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SÃO CARLOS/SP - O SAAE informou que um problema ocorrido na bomba do poço no Jardim do Bosque está afetando cerca de trinta bairros na cidade de São Carlos, e o pior, com o calor ultrapassando a casa dos 30°C, a população não consegue lavar uma louça, roupa, tomar banho e mais, até se higienizar, como tanto se cobrou durante a pandemia do coronavírus, ou seja, além de ser uma falta d’água, é também um problema de saúde pública.

Os mandatários da autarquia, o Sr. Mariel Olmo e José Augusto, através de nota, afirmaram que hoje, 06, será finalizada a troca da bomba e que o reestabelecimento do fornecimento de água será completo no domingo.

Portanto, os moradores do grande Santa Felícia e bairros adjacentes, o final de semana promete ser “daquele jeito”.

SÃO CARLOS/SP - Ontem, 05, a Guarda Municipal, os Agentes de Trânsito em conjunto com a Polícia Militar deram continuidade a OPERAÇÃO SOSSEGO, na região do Pico, e as demais áreas da cidade.
Nesta ação foi feita a interdição parcial da via para ter um controle melhor do fluxo de carros e pessoas que frequentam o local.
Foram realizadas algumas abordagens, porém nenhuma irregularidade foi constatada.

SÃO CARLOS/SP - A segunda rodada da Copa São Paulo de Futebol Júnior em São Carlos acontece neste sábado (06/01) no Estádio Municipal Prof. Luís Augusto de Oliveira “Luisão”. Pelo Grupo 13, duas partidas agitam a praça esportiva e podem classificar o Fluminense-RJ à próxima fase. Os jogos têm entrada colaborativa de 1kg de alimento não-perecível em todos os setores.
No primeiro duelo do dia, às 12h45, o Grêmio São-Carlense tenta se aproximar da classificação diante do São Raimundo-RR. Com um ponto ganho, o Lobão da Central busca sua primeira vitória, enquanto a equipe roraimense não pode perder se quiser seguir com chances de avançar.
Logo depois, às 15h, o Fluminense-RJ, que venceu em sua primeira apresentação e lidera a chave com três unidades, precisa de um simples triunfo contra o Lagarto-SE para carimbar a vaga. O oponente tem um ponto conquistado e, assim como Grêmio São-Carlense e São Raimundo-RR, tenta terminar a rodada dentro do G2, grupo de equipes que se qualificam à próxima fase.
A Copa São Paulo de Futebol Júnior é disputada em 32 sedes, entre elas São Carlos.

SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Defesa e Controle Animal da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, promove a primeira feira de adoção animal do ano neste sábado (06/01). O plantão acontece no Canil Municipal, das 9h às 16h.
Para adotar, as pessoas interessadas devem comparecer ao local munidas de comprovante de endereço e documento oficial com foto. Há caninos e felinos disponíveis para adoção – machos e fêmeas, filhotes e adultos.
O Canil Municipal fica localizado na Estrada Municipal Washington José Pêra, s/n – Água Fria. Mais informações, assim como o esclarecimento de dúvidas, podem ser obtidas pelo telefone 3374-3239.

Joana Motta finalizou 2023 com chave de ouro na corrida realizada em Santa Cruz da Conceição

SÃO CARLOS/SP - Campeã em 2021 e 2022. E a “cereja no bolo” foi em 2023, com um tricampeonato. Assim foi o encerramento do ano da corredora Joana Motta, que integra a ASA/ADN São Carlos. Na noite de sexta-feira, 29 de dezembro, encerrou a temporada com mais um título, ao completar em primeiro lugar os 5 km da Corrida Vande Gagheggi, realizada a partir das 19h em Santa Cruz da Conceição.
De acordo com o coordenador e técnico Altair Maradona Pereira, Joana finalizou 2023 com chave de ouro. “Em sua última corrida do ano conquistou foi tricampeã da corrida. Agora é focar nos treinos e buscar novas conquistas em 2024”, disse.
Joana disse que a conquista foi uma prova de superação, devido às adversidades. “As condições foram desfavoráveis em vários sentidos”, disse, ao se referir a organização, salientando que parte do percurso foi feito na escuridão. “Em alguns pontos não dava para ver o chão onde a gente pisava. Assim considero uma vitória gratificante. Fui campeã geral e tricampeã da prova”, finalizou.

Dados da FecomercioSP indicam que faturamento pode ter tido crescimento de 7% e alcançado a marca de R$ 34,7 bilhões, puxado pelos supermercados e pelas lojas de vestuário, tecidos e calçados. Balanço do ano será apresentado em março de 2024

 

SÃO CARLOS/SP - As vendas do comércio varejista na região de Araraquara, na qual se encontra São Carlos, podem ter registrado uma alta de 7% em 2023, em comparação com o ano passado, de acordo com as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com divulgação do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio). Em números absolutos, o faturamento pode ter atingido a marca de R$ 34,7 bilhões — maior cifra desde o início da série histórica, em 2008. Esse aumento se deu sobre uma base forte de comparação, já que, em 2022, as receitas cresceram 8,8% em relação a 2021. O balanço com os dados concretos de 2023 será apresentado em março de 2024.

Seis das nove atividades analisadas pela FecomercioSP devem registrar crescimento, com destaque para os supermercados e as lojas de vestuário tecidos e calçados — que também alcançarão a maior receita da história —, e para as concessionárias de veículos, que se beneficiaram do incentivo fiscal do governo federal na metade do ano. Os segmentos de autopeças e acessórios e farmácias e perfumarias também aguardam pelo resultado mais relevante desde 2008. Outro destaque positivo é a atividade de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, que voltará a crescer após uma série de dois anos consecutivos de queda.

Por outro lado, após terem registrado o maior faturamento da história em 2022, as lojas de materiais de construção e o grupo de outras atividades, em que predomina a venda de combustíveis, devem registrar um desempenho negativo neste ano, juntamente com as lojas de móveis e decoração. De maneira geral, a alta na receita do varejo em 2023 foi motivada, principalmente, pela queda no desemprego e pela geração de empregos com carteira assinada, elevando a quantidade de pessoas em condições de consumir e resultando em uma maior injeção de recursos do décimo terceiro salário no fim do ano. Para se ter uma ideia, em âmbito nacional, a taxa de desemprego atingiu 7,6% no trimestre de agosto a outubro, menor patamar desde 2015. Além disso, entre janeiro e outubro, quase 1,8 milhão de empregos formais foram gerados no Brasil e cerca de 500 mil no Estado de São Paulo.

Outros fatores que contribuíram foram a queda da inflação ao longo dos últimos meses — principalmente sobre alimentos e bebidas —, que abriu espaço no orçamento doméstico de muitos lares, e o início do ciclo de redução da taxa Selic, gerando efeitos positivos sobre o poder de compra das famílias e sobre a confiança dos consumidores.  

Para dezembro, a FecomercioSP projetou um aumento de 8% nas vendas, atingindo R$ 3,34 bilhões, a maior receita mensal da série histórica, impulsionada pelos segmentos de supermercados, eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e farmácias e perfumarias.

É sempre importante lembrar que faturamento é diferente de lucro. Nesse sentido, muitos empresários seguem trabalhando com margens apertadas para não perder clientes. Assim, para o próximo ano, a FecomercioSP indica ter cuidado na formação dos estoques considerando as incertezas no cenário internacional, a desaceleração da atividade econômica prevista para 2024, os juros ainda elevados, o alto nível de famílias endividadas e os indícios de falta de compromisso do governo com as contas públicas que podem trazer instabilidades. Por esses motivos, os empresários devem priorizar o reforço do caixa.

 

Nota metodológica

As projeções são elaboradas com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), a qual utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista. A pesquisa é elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) através de um convênio de cooperação técnica com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta, realizou na quinta-Feira (4) uma live em suas redes sociais, prestando contas dos primeiros três anos de seu mandato como parlamentar (2021 a 2023).

Ele destacou diversas ações em áreas como saúde, educação, segurança, esporte, causa animal, entre outros temas que foram pautados nesses primeiros anos de sua primeira legislatura que irá até o final de 2024.

“No início de meu mandato, estávamos em meio à pandemia, que nos fez voltar todas as energias para a prevenção e o combate da Covid -19”, relatou o vereador. “Nesse sentido, pude contribuir com a sugestão da FESC da Vila Nery e o Estádio Luisão como pontos de vacinação. Mais de 80 mil doses de vacina foram aplicadas, contribuindo para salvar a vida de muitos são-carlenses, além de destinar recursos para compra de EPIs, agradeço ao então Secretário de Saúde na época Marcos Palermo por ter acatado nosso pedido”.

Outro ponto destacado pelo parlamentar é a busca por recursos para São Carlos: "Sofremos muito sem deputado estadual e federal, que sejam de nossa cidade. Mesmo assim, conquistamos com deputados estaduais e federais que temos contato, cerca de R$ 1,5 milhão em recursos para diversas áreas. Agradeço infinitamente aos Deputados que olharam por São Carlos".

Bruno Zancheta enfatizou também seu papel à frente da Comissão da Pessoa com Deficiência: “Fui eleito presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, e acredito que avançamos em iniciativas e projetos importantes. Para citar um exemplo, conquistamos juntamente com os Vereadores Robertinho Mori e Bira, e a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, Amariluz Garcia, e o Governo Estadual, duas vans adaptadas, áreas de lazer acessíveis sendo elas na região do SESC e do Kartódromo, além de cadeiras anfíbias que ficam no parque ecológico para atender a população”.

Para acessar a live completa e saber mais: https://www.facebook.com/brunozancheta/videos/285069611239874

SÃO CARLOS/SP - Os cooperados do Sicoob Crediacisc receberam, na última semana de dezembro de 2023, R$ 530 mil em remuneração de Juros sobre Capital Próprio (JCP), o equivalente a 9,6% ao ano. O valor é distribuído proporcionalmente à cota de capital de cada cooperado em cada mês.

“A taxa distribuída pela nossa cooperativa foi superior à da caderneta de poupança, que está projetada para encerrar 2023 próxima de 8%”, explica a presidente do Conselho de Administração do Sicoob Crediacisc, Lídia Maria Lima. O pagamento de juros sobre capital próprio foi estabelecido no planejamento financeiro da cooperativa.

Cada cooperado pode acessar o valor exato remunerado no APP Sicoob no menu “Conta Capital”. “O saldo em conta capital é um investimento a longo prazo, para retirá-lo o cooperado deve se desvincular do quadro social”, lembra Lídia.

Qualquer pessoa que se associa ao cooperativismo inicia a formação de uma cota do capital total da cooperativa. “O cooperado pode aumentar a sua cota capital o quanto quiser e quanto maior a movimentação financeira na cooperativa, mais participa dos resultados”, explica o diretor presidente da cooperativa, Marcos Martinelli.

A remuneração sobre o capital acumulado é determinada por lei e a forma de distribuição é definida pelo Conselho de Administração da cooperativa. “Fazer parte de uma cooperativa de crédito significa cuidar do próprio negócio e ajudar nas decisões”, frisa Lídia Maria. 

Pesquisa busca voluntários para responder questionário online

 

SÃO CARLOS/SP - A relação entre inteligência emocional e a violência recebida, exercida e percebida por jovens em suas relações de namoro é o tema de uma pesquisa na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que está convidando voluntários para participação online.
"O entendimento de como as competências emocionais se relacionam com a qualidade das relações de namoro dos jovens pode trazer novas perspectivas de atendimento psicológico envolvendo emoções para a prevenção da violência no namoro e para o tratamento dos indivíduos que já estiveram ou se encontram em uma relação de namoro violenta", afirma Bárbara Gouveia, aluna do curso de graduação em Psicologia da UFSCar e responsável pela pesquisa.
Podem participar da pesquisa jovens de 18 a 30 anos de idade, que tenham o Ensino Médio completo e que estejam ou já estiveram em um relacionamento sério por pelo menos um mês.
Para participar, basta preencher o formulário online disponível em https://bit.ly/41kNe3i, no qual constam mais detalhes do estudo. O tempo estimado de resposta ao questionário é de 20 a 25 minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora Bárbara Gouveia pelo WhatsApp (19) 98177-1216 ou pelo e-mail barbaragouveia@estudante.ufscar.br
O trabalho é orientado pela professora Monalisa Muniz, do Departamento de Psicologia (DPSi) da UFSCar, e é voltado para uma produção de monografia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 67298623.4.0000.5504).

Barreiras estruturais e sociais impõem limitações às pessoas com deficiência

 

SÃO CARLOS/SP - Praias, shopping centers, academias, escolas, universidades. Nesses locais, já ouvimos frases como "aqui não é lugar para pessoa com deficiência frequentar" ou "essa pessoa tem que procurar um lugar adequado pra ela". Falas e pensamentos como esses expressam o capacitismo, ou seja, a discriminação de pessoas com deficiência. Para ajudar a combater essa prática, a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" aborda agora o assunto. A iniciativa é da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
"Capacitismo é a prática de colocar sobre um único sujeito toda uma responsabilidade de pertencimento que, na verdade, deve ser coletiva e interdependente entre as pessoas que constituem e constroem diariamente uma determinada realidade (escolar, profissional, familiar, cultural, de lazer, de esporte etc.). Assim, se uma pessoa com deficiência acessa um ambiente e, nele, não tem autonomia, não se trata de uma incapacidade pessoal e/ou incompetência. Se essa pessoa enfrenta barreiras nesse lugar, é certo que ele não está organizado de maneira interdependente e cooperativa para a coparticipação, corresponsabilização e emancipação coletiva", explica Leonardo Santos Amâncio Cabral, professor do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar.
"Muitas vezes, esse preconceito não é percebido nem por quem pratica e nem por quem é vítima, tornando assim muito difícil de combater", completa Jorgeane da Mota Trindade de Oliveira, autista e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da UFSCar. "Mas posso dizer que o mais difícil é a sociedade subestimar a capacidade da pessoa com deficiência não lhe dando oportunidades. Além disso, a tendência é colocar essa pessoa como preguiçosa, sem força de vontade, 'não faz porque não quer'. Toda deficiência traz suas limitações. Nós não somos apenas um diagnóstico, o diagnóstico não define nossas capacidades, mas as barreiras impostas pela sociedade. No Brasil o que mais sofremos são com as barreiras atitudinais", explica a estudante da UFSCar.
"O autismo é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e na interação, e déficits na comunicação social", explica a pesquisadora. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM 5, citado por ela, o autismo é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento, isso quer dizer que ele precisa estar presente ainda no início da infância do indivíduo. Ainda de acordo com o DSM 5, o autismo é classificado em três níveis de suporte: o nível 1 exige apoio, no nível 2 apoio substancial, e no nível 3 apoio muito substancial.
"Sendo nível de suporte 1, passei no vestibular depois da sétima tentativa. Era uma criança quieta e muito calada. Isso, na década de 1980 e 1990, era o esperado. Mas sempre tive uma ingenuidade e sinceridade muito sem filtro, comum em nós autistas. Não sentia falta de estar com muitas pessoas. Na minha graduação assim como na época de escola, eu passava mal com os barulhos, sempre com ânsia de vômito e dor de barriga. Um cansaço que parece que nunca vai acabar. Sempre estava na biblioteca, estudando e lendo. Porém, crescer sentindo tanta coisa e sempre tentando me igualar a meus pares trouxe muito sofrimento e adoecimento", conta Oliveira. "Apenas com o diagnóstico do meu filho em 2018 foi levantada a possibilidade de eu também ser autista. Naquela época, eu estava tomando cinco medicações - para dormir, acordar, para ansiedade, depressão e modulador de humor", continua.
Segundo ela, "é comum que profissionais da área de Saúde Mental incorram em equívocos nos diagnósticos quando a pessoa é do nível 1 de suporte. Foi o que aconteceu comigo. Mas em 2020, quando eu tinha 40 anos, consegui passar com uma psiquiatra que tem especialidade em atender pessoas autistas e outras condições. Foi uma consulta de quase três horas. Fiquei muito cansada, e eu havia falado a ela que estava exausta. Ela concluiu dizendo: 'Você é uma pessoa autista, nível 1 de suporte e provavelmente com altas habilidades - nunca avaliei para isso. Sinto muito que você tenha passado por tantos profissionais que não conseguiram ver que você é uma pessoa autista.' O diagnóstico não mudou quem eu sou, mas mudou meu olhar sobre mim e sobre minhas potencialidades, me ver além da deficiência".

Formas de deficiência e estigma
O autismo é apenas uma forma de deficiência, que pode ser física, intelectual e sensorial, como explica o docente da UFSCar. Além disso, há as pessoas com deficiências múltiplas, quando estão combinadas duas ou mais deficiências. "Então, o indivíduo pode ter deficiência intelectual e ser pessoa com deficiência física", exemplifica o professor. Além disso, temos as pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) que não são pessoas com deficiência, mas com os mesmos direitos legais de pessoa com deficiência", esclarece o professor.
"Estamos lidando com pessoas que historicamente foram estigmatizadas, infantilizadas, coisificadas, objetificadas, colocadas como exóticas na sociedade. Muitas vezes as pessoas com deficiência, mesmo enquanto adultas, não são vistas como adultas: elas são infantilizadas e, inclusive, assexuadas, como se elas também não tivessem gênero, como se elas não fossem capazes. Isso se enquadra na discriminação, no capacitismo, pois elas podem construir uma família, serem autônomas, serem excelentes profissionais. Hoje, temos uma ascensão de pessoas com deficiência ingressando nas instituições de Ensino Superior e, ainda assim, a perspectiva de muitos professores tem sido atravessada pelo capacitismo, pela falta de informação, pelo estranhamento da diferença e isso vai impactando os métodos e as formas de avaliar o sujeito profissional nas diversas áreas do conhecimento. Então, é importante falarmos de capacitismo para pensarmos como podemos garantir os direitos humanos das pessoas com deficiência, inclusive nos ambientes educacionais, profissionais, de lazer, culturais e em todas as outras dimensões sociais que todos devemos ter acesso e que é uma condição constitucional".
A estudante da UFSCar concorda: "Como se tratam de condições 'invisíveis', e até mesmo pelo estigma da condição, são pessoas que podem ter um sentimento de inadequação e ter uma certa dificuldade em fazer e manter amigos. Na realidade, não é uma dificuldade em fazer e manter amigos, são cérebros que não veem muito sentido em coisas que a maioria vê. Isso não dá o direito a ninguém de recriminar a forma de ser e estar no mundo daquela pessoa. Mas entendo que esse assunto é difícil para pessoas que não são neurodivergentes ou não tenham outra deficiência compreender. É algo que levará algum tempo para que possamos chegar num denominador comum, o respeito a todos".

"Nada sobre nós sem nós"
Para o professor da UFSCar, "o próprio fato de hoje estarmos falando sobre capacitismo em agendas anuais que demarcam o dia da pessoa com deficiência já é um avanço. Parece pouco, mas essa vitrine que tem sido representada e valorizada, inclusive, nas mídias sociais por pessoas com e sem deficiência falando sobre as pessoas com deficiência. O lema  Nada sobre nós sem nós', que nasce na década de 1960 com os movimentos estudantis, norteou a elaboração da Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência em 2006, que foi referendada no Brasil em 2009. Assim, as pessoas com deficiências têm conquistado seus protagonismos em suas próprias histórias, nos diversos espaços da sociedade, inclusive com políticas de ações afirmativas", celebra o professor.  
Mas ainda há muito por fazer. Para ele, os principais desafios têm a ver com a transformação cultural sobre a compreensão do que é ser alguém com deficiência. "Recentemente, uma pessoa de uma instituição jurídica entrou em contato comigo pedindo indicação de uma pessoa com deficiência para dar uma palestra sobre os direitos dessa população. Foi um pedido a 'toque de caixa'. Então, indiquei uma pessoa com mestrado acadêmico e com carreira profissional de mais de 10 anos. Porém, ao saberem que essa pessoa utiliza cão-guia, desconsideraram-na com o argumento de que sua passagem aérea seria mais cara e os trâmites seriam mais burocráticos. É como se a pessoa com deficiência fosse mais cara, inclusive, o que não é verdade. Esse ato pode ser considerado discriminação com base na deficiência. Muitas coisas têm mais a ver com acessibilidade atitudinal do que qualquer outra coisa. Não se trata de questão financeira, patrimonial etc.", exemplifica.
A doutoranda da UFSCar reforça a necessidade de transformação do meio em algo acolhedor, sem barreiras. "Somos pessoas com deficiência (no caso do autismo para fins legais), fazemos parte da sociedade e interagimos com o meio. Mas o meio ainda está em transformação, ainda não é acolhedor a todos os corpos e mentes diferentes. É um meio que precisa se transformar para acolher a todos de maneira equitativa, do contrário, a deficiência do meio em nos atender sempre será nossa principal barreira para poder estar onde queremos estar".
E como as pessoas podem contribuir para combater o capacitismo e cultivar uma cultura mais acolhedora para pessoas com deficiência? "Informação", responde a doutoranda da UFSCar. "Essa é a palavra que para a comunidade PcD [sigla frequentemente utilizada para Pessoa com Deficiência] se torna uma das mais importantes na luta contra o capacitismo. Todos nós, em algum grau, fomos ou somos capacitistas. Para combater isso, busque informação. Se tem dúvida sobre o assunto, pergunte à própria pessoa com deficiência; se tiver vergonha de perguntar, procure pessoas que trabalham ou conhecem nossa luta. Mas nunca deduza que você conhece mais da deficiência dessa pessoa do que ela própria. Seja qual for o diagnóstico dela, esse diagnóstico faz parte da vida dela, um ou vários profissionais habilitados lhe deram o diagnóstico. Alunos, funcionários e professores, acolham o diferente, tentem conhecer esse universo tão singular e rico que é o das pessoas com deficiência. Vão se surpreender!". 

Serviço
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146), em seu Art. 2º, considera pessoa com deficiência "aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas".
Ainda segundo a Lei, discriminar pessoa com deficiência é crime. Por isso, em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência.

Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei.
A Campanha apresenta temas diversos: racismo, transfobia, machismo, gordofobia, etarismo, assédio e capacitismo. Os conteúdos estão sendo veiculados no Portal da UFSCar e nas redes da UFSCar Oficial no Facebook e Instagram (@ufscaroficial), além de contar com a participação da Rádio UFSCar. "Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.

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