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RIBEIRÃO PRETO/SP - O ECEU - Espaço Cultural e de Extensão Universitária (FMRP), recebe a mostra Diário 366 do artista Bruno Novaes, com entrada gratuita até o dia 01 de novembro. Na mostra, são exibidas as páginas do diário desenvolvido por Bruno durante todo o ano bissexto de 2016, os diversos objetos enviados pelo público que participou deste projeto e o livro lançado em 2021, disponível para manipulação. Dessa forma, a exposição propõe o encontro entre o coletivo e o processo individual de artista, no qual a documentação de sua história se mistura com a de pessoas voluntárias participantes. 

Diário 366, já circulou pelo Centro Cultural dos Correios de São Paulo (2021), pelo Museu de Arte contemporânea de Campinas (2022) e pelo Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André (2023), neste último, com produção da Brecha Cultural e apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo por meio do ProAC Editais de 2022. 

Com o intuito de tornar a exposição ainda mais acessível, ao entrar, o público terá acesso por QR Code ao audioguia. Além disso, a exposição compõe a programação paralela ao 48° SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo (MARP) em exposição no MARP, de 04/08 a 21/10/2023.
 

SOBRE O PROJETO
O projeto teve início com registros diários feitos por Bruno no ano bissexto de 2016, usando diferentes linguagens, como texto, desenho, colagem e fotografia. Em seguida, os participantes escolheram datas e receberam as páginas correspondentes do caderno, digitalizadas em forma de cartão postal. 

As pessoas que participaram responderam com o envio de itens que dialogavam com os motivos da escolha por aquele dia, criando uma relação de troca de confidências com o artista. Todo esse processo foi documentado em um grande calendário em que Novaes fez o controle das devolutivas por meio de aquarelas dos itens recebidos. 

Entre as motivações para as participações, as escolhas das datas misturaram aspectos individuais e íntimos com acontecimentos culturais e coletivos, resultando em um arquivo que coloca objetos ordinários, trabalhos de arte, documentos pessoais e lembranças afetivas em um mesmo plano. Assim, criou-se um diário que, além de servir como instrumento para o conhecimento de si, se tornou uma narrativa coletiva das memórias, afetos e histórias de vida de mais de trezentas pessoas.

Longas cartas contando sobre experiências pessoais, fotografias, documentos e outros objetos estão entre os itens recebidos, que muitas vezes chegaram sem explicações. Entre eles uma certidão de óbito, que levanta perguntas sobre como aconteceu tal perda. Em outro caso, foram enviados pares de ingresso de cinema e uma camiseta com cheiro de guardado, sugerindo um fim de relacionamento. Também chegaram ao artista documentos e coisas de família que aproximam histórias e personagens desconhecidos. De modo geral, os itens que chegaram acabam por exigir o uso da imaginação para que se tente deduzir ou mesmo ampliar seus significados, o que confere ao livro em exibição nesta exposição um caráter simultâneo de documentação e narrativa de ficção.  

Com uma produção que passa por questões como identidade, memória e afeto, para Novaes, é importante jogar luz sobre histórias que muitas vezes passam despercebidas, levantando dúvidas sobre o poder dos arquivos tradicionais, que perpetuam a produção de conhecimento. Seu trabalho nos convida a refletir sobre quais outras narrativas deixam de ser documentadas, questionando o que mais pode ter ficado de fora dos livros e de outros meios de comunicação.

 

Sobre  ECEU - Espaço Cultural e de Extensão Universitária 
O espaço expositivo do Centro de Memória e Museu Histórico (CMMH) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP foi inaugurado em 2008 com o propósito de promover exposições que articulem o acervo do Museu ou temas relacionados à medicina com as artes visuais. Acolhe igualmente exposições de artistas, individuais ou coletivas, cujas propostas sejam aprovadas pelo Conselho Deliberativo do CMMH.

 

Sobre Bruno Novaes
Bruno Novaes trabalha entre artes visuais, poesia e educação. Tem licenciatura em Arte pela Faculdade Belas Artes de São Paulo, e especialização em Artes Visuais pela UNESP. Sua prática acontece, sobretudo, por meio da palavra e do desenho, como instalação, publicação e processos de encontro, re-imaginando as formações do ser, suas subjetividades e agenciamentos.

Seus principais trabalhos incluem O professor deverá ser o último a se retirar, mesmo nos dias de chuva (Temporada de Projetos do Paço das Artes); Intervalo (Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo); Alugo para rapazes (prêmio-publicação Lamparina Luminosa); escola de faz-de-conta (ProAC LAB) e Diário 366 (Centro Cultural dos Correios São Paulo e livro premiado pela LAB SBC/Paradoxa Cultural). Participou da 33a Bienal de Arte de São Paulo, como artista residente na obra de Mark Dion, da 21a Bienal Internacional de Arte de Cerveira, e dos programas de residências da fábrica de lápis Viarco, em Portugal, e do Instituto de Artes de Ouro Preto. Integra o grupo Práticas Compartidas e tem trabalhos publicados em livros e revistas do país e exterior. Além de diversos prêmios-aquisição em salões de arte, suas obras compõem também acervos públicos como o do Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, do MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro e da Biblioteca Instituto Moreira Sales.

 

Sobre Brecha Cultural
Empresa de produção, gestão e escrita de projetos culturais das mais diversas linguagens, gerida por Jeff Barbato desde 2021. Entre suas principais produções estão: zonas de sombra (2023) projeto de exposição inédita com ações no âmbito físico e online atualmente em execução na Pinacoteca de São Bernardo do Campo; terra rasgada (2022) projeto de exposição inédita contemplado pelo ProAC; o vazio abarcado (2022) projeto de exposição inédita de artistas iniciantes contemplado pelo ProAC; o encontro é um lugar impossível (2021) projeto de exposição coletiva realizado no Centro Cultural dos Correios de São Paulo com 24 artistas.

 

Serviço:

Exposição Diário 366 do artista Bruno Novaes 

Período expositivo: Até 01 de novembro,  segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 16h30

Endereço: ECEU - Espaço Cultural e de Extensão Universitária / FMRP, USP. 

Avenida Nove de Julho, 980, Jardim Sumaré, Ribeirão Preto-SP.

Entrada gratuita

Acessibilidade para pessoas com deficiência visual.

Classificação etária: Livre

Telefone para Informações: ECEU (16) 3315 0695 e Brecha Cultural (14) 98804 6360

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP - O SESI São José do Rio Preto apresenta a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura, no período de 30 de junho a 9 de setembro, com acesso gratuito. O imaginário popular do Nordeste está presente em símbolos e figuras talhadas pelo artista, atualmente, com 87 anos.

 Com curadoria de Ângelo Filizola, a exposição traz uma coletânea de 44 xilogravuras, sendo oito delas inéditas (com suas respectivas matrizes), junto às 28 obras mais importantes da carreira de J. Borges. Os temas retratados simbolizam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o “melhor gravador popular do Brasil”.

 Os visitantes vão apreciar obras de diversas fases de sua história, identificadas pelos temas:  Viagem a Trabalho e Negócios, Serviços do Campo, Plantio de Algodão, Forró Nordestino, Plantio de Cana, Feira de Caruaru, Carnaval em Pernambuco e Festa dos Apaixonados. A poesia popular também tem lugar na exposição: um espaço dedicado especialmente à literatura de cordel. Cordelista há mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano do agreste, de acontecimentos políticos, de fatos lendários, de folclóricos e pitorescos da vida.

 "Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. E eu ainda quero viver bastante, e o que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. Minha obra é aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto", comenta J. Borges, que é patrimônio Vivo de Pernambuco, título concedido pelo Estado. Borges já expôs na França, Alemanha, Suíça, Itália, EUA, Venezuela e Cuba, deu aulas na França e nos EUA, ilustrou livros em vários países e foi destaque no The New York Times.

 A exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura traz ainda duas obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra de Borges, assinada pelo jornalista Eduardo Homem.

 J. Borges desenha direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título é o mote para criar o desenho, onde as narrativas próprias do cordel têm espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz é talhado ao redor da figura que recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.

 A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Os temas mais recorrentes em seu repertório são o cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos, a religiosidade, a picardia, enfim todo o rico universo cultural do povo nordestino.

 A Gerente de Cultura do Sesi-SP, Debora Viana, reforça a importância desta exposição integrar o circuito das mostras itinerantes nos Espaços Galerias. “Com a iniciativa, que começa em Campinas, reforçamos o compromisso que a instituição possui de fomentar o cenário cultural e artístico por meio do acesso do público a obras, ao processo criativo de artistas nacionais e internacionais, à reflexão e à experimentação. Para o Sesi-SP, é de extrema importância a formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita. É por isso que desenvolvemos e realizamos projetos das mais diversas áreas e convidamos o público a entrar de cabeça no universo do conhecimento e da arte”, declarou. 

 

Oficina de Xilogravura – Nos dias 23 e 24 de junho, o xilogravurista Pablo Borges ministra oficinas gratuitas no SESI Campinas, destinadas a pessoas maiores de 16 anos. As informações sobre horários a forma de inscrição serão divulgadas oportunamente.

 Com produção e idealização da Cactus Promoções e Produções, a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura seguirá para as unidades do SESI em São José do Rio Preto e Itapetininga, ainda em 2023.

 

Serviço:

Exposição: J. Borges - O Mestre da Xilogravura

Temporada: 30 junho a 9 de setembro de 2023

Horário: terça a sábado - das 9h às 20h, exceto feriados.

Visitação gratuita. Classificação: Livre.

Acessibilidade: obras com audiodescrição.

Agendamento escolar e de grupos: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. - terça a sexta (9h às 11h e 15h às 17h).

 

SESI São José do Rio Preto

Centro de Atividades Jorge Duprat Figueiredo

Av. Duque de Caxias, 4656 - Vila Elvira. São José do Rio Preto/SP.

Tel: (17) 3224-6611 | riopreto.sesisp.org.br | @sesiriopreto

 

J. Borges (biografia)

 

J. Borges (José Francisco Borges, 1935, em Bezerros/PE) é um dos mestres do cordel, um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido no mundo. Criou figuras a partir das histórias e lendas populares, que impregnam o espírito do mestiço nordestino. Começou aos 20 anos na escrita do cordel com O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina. Mestre Dila, de Caruaru, ilustrou. Vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses e decidiu produzir as próprias gravuras para o segundo cordel: O Verdadeiro Aviso de Frei Damião. Na capa, uma igrejinha (talhou em um pedaço de madeira a primeira gravura). Amigos passaram a encomendar ilustrações e matrizes. Autodidata, Borges ilustrou mais de 200 cordéis ao longo da vida. Vendia as gravuras na feira de Caruaru, quando um grupo de turistas comentou que ‘adorava xilogravuras’, foi investigar o termo e descobriu-se um xilogravurista. Foi descoberto por colecionadores e marchands, que proporcionaram seu encontro com Ariano Suassuna que afirmava ser Borges o melhor do mundo. Ganhou notoriedade e foi levado aos meios acadêmicos. O artista aumentou o tamanho das gravuras, e o que inicialmente produzia apenas em preto, passou a colorir com uma técnica que ele próprio inventou. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976).

 

Participou de exposições na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Desembarcou em mais de 10 países, deu aulas na França e nos EUA. Ilustrou livros no Brasil, na França, em Portugal, na Suíça e nos Estados Unidos. Tem várias obras publicadas, muitos prêmios e distinções: Fundação Pró-Memória (Brasília, 1984), Fundação Joaquim Nabuco (Recife, 1990), V Bienal Internacional Salvador Valero (Trujilo/Venezuela, 1995), Ordem do Mérito Cultural (Ministério da Cultura, 1999) e Prêmio Unesco - Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos 13 artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas, com a xilogravura A Vida na Floresta. Em 1992, expôs na Galeria Stähli, em Zurique, Suíça, e no Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times e recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, que garante apoio vitalício para salvaguardar e transmitir sua arte. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976).

Mostra é gratuita e aberta ao público; visitação segue até 31 de maio

 

ARARAS/SP - Até o dia 31 de maio, no saguão da Biblioteca Campus Araras (B-Ar) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o artista Ciro Cellurale apresenta a exposição "Imagens e Versos desse Universo", com 19 desenhos realizados com a técnica de pirogravura - a arte de gravar com o calor em madeira e outros materiais, utilizando o pirógrafo.
A exposição contempla também 13 poemas do próprio Cellurale e o livro "Versos desse Universo", publicado em 2017, com outros poemas de sua autoria.
A entrada é livre e gratuita para todas as pessoas.

Sobre o artista
Ciro Cellurale, nascido em Rio Claro e, atualmente, residente da cidade de São Carlos, já participou de diversas exposições individuais e coletivas, sendo premiado em várias delas.
Em Rio Claro, foi aluno do professor Denizard França Machado em desenho artístico, pintura e pirogravura na década de 1970. Desde 1984, já em São Carlos, aperfeiçoou-se em lápis sépia, com a professora Leda Zavaglia, na Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda.
Para Machado, "os traços de Ciro são de uma sensibilidade muito grande e sua dedicação à pirogravura é mesmo impressionante pela naturalidade dos temas que desenvolve". Segundo Maria Inez Cornicelli Botta, Coordenadora da Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda em São Carlos, "Ciro desenha sobre a madeira com pirógrafo com gravidade carinhosa. É um romântico com inclinação apoteótica. São seres humanos e animais vistos com doces olhos, apesar de apolíneos".
Visitação é gratuita e aberta a todas as pessoas

 

SOROCABA/SP - Até o dia 16 de junho, a Biblioteca Campus Sorocaba (B-So), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), apresenta a exposição "Compilações", do artista plástico sorocabano Tiago Teré. De acordo com ele, "a série, com características geométricas, é o caminho trilhado no espaço da tela por linhas conexas e cores que contrastam com a tonalidade anteposta. As faixas coloridas se convergem criando um ou mais ângulos singulares, harmonizando com demais elementos aplicáveis à linguagem das artes visuais tais como forma e movimento".
Natural de Sorocaba, Teré passou sua infância imerso no mundo do desenho, descobrindo os traçados de grafia indígena na cidade de Dourados (MS), junto ao povo Guarani-Kaiowá. O marrom do barro, o vermelho do urucum e o preto do carvão despertaram o gosto pela cor em suas mais variadas tonalidades.
Na adolescência, experimentos materiais e técnicos em pintura, gravura, colagem e graffiti aumentaram o repertório criativo do artista, através de oficinas culturais. Em 2004, Teré iniciou a graduação em Educação Artística e, em contato com a produção acadêmica, identifica-se com o Suprematismo Russo de Kazimir Malevich, a Hard-Edge de Frederick Hammersley e a produção artística brasileira nos trabalhos de Waldemar Cordeiro, Luiz Sacilotto e Maurício Nogueira Lima.
De mochila nas costas, viajou pela América do Sul, estudando empiricamente a produção artística Quéchua e Aymará nos países andinos (Bolívia, Peru, Equador e Colômbia), em 2007, impactando-se com as combinações cromáticas aplicadas ao tear Aguayo dos povos tradicionais dessas regiões. O estudo das cores e suas possibilidades se desdobram na pesquisa geométrica influenciada pelo grafismo da arte étnica ameríndia e a arte concreta brasileira da década de 1950.
Teré atua desde 2006 com arte-educação na rede estadual de ensino de São Paulo e expõe em feiras culturais e eventos de arte independente.
A mostra "Compilações", na Biblioteca Campus Sorocaba da UFSCar, tem entrada livre e gratuita para todas as pessoas, de segunda a quinta-feira, das 13 às 22 horas, e às sextas-feiras, das 9 às 18 horas.

BROTAS/SP - Milhares de discos e cds de todos os estilos Rock, POP, MPB, Metal, Punk e muito mais.

Será um dia muito agradável no Quiosque do Centro Cultural de Brotas, localizado na Avenida Mario Pinoti, 584, no Centro.

Sábado, 20 de maio, a partir das 10h.

ARARAS/SP - Cores, formas e aromas são essenciais no universo das orquídeas e, por trás da beleza que encanta, estão estudos e técnicas para criação de novas variedades. Considerando os principais grupos comerciais de orquídeas, há mais de 2.500 variedades disponíveis no Brasil. A oferta pode se restringir ao colecionismo ou atingir mercados mais abrangentes, como grandes atacarejos e centros de distribuição de plantas ornamentais, como o de Holambra, no interior de São Paulo.

No Campus Araras da UFSCar, o Laboratório de Fisiologia Vegetal e Cultura de Tecidos desenvolve melhoramento genético de plantas ornamentais desde 2017, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de financiamento de projetos de pesquisa, e tem suas primeiras cultivares já no mercado.

"Nosso trabalho vai além da ornamentação; tem como objetivo a obtenção de cultivares de rápido desenvolvimento e mais precoces para floração, além do porte compacto, uma tendência de mercado atual", situa Jean Carlos Cardoso, docente no Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar). O trabalho no Laboratório é também inovador por utilizar espécies de orquídeas da flora brasileira em cruzamentos com cultivares importadas.

Segundo o pesquisador, embora o Brasil ainda seja considerado um importador de cultivares, os programas nacionais de melhoramento genético têm crescido nos últimos anos. "Essa dependência da genética vinda do exterior gera grandes impactos para a floricultura do País. As mudas e o pagamento de royalties têm sido o maior custo do sistema produtivo, ultrapassando, inclusive, valores pagos às pessoas que trabalham no cultivo e mão de obra em geral. Por isso, o avanço do setor nacional traz vários benefícios, como vantagens econômicas e desenvolvimento de variedades mais adaptadas às condições de cultivo daqui", analisa.

Cardoso explica que o melhoramento genético das orquídeas é feito em etapas, envolvendo os cruzamentos entre as plantas selecionadas, a obtenção das plantas filhas desse cruzamento, seu cultivo em laboratório e, depois, em estufas, para a seleção daquelas que apresentam características de interesse superiores. Esse processo de cruzamento e seleção pode levar de três a oito anos, dependendo da espécie.

No Laboratório do Campus Araras, a cada ano são realizados dezenas de cruzamentos. "Em 2019, semeamos cerca de 90 cruzamentos e, em 2020 e 2021, em plena pandemia, foram mais de 100. Destes, já tivemos algumas plantas floridas de ao menos 10 cruzamentos, sendo que a maior parte ainda não floresceu e continua em cultivo nas estufas até o momento da seleção", informa Cardoso.

"Após a seleção das melhores plantas, iniciamos o trabalho de clonagem em laboratório, para avaliar sua estabilidade e poder disponibilizar aos produtores a quantidade de mudas necessária para a escala comercial", explica. Depois do registro das novas variedades como cultivares, feito com o apoio da Agência de Inovação (AIn) e da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI-UFSCar), os próximos passos envolvem iniciar o processo de transferência de tecnologia, através de contrato de licenciamento, para, em seguida, chegar ao consumidor final.

SÃO CARLOS/SP - A mostra reúne 10 pinturas a óleo e um vídeo em que o artista, a partir de suas vivências como homem negro, toca em questões como o espaço para o protagonismo e as subjetividades das pessoas negras na arte. A escolha da pintura a óleo traz para discussão a forma como as pessoas pretas foram retratadas por uma técnica considerada clássica, elitista e inacessível aos corpos negros sujeitos à violência, ao sufocamento e à pressão social decorrentes do racismo estrutural.

O artista traz em suas pinturas o que observa ao seu redor, coisas que chamam sua atenção em situações que são diárias na vida da pessoa negra. Identifica ações e relações que são comuns entre essas pessoas, como a solidão, o afastamento e a pressão social.

Seu trabalho se refere a brutalidade dessa sociedade, que usa o corpo negro como ferramenta de violência e de violação. O próprio corpo negro é induzido a se violentar, quando nega seu nariz, quando nega sua boca, quando nega sua cor, acaba sendo a ferramenta dessa sociedade, que para exercer fomentar o racismo estrutural faz com que este corpo se auto violente.

Estas são as questões que Marcio Marianno procura revelar e dar ênfase, por meio da sua própria imagem, ao corpo negro em seu trabalho pictórico a óleo. Justamente porque foi negada durante muito tempo essa retratação, essa técnica que sempre foi considerada clássica e pertencente as elites na sociedade.

A partir de sua própria figura, fotografada, cria suas pinturas e representa como em uma performance, um personagem, que busca ao mesmo tempo seu lugar na contemporaneidade e em sua ancestralidade. Todos os trabalhos dizem respeito ao autorretrato, mesmo quando a imagem é um objeto, ou uma paisagem, todos são elementos de memórias e histórias do próprio artista. O autor coloca em sua obra questões da cor da pele, questões de classe e suas ligações com o racismo estrutural.

A cor da pele ao longo da história tem sido utilizada pelos brancos a fim de delimitar os entendimentos da vida e morte no mundo. Preserva histórias dos povos brancos, difunde suas culturas, religiões, comida como se fossem superiores e de uma verdade ímpar, sem igual. Invalida e desqualifica o que não concorda com seu padrão “tido” como universal.

“O conceito da “dupla consciência” se materializa nas obras que Marianno compartilha conosco em “Construção”. Muitas personagens de suas pinturas realistas, executadas a partir de fotografias produzidas pelo artista, surgem sem faces como que com identidades suprimidas pela colonialidade.”  Renata Felinto 


Marcio Marianno é artista visual e educador. Nascido em Santo André/SP em 1978, vive e trabalha em Guarulhos/SP. Trabalha com a técnica de pintura à óleo, retratando e as pessoas com as quais convive em seu cotidiano e a si mesmo a partir de fotografias de movimentos performáticos. Com origem no universo pop dos quadrinhos e das animações, já enveredou pela linguagem do grafite, agora se encontra imerso na pintura a óleo.

Site: www.mmarianno.com.br

SÃO PAULO/SP - Há dois pontos-chave para se entender a exposição Tina Turner: Uma Viagem para o Futuro, inaugurada na quinta-feira, 4, no Museu da Imagem e do Som (MIS). Um deles aparece antes mesmo de o visitante acessar a mostra, no primeiro andar do prédio. Em um reduzido espaço expositivo, à esquerda da entrada do museu, uma pequena mostra conta a história da fotografia, a partir de itens do acervo do museu. Nela é destacada a importância do registro fotográfico desde o final do século 19 e como ele pode nos ensinar a enxergar além do trivial.

Essa observação inicial é necessária já que a exposição sobre Tina é essencialmente de fotos, embora conte com uma ambientação contemporânea, em um mundo em que cada vez mais as pessoas buscam experiências e cenários “instagramáveis”. É por intermédio das imagens registradas por quatro profissionais – Bob Gruen, Lynn Goldsmith, Ian Dickson e Ebet Roberts – que o visitante terá a oportunidade de chegar à essência de Tina Turner, artista e mulher.

A foto que dá as boas-vindas é em preto e branco e foi feita por Gruen na década de 1970. O olhar de Tina, fora do palco, com o corpo coberto por um casaco de frio e óculos de sol levantado à cabeça, flagra uma mulher que passava por uma transformação pessoal e artística que eclodiria na década seguinte.

Ainda casada e com a vida artística ligada ao músico e produtor Ike Turner, Tina, à época já um nome importante do R&B, começava a compor, se convertia ao budismo e lançava seu primeiro disco solo de carreira, Tina Turns the Country On, com versões de canções do country e folk, de 1974.

Quatro anos depois, Tina se separaria de Ike – e apenas décadas mais tarde revelaria que fora, por anos, vítima de violência doméstica. Em carreira solo, Tina voou mais alto ainda.

ÍCONE

Rainha do rock, com sua voz potente e grave, mas também um ícone pop – e tudo que esse título carrega –, faz grandes turnês pelo mundo, tem músicas no topo das paradas de sucesso e é símbolo na moda e presença no cinema. Como dissociá-la da canção We Don’t Need Another Hero, do filme Mad Max 3, Além da Cúpula do Trovão, por exemplo?

Aí está, portanto, o segundo ponto de compreensão da exposição. Tina foi e ainda é, mesmo depois de ter se despedido dos palcos há quase 15 anos, um referencial do universo musical pop até os dias de hoje. Não à toa, antes de se retirar de cena, fez uma espécie de passagem de bastão para Beyoncé, em uma apresentação que fizeram juntas na cerimônia do Grammy, em 2008.

Para a jornalista e apresentadora Adriana Couto, que divide a curadoria da exposição com o ecossistema criativo Mooc, a cantora não seria o sucesso que foi e não teria essa identificação com a geração atual se não tivesse rompido muitos padrões, inclusive o de ter feito sucesso após os 40 anos, com o álbum Private Dancer, lançado em 1984, quando Tina estava com 45 anos.

“As discussões que Tina trouxe são as de hoje. Estamos falando de violência contra a mulher, o machismo na indústria da música e o etarismo”, diz Adriana ao Estadão.

FOTOGRAFIAS

Tão estrela quanto Tina dentro do rock and roll, o fotógrafo Bob Gruen, autor de boa parte das mais de 100 fotos que compõem a exposição, muitas delas nunca exibidas no País, foi praticamente lançado por Tina. Foram ela e o então marido Ike que abriram as portas de sua casa e da carreira para Gruen.

Com isso, o fotógrafo conseguiu, assim como também o fez com o casal John Lennon e Yoko Ono, registrar momentos que nenhum outro conseguiu, por estar no lugar certo, com o acesso irrestrito.

São de Gruen as poucas fotos de Tina sem peruca – a cantora sabia que esse seria um acessório interessante em sua imagem. Ou de Tina preparando uma refeição na cozinha de sua casa. Para ele, a cantora ainda ofereceu um sorriso enquanto dava um autógrafo.

Há ainda, entre os cliques de Gruen e dos demais profissionais, imagens da cantora em shows ao redor do mundo, em gravações de estúdio ou rodeada por seus filhos.

Para destacar a imagem e a voz de Tina, um telão de 6 metros de altura por 3,5 de largura exibe seus números musicais em um ambiente repleto de refletores. É nesse espaço em que estão disponíveis algumas perucas do modelo que Tina usava para que os visitantes mais empolgados possam colocá-las e fazer fotos – ou fazer performances junto à diva.

Em seu retiro da Suíça, atualmente com 83 anos, com 12 prêmios Grammys e 200 milhões de discos vendidos ao longo da carreira, Tina, nascida no conservador Estado do Tennessee, nos Estados Unidos, com o nome de Anna Mae Bullock, ainda representa, como indica o título da exposição, uma grande e empolgante viagem ao futuro.

 

 

por Danilo Casaletti / ESTADÃO

SÃO CARLOS/SP - Com o apoio da Prefeitura de São Carlos, o Círculo Sãocarlense de Orquidófilos realiza a partir das 19h30 desta sexta-feira (21/04), na Praça XV de Novembro, a abertura oficial da 58ª Exposição Nacional de Orquídeas. 
A exposição acontece até domingo (23/04). No sábado (22) estará aberta ao público das 9h às 22h, e no domingo (23) das 8h às 17h.
Neste ano, a Exposição de Orquídeas deve reunir cerca de 30 expositores convidados de Associações Orquidófilas de várias partes do país. Os visitantes poderão apreciar mais de 1.500 orquídeas floridas nacionais e estrangeiras e adquirir plantas e também produtos como vasos, adubos e outros produtos relacionados ao cultivo da espécie. Haverá também sorteio de orquídeas para os visitantes.
Para o presidente do Círculo Sãocarlense de Orquidófilos, Gilmar Juliak, essa é uma das melhores exposições do país. “É uma satisfação também ter o reconhecimento da população pela tradição de que a Exposição Nacional de Orquídeas simboliza também a abertura oficial da Festa do Clima de São Carlos”.
Juliak informou também que para aprimorar o conhecimento sobre cultivo e manutenção da saúde das plantas será oferecido gratuitamente no sábado (22/04), a partir das 15h, Associação dos Funcionários da Escola de Engenharia de São Carlos (AFEESC) o curso de cultivo de orquídeas.
O Círculo Sãocarlense de Orquidófilos foi fundado em 25 de janeiro de 1963 e tem como objetivo a divulgação da orquidofilia em nível nacional, oferecendo a população e associados o conhecimento sobre o cultivo das orquidáceas.
O Círculo realiza reuniões semanais, bem como palestras sobre orquídeas e com o apoio da Prefeitura realiza as tradicionais exposições anuais, atuando como anfitriã na recepção de outras associações do Brasil.

Mês da consciência afro-americana será celebrado na cidade com exposição de fotos, experiência imersiva de realidade virtual e exibição de filme no CICBEU. Projeto tem apoio da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e do Projeto Contribuinte da Cultura

 

Três atividades gratuitas realizadas em São Carlos comemoram o Black History Month, o mês da consciência afro-americana celebrado em fevereiro nos Estados Unidos. A programação é uma realização do Centro Binacional CICBEU e do Projeto Soul Jazz, com apoio da Embaixada e dos Consulados dos Estados Unidos no Brasil e do Instituto Mário de Andrade (IMA) / Projeto Contribuinte da Cultura de São Carlos.

Yúri Marmorato, diretor do CICBEU, explicou que as atividades em comemoração ao Black History Month em São Carlos acontecem pela parceria com a Embaixada dos Estados Unidos, por meio do programa American Space, que tem como uma de suas missões o fomento de atividades culturais como meio de promoção do diálogo e respeito intercultural. “O CICBEU é um Centro Binacional certificado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e desenvolve diversas ações voltadas à população de São Carlos, sempre em consonância com os objetivos da Missão Diplomática dos EUA. A redução das desigualdades, a inclusão social, o empoderamento feminino, as questões ambientais e a discussão de temas relativos ao combate ao racismo são alguns dos assuntos trabalhados pelo programa e, por isso, a importância de trazer para a cidade essa temática do Black History Month”.

EXPOSIÇÃO

A exposição fotográfica do artista de São Carlos, Casimiro “Lumbandanga” da Silva, abriu a programação. Intitulada “Faces”, a exposição pode ser visitada até 11 de março, de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h30 e aos sábados, das 8h às 12h, no CICBEU Idiomas (Rua Padre Teixeira, 1582, São Carlos).

Há anos militante na luta pela igualdade racial, Casimiro é responsável pelo projeto de cultura afro Soul Jazz.  As fotos da exposição “Faces” são frutos de sua viagem para Angola, em abril de 2013, na qual busca relatar a íntima relação entre suas raízes africanas e o imaginário de uma população marcada pela história de guerrilhas e sofrimentos.  Em busca de sua ancestralidade, na Aldeia de Mana Kulele, o artista foi batizado com o nome “Lumbandanga”, que representa uma serra que perfaz as curvas do rio Kulele e Kucaim no município do Bailundo, província de Huambo, situada na zona centro sul de Angola.

REALIDADE VIRTUAL

Duas outras atividades acontecem na última semana de fevereiro e começo de março, também no CICBEU. De 27 de fevereiro a 3 de março, das 19h às 20h, mediante inscrições pelo site bhm2023.cicbeu.com.br, serão oferecidas sessões de experiência imersiva de realidade virtual em celebração a Martin Luther King. 

“MLK: Now Is The Time” é um novo projeto da TIME Studios, lançado em janeiro de 2023, que permite aos usuários explorar, sessenta anos depois, a relevância e o poder do discurso “I Have Dream” de Martin Luther King, por meio da realidade virtual. A experiência detalha alguns dos temas de King, como a causa de habitação, violência policial e direito ao voto, mostrando como as mesmas injustiças ainda oprimem o povo preto da América. Usando óculos de realidade virtual, a experiência tem 20 minutos de duração e é apresentada em inglês (sem legenda). 

Já no dia 28 de fevereiro, às 19h, acontece a exibição gratuita do filme Harriet - O Caminho para a Liberdade, mediante inscrições pelo site bhm2023.cicbeu.com.br. Harriet é um drama biográfico estadunidense, dirigido por Kasi Lemmons, que escreveu o roteiro com Gregory Allen Howard. O filme conta a história de Harriet Tubman, uma escrava que se tornou abolicionista. O filme é estrelado por Cynthia Erivo como Tubman, com Leslie Odom Jr., Joe Alwyn, Jennifer Nettles e Janelle Monáe em papéis coadjuvantes.

 

SERVIÇO

Black History Month em São Carlos

Programação gratuita no CICBEU Idiomas (Rua Padre Teixeira, 1582, São Carlos)

- Exposição fotográfica “Faces” por Casimiro “Lumbandanga” da Silva

Até 11 de março

Visitação de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h30 e aos sábados, das 8h às 12h

 

- “MLK: Now Is The Time”: Experiência imersiva de realidade virtual em celebração a Martin Luther King

De 27 de fevereiro a 3 de março, das 19h às 20h

Atividade com 20 minutos de duração em inglês (sem legenda)

Inscrições pelo site bhm2023.cicbeu.com.br

 

- Exibição do filme Harriet - O Caminho para a Liberdade

Dia 28 de fevereiro, às 19h

Inscrições pelo site bhm2023.cicbeu.com.br

 

Realização: Centro Binacional CICBEU e Projeto Soul Jazz

Apoio: Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, por meio do programa American Spaces e

Instituto Mário de Andrade (IMA) / Projeto Contribuinte da Cultura de São Carlos

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