SÃO PAULO/SP - O grupo de trabalho criado pelo governo Lula para reduzir o spread bancário e baratear o custo do crédito no Brasil propôs a aprovação de uma regra para responsabilizar as redes sociais por danos gerados aos consumidores e instituições financeiras nos casos de notícias falsas e uso das plataformas para fraudes e golpes. O foco são as big techs.
A recomendação consta no relatório final do GT, obtido pela reportagem, que será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (5), durante reunião do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável), conhecido como Conselhão.
Os integrantes do GT apontaram no documento que um dos principais mecanismos utilizados por golpistas para fraudar o processo de contratação de produtos de crédito é a utilização de redes sociais e canais de comunicação com a população. De acordo com o grupo, os criminosos induzem consumidores a clicar em links indevidos por meio dos quais obtêm acesso a dados pessoais das vítimas ou assumem o controle do dispositivo.
O relatório do grupo de trabalho contém ao todo 40 propostas. Uma delas -o novo empréstimo consignado para os trabalhadores com carteira assinada, apelidado de "crédito do trabalhador"- já entrou em funcionamento em março.
Inadimplência, combate às fraudes, crédito para pequenas empresas, acesso a dados e plataformas digitais, redução de custos administrativos, financeiros e tributários e competitividade na indústria financeira foram os temas tratados pelo GT.
A partir de agora, o grupo de trabalho entra numa nova fase para encaminhar as medidas e articular a sua aprovação via Secretaria de Relações Institucionais, da ministra Gleisi Hoffmann.
A proposta de responsabilização das plataformas partiu das instituições financeiras e foi aprovada em consenso por todos os membros, de acordo com pessoas a par do tema. O colegiado é formado por representantes do governo, instituições financeiras, indústria e centrais sindicais.
No caso das plataformas, a ideia é aprovar o que se chama de responsabilidade subsidiária de provedores de redes sociais e de tecnologia de comunicações. Também estão na mesa incentivos para a implementação de processos mais rigorosos de verificação e onboarding, como é conhecido o processo de cadastro (entrada) das pessoas em uma instituição financeira. Essas regras mais rígidas incluiriam o registro de domínios online.
"Isso fortaleceria os mecanismos de prevenção, a partir da origem dos problemas", afirma o relatório. O documento destaca que os usuários usam essas redes para propagar informações falsas sobre informações financeiras, o que gera um custo operacional de monitoramento e tratamento de situações, além de ser conduta criminosa estabelecida na lei nº 7.492 de 1986, que trata dos crimes contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional).
"Essas ações podem desencadear consequências muito mais estruturais ao SFN, como corrida bancária, gerando impactos inestimáveis no custo do crédito como um todo", destaca o documento.
O diagnóstico é de que não há devida rigidez no tratamento desses perfis devido ao ganho financeiro que as plataformas obtêm com a sua utilização massiva. Na visão do grupo de trabalho, essa falta de controle estimula o uso das plataformas para o cometimento desses crimes, sem maiores consequências para os fraudadores e golpistas. Além disso, quando alguns perfis são bloqueados ou derrubados, seus titulares conseguem facilmente abrir novas contas.
O GT foi criado no ano passado a pedido do presidente Lula, que cobra uma redução mais rápida do spread e dos juros num cenário de taxa Selic mais alta -hoje em 15%. No mês passado, Lula se reuniu com CEOs de bancos públicos e voltou a pedir medidas para reduzir os juros dos empréstimos bancários.
Outra proposta do GT é obrigar por lei que autores de processos judiciais tenham procurado solucionar pendências pela via administrativa antes de ingressar com reclamações na Justiça. Valeriam, como instâncias válidas, o Procon, o gerente, a ouvidoria do banco e o portal consumidor.gov.
"O objetivo é garantir a oportunidade para que as instituições financeiras resolvam a demanda de forma negociada antes do processo judicial", afirma o documento, falando em custos associados à litigância abusiva.
A Federação Brasileira dos Bancos estima 700 mil ações contra o sistema financeiro, concentradas em pouco mais de 10 advogados. Em mais de 90% desses casos, os pedidos são julgados improcedentes, segundo a entidade.
O relatório também propõe penalizar o "aluguel" de contas laranja para proteger o sistema bancário. Para isso, seria estabelecido de um período de inabilitação (proibição de utilização de conta corrente), de 3 a 5 anos, para as pessoas que comprovadamente tenham cedido suas contas como objeto de contas laranja.
Para o GT, as contas "laranja" não devem ser confundidas com contas "frias", derivadas de falhas no onboarding. Estas contas permanecem como responsabilidade das instituições financeiras). Uma sugestão é a criação de um cadastro nacional de contas e CPFs cedidos voluntariamente, a exemplo do CCF (cadastro nacional de emitentes de cheques sem fundos).
O GT também propõe viabilizar o uso de Pix como garantia das operações de crédito e aceleração da implementação do Open Finance no Brasil, sistema que permite o compartilhamento de dados dos clientes bancários. "É importante garantir o compartilhamento eficiente e tempestivo dos dados, mediante adoção de um mecanismo de notificação de eventos via mensageria", afirma o relatório.
Houve consenso também no GT para propor a revisar a metodologia de precificação do teto de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS.
No relatório, o GT cita que a taxa média de juros sobre novas concessões de crédito com recursos livres alcançou 45,36% ao ano, em maio de 2025, de acordo com dados do Banco Central. Dessa taxa, 13,77 ponto porcentual são custos de captação do dinheiro e 31,59 p.p. do spread bancário -composto pelos lucros dos bancos e pelos custos de intermediação financeira.
GT PARA REDUÇÃO DO SPREAD BANCÁRIO E DO CUSTO DE CRÉDITO NO BRASIL
Veja qual será o foco das medidas e quem coordena cada frente de trabalho.
Eixo 1 - Medidas voltadas para inadimplência e custos associados às perdas com as operações de crédito
Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Zetta (associação que representa fintechs) e Centrais Sindicais
Eixo 2 - Medidas de prevenção e combate às fraudes
ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Banco do Brasil e CNI (Confederação Nacional da Indústria)
Eixo 3 - Medidas para a criação de instrumentos inovadores e crédito para micro e pequenas empresas
Abipag (Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos), ABBC, Itaú e CNI
Eixo 4 - Medidas de acesso a dados e plataformas digitais
Abipag, Febraban e Zetta
Eixo 5 - Medidas para reduzir custos administrativos, financeiros e tributários
CNI, Santander e Centrais Sindicais
Eixo 6: Medidas para aumentar a competitividade na indústria financeira
Bradesco, Centrais Sindicais e Zetta
por Folhapress
BRASÍLIA/DF - Uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) pode facilitar a detecção de enfisema pulmonar ou câncer de pulmão em exames de tomografia computadorizada. As duas doenças podem se agravar de forma silenciosa durante anos, o que aumenta a importância do diagnóstico oportuno.

A ferramenta, chamada de ChestFinder, está sendo treinada para analisar bancos de dados abastecidos com imagens e laudos de outros pacientes, e identificar padrões visuais e textuais que indiquem a presença das doenças. O estudo foi iniciado há cerca de dois anos, no Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, ligado à UFF. Os primeiros resultados mostram que a ferramenta apresentou acurácia e sensibilidade significativas.
"É importante ressaltar que a ferramenta não fornece um diagnóstico, ela apresenta uma possível indicação que deve ser avaliada por um profissional. Entretanto, já com essa indicação, pacientes poderão ser encaminhados para acompanhamento especializado de forma mais rápida, o que ajuda na elaboração de diagnósticos precoces", ressalta o professor Daniel de Oliveira, do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense.
De acordo com ele, a ferramenta será disponibilizada em repositório público, para que possa ser aplicada em outros hospitais que já armazenam laudos e exames digitalmente. O ChestFinder permite também que os médicos encontrem outros resultados compatíveis ou semelhantes aos do paciente, para analisá-los comparativamente, de acordo com o contexto clínico.
Além disso, de acordo com a professora do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense Cristina Asvolins, o software pode sinalizar indício das doenças mesmo quando esse não for o objetivo principal do exame.
"Em qualquer serviço de diagnóstico por imagem onde o paciente realizou o exame de tomografia computadorizada de tórax, o resultado pode apresentar como achado incidental o enfisema ou nódulo suspeito. Por exemplo, serviços de emergência, onde esses achados não são o foco principal do exame", complementa a professora.
Cristina Asvolins destaca também que a inteligência artificial pode diminuir o tempo de espera até a confirmação do diagnóstico, e o custo econômico, já que tanto o enfisema como o câncer demandam menos intervenções quando descobertos em fase inicial, e têm um fator de risco bastante comum:
"O vício do fumo do tabaco é um complexo problema de saúde pública, econômico e social, e qualquer intervenção que possa contribuir para melhoria no diagnóstico será benéfico para a saúde da população. Descobrir um câncer, por exemplo, como de pulmão, numa fase inicial onde existe possibilidade de tratamento, traz muitos benefícios para o paciente e para a rede de saúde, seja pública ou privada."
Também faz parte do projeto o professor Marcos Bedo, do Instituto de Computação da UFF.
AGÊNCIA BRASIL
EUA - O YouTube anunciou esta terça-feira, dia 29 de julho, que começou a integrar na plataforma um novo sistema de verificação de idade que recorrerá a Inteligência Artificial para determinar se os usuários têm a idade necessária para assistirem a determinados vídeos.
Este novo sistema do YouTube começará por entrar em vigor apenas nos EUA a partir do dia 13 de agosto, com a empresa explicando que a Inteligência Artificial fará uma estimativa da idade dos usuários com base no histórico de vídeos vistos, pesquisas feitas e também quando é que a conta foi criada. Este sistema será aplicado no YouTube na versão ‘web’ e também nos aplicativos para Android, iOS e televisão.
Caso o sistema de Inteligência Artificial considere que o usuário apresenta um tipo de atividade semelhante à de um adolescente, serão ativadas proteções para determinados vídeos e ferramentas de bem-estar digital, assim como desativados anúncios publicitários personalizados.
Consciente que o sistema não é perfeito e que poderá presumir incorretamente a idade de alguns usuários, o YouTube já adiantou que haverá uma forma de protestar e inverter a decisão automática da plataforma
“Se o sistema presumir incorretamente que um usuário tem menos de 18 anos, terá a opção de verificar que tem 18 anos ou mais, usando um cartão de crédito ou um documento de identificação”, pode ler-se na explicação do YouTube partilhado no site oficial.
Vale destacar, contudo, que esta verificação apenas se aplicará a usuários que estejam inscritos no YouTube, uma vez que usuários que não estejam inscritos na plataforma já não têm a capacidade de ver conteúdo com restrição de idade.
O YouTube indica que tem usado este sistema em “outros mercados por algum tempo” e nota que “tem funcionado bem”, não especificando todavia em que países é que tem recorrido a Inteligência Artificial para determinar a idade dos usuários.
por Notícias ao Minuto
CHINA - Em 2026 deve entrar em operação comercial na China o CR450, trem desenvolvido para alcançar 450 km/h de velocidade máxima e 400 km/h de média.
Foi o que informou Wang Lei, projetista-chefe da CRRC Changchun, uma das divisões da CRRC, a maior fabricante no mundo, em meio à exposição dos veículos durante o congresso mundial do setor, semana passada em Pequim.
São dois protótipos, CR450AF e CR450BF, de subsidiárias diferentes da estatal chinesa. Seu desenvolvimento começou há sete anos, para atualizar e inovar sobre os atuais CR400, que têm 400 km/h de velocidade máxima e 350 km/h de média.
Wang calcula que uma viagem entre Pequim e Xangai, a principal linha no país, passará a demorar pouco mais de três horas, contra as atuais quatro horas e 18 minutos, naquela com menos paradas.
O novo trem não requer troca dos trilhos atuais. Em números do final do ano passado, a rede de ferrovias de alta velocidade alcançou 48 mil quilômetros na China, 70% do total mundial. A projeção é chegar a 50 mil quilômetros no final deste ano. Só nos últimos cinco anos, foram acrescentados mais de 10 mil.
Entre outros avanços citados por Li Yongheng, diretor de tecnologia de equipamentos do Ministério da Ciência e Tecnologia da Informação, a segurança estrutural do CR450 é maior e a distância de frenagem é menor em alta velocidade.
Houve diminuição de cerca de 10% no peso do trem e de 20% no consumo de energia. O ruído interno foi mantido no nível do CR400, apesar da velocidade média maior, com redesenho estrutural dos vagões e materiais de redução de barulho.
Na apresentação, os protótipos haviam acabado de encerrar seis meses de testes em linhas de Pequim e Wuyi. Agora partem para nova temporada, em que devem completar 600 mil quilômetros cada um.
TRENS QUE 'VOAM' ATRAEM A ATENÇÃO
Na exposição, outros dois protótipos chineses disputaram os cliques das câmeras com o CR450AF e o CR450BF. Sem prazo para entrar em operação e ainda sem nome, eles não estavam nem sequer em trilhos, mas suspensos em plataformas, isolados.
São maglev, trens de levitação magnética, que exigem infraestrutura própria e que, no caso dos protótipos da CRRC, teriam alcançado velocidade máxima de 600 km/h –superior à velocidade de decolagem de jatos comerciais.
Segundo Shao Nan, engenheiro sênior da CRRC Changchun, eles vão ocupar o nicho de mercado entre os trens de alta velocidade e a aviação comercial, conectando cidades separadas por até 2.000 quilômetros. Entre Pequim e Xangai, seriam duas horas e meia.
Shao não deu prazo para a entrada em operação. O modelo não deve ser confundido com os trens maglev hoje em uso demonstrativo no país, inclusive com linha em Pequim, de velocidade menor. Nem com o maglev "hyperloop", de projetados 1.000 km/h, ainda mais distante.
A rede chinesa de trens de alta velocidade e seus novos modelos foram apresentados no congresso mundial do setor como trunfos na estratégia do país para os vizinhos e outros clientes pelo mundo.
Os destaques estrangeiros foram autoridades de Uzbequistão e Quirguistão, na Ásia Central, Indonésia e Laos, no Sudeste Asiático, Mongólia e Arábia Saudita. Embora o Brasil já tenha projetado uma linha de trem-bala entre São Paulo e Rio, o país não foi citado no evento.
Pela parte chinesa, o vice-primeiro-ministro Zhang Guoqing abriu o congresso enfatizando "o fortalecimento da cooperação", prometendo "compartilhar os avanços" e "posicionar as ferrovias de alta velocidade como infraestrutura chave na construção da Iniciativa Cinturão e Rota".
Chamou a atenção o protagonismo do Banco de Exportação e Importação da China (Cexim). Seu executivo-chefe de risco, que concentra a aprovação de projetos da Iniciativa, destacou o financiamento de 4.000 quilômetros de ferrovias de velocidade comum fora da China –da Hungria, na União Europeia, a Bangladesh, no Sul da Ásia, e o Quênia, na África.
FOLHAPRESS
EUA - O AirTag é um dos produtos mais discretos da Apple, mas também um dos mais práticos: trata-se de um pequeno rastreador que pode ser preso a chaves, mochilas, carteiras ou qualquer item pessoal. Ele permite localizar objetos com precisão pelo iPhone — o problema é que só funciona com o ecossistema da Apple.
Se você usa Android e quer um dispositivo similar, existem diversas alternativas no mercado compatíveis com o sistema do Google. O site Mashable reuniu as melhores opções — e listamos aqui algumas delas com uma breve descrição:
Samsung Galaxy SmartTag2
Ideal para quem já usa um celular Samsung. Oferece rastreamento via Bluetooth e também com suporte à rede SmartThings Find, o que amplia o alcance da localização. É resistente à água e tem bateria duradoura.
Motorola Moto Tag
Compacto e integrado ao app Find My Device, do Google. A Moto Tag é uma novidade promissora da Motorola e busca competir diretamente com a solução da Apple, com design discreto e boa precisão no rastreamento.
Chipolo POP Tracker
Colorido e leve, funciona com o app Chipolo (disponível para Android). Além de rastrear, pode ser usado como botão remoto para tirar fotos no celular. O diferencial está no visual divertido e na facilidade de uso.
MiLi MiTag
Compatível com Android, oferece funções básicas de rastreamento com custo acessível. Pode ser preso facilmente a objetos do dia a dia e é uma boa escolha para quem busca simplicidade e eficiência.
Tile Mate
Um dos rastreadores mais conhecidos no mercado. Compatível com Android e iOS, o Tile Mate tem bom alcance via Bluetooth e integração com a rede da comunidade Tile. Também pode emitir alertas sonoros para facilitar a busca de itens próximos.
Pebblebee Tracker
Design elegante e com bateria recarregável. É compatível com Android (e também com o app Find My da Apple). Permite personalização de alertas e localização em tempo real. Boa escolha para quem quer sofisticação e funcionalidade.
Todas essas opções oferecem soluções eficazes para quem deseja manter seus objetos seguros e rastreáveis, mesmo longe do universo Apple. Escolha a que melhor se encaixa no seu estilo de vida e no seu bolso.
por Notícias ao Minuto
EUA - O nome Orkut voltou a agitar as redes sociais brasileiras na quarta-feira (9), reacendendo a nostalgia de uma geração que passou boa parte da adolescência entre scraps, depoimentos e comunidades como “Eu odeio acordar cedo” e “Tenho preguiça até de ter preguiça”. A expectativa foi alimentada por uma antiga promessa de seu criador, o engenheiro turco Orkut Büyükkökten.
Embora a declaração mais recente sobre o possível retorno da plataforma seja de 2022, a movimentação online foi suficiente para levar “Orkut” e “Orkut vai voltar” aos trending topics. O texto, publicado no site oficial da rede social, ainda está no ar e afirma que a equipe está “trabalhando duro para trazer o Orkut de volta”.
“Estamos construindo algo novo e mágico. Algo que coloca a comunidade em primeiro lugar. Onde você é mais do que um número, um algoritmo ou um alvo de anúncios”, diz o criador, sem oferecer prazos ou detalhes sobre o formato da nova versão.
Nas redes, o clima é dividido entre empolgação e ceticismo. Enquanto alguns dizem que “só voltam se puder ver quem visitou o perfil”, outros comemoram a chance de reviver os tempos de “me adiciona que eu te adiciono”.
O futuro da plataforma, no entanto, ainda é nebuloso. Não se sabe se os dados dos antigos perfis serão recuperados ou se o Orkut começará do zero. Após o fim da rede, em 2014, o Google disponibilizou por tempo limitado o download dos arquivos de usuários — muitos não conseguiram recuperar suas informações.
O Orkut foi desativado oficialmente há mais de uma década, quando perdeu espaço para concorrentes como o Facebook. No auge, chegou a reunir cerca de 30 milhões de usuários no Brasil, seu principal mercado.
Depois do encerramento, Büyükkökten tentou lançar outra rede social, a Hello Network, com proposta semelhante. O projeto, no entanto, não deslanchou e foi encerrado em 2022 — o mesmo ano da última publicação sobre o retorno do Orkut, que desde então permanece sem atualizações.
Mesmo assim, o criador mantém um campo no site oficial para quem quiser deixar o e-mail e receber novidades.
por Notícias ao Minuto
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e de Cidade Inteligente e Transparência, recebeu a visita do secretário adjunto de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de São Paulo, Humberto de Alencar, em um encontro que reuniu representantes da USP, UFSCar, Sebrae, Senai e ParqTec. O objetivo foi compartilhar experiências e boas práticas adotadas na capital paulista e que podem fortalecer o ecossistema de inovação e tecnologia em nível municipal.
Durante a reunião, Alencar - que também é pesquisador da Escola Politécnica da USP - destacou o papel da regulamentação do marco legal da Ciência, Tecnologia e Inovação como instrumento para desburocratizar processos e impulsionar iniciativas inovadoras. “Nossa intenção é apresentar as melhores práticas que temos aplicado em São Paulo, como o modelo mais atual de Distrito de Inovação, criado em parceria entre Prefeitura e Estado, que articula universidades, institutos de pesquisa e órgãos públicos para transformar vocações locais em soluções de impacto”, afirmou.
Conexão - A proposta é criar um ambiente de cooperação entre universidades, startups, empresas, instituições de fomento e órgãos públicos, onde todos atuem de forma integrada para acelerar projetos inovadores. O secretário reforçou que o modelo aplicado em São Paulo é totalmente replicável em outras cidades.
Segundo Alencar, o segredo está em quebrar as barreiras burocráticas que historicamente travam o avanço tecnológico. “Não nos falta capacidade para gerar inovação. O que muitas vezes emperra é a burocracia. Criamos ferramentas jurídicas mais modernas, que dão velocidade e segurança ao processo”, explicou.
O encontro também serviu para debater o andamento do futuro Distrito de Inovação de São Carlos, que busca unir ciência, tecnologia e urbanismo. O projeto, que está sendo planejado para ser inserido no novo Plano Diretor da cidade, pretende conectar infraestrutura urbana aos eixos de desenvolvimento inovador. A meta é reunir universidades, startups e indústrias em um mesmo território, criando um ecossistema vibrante e sustentável.
O assessor do prefeito Netto Donato, José Galizia Tundisi, destacou a importância da visita de Alencar, não só por sua experiência técnica, mas também por seu papel na coordenação do Distrito de Inovação de São Paulo. “Ele nos trouxe diretrizes valiosas para estruturar o projeto de avanços tecnológicos para São Carlos”, enfatizou.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paula Knoff, destaca a importância dessa troca de experiências para que São Carlos avance em inovação tecnológica. “Esse debate sobre a modernização dos mecanismos de atuação pública é extremamente relevante. A iniciativa demonstra o comprometimento do município em se aproximar e valorizar o ecossistema de inovação, ciência e tecnologia da nossa cidade. Estamos atentos a esse setor como um eixo estratégico para impulsionar o desenvolvimento econômico local de forma sustentável e alinhada às demandas atuais”.
Sistema HS-WIM está sendo instalado pela Ecovias Noroeste Paulista no quilômetro
264 da Rodovia Washington Luís, sentido interior-capital, e permitirá fiscalização de excesso
de carga com mais fluidez, alta precisão e segurança viária; período de testes será de seis meses
ARARAQUARA/SP - A Ecovias Noroeste Paulista está implantando, no quilômetro 264 da Rodovia Washington Luís (SP-310), pista sul (sentido interior-capital), em Araraquara (SP), a tecnologia de Pesagem em Movimento na Velocidade da Via, conhecida como HS-WIM (High Speed Weigh-in-Motion). A inovação permitirá a fiscalização remota de excesso de carga em veículos comerciais com alta precisão e sem necessidade de parada, representando um avanço significativo para a mobilidade e a segurança nas rodovias do Estado de São Paulo.
O cronograma da obra contempla a instalação de sensores de alta precisão no pavimento e de um pórtico equipado com câmeras inteligentes, capazes de identificar o modelo, a quantidade de eixos, a placa e o tipo do caminhão ou ônibus que trafega pela rodovia. O sistema passará por um período de testes de, aproximadamente, seis meses antes de entrar em operação.
O grande diferencial do HS-WIM é a capacidade de pesar, automaticamente, todos os veículos em movimento, com tempo médio de leitura de 1,2 segundo por veículo. Isso otimiza o processo de fiscalização sem comprometer a fluidez do tráfego, transformando algo que é, tradicionalmente, moroso em uma operação altamente eficaz.
A pesagem diretamente na pista elimina a necessidade de desvios, pátios ou balanças físicas, contribuindo para o aumento da fluidez e da segurança na rodovia. Os impactos positivos se estendem também ao meio ambiente: estudos preliminares indicam uma redução de até 20% na emissão de gases de efeito estufa, como resultado da diminuição nas paradas e acelerações constantes exigidas nas balanças convencionais.
Avanço tecnológico
A instalação do HS-WIM em Araraquara representa mais um passo importante da Ecovias Noroeste Paulista rumo à modernização das rodovias do interior paulista, com ganhos relevantes para toda a cadeia logística, para os usuários da via e para o meio ambiente.
A concessionária é pioneira na implantação do Pedágio Eletrônico Free Flow no Estado de São Paulo. Baseado em pórticos com câmeras, antenas e sensores, o sistema permite que os veículos passem pelas praças de pedágio sem precisar parar ou reduzir a velocidade. Atualmente, dois pontos operam com essa tecnologia: no quilômetro 179 da Rodovia Laurentino Mascari, em Itápolis, e no quilômetro 110 da Rodovia Carlos Tonanni, em Jaboticabal. O pagamento é automático para veículos com TAG válida. Para os demais, é possível quitar em até 30 dias pelos canais digitais da concessionária: site freeflow.ecoviasnoroeste.com.br, aplicativo Ecovias Noroeste Paulista ou WhatsApp (0800-326-3663).
Desde junho de 2024, a concessionária também disponibiliza a tecnologia SOS.ECO.BR, que permite aos motoristas solicitarem socorro diretamente do celular, sem precisar sair do veículo. Desenvolvida em parceria com a TIM, a ferramenta ampliou a cobertura de rede nas rodovias, especialmente em áreas que antes não contavam com sinal de voz ou dados - beneficiando usuários de todas as operadoras.
A tecnologia HS-WIM já vem sendo utilizada com sucesso pela Ecovias do Cerrado, concessionária também pertencente ao grupo EcoRodovias, que administra trechos das BR-364 e BR-365, em Minas Gerais e Goiás. Em 2023, o sistema foi implantado nos quilômetros 640 (BR-365 - Uberlândia-MG) e 110 (BR-364 - Cachoeira Alta-GO) - este último é o primeiro do Brasil apto a fiscalizar, simultaneamente, os dois sentidos de uma rodovia de pista simples. O projeto foi reconhecido com o Prêmio ANTT – Destaques 2023 e recebeu menção honrosa no Prêmio P3C, promovido na B3.
Como funciona o sistema HS-WIM
· Sensores são instalados no pavimento da rodovia.
· Câmeras em pórtico identificam os veículos de carga em tempo real.
· A pesagem é feita, automaticamente, sem parada ou redução de velocidade.
· Todos os veículos pesados são monitorados - sem triagem prévia.
· Os dados são processados e armazenados para fins de fiscalização.
Vantagens
· Fiscalização de 100% dos veículos de carga.
· Aumento da detecção de sobrecargas.
· Redução do desgaste no pavimento.
· Mais segurança nas estradas.
· Diminuição de atrasos no transporte.
· Estímulo à concorrência justa entre transportadoras.
EUA - A Meta e a OpenAI estão entre as gigantes da tecnologia que lideram a corrida pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial. Mas essa disputa vai além dos avanços técnicos: ela também acontece nos bastidores, com cada empresa tentando atrair os talentos da concorrente.
Na semana passada, surgiram relatos de que a Meta estaria tentando convencer engenheiros da OpenAI a mudarem de lado. O Wall Street Journal revelou que o próprio CEO e cofundador da Meta, Mark Zuckerberg, conseguiu contratar três importantes pesquisadores da rival: Lucas Beyer, Alexander Kolesnikov e Xiaohua Zhai — responsáveis por fundar o escritório da OpenAI em Zurique, na Suíça.
A movimentação provocou reação imediata dentro da OpenAI. Segundo a Wired, o diretor de pesquisa da empresa, Mark Chen, enviou uma mensagem aos funcionários por meio do Slack expressando frustração com a situação.
“Agora sinto algo visceral, como se alguém tivesse invadido a nossa casa e levado algo embora. Confiem em nós quando dizemos que não estamos parados”, escreveu Chen, prometendo esforços para reter os profissionais da casa.
Ele também afirmou que tem trabalhado diretamente com Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, para criar formas mais justas de reconhecer e recompensar os talentos que permanecem na empresa.
por Notícias ao Minuto
SÃO CARLOS/SP - Soluções tecnológicas desenvolvidas pelos centros de pesquisa da Embrapa, em São Carlos (SP), como nanoemulsão de cera de carnaúba, ressonância magnética nuclear, saneamento básico rural, forrageiras, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e, principalmente, técnicas para avaliar a qualidade do solo, como a plataforma à base de laser e inteligência artificial. Esse é o conjunto de tecnologias sustentáveis que chamou a atenção de uma delegação do Zimbábue na semana passada, pelos benefícios que podem gerar à população do país.
“Acredito que, se essas tecnologias da Embrapa forem transferidas para o Zimbábue, trarão impactos duradouros. Por isso, estamos empenhados em fomentar parcerias e promover a colaboração entre os laboratórios brasileiros e instituições zimbabuanas, para possibilitar a troca de conhecimento e experiências”, disse o presidente da Autoridade de Desenvolvimento Agrícola e Rural (ARDA) do país, Ivan Willian Craig.
O presidente da ARDA fez parte da visita da delegação-executiva do país africano, composta de 12 profissionais de alto nível, à Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste na quinta (26) e período da manhã da sexta (27).
O encontro foi organizado pela Câmara de Comércio Afro-Brasileira (AfroChamber), sediada em São Paulo e presidida pelo angolano Rui Mucaje, e integra a missão promovida pelo CEO The Africa Roundtable, Kipson Gundani, com o apoio institucional da Embaixada do Zimbábue no Brasil.
Ciclo virtuoso
A delegação esteve no Brasil de 22 a 27 de junho para uma intensa agenda de compromissos estratégicos nas áreas agrícolas, de saúde, urbanismo, agroindústria, construção civil e inovação tecnológica. Além das unidades da Embrapa em São Carlos, o grupo visitou a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o sítio São João, onde estão instaladas tecnologias para o saneamento básico rural e piscicultura, como a fossa séptica biodigestora, jardim filtrante e jardim aquícola.
As soluções para a saúde do solo, apresentadas pelos dois centros de pesquisa da Embrapa, chamaram a atenção da comitiva, porque representam um caminho para melhorar as pastagens no Zimbábue.
Segundo Craig, com a correção do solo é possível corrigir os níveis de pH e ter pastagens de qualidade no país. O mapeamento de solos, que permite identificar o pH e os níveis nutricionais do solo, possibilitando a aplicação exata e balanceada de fertilizantes, conforme as necessidades específicas de cada área, ao longo do crescimento da cultura, é outra pesquisa que atraiu a atenção dele. “Reforço que essa tecnologia é altamente recomendada para o Zimbábue e esperamos poder estabelecer cooperação concreta nesse sentido”, sinalizou o CEO ao se referir a espectroscopia de plasma induzida por laser (LIBS), técnica capaz de avaliar mais de 20 parâmetros do solo.
Mucaje lembrou que muitos capins e forrageiras utilizados atualmente no Brasil têm origem no continente africano. “A AfroChamber se sente honrada em participar dessa iniciativa porque reconhece esse intercâmbio como um ciclo virtuoso – os capins vieram da África, foram adaptados, melhorados por meio da tecnologia brasileira, e agora podem retornar ao continente por meio de uma cooperação estratégica entre a Embrapa e os países africanos” afirmou o presidente da AfroChamber.
Para o CEO The AfricaRoundtable, Kipson Gundani, o nível de trabalho desenvolvido pela Embrapa Instrumentação é extremamente impressionante. “As pesquisas realizadas pela instituição são fundamentais, especialmente no que diz respeito à análise de solos e à preservação de frutas após a colheita, permitindo maior durabilidade desses alimentos”, disse o CEO.
Ele também afirmou que o grupo ficou particularmente impressionado com a abordagem integrada na criação de bovinos da Embrapa Pecuária Sudeste, que inclui a gestão de emissões e a regeneração das pastagens.
“Fica evidente o compromisso do Brasil em aplicar métodos científicos e bem fundamentados na produção pecuária. Um destaque importante foi o uso de tecnologias avançadas, como a robótica no processo de ordenha. Trata-se de uma inovação transformadora, pois reduz significativamente os custos de produção, tornando a carne mais acessível — e esse fator, sem dúvida, contribui para a competitividade global da carne brasileira”, comentou Gundani.
Perspectivas de parcerias
Na Embrapa Pecuária Sudeste, a delegação do Zimbábue foi recebida pelos pesquisadores Alberto Bernardi e Sergio Raposo de Medeiros. De acordo com Medeiros, a importância de receber uma delegação do Zimbábue é que a África é um parceiro natural do Brasil, considerando que pecuária brasileira é baseada em forragens que têm origem no continente africano.
“Sermos parceiros, portanto, além de uma oportunidade para que a tecnologia brasileira ultrapasse fronteiras, com benefício mútuo, aos países da África e para o Brasil, seria uma forma de retribuição. A construção da nossa produção agropecuária nos últimos 50 anos, baseada em altos investimentos em ciência e no empreendedorismo dos nossos produtores, pode ser uma boa base para que o Zimbábue encontre seus próprios caminhos para garantia da sua segurança alimentar e produção de excedentes para exportação”, destaca o pesquisador Medeiros.
Para ele, o Brasil pode ajudar muito com sua expertise, insumos, máquinas, entre outras pesquisas. “Mas, mesmo as cultivares de origem africana que foram desenvolvidas no Brasil devem ser avaliadas nas condições do país em que se queira introduzi-las, cuidado que se deve ter com qualquer outra solução tecnológica, lembra ele.
José Manoel Marconcini, chefe-geral, Débora Milori, chefe de Transferência de Tecnologia e Daniel Souza Corrêa, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, além do pesquisador Luiz Alberto Colnago receberam a comitiva do Zimbábue na Embrapa Instrumentação.
Para Marconcini, a visita foi uma oportunidade de conhecer os interesses do país africano e como o centro de pesquisa poderá contribuir com tecnologias que possam auxiliar o país a resolver problemas críticos da agricultura do Zimbábue. “Observamos que temos bastante similaridade e esperamos futuramente estabelecer cooperações em diversas áreas de interesse para os dois países”, afirmou o chefe geral.
Segundo Mucaje, as soluções que foram apresentadas certamente terão continuidade. “Nosso compromisso é seguir promovendo essa conexão entre o Zimbábue e a Embrapa, buscando transformá-la em parcerias concretas e produtivas", afirmou o presidente da AfroChamber.
Este pensamento é compartilhado por Gundani. “É meu desejo genuíno que possamos estabelecer uma relação institucional com a Embrapa, especialmente por meio de parcerias com os nossos centros de pesquisa no Zimbábue. Isso permitirá uma verdadeira troca de conhecimentos, um intercâmbio técnico e científico, e poderá contribuir diretamente para o fortalecimento das nossas instituições de pesquisa em nosso país”, finalizou o CEO The Africa Roundtable.
Agricultura no centro da economia
De acordo com estudo elaborado pelo Centro de Estudos de Comércio e Desenvolvimento de Harare, capital do Zimbábue, para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), agricultura é a espinha dorsal da economia do país africano.
O setor proporciona emprego e renda para 60% a 70% da população, fornece 60% das matérias-primas necessárias ao setor industrial e contribui com 40% do total das receitas de exportação. Mas o Zimbábue tem grande necessidade de equipamentos novos e atualizados para melhorar a produção agrícola.
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