 2,23% em 2008 para 12,11% em 2017, seguindo alteração no protocolo de tratamento adotado no Brasil, que, em determinado momento, substituiu o AZT (Zidovudina) pelo TDF (Tenofovir). A pesquisa também identificou maior carga viral nas pessoas em que a mutação foi detectada, reforçando a observação do aumento da prevalência de resistência ao TDF.

Além das análises genéticas e estatísticas, o grupo usou ferramentas de imunoinformática (baseadas em redes neurais artificiais) para investigar possíveis fatores envolvidos na falha terapêutica e na transmissão de cepas resistentes. Esses estudos sugeriram possível impacto de fatores genéticos na prevalência de K65R, derivados dos perfis HLA - relacionados à resposta imunológica - mais ou menos prevalentes na população brasileira. Isto porque a pesquisa indicou que o perfil HLA-B27 teria maior propensão ao reconhecimento do HIV-1, sendo que este perfil genético tem prevalência relativamente baixa na população brasileira.

"Os estudos associando o perfil HLA a diferentes interações com o vírus HIV ainda estão avançando. O que a nossa pesquisa traz é a hipótese de que, além de fatores tradicionais como diferenças sociodemográficas e nos protocolos adotados e a adesão ao tratamento, o perfil genético étnico da população brasileira também pode estar influenciando o padrão de prevalência da resistência a medicamentos, e que pode ser necessário levar isso em consideração na definição dos protocolos de tratamento", explica o pesquisador da UFSCar.

Ou seja, associada à pressão seletiva exercida pelo uso do Tenofovir, o perfil imunológico prevalente na população brasileira também pode estar favorecendo o desenvolvimento da mutação K65R.

Uma das estratégias adotadas em vários países para monitorar e combater as cepas resistentes é a chamada genotipagem universal, em que todos os pacientes são testados no momento do diagnóstico para identificação de cepas resistentes e, assim, adoção de regimes terapêuticos individualizados, ou seja, escolha dos medicamentos que comporão o coquetel antirretroviral informada pela genotipagem. No Brasil, em geral a genotipagem só é feita após verificação de falha terapêutica por seis meses, exceto para alguns grupos que, a partir de 2013, começaram a ser testados no momento do diagnóstico: gestantes, crianças, pacientes com tuberculose e pessoas infectadas por parceiros em tratamento antirretroviral adequado.

A partir dos resultados encontrados no estudo, os pesquisadores supõem que a mudança nos protocolos antirretrovirais sem garantia de genotipagem pré-tratamento tenha colaborado para o crescimento gradual da prevalência de cepas resistentes ao Tenofovir, bem como para o elevado nível de outras mutações de resistência. Essa prevalência elevada, por sua vez, pode estar por trás da maior proporção de casos de falência terapêutica no Brasil, o que ganha especial relevância em um cenário de crescimento nos números de novas infecções e mortes relacionadas ao HIV no País, na contramão de um declínio global. Em 2019, foram 48 mil novas infecções e 14 mil mortes registradas no Brasil.

Continua depois da publicidade

Assim, os pesquisadores registram que alguns dos medicamentos frequentemente usados no País podem estar comprometidos pela alta prevalência de cepas resistentes e que a genotipagem universal e obrigatória seria a melhor estratégia a ser adotada, para seleção personalizada de um regime antirretroviral otimizado. As evidências produzidas na pesquisa apontam, inclusive, a necessidade de atenção à eficácia dos protocolos adotados na profilaxia pré e pós-exposição no Brasil, já que o aumento da prevalência de cepas resistentes aos medicamentos integrantes desses protocolos também pode comprometer sua eficácia.

"A genotipagem pré-tratamento, com repetição sistemática, permite a definição de protocolos terapêuticos individualizados e ajustes adequados. Com isso, reduzimos o risco de iniciar o tratamento e só descobrir seis meses depois que o protocolo não é adequado ou só substituir um esquema que falhou depois de vários meses de falha, o que é ruim não apenas para o indivíduo, mas também predispõe ao desenvolvimento de cepas resistentes que podem ser transmitidas e ter um efeito populacional", reitera o pesquisador da UFSCar. "Do ponto de vista da prevenção, a abordagem é coletiva, mas estamos propondo estratégia mais individualizada para o tratamento. E essa estratégia individual, por sua vez, tem impacto coletivo, já que a eficácia do tratamento reduz a transmissão e a circulação de cepas resistentes", complementa.

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta quinta-feira (24/06) uma morte por COVID-19 no município, totalizando 421 óbitos. Trata-se de um homem de 50 anos, internado em hospital particular desde 28/05. Também morreu um paciente de Ibaté de 56 anos, internado em hospital público de São Carlos desde 11/06. São Carlos contabiliza neste momento 22.346 casos positivos para COVID-19 (138 resultados positivos foram divulgados hoje), com 421 óbitos confirmados e 129 descartados. 

Dos 22.346 casos positivos, 20.445 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 41 óbitos sem internação, 1.860 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 1.384 receberam alta hospitalar e 380 positivos internados foram a óbito. 21.432 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 39.885 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (119 resultados negativos foram liberados hoje).

Estão internadas neste momento 107 pessoas, sendo 29 adultos na enfermaria. 9 pacientes estão em Unidades de Cuidados Intermediários (UCI - Santa Casa), 4 estão em Unidades de Suporte Ventilatório (USV – HU/UFSCar). No total na UTI adulto estão internadas 62 pessoas, sendo 42 em leitos de UTI/SUS e 20 em leitos de UTI da rede particular. Na enfermaria SUS 2 crianças estão internadas neste momento. 1 criança ocupa vaga de UT/SUS. 5 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos neste momento. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS adulto está em 95,45% (42 adultos estão internados). 

Neste momento o município disponibiliza 44 leitos adulto de UTI/SUS para COVID-19, já que a Santa Casa voltou a operar com 30 leitos adulto para UTI/SUS, 20 leitos de UCI, 6 de UTI infantil e 8 de enfermaria o Hospital Universitário (HU/UFSCar) opera com 14 leitos de UTI/SUS adulto, 6 de Unidade de Suporte Ventilatório (USV) e 15 de enfermaria.

Continua depois da publicidade

UPA – 11 pessoas estão neste momento sendo atendidas em leito de estabilização da UPA do Santa Felícia e do Centro de Triagem. Os pacientes já estão cadastrados e aguardam transferência via CROSS.


NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 73.669 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 71.189 pessoas já cumpriram o período de isolamento e 2.480 ainda continuam em isolamento domiciliar.

A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes do tipo PCR em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal sendo que 48.946 pessoas já realizaram coleta de exames, 33.977 tiveram resultado negativo para COVID-19, 14.738 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos). 231 aguardam resultado de exame.

Estudo da UFSCar está aberto à participação de pessoas de qualquer região do país

 

SÃO CARLOS/SP - A pesquisa "Atitudes e percepções sobre a vacinação para Covid-19" está sendo realizada no Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com o objetivo de compreender as concepções que a população brasileira possui sobre a adoção da vacinação para a Covid-19. O estudo é realizado por Henrique Pott Junior, docente do DMed da UFSCar, e convida pessoas de todas as regiões do Brasil para participarem do trabalho por meio de um formulário eletrônico.

De acordo com o docente, as vacinas são uma das contribuições mais importantes para a saúde pública no século XX, sendo responsáveis pelo declínio das doenças evitáveis por vacinas em todo o mundo. No entanto, Henrique Pott aponta que nos últimos anos tem-se observado um aumento constante na recusa de vacinas, resultando em vários surtos de doenças evitáveis por esses imunizantes. "Esse problema tem sido atribuído a uma série de fatores, incluindo a relativa raridade de muitas doenças evitáveis por vacinas aliada à percepção pública de que a gravidade e suscetibilidade da doença é muito baixa, além de preocupações relacionadas à eficácia e segurança da vacina", reflete o docente. Somado a isso, o professor acrescenta que o medo das vacinas tem sido fomentado também por informações incorretas ou tendenciosas, não amparadas por evidências científicas, veiculadas pela internet, televisão, jornais e revistas.

Nesse cenário, Pott citou um estudo - Wellcome Global Monitor 2018 - que mostrou que 97% dos brasileiros concordam ou concordam totalmente que é importante vacinar crianças. No entanto, há uma queda para 80% dos brasileiros que se expressaram positivamente quando questionados se as vacinas são eficazes e seguras.

"Nesse sentido, apesar de reconhecerem a importância das vacinas, a desinformação persiste como fator chave para a falta de confiança nas vacinas e hesitação vacinal", avalia o pesquisador. Resultados semelhantes na aceitação da vacina de Covid-19 foram relatados em todo o mundo, incluindo Inglaterra, Austrália, Polônia, Malásia, Jordânia, Hong Kong, Nepal, entre outros, mas Pott aponta que, atualmente, não há conhecimento da atitude da população brasileira em relação à vacinação contra o novo coronavírus. 

Continua depois da publicidade

Expectativa dos resultados

O docente expõe que a ideia da sua pesquisa é identificar quais fatores estão associados à hesitação vacinal e à falta de confiança nas vacinas a fim de subsidiar estratégias individuais ou coletivas para as vacinas, acolhimento e orientação. "Espera-se que esse levantamento de dados possa ser relevante para auxiliar os gestores e profissionais de saúde a entender as percepções da população acerca da importância das vacinas e os riscos da recusa vacinal, especialmente no contexto da pandemia de Covid-19", relata. Pott também explica que o delineamento amostral da pesquisa foi pensado para oferecer subsídios direcionados tanto à comunidade acadêmica quanto para a população brasileira em geral. "Acredita-se que o levantamento dessas informações poderá ser útil para o cuidado em saúde durante e após essa pandemia, podendo fornecer subsídios para estabelecimento de um plano de nacional de imunização mais resolutivo", complementa.

Pott destaca que os resultados do estudo poderão ser importantes tanto para o desenvolvimento de futuros protocolos de pesquisas quanto para o direcionamento de intervenções clínicas ou ações públicas abrindo a possibilidade de um cuidado mais integral e abrangente dos indivíduos, o que certamente enriquecerá o processo de tomada de decisão, podendo também melhorar a adesão do indivíduo ao programa nacional de imunização e sua conscientização em relação à sua saúde. "A realização do estudo poderá ser um ponto de partida para iniciar uma reflexão sustentada no entendimento de que o controle de doenças transmissíveis por meio da vacinação transpassa a fronteira de áreas de conhecimento e é de fundamental importância, principalmente, quando voltamos o olhar para a relevância social dos dados a serem coletados e das reflexões que poderão ser suscitadas a partir dos mesmos", reforça o docente da UFSCar.


Voluntários

Para o desenvolvimento da pesquisa estão sendo convidadas pessoas de qualquer região do Brasil, a partir de 18 anos de idade, para responderem um questionário online, disponível no link https://bit.ly/3wKrzlh. O tempo de resposta é de, no máximo, 10 minutos, e o questionário ficará disponível até o ano que vem. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 45530521.2.0000.5504).

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Novembro 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30  
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.