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CHINA - Xi Jinping garantiu um terceiro mandato de cinco anos sem precedentes como presidente da China na sexta-feira (10), um papel amplamente cerimonial, enquanto ele reforça seu domínio como o líder mais poderoso do país desde Mao Tsé-Tung, que ficou 27 anos no poder.

Quase 3.000 membros do parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo (NPC), votaram unanimemente no Grande Salão do Povo para Xi, 69, ser presidente em uma eleição onde não havia outro candidato.

Xi também foi nomeado comandante por unanimidade dos 2 milhões de membros do Exército Popular de Libertação, uma força que recebe ordens do partido e não do país.

Em outra votação, o terceiro oficial do partido, Zhao Leji, foi nomeado chefe do Congresso Nacional do Povo. A grande maioria do trabalho legislativo do órgão é chefiada por seu Comitê Permanente.

Um resquício do Comitê Permanente do Politburo do partido anterior, o ápice do poder político na China chefiado por Xi, Zhao, 67, conquistou a confiança do presidente como chefe do órgão de vigilância anticorrupção do partido, a Comissão Central de Inspeção Disciplinar, perseguindo uma investigação anticorrupção que congelou todo potencial oposição ao líder chinês.

O ex-chefe do partido de Xangai e membro do último Comitê Permanente do Politburo, Han Zheng, foi nomeado para o cargo cerimonial de vice-presidente estadual.

 

 

Por Reuters

 MONTERREY, MÉXICO - Bill Chan nunca tinha pisado no México, muito menos na distante faixa de deserto no norte do país onde repentinamente decidiu construir uma fábrica de US$ 300 milhões. Mas isso parecia um detalhe insignificante em meio à pressão para se adaptar a uma economia global mudando depressa.

Era janeiro de 2022 e a empresa de Chan, a fábrica de móveis Man Wah, estava enfrentando sérios desafios para transportar os sofás de suas fábricas na China para os clientes nos Estados Unidos. Os preços de envio disparavam. Washington e Pequim travavam uma guerra comercial feroz.

A Man Wah, uma das maiores empresas de móveis, estava interessada em levar seus produtos para o lado norte-americano do Pacífico. “Nosso principal mercado são os EUA”, disse Chan, CEO da subsidiária do México da Man Wah. “Não queremos perder esse mercado.”

Esse mesmo objetivo explica por que várias das principais empresas chinesas estão investindo de forma ousada no México, tirando proveito de um amplo acordo comercial norte-americano. Seguindo os passos de empresas japonesas e sul-coreanas, as chinesas estão construindo fábricas que lhes permitem identificar seus produtos com a etiqueta “fabricado no México” e, depois, transportá-los pelos EUA sem pagar impostos.

O interesse dos fabricantes chineses no México é parte de uma tendência maior conhecida como “nearshoring”. Empresas internacionais estão levando suas fábricas para mais perto de seus clientes a fim de minimizar suas vulnerabilidades aos problemas de transporte e tensões políticas.

 

Força Comercial

A participação das empresas chinesas nesta mudança comprova o aprofundamento da hipótese de que a ruptura que separa os EUA e a China será uma característica persistente na próxima fase da globalização. No entanto, isso também revela algo mais fundamental: quaisquer que sejam as tensões políticas, as forças comerciais que ligam os EUA à China ainda são mais poderosas.

As empresas chinesas não têm qualquer intenção de abandonar a economia americana, que continua sendo a maior do planeta. Em vez disso, elas estão fixando operações dentro do bloco comercial norte-americano como uma saída para fornecer mercadorias a este público, de eletrônicos a roupas e móveis.

O estado mexicano de Nuevo León, que faz fronteira com os EUA, se posicionou para colher a recompensa. Liderado por um audacioso governador de 35 anos, Samuel García, o estado tem atraído investimentos estrangeiros ao mesmo tempo em que busca melhorias nas rodovias para facilitar a passagem na fronteira.

Recentemente, García participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para recrutar mais empresas. “Nuevo León está passando por um alinhamento geopolítico planetário”, declarou o governador durante uma entrevista na capital do estado de Monterrey, dentro do palácio do governo, um labirinto de salas imponentes como pé-direito alto e varandas com vista para as montanhas irregulares de Sierra Madre. “Estamos recebendo muitos asiáticos que desejam entrar no mercado dos EUA.”

Desde que García assumiu o cargo em outubro de 2021, Nuevo León recebeu aproximadamente US$ 7 bilhões em investimentos estrangeiros, tornando-se o segundo estado a receber mais capital, ficando atrás apenas da Cidade do México, de acordo com o Ministério da Economia mexicano.

Em 2021, as empresas chinesas foram responsáveis por 30% dos investimentos estrangeiros em Nuevo León, perdendo apenas para os EUA, com 47%.

 

Cadeias globais

Parte desse dinheiro está financiando fábricas que irão fabricar produtos prontos para serem vendidos nos EUA. Mas boa parte dele está destinada a uma reformulação maior da cadeia de suprimentos global

Conforme a pandemia prejudicava a indústria chinesa e congestionava portos, as empresas com fábricas nos EUA sofriam com a escassez de peças fabricadas na Ásia. Muitas agora estão exigindo que seus fornecedores abram fábricas na América do Norte ou correm o risco de perder seus negócios.

A Lizhong, fabricante chinesa de rodas para automóveis, está construindo a primeira fábrica da empresa fora da Ásia, num parque industrial em Nuevo León. Os maiores clientes da Lizhong, incluindo a Ford Motor e a General Motors, fizeram pressão para a empresa abrir uma fábrica na América do Norte, disse seu diretor-geral no México, Wang Bing.

Uma empresa sul-coreana, a Dy Power, que fabrica peças para equipamentos usados no setor de construção, está considerando o norte do México como o local para construir uma fábrica perto de um grande cliente no Texas. “Depois de passar pela pandemia e pela crise na cadeia de suprimentos, além da paralisação na China provocada pela covid, muitos fabricantes norte-americanos gostariam de eliminar riscos”, disse Sean Seo, executivo da Dy Power em Seattle.

“A globalização chegou ao fim”, declarou. “Agora é local-lização.” César Santos apostou bastante na veracidade dessas declarações. O advogado corporativo de 65 anos também atua no comando de uma incorporadora em Monterrey, uma cidade industrial próspera e repleta de restaurantes de luxo, shopping centers e spas.

Há dez anos, ele foi abordado por uma construtora em Los Angeles em nome de uma empresa chinesa de eletrônicos que estava considerando a ideia de abrir uma fábrica no México. Santos tinha influência sobre um bem de grande interesse – um lote de terra de quase 850 hectares.

Cercada por cactos, a propriedade ficava a menos de 240 quilômetros da fronteira com o Texas. Enquanto os estados vizinhos lutavam contra a violência relacionada ao tráfico de drogas, Nuevo León era conhecida pela segurança. O estado gabava-se por ter trabalhadores altamente qualificados, devido a presença de universidades que formam um grande número de engenheiros, entre elas a Tec de Monterrey, muitas vezes chamada de “o MIT do México”.

O terreno funcionou como a fazenda de gado da família de Santos quando ele era criança e foi palco de aventuras a cavalo durante sua infância. Agora, ele via uma oportunidade lucrativa de transformá-lo num parque industrial. Santos viajou para a China, foi de Xangai até a cidade de Hangzhou no trem de alta velocidade e lá, à beira de um lago, conheceu o Grupo Holley, que havia construído um parque industrial para empresas chinesas na Tailândia. “A China era um país que tinha criado tudo tão rápido”, disse Santos. “Fiquei realmente impressionado.”

Em 2015, ele uniu forças com o Holley e outro parceiro chinês para formar uma joint venture, a Hofusan Real Estate. Eles planejam construir uma rede de armazéns e fábricas em frente a um hotel e apartamentos temporários para gestores visitantes, além de mais de 12 mil casas para trabalhadores.

O Grupo Holley enviou Jiang Xin para supervisionar o empreendimento. Ele já havia trabalhado no projeto da empresa na Tailândia. Mas o México apresentava uma proposta diferente. “As empresas chinesas não conheciam nada a respeito do México, e as únicas coisas que sabíamos eram coisas ruins, coisas perigosas”, disse Jiang. “Então veio Trump.”

Quando se tornou presidente em 2017, Donald Trump exigiu que as empresas americanas saíssem da China. Em 2018, ele começou a impor tarifas elevadas sobre centenas de bilhões de dólares em importações chinesas. “A questão das tarifas nos ajudou”, disse Jiang. “As empresas chinesas queriam mais opções. E nós somos uma das opções delas.”

Quando Chan começou a considerar o México em 2021, outras 27 empresas chinesas já tinham garantido terrenos dentro do Parque Hofusan. Restava apenas um lote enorme. A Man Wah já tinha respondido às tarifas americanas construindo uma fábrica no Vietnã e recorrendo a ela para fabricar produtos destinados ao mercado americano. Porém, a disparada do preço do transporte de mercadorias enfraqueceu essa estratégia. A Man Wah estava transportando 3.500 contêineres de 40 pés por mês do Vietnã para o Pacífico. Os envios que antes custavam US$ 2 mil passaram a custar 10 vezes mais do nada.

Chan usou a plataforma da rede social chinesa WeChat para se conectar com Jiang. Suas perguntas foram diretas. Em quanto tempo a Man Wah poderia começar a construção? (Imediatamente.) Como eram as estradas? (Não eram ótimas, mas estavam melhorando.) Havia restaurantes chineses autênticos nas proximidades? (Não.)

Em poucas semanas, a Man Wah se comprometeu a adquirir o terreno. Em janeiro de 2022, Chan assinou o contrato antes de embarcar num voo para o México, deixando a esposa e dois filhos na cidade chinesa de Shenzhen. Enquanto a fábrica está sendo construída, a Man Wah já começou a produzir sofás em uma pequena instalação alugada ali perto.

Mesmo antes de encontrar um lugar temporário, Chan encheu 70 contêineres com máquinas e matérias-primas na China e os envio de navio para o México. “Sempre fazemos as coisas de forma rápida”, disse ele. “Não se preocupe com nada, apenas faça.” Entretanto, a Man Wah se preocupa com algumas coisas: contratar trabalhadores suficientes e conseguir fornecedores locais. A empresa planeja fabricar cerca de 900 mil móveis por ano no México. Isso exigirá a contratação e a retenção de seis mil trabalhadores.

A Man Wah está acostumada a operar na China e no Vietnã, onde os sindicatos independentes são basicamente proibidos e os moradores de áreas rurais vão em massa para as zonas industriais em busca de emprego. Em Nuevo León, a taxa de desemprego é de 3,6%. A onda de investimentos provocou uma disputa acirrada pelos trabalhadores.

Empresas experientes conquistaram seus funcionários com benefícios extras, como refeições de qualidade e transporte para o trabalho. Porém, a Man Wah e outras empresas chinesas respondem aos patrões na China, que são condicionados ao controle de gastos ao mesmo tempo em que veem os trabalhadores como facilmente substituíveis.

 

Fornecedores

Encontrar fornecedores locais também é um desafio. Segundo os termos do acordo comercial da América do Norte, os fabricantes devem empregar porcentagens mínimas de peças e matérias-primas da região para se qualificar à isenção de impostos ao entrar em outros países do bloco.

Há três anos, a Lenovo, fabricante chinesa de computadores, abriu uma fábrica em Monterrey dedicada à fabricação de servidores, equipamentos que armazenam dados para a computação em nuvem. Até o ano passado, a Lenovo trazia de uma fábrica na China uma peça crucial – as chamadas placas-mãe. Mas, conforme os problemas de envio internacional de mercadorias se intensificavam, a empresa passou a comprá-las de um fornecedor na cidade mexicana de Guadalajara.

A Lenovo também parou de importar materiais de embalagem da China e agora faz a aquisição deles no México. No entanto, a empresa continua importando muitas peças fundamentais da China, desde dispositivos de memória a cabos especializados. “Não há cadeia de suprimentos para essas coisas no México”, disse Leandro Sardela, diretor de operações ocidentais da empresa. Pelo menos, por enquanto não. /TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

 

 

por Peter S. Goodman / ESTADÃO

WASHINGTON - A China precisa ser mais honesta sobre as origens da pandemia de Covid-19, disse o embaixador dos Estados Unidos na China na segunda-feira, 27, após informações de que o Departamento de Energia norte-americano concluiu que a pandemia provavelmente surgiu após um vazamento em um laboratório chinês.

Nicholas Burns, falando por transmissão de vídeo em um evento da Câmara de Comércio dos EUA, disse que é necessário pressionar a China a assumir um papel mais ativo na Organização Mundial da Saúde (OMS) se a agência de saúde da ONU for fortalecida.

A China também precisa "ser mais honesta sobre o que aconteceu três anos atrás em Wuhan com a origem da crise da Covid-19", disse Burns, referindo-se à cidade da região central da China onde os primeiros casos da doença em humanos foram relatados em dezembro de 2019.

O Wall Street Journal informou pela primeira vez no domingo que o Departamento de Energia dos EUA concluiu que a pandemia provavelmente surgiu de um vazamento de laboratório chinês, uma avaliação que Pequim nega.

O departamento fez seu julgamento citando "baixa confiança" em um relatório confidencial de inteligência recentemente entregue à Casa Branca e aos principais membros do Congresso dos EUA, segundo a publicação, que citou pessoas que leram o documento.

Quatro outras agências dos EUA, juntamente com um painel de inteligência nacional, ainda avaliam que a Covid-19 provavelmente foi o resultado de transmissão natural, enquanto dois estão indecisos, publicou o jornal.

O Departamento de Energia norte-americano não respondeu a um pedido de comentário feito pela Reuters.

O conselheiro de Segurança Nacional do presidente norte-americano Joe Biden, Jake Sullivan, disse no domingo que havia "uma variedade de pontos de vista na comunidade de inteligência" sobre as origens da pandemia.

“Vários deles disseram que simplesmente não há informações suficientes”, disse Sullivan à CNN.

 

 

Por Michael Martina e David Brunnstrom / REUTERS

PEQUIM – As autoridades sanitárias na China disseram na quinta-feira, 23, que a epidemia de Covid-19 no país “basicamente” acabou, mas ainda não completamente, pois encontrou sete casos importados da variante XBB.1.5, altamente transmissível, desde 8 de janeiro.

As autoridades, falando em um evento de notícias com vários departamentos presentes, disseram que a “grande vitória decisiva” da China sobre a Covid deu um exemplo para nações populosas na prevenção e controle.

Na semana passada, os principais líderes da China declararam uma “vitória decisiva” sobre a Covid, alegando ter a menor taxa de fatalidade do mundo, embora os especialistas tenham questionado os dados à medida que o vírus surgiu em todo o país recentemente, depois de ter sido mantido à distância por três anos.

O país fortaleceu seu sistema de saúde em antecipação à propagação do vírus para as áreas rurais. As autoridades disseram na conferência de imprensa de quinta-feira que os leitos de cuidados críticos haviam se expandido de 198.000 para 404.000.

Funcionários e especialistas em saúde também estavam monitorando a sub-variante XBB.1.5 da Ômicron por meses. Em 4 de janeiro, os dados não tinham mostrado que nenhuma nova variante tinha sido encontrada no país.

As autoridades disseram nesta quinta que um caso local da variante estava ligado a um caso importado em 3 de fevereiro.

 

 

REUTERS

CHINA – Após um rali prolongado estimulado pelo otimismo em torno das perspectivas de demanda da China, os contratos futuros de minério de ferro ficaram moderados nesta quarta-feira, depois que a Dalian Commodity Exchange ajustou os limites de negociação para determinados contratos.

Os ajustes, que entraram em vigor na sessão da noite de terça-feira, seguiram-se a um novo lembrete da bolsa de Dalian na sexta-feira sobre gerenciamento de riscos de mercado e a necessidade de fortalecer a vigilância diária e garantir a estabilidade do mercado.

A bolsa de Dalian já havia realizado ajustes semelhantes nos limites de trading em meio a negociações especulativas que elevaram os preços do minério de ferro.

No mês passado, o planejador estatal da China alertou repetidamente contra a especulação excessiva de preços no minério de ferro e prometeu aumentar a supervisão dos mercados spot e futuro do país.

Na terça-feira, os contratos futuros de minério de ferro subiram para mais de 130 dólares a tonelada, quebrando a faixa de negociação de120 a 130 dólares à qual estiveram confinados por semanas, depois que a maior mineradora listada do mundo, a BHP, sinalizou uma melhora na perspectiva de demanda na China, maior produtora mundial de aço.

O minério de ferro também teve suporte do lado da oferta, com a sul-africana Kumba Iron Ore Ltd reduzindo suas perspectivas de produção para os próximos três anos devido à falta de trens de carga para transportar minérios para os portos.

O contrato de minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian encerrou o comércio diurno com queda de 0,4%, a 909,50 iuanes (131,90 dólares) a tonelada, após cinco sessões consecutivas de ganhos.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência caiu 0,5%, para 130,35 dólares a tonelada.

“O principal fator que afeta o preço do minério é a política regulatória do governo no mercado de minério de ferro, que precisa receber bastante atenção”, disseram analistas da Huatai Futures em nota.

 

 

Por Enrico Dela Cruz / REUTERS

PEQUIM - A China disse na segunda-feira, 20, que os Estados Unidos não estão em posição de fazer exigências, depois que o principal diplomata norte-americano alertou seu par chinês no fim de semana contra a China fornecer armas à Rússia em sua guerra na Ucrânia.

"Os EUA não estão em posição de fazer exigências à China", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em um briefing diário em Pequim, quando perguntado sobre os comentários do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Wang Wenbin falava enquanto a chegada do principal diplomata de Pequim, Wang Yi, em Moscou era esperada, dias após ele se encontrar com Blinken nos bastidores de uma conferência de segurança em Munique.

"A parceria colaborativa abrangente da China com a Rússia é baseada no não-alinhamento, na não confrontação e no não direcionamento de terceiros, e é uma questão dentro da soberania de dois países independentes", disse Wang Wenbin.

Ele se referia à parceria "sem limites" acordada há pouco mais de um ano entre Pequim e Moscou, semanas antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Nunca aceitaremos os EUA apontando dedos para as relações sino-russas ou mesmo nos coagindo", disse Wang Wenbin no briefing em Pequim.

Os laços entre EUA e China ficaram ainda mais tensos neste mês, depois que militares norte-americanos derrubaram o que dizem ser um balão espião chinês que sobrevoava os Estados Unidos. A China diz que o balão era uma nave de pesquisa civil que foi acidentalmente desviada de seu curso pelo vento, chamando a resposta dos EUA de uma reação exagerada.

 

 

Por Joe Cash / REUTERS

CHINA - A China negou nesta segunda-feira (20) que esteja estudando fornecer armas à Rússia para apoiar a sua ofensiva na Ucrânia, como alegou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, no fim de semana. O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, está em Moscou para negociações sobre um possível plano de paz na Ucrânia, segundo jornal russo.

“O objetivo desta visita é fortalecer o papel de Pequim na resolução da questão ucraniana", escreve Kommersant em sua edição de hoje. De acordo com a publicação, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, já teria desembarcado em Moscou, nesta segunda-feira (20), para negociações de um futuro plano de paz na Ucrânia.

Uma fonte diplomática, no entanto, disse que Wang Yi ainda não havia chegado à capital russa, mas que ele era esperado em breve.

Na conferência anual de segurança de Munique, no fim de semana, Wang Yi reiterou o apelo ao diálogo e convidou os países europeus a "pensar com calma" em como acabar com a guerra na Ucrânia. Sem citar nomes, ele denunciou "certas forças que, aparentemente, não querem que as negociações sejam bem-sucedidas ou que a guerra termine rapidamente".

 

China acusa EUA de espalhar informações falsas

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que a China "não admite que os EUA critiquem as relações entre Pequim e Moscou, muito menos que exerçam pressão e coerção", acusando Washington de "espalhar informações falsas".

“Pedimos aos Estados Unidos que reflitam seriamente sobre suas próprias ações e façam mais para acalmar a situação, promover a paz e o diálogo, parar de culpar os outros e espalhar informações falsas”, disse o porta-voz chinês, nesta segunda-feira. .

"A posição da China no caso da Ucrânia pode ser resumida em uma frase, que é encorajar a paz e promover o diálogo", insistiu. "São os Estados Unidos e não a China que constantemente enviam armas para o campo de batalha", acrescentou.

No domingo, depois de se encontrar com o seu colega chinês, Wang Yi, em Munique, à margem da Conferência de Segurança, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertou que a China estava considerando fornecer armas à Rússia. "Conversamos sobre a guerra liderada pela Rússia e as preocupações que temos de que a China esteja planejando fornecer apoio letal à Rússia", disse Blinken à emissora americana CBS. Questionado sobre o que isso implicaria concretamente, o chefe da diplomacia americana respondeu: "Principalmente armas".

Blinken alertou sobre "implicações e consequências" para a China se for descoberto que o país está fornecendo "apoio material" à Rússia para a guerra na Ucrânia ou ajudando Moscou a escapar das sanções ocidentais, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

Nesta segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia Joseph Borrell advertiu que o fornecimento de armas da China à Russia é um limite para o bloco que não deve ser ultrapassado.

Presente em Munique no sábado, a vice-presidente americana, Kamala Harris, também questionou a neutralidade demonstrada pela China. Os Estados Unidos estão "preocupados com o fato de Pequim ter aprofundado suas relações com Moscou desde o início da guerra", sublinhou ela. "Qualquer movimento da China para fornecer apoio letal à Rússia apenas recompensaria a agressão, continuaria a matança e minaria ainda mais uma ordem baseada em regras", alertou a vice-presidente.

 

 

 

(Com informações da AFP)

por RFI

CHINA - O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, desembarcou nesta terça-feira na China à frente de uma ampla delegação para uma visita de três dias, durante a qual pretende fortalecer a cooperação econômica e consolidar as relações entre os dois países.

Raisi se reunirá em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping, com quem deve assinar uma série de "documentos de cooperação", informou Teerã.

Ele é acompanhado na visita pelo presidente do Banco Central e pelos ministros do Comércio, Economia e Petróleo.

Irã e China têm grandes vínculos econômicos, em particular nas áreas de energia, transporte, agricultura, comércio e investimento. Em 2021 os dois países assinaram um "acordo de cooperação estratégica".

As duas nações enfrentam pressões do Ocidente por suas posturas sobre a invasão russa da Ucrânia.

Teerã é um dos poucos aliados que restam a Moscou, que enfrenta um crescente isolamento desde a invasão, que completará um ano na próxima semana.

Os países ocidentais acusam o Irã de vender drones armados à Rússia para uso na guerra na Ucrânia, acusação que Teerã nega.

A ofensiva de Moscou na Ucrânia é uma questão delicada para Pequim, que procura seguir uma postura neutra, mas tem oferecido apoio diplomático à Rússia, sua aliada estratégica.

De acordo com a agência estatal de notícias IRNA, Raisi participará em reuniões com empresários chineses e iranianos que moram na China.

A China é a principal parceira comercial do Irã, de acordo com a IRNA. Com base em dados oficiais, o Irã exportou 12,6 bilhões de dólares para a China e importou US$ 12,7 bilhões de seu sócio nos primeiros 10 meses do ano passado.

 

 

AFP

EUA - Os serviços secretos norte-americanos ligaram o alegado balão espião chinês abatido no sábado a um importante programa de vigilância orquestrado pelos militares chineses, e avisaram os aliados sobre as manobras chinesas.

Para além dos Estados Unidos, a China voou balões de vigilância sobre bens militares em países e áreas de interesse estratégico emergente para o gigante asiático, incluindo Japão, Índia, Vietname, Taiwan e Filipinas, de acordo com altos funcionários norte-americanos disseram ao The Washington Post.

As autoridades americanas consultadas declararam que os aviões, operados pelo Exército de Libertação Popular, foram detectados nos cinco continentes: "O que os chineses fizeram foi pegar em tecnologia incrivelmente antiga e basicamente acoplá-la com capacidades modernas de comunicação e observação", tudo em nome da obtenção de informações sobre as forças armadas de outras nações, disse um oficial ao jornal.

A este respeito, a Subsecretária de Estado Wendy Sherman liderou na segunda-feira uma sessão de informação com 40 embaixadas dos EUA, detalhando que informações sobre espionagem chinesa podem partilhar com aliados e parceiros, incluindo países como o Japão.

O exército americano abateu um balão chinês sobre a Carolina do Sul no sábado dias depois de ter sido detectado a sobrevoar o espaço aéreo dos EUA. O atraso em abatê-lo suscitou críticas dos republicanos à administração de Joe Biden.

Por seu lado, o governo chinês confirmou na sexta-feira que o balão avistado pelas autoridades americanas no espaço aéreo americano era sua propriedade, embora qualificasse a sua "natureza civil" e o seu propósito para "investigação científica".

Um segundo balão chinês foi avistado sobre a América Latina na sexta-feira, um avistamento confirmado pela Força Aérea Colombiana e que levou a Costa Rica a enviar as suas queixas ao governo chinês. Entretanto, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, indicou que este segundo balão tinha entrado no espaço aéreo de vários países "por engano", insistindo que Pequim respeita o direito internacional e "não representa qualquer ameaça para nenhum país".

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

CHINA - O serviço chinês de busca na internet Baidu está preparando o lançamento de um chatbot de inteligência artificial semelhante ao ChatGPT, da norte-americana OpenAI, em março, afirmou uma fonte próxima do assunto à Reuters.

A empresa de tecnologia planeja lançar o serviço como um aplicativo autônomo e gradualmente incorporá-lo em seu mecanismo de busca, disse a fonte.

A tecnologia do ChatGPT funciona aprendendo com grandes quantidades de dados como responder às solicitações dos usuários de maneira semelhante à humana, oferecendo informações como um mecanismo de busca ou até sendo capaz de escrever textos como um aspirante a romancista.

Atualmente, os chatbots na China se concentram na interação social, enquanto o ChatGPT tem melhor desempenho em tarefas mais profissionais, como programação e redação.

A Baidu planeja incorporar resultados gerados pelo chatbot quando os usuários fizerem solicitações de pesquisa, em vez de apenas links, disse a fonte. A empresa não comentou o assunto.

A Microsoft investiu 1 bilhão de dólares na OpenAI e deve ampliar os recursos injetados na empresa, segundo informações da Reuters. A empresa também trabalhou para adicionar o software de geração de imagens da OpenAI ao seu mecanismo de busca Bing em um novo desafio para o Google.

A Baidu, com sede em Pequim, tem investido pesadamente em tecnologia de inteligência artificial, incluindo serviços de computação em nuvem, chips e veículos autônomos, à medida que procura diversificar suas fontes de receita.

Em uma conferência de desenvolvedores no mês passado, a Baidu revelou três "criadores" com inteligência artificial cuja tecnologia permite que eles assumam os papéis de roteirista, ilustrador, editor ou animador.

 

 

Por Yingzhi Yang e Jyoti Narayan / REUTERS

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