SÃO CARLOS/SP - Os eleitores de São Carlos têm uma missão importante neste domingo (01), para ajudar a garantir que os direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) sejam respeitados. No domingo (1º/10), das 8h às 17h, acontece a eleição do Conselho Tutelar.
Os conselheiros tutelares são responsáveis por fiscalizar e fazer valer os direitos de crianças e adolescentes. Atualmente São Carlos tem em funcionamento dois Conselhos Tutelares e a partir de 10 de janeiro de 2024, será implementado um terceiro Conselho, portanto esse ano, o eleitor com situação regularizada na Justiça Eleitoral tem direito a votar em três candidatos e, ao final, serão escolhidos 15 titulares e 15 suplentes. Concorrem 33 candidatos nesta eleição.
O voto é facultativo e secreto. A eleição para o Conselho Tutelar terá pontos de votação diferentes. Para fazer a busca de seu local de votação serão necessários dados do título eleitoral como a Zona Eleitoral (121 ou 410) e seção, ou mesmo pelo nome da Escola que votou nas últimas eleições. Basta acessar o link http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/infancia-e-juventude/177261-locais-de-votacao.html.
São Carlos vai ter 50 urnas eletrônicas distribuídas em 20 escolas municipais e no Centro da Juventude Elaine Viviani. Os eleitores vão votar sempre na escola municipal próxima da sua zona eleitoral, sendo necessário apresentar um documento com foto ou título de eleitor. Os eleitos tomam posse em janeiro de 2024 para um mandato de quatro anos.
CAIRO - O Egito realizará uma eleição presidencial entre 10 e 12 de dezembro, informou a autoridade eleitoral do país nesta segunda-feira, com a expectativa de que o presidente Abdel Fattah al-Sisi seja reeleito, apesar de uma crise econômica que inclui inflação recorde e escassez de moeda estrangeira.
Sisi, de 68 anos, pode se candidatar a um terceiro mandato devido a emendas constitucionais aprovadas em 2019 que também estenderam a duração dos mandatos presidenciais de quatro para seis anos, abrindo caminho para que ele permaneça no cargo até pelo menos 2030.
Os resultados das eleições devem ser anunciados em 18 de dezembro e, no caso de um segundo turno, os resultados finais devem ser anunciados no máximo em 16 de janeiro, informou a autoridade eleitoral.
Embora Sisi não tenha anunciado formalmente sua candidatura, os partidos pró-governo iniciaram uma campanha que inclui outdoors no Cairo apoiando sua reeleição.
Sisi foi declarado vencedor das eleições de 2014 e 2018 com 97% dos votos. Em 2018, ele enfrentou apenas um oponente, um fervoroso apoiador do próprio presidente, depois que o principal adversário foi preso e outros candidatos desistiram, alegando intimidação.
Quatro outros candidatos manifestaram a intenção de concorrer desta vez, com destaque para um ex-membro do Parlamento, Ahmed Eltantawy, que diz que os serviços de segurança prenderam alguns de seus associados e o impediram de realizar eventos eleitorais. As autoridades não responderam às suas alegações.
Ex-chefe do Exército, Sisi se tornou presidente em 2014, um ano depois de liderar a derrubada do líder democraticamente eleito Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, após protestos contra seu governo.
Os analistas dizem que Sisi mantém o apoio dos serviços de segurança, principalmente do Exército, que tem se tornado mais poderoso e expandido sua influência econômica.
A presidência de Sisi tem sido marcada por uma repressão à dissidência em todo o espectro político.
Sisi e seus apoiadores disseram que as medidas são necessárias para trazer estabilidade após a destituição do ex-presidente Hosni Mubarak em 2011, durante as revoltas da "Primavera Árabe", e para abrir caminho para o desenvolvimento econômico.
Por Nayera Abdallah e Nadine Awadalla em Dubai / REUTERS
IBATÉ/SP - O Conselho Tutelar, um órgão público municipal de extrema importância e responsável por fiscalizar qualquer ação ou omissão que viole os direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), está prestes a passar por um processo de renovação em Ibaté.
A eleição para escolher os novos conselheiros tutelares acontece a cada quatro anos, e a próxima será realizada no dia 1º de outubro de 2023, das 8h às 17h, na escola Municipal Neusa Milori Freddi, localizada na Avenida Conselheiro Moreira de Barros, 639 – Centro.
A votação para os representantes dos Conselhos Tutelares será realizada, pela primeira vez, com urnas eletrônicas em todo o território nacional.
É importante destacar que o voto é facultativo, ou seja, não é obrigatório, mas é fundamental para a escolha dos representantes que zelarão pelos direitos das crianças e adolescentes em nossa cidade.
O Conselho Municipal do Direitos da Criança e do Adolescente de Ibaté, destaca que os conselheiros tutelares desempenham um papel crucial no atendimento às crianças, adolescentes e suas famílias, recebendo denúncias e aplicando medidas de proteção sempre que os direitos previstos no ECA forem ameaçados ou violados. Eles são eleitos por voto direto, secreto, universal e facultativo dos cidadãos com domicílio eleitoral no município.
É papel dos conselheiros tutelares agir em defesa dos direitos da criança e do adolescente em situações de risco e vulnerabilidade, por negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão – ou ainda quando os direitos forem ameaçados pela sua própria conduta –, adotando medidas de proteção mais adequadas em cada caso.
CARACAS - A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo Partido Socialista do governo, nomeou nesta quinta-feira Elvis Amoroso, um aliado do governo do presidente Nicolás Maduro, como chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Antes de ser nomeado chefe do CNE – a mais alta autoridade eleitoral da Venezuela – Amoroso trabalhou como controlador-geral do país sul-americano, supervisionando a utilização de verbas públicas.
A escolha de Amoroso ocorre no momento em que Washington afirma estar preparado para aliviar as sanções contra a Venezuela, mas apenas se Maduro tomar medidas concretas rumo a eleições livres.
Enderson Sequera, diretor estratégico da consultoria Politiks, disse que nomear Amoroso neste momento sinaliza uma “confirmação tácita” de que o governo de Maduro quer entrar nas negociações em uma posição de força.
A escolha de um académico, por exemplo, em vez de um nome leal como Amoroso, seria vista como “uma concessão antecipada aos Estados Unidos”, acrescentou Sequera.
Durante seu mandato como controlador-geral, Amoroso decidiu contra vários políticos da oposição e candidatos a governos estaduais e, mais recentemente, contra candidatos da oposição que disputavam uma nomeação presidencial para as eleições de 2024, tornando-os inaptos a ocupar cargos públicos por razões que a oposição considera infundadas.
Amoroso substitui Pedro Calzadilla, que se demitiu em Junho juntamente com os outros sete dirigentes da CNE. Apenas dois desses dirigentes estavam ligados à oposição.
Os políticos da oposição passaram a organizar de forma independente as eleições primárias após a renúncia de Calzadilla.
Quem vencer as primárias enfrentará o candidato do partido no poder em 2024, que se presume ser o atual presidente Nicolás Maduro, embora este ainda não tenha confirmado isso.
As primárias da oposição acontecerão em 22 de outubro.
por Por Deisy Buitrago e Vivian Sequera / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - Na tarde do último sábado (19), cerca de 100 militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), reunidos no plenário da Câmara Municipal de São Carlos, elegeram o novo diretório municipal do partido para o ciclo 2023 – 2025.
A recomposição da direção local do partido ocorreu em conjunto com a realização da Plenária Intermunicipal integrante do 8° Congresso Nacional do PSOL, com espaço para debates, apresentação e votação de teses. A atividade teve duração aproximada de três horas, nas quais os presentes debateram sobre a conjuntura do país e da cidade e aprovaram diretrizes políticas e organizativas para o próximo período.
Para o novo ciclo da direção partidária, foram eleitos por unanimidade 7 membros: Djalma Nery (presidência); Natália Nabhan (Primeira Secretária); Rodrigo Correa (Tesouraria); Lucas Beco; Amanda dos Santos; Priscila Trucullo e Cassiano Sampaio.
“Apesar de todas as dificuldades e percalços, estamos muito contentes com o crescimento do partido e das lutas na cidade. Entendemos o PSOL como uma ferramenta que tem muito a contribuir para a melhoria de vida da população de São Carlos. Para isso, precisamos nos organizar e participar ativamente da vida pública, política e institucional de nossa região, bem como atuar nos diversos movimentos de luta por direitos. A conquista do primeiro mandato do partido na história da cidade; a entrada do MTST; a existência de uma sede municipal e o aumento do número de militantes e filiados são alguns dos importantes marcos do último período. Promover a participação popular, a unidade entre as forças progressistas, e difundir pautas e reivindicações justas serão algumas das tônicas desta nossa gestão à frente do PSOL São Carlos”, disse Djalma Nery. Ele ainda complementa: “estamos muito satisfeitos também com a atual composição de nosso diretório municipal, formado por mulheres, com presença de negros e negras, e por moradores de várias regiões da cidade. Atendemos a todos os critérios estatutários de representatividade do PSOL, garantindo espaços de protagonismo para setores historicamente excluídos da construção política em nossa sociedade, sub-representados em todas as instâncias e esferas institucionais”. E finaliza: “O PSOL pode contribuir muito para a vida da população de São Carlos, pois está realmente ao lado do povo e da classe trabalhadora e não tem medo de fazer o enfrentamento com a elite e com os setores ultra reacionários que tanto prejudicam o desenvolvimento social e humano em nossa cidade. Iremos lutar para ocupar cada vez mais espaços e colocar esses espaços à serviço das demandas populares! No próximo período teremos eleições municipais e o PSOL reafirma que terá candidatura própria para defender um projeto popular e socialista para São Carlos!”
O partido conta com quase 400 filiados no município e tem entre seus quadros o vereador mais votado das últimas eleições.
Para conhecer o partido, basta enviar uma mensagem para a página “PSOL São Carlos” no facebook ou escrever para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., solicitando uma conversa de apresentação.
TURQUIA - "Propaganda" da mídia internacional e oposição "terrorista" também estiveram entre alvos do presidente da Turquia. Putin foi um dos primeiros a parabenizarem Erdogan, seguido por Zelenski e Biden.Antes mesmo de todas as urnas terem sido apuradas, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já se declarara vencedor. Falando a uma multidão na capital Ancara, no fim da tarde deste domingo (28/05), ele agradeceu a todos que lhe haviam possibilitado seguir governando a Turquia nos próximos cinco anos.
Referindo-se a uma "vitória da democracia", em que ninguém perdera, o político de 69 anos prometeu estar do lado de seus apoiadores "até o túmulo". E, como durante a campanha, passou a atacar lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.
"Meus irmãos, esse CHP não é a favor de LGBT?", incitou, referindo-se ao Partido Republicano do Povo (CHP), de seu adversário no segundo turno do pleito presidencial, Kemal Kilicdaroglu. Em sua própria aliança eleitoral, não há uma coisa dessas, frisou Erdogan.
O conservador muçulmano acusou os meios de comunicação estrangeiros de propaganda política: periódicos alemães, franceses e ingleses teriam tentado "derrubá-lo", mas não conseguiram. "Vocês viram os joguinhos sujos!", afirmou aos cidadãos reunidos diante do palácio presidencial.
Kilicdaroglu: "eleição mais desleal em anos"
Segundo os resultados parciais, Erdogan obteve mais de 52% dos votos, contra cerca de 48% para o social-democrata Kilicdaroglu. A oposição concorreu com uma aliança de seis partidos, inédita na história turca, a qual, além da democratização do país, prometia adotar linha dura contra os refugiados.
Antes, nunca houvera na Turquia um segundo turno numa eleição presidencial. No primeiro, duas semanas antes, o mandatário ficou menos de cinco pontos porcentuais à frente de Kilicdaroglu e pouco abaixo da maioria absoluta.
Na opinião do candidato do CHP, tratou-se do pleito mais desleal em anos. De fato, além de deter o controle da mídia, Erdogan pôde empregar recursos estatais. Houve ainda relatos de irregularidades no escrutínio, que no entanto não alterariam os resultados.
Mais uma vez, o presidente acusou a oposição de vínculos com o terrorismo, que agora ele pretende combater com mais rigor em sua terceira década no poder. Também prometeu dominar a alta inflação no país – pela qual, no entanto, economistas responsabilizam sua política econômica antiortodoxa.
A moeda turca, que já se desvalorizou mais de 6% desde o início do ano, seguiu caindo após o fechamento das urnas, chegando a quase bater o recorde negativo, de 20,06 liras por dólar, registrado na sexta-feira.
Líderes mundiais saúdam
Entre os primeiros a saudarem o presidente reeleito, esteve seu homólogo russo, Vladimir Putin, chamando Erdogan de "querido amigo" e definindo o resultado das urnas como confirmação de sua "política externa independente". Estado-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mesmo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Turquia mantém relações tanto com Moscou e Kiev quanto com a União Europeia.
Em seguida, o chefe de Estado ucraniano, Volodimir Zelenski, declarou que aposta na "parceria estratégica" entre seu país e Ancara, esperando que, juntos, ambos contribuam para o fortalecimento da segurança e estabilidade na Europa.
Ao congratular Erdogan no Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, evitou referir-se às tensões mais recentes nas relações bilaterais: "Alegro-me de seguir cooperando, na qualidade de aliados da Otan, em assuntos bilaterais e desafios globais comuns."
Também a Otan e a UE saudaram Erdogan por sua reeleição. O secretário geral da aliança atlântica, Jens Stoltenberg, disse estar antecipando a continuação da colaboração e os preparativos para a cúpula da Otan em julho, na capital da Lituânia, Vílnius. Da pauta consta o bloqueio do ingresso da Suécia no grêmio por parte de Ancara.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o do Conselho Europeu, Charles Michel, asseguraram que pretendem seguir impulsionando a consolidação das relações entre a UE e a Turquia. Isso é de "significado estratégico" para ambas, "pelo bem dos nossos povos", enfatizou Von der Leyen.
av (AP, AFP, Reuters, DPA)
SÃO CARLOS/SP - O Conselho Municipal de Turismo, Comunitur, teve os novos conselheiros empossados nesta terça-feira (7/3), no auditório professor Wilson Wady Cury, na sede da Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda. A nova composição foi determinada por Lei aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Airton Garcia. Agora são dezesseis representantes do poder público e de segmentos ligados ao turismo, como hotelaria, agências de turismo, promotores de eventos e restaurantes.
“O Conselho tem desafios importantes no apoio ao poder público, como retomarmos o trabalho por converter São Carlos em MIT, Município de Interesse Turístico, classificação governamental que dá acesso a uma série de investimentos e políticas públicas”, destacou a secretária do Trabalho, Emprego e Renda, Dani Favoretto Valenti, que coordenou a abertura das atividades.
“Após a pandemia, foi necessário trabalharmos junto à sociedade e à nossa Câmara de Vereadores, para que reformássemos a composição do Conselho, trazendo mais agilidade ao órgão”, explicou o secretário adjunto, Luís Antônio Marcon Garmendia.
Após a posse e apresentação da nova composição do COMUNITUR, os conselheiros elegeram a promotora de eventos Marilda dos Santos como presidente para o biênio 2023/2024. “É um novo desafio, aproximar os setores privado e público para que possamos desenvolver o turismo da nossa cidade”, disse a nova presidente, que tem Everson Padilha, o conhecido “Coxinha do Pedala” como Secretário-Executivo. O diretor de Turismo, Alexandre Gatto, e os servidores do departamento, Fabiana Nascimento e Ricardo Branco, organizaram as atividades.
Confira abaixo os novos integrantes do COMUNITUR:
Representante da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda/Departamento de Fomento ao Turismo:
Fabiana Nascimento - Titular
Ricardo Branco - Suplente
Secretaria Municipal de Esporte e Cultura:
Lucas Peruzzi - Titular
Adriana Aparecida – Suplente
Secretaria Municipal de Educação:
Eliane Françoso - Titular
Cilmara Seneme - Suplente
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável:
Gustavo Scarpinella - Titular
Marcela Locatelli - Suplente
Fundação Pró-Memória:
Leandro Barauna - Titular
Fabio Fontana - Suplente
Meios de Hospedagem:
Vivian Carriel - Titular
Michelle Correia - Suplente
Restaurantes:
João Pedro Rizzoli - Titular
Ciderley Bachini - Suplente
Agências de Turismo:
Renata Salgado – Titular
Tatiane Almeida Souza - Suplente
Guias de Turismo:
Eduardo Cunha - Titular
Sérgio Martins Garcia - Suplente
Promotores de Eventos:
Marilda dos Santos - Titular
Everson Padilha - Suplente
Associação Comercial – ACISC:
Paulo Piccolli - Titular
Luis Henrique Gomes - Suplente
Universidade Federal de São Carlos – UFSCar:
Renato Locilento - Titular
Universidade Estadual de São Paulo – USP São Carlos:
Profª. Maria Olímpia - Titular
Prof. Dr. José Marcos Alves - Suplente
Centro Universitário Central Paulista – UNICEP:
Caio Braga - Titular
Maikon Vidotti - Suplente
Turismo Rural:
Flavio Marchesin - Titular
Bruno Marchesin - Suplente
Imprensa:
Neivaldo dos Santos – Titular
Matheus Ferreira Silva - Suplente
ALEMANHA - O líder da CDU, Friedrich Merz, vê confirmada sua guinada à direita dentro do partido com vitória conservadora na eleição da capital. Difícil vai ser achar um parceiro para governar.
O mapa da votação realizada no domingo passado (12/02) na cidade-Estado de Berlim parece com uma folha verde queimada nas bordas: uma grande mancha verde na região central, que é dominada pelo Partido Verde, cercada de preto, a cor que normalmente é usada para representar os conservadores da União Democrata Cristã (CDU).
O mapa pode até não ser perfeito como representação visual, pois quem ficou em segundo lugar na contagem geral de votos foi o Partido Social-Democrata (SPD), mas ilustra a divisão cultural que permeia toda a Alemanha: uma geração jovem, urbana, de centro-esquerda, preocupada com as mudanças climáticas, e do outro lado uma geração mais velha, suburbana, cuja principal preocupação é a criminalidade.
Nach der #BerlinWahl2023 ist deutlich: Wo die Karte 2021 rot war, ist sie nun schwarz. Die SPD konnte keinen Wahlkreis für sich entscheiden – die CDU konnte aufholen und wurde zum Wahlgewinner. Innerhalb des Berliner S-Bahn Rings wurde vorwiegend Grün gewählt. #rbbwahl #aghw23 pic.twitter.com/JbZncq4RQW
— rbb|24 (@rbb24) February 13, 2023
A CDU, que foi de longe o partido mais votado, com mais de 28% dos votos, se impôs, ao que tudo indica, por ter focado no tema segurança e ordem. Uma pesquisa do instituto Infratest Dimap mostrou que essa foi a questão mais importante para os eleitores berlinenses de um modo geral: 23% a escolheram como sua principal preocupação, à frente de moradia (17%) e clima (15%). E a CDU, para a maioria dos eleitores, é o partido mais adequado para tentar resolver o problema.
Violência no réveillon
As cenas de violência vistas no réveillon em bairros de Berlim certamente ajudaram a CDU. Pesquisas de novembro e dezembro mostravam SPD, CDU e Partido Verde numa disputa acirrada. Na primeira semana de janeiro (quando eleitores começaram a enviar seus votos pelo correio), a imprensa estava cheia de manchetes sobre homens jovens lançando fogos de artifício contra trabalhadores dos serviços de emergência.
Isso alimentou um debate, de conotação racista, que o candidato da CDU, Kai Wegner, soube aproveitar. Muitas regiões onde ocorreram distúrbios têm grandes comunidades de imigrantes, e Wegner abriu um debate na mídia ao exigir que o governo da cidade-Estado divulgasse os nomes dos cidadãos alemães suspeitos de envolvimento nos distúrbios, para que o público pudesse determinar se eram de origem árabe ou turca.
A sugestão de Wegner foi duramente criticada pelos adversários dele, a prefeita Franziska Giffey, do SPD, e a candidata dos verdes, Bettina Jarasch, mas parece ter tocado em preconceitos profundos na população: 83% dos eleitores que mudaram o voto para a CDU, na pesquisa da Infratest Dinap, concordam com a afirmação "acho bom que se nomeie claramente os problemas com imigrantes."
O cientista político Frank Decker, da Universidade de Bonn, considera que essa questão, em especial, pode afetar a coalizão liderada pelo chanceler federal, Olaf Scholz. "A CDU conseguiu impor que certas questões fossem transformadas em tabus", observa. "E o que chama a atenção no caso de Berlim é que essa questão ajudou a CDU mais do que a AfD. Esse voto de protesto contra a política migratória normalmente vai para a AfD."
De fato, o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou com 9% dos votos na eleição, mas isso é um aumento de apenas 1 ponto percentual na comparação com 2021, enquanto a CDU conseguiu adicionar 10 pontos percentuais ao seu resultado daquele ano. "Os partidos de centro-esquerda, em especial os verdes, vão ter de se perguntar como lidar com a questão", diz Decker. "E essa é uma questão permanente. Esta é uma sociedade de migração, além disso estamos lidando com a questão dos refugiados já faz um tempo."
Migração e mudanças climáticas
Essa perspectiva deverá dar novo ímpeto ao líder nacional da CDU, Friedrich Merz, que participou da campanha eleitoral em Berlim e abriu seu próprio debate de teor racista em janeiro, com seu comentário sobre "pequenos paxás".
Num debate na televisão, Merz fez uma relação causal direta entre os distúrbios no réveillon em Berlim e crianças árabes de 8 anos em escolas primárias alemãs que, segundo ele, não têm respeito por professoras. "É aí que tudo começa", afirmou Merz. "São predominantemente pessoas jovens do mundo árabe que não estão preparadas para seguir as regras aqui na Alemanha."
A outra questão da eleição regional de Berlim que deverá se tornar decisiva para a política nacional é a política climática – em especial para os automóveis. Jovens ativistas alemães começaram a confrontar motoristas pelo país bloqueando ruas, e os planos do Partido Verde para transformar em áreas de pedestres partes da capital afastaram eleitores conservadores.
"Tráfego desempenha um papel grande em emissões, e há uma necessidade objetiva de que algo seja feito, mas é um tema altamente controverso, sobretudo em grandes cidades", diz Decker. "É muito difícil reduzir o tráfego, e há um grande potencial de conflito, e a coalizão em nível federal terá que abordar isso também."
Próxima coalizão
A vitória de Wegner em Berlim é também uma vitória para Merz, um antagonista da ex-chanceler federal Angela Merkel na CDU: esse foi o primeiro parlamento regional no qual a CDU conseguiu tirar a maioria do SPD na era pós-Merkel. O problema é que nenhum governo alemão funciona sem coalizão, e mesmo uma CDU mais à direita terá que fazer concessões centristas.
Pelo resultado das urnas, a atual coalizão de esquerda que governa Berlim, formada por SPD, Partido Verde e A Esquerda, ainda tem maioria parlamentar – o que significa que a CDU, para liderar um governo, terá de fazer generosas concessões ao SPD ou aos verdes para atraí-los para uma coalizão.
"Isso obviamente não é uma derrota para Merz, mas também não o ajuda muito", comenta Decker. "Acho provável que a atual coalizão se mantenha no poder, assim a CDU não terá muito de sua vitória eleitoral."
Scholz, aparentemente, saiu da eleição sem maiores danos. Apesar de os social-democratas terem obtido um dos piores resultados da história na capital, pesquisas mostram que os eleitores culpam o SPD local por um mau governo na cidade-Estado.
Governar sem os liberais
Uma outra consequência importante da eleição em Berlim está relacionada ao Partido Liberal-Democrático (FDP). Esse parceiro natural de coalizão para a CDU tem acumulado maus resultados em eleições regionais, o que se confirmou mais uma vez no domingo passado, em Berlim, quando o FDP ficou abaixo da barreira de 5% dos votos para entrar no parlamento local.
Com o FDP relegado a uma posição de partido nanico, a CDU acaba sendo forçada – tanto agora em Berlim como talvez na próxima eleição nacional – a achar pontos em comum com o SPD ou com o Partido Verde.
Autor: Ben Knight / DW
BRASÍLIA/DF - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil considera uma "grave irregularidade" para o Partido dos Trabalhadores (PT) do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ter denunciado uma doação de 660.000 reais (quase 119.000 euros) durante a campanha dentro do prazo legalmente estipulado.
Segundo este relatório de uma equipa técnica do TSE, a doação, feita pelo empresário José Seripieri - fundador da companhia de seguros médicos Qualicorp - não foi notificada pelo PT no prazo de 72 horas após a sua entrada nas contas da parte, tal como estipulado por lei.
Assim, de acordo com a investigação do Gabinete de Controlo de Contas Eleitoral e do Partido (Asepa), o PT não respeitou os prazos, uma vez que a doação foi feita a 27 de Setembro, mas o TSE só foi notificado a 3 de Outubro, um dia após a primeira volta das eleições e seis dias após o prazo estabelecido.
A Asepa salienta ainda que esta é a única doação, entre as muitas de indivíduos e entidades legais que o PT recebeu durante a campanha, que não foi devidamente notificada, de acordo com o jornal 'O Globo'.
"É importante esclarecer que o objectivo desta regra é permitir o conhecimento antecipado dos recursos disponíveis, a fim de proteger o controlo social com a transparência da informação financeira da campanha", explica a Asepa no seu relatório.
O PT ainda pode apresentar as suas alegações à Justiça Eleitoral. Vários partidos protestaram contra a acção "exagerada" da Asepa nestes casos, razão pela qual a Câmara dos Deputados já aprovou um projecto de lei para um Código Eleitoral no qual as forças políticas podem contratar empresas de consultoria, endossadas pelo TSE, para auditarem as suas próprias contas.
Quanto ao doador, Seripieri tem sido o segundo maior indivíduo de Lula nestas eleições. Para além dos 660.000 reais dados ao PT, foram dados mais 500.000 reais (91.000 euros) à campanha do presidente eleito.
Este empresário, que passou quatro dias na prisão em 2020 por suspeita de pagamentos irregulares à campanha do então senador do PSDB José Serra, é proprietário do avião com o qual Lula viajou para o Egipto para participar na cimeira das Nações Unidas sobre o clima (COP27).
Pedro Santos / NEWS 360
BRASÍLIA/DF - De acordo com portal O ANTAGONISTA, o Partido Progressistas (PP), protocolou uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado André Janones (Avante), que inclusive é coordenador da campanha digital do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A representação do partido de Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, é pela quebra de decoro, onde o deputado estaria produzindo disseminação em massa de fake News durante o pleito eleitoral e contra o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição.
“Desde o dia 02 de outubro de 2022, o deputado federal André Janones (Avante-MG) tem realizado publicações disseminando notícias falsas – as chamadas fakes news – sobre o presidente Jair Bolsonaro em redes sociais, principalmente no Twitter e Facebook”, diz o partido no documento obtido por O Antagonista.
“É fato público e notório que alguns bolsonaristas já foram punidos pelo TSE pela divulgação de fake new e, em uma das postagens de Janones no Twitter, ele afirma estar combatendo o bolsonarismo de igual para igual”, acrescentou.
Em seguida, o PP alega que o deputado Janones “utiliza-se da sua prerrogativa de imunidade penal e processual para divulgar notícias falsas e propagar ódio”.
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