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EUA - Uma parte dos Estados Unidos está enfrentando condições meteorológicas extremas de inverno, com avisos à população sobre neve, vento e frio extremo.

O Serviço Nacional de Meteorologia já alertou que as temperaturas podem chegar a -45ºC em estados como Montana, Dakota do Norte e Dakota do Sul.

Segundo a NBC News, na segunda-feira, o estado de Montana foi o mais frio, com temperaturas chegando a -41ºC.

As condições meteorológicas severas também forçaram o cancelamento de 3.071 voos. De acordo com a imprensa americana, o aeroporto com o maior número de cancelamentos foi o Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston, no Texas, com 509 voos cancelados.

A NBC também informou que, além dos cancelamentos de voos e das pessoas que ficaram em casa por causa da neve ou do perigo, pelo menos três pessoas morreram. Em Milwaukee, no estado de Wisconsin, três pessoas em situação de sem-abrigo foram encontradas mortas, com a hipotermia como principal suspeita. Os casos estão sendo investigados.

No Iowa, onde Donald Trump venceu as primárias republicanas na segunda-feira, também houve alguns efeitos das condições meteorológicas. Alguns eventos da campanha tiveram de ser cancelados.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

CHICAGO - Uma grande tempestade de inverno atingiu fortemente as planícies do Norte e o Meio-Oeste superior dos Estados Unidos na quinta-feira, 23, matando um bombeiro, deixando mais de 900.000 pessoas sem energia e cancelando ou atrasando milhares de voos.

Uma ampla faixa do norte dos Estados Unidos, desde o Estado de Washington até a Nova Inglaterra, permaneceu sob alertas para clima de inverno, com possibilidade de outros 46 cm de neve, ventos de até 80 quilômetros por hora e sensação térmica equivalente a -40 graus Celsius ao longo do dia, disse o Serviço Nacional de Meteorologia do país.

Um bombeiro voluntário morreu em Grand Rapids, subúrbio de Michigan, após ter contato com um fio de energia elétrica derrubado pelo gelo, disseram autoridades locais no Twitter.

Cerca de 900.000 residências e empresas ficaram sem energia em Illinois, Indiana, Michigan, Nova York e Wisconsin na manhã desta quinta-feira, de acordo com o Poweroutage.us.

Mais de 2.000 voos foram cancelados e outros 15.000 atrasaram devido ao mau tempo, de acordo com o site de rastreamento de voos Flightware.com. Muitas estradas ficaram intransitáveis ou perigosas para os motoristas.

"Viajar nas estradas pode ser perigoso com apenas um traço de gelo. Mas estamos vendo camadas de gelo de 6 mm a 1,3 cm", disse Richard Bann, do serviço de meteorologia do Centro de Previsão do Tempo em College Park, Maryland. "Isso pode tornar praticamente impossível".

 

 

Por Brendan O'Brien / REUTERS

EUA - Enquanto os Estados Unidos esperam o fim da "nevasca do século", que matou pelo menos 53 pessoas em todo o país em pleno período natalino, os relatos de pessoas morrendo em seus carros ou bloqueadas pela tempestade se multiplicam.

O total de mortes confirmadas pelas autoridades em nove estados chegou a 53, sendo 31 no condado de Erie, que inclui a cidade de Buffalo, Nova York, onde o presidente Joe Biden decretou na segunda-feira 'estado de emergência'.

As autoridades temem um número maior de vítimas, à medida que as equipes de socorro avançam pelas áreas afetadas.

O mau tempo que atinge o país há uma semana começou a diminuir nesta quarta-feira no leste e no centro-oeste. "Esta é claramente a nevasca do século", afirmou na segunda-feira a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul.

O serviço meteorológico americano (National Weather Service, NWS) prevê um aumento das temperaturas em torno de 10°C até o fim de semana, mas alerta para "condições de tráfego perigosas".

O frio extremo que atingiu os Estados Unidos foi acompanhado por fortes nevascas e ventos, sobretudo na região dos Grandes Lagos, o que provocou cenas de caos no transporte rodoviário e aéreo e forçou o cancelamento de milhares de voos.

De acordo com o site de rastreamento FlightAware.com, mais de 5.900 voos foram cancelados na terça e quarta-feira.

 

- Buffalo sob a neve -

Muitos voos são operados pela Southwest Airlines, que cancelou mais de 60% de suas rotas devido a problemas logísticos, o que gerou críticas do Departamento de Transportes, que se declarou "preocupado com a taxa inaceitável de cancelamentos da Southwest".

O CEO da Southwest, Bob Jordan, disse na terça-feira que "lamentava muito" a situação. Ele destacou em um vídeo que "um grande esforço para estabilizar a empresa" estava em curso.

"Estamos nos recuperando de uma das piores nevascas que já vimos, infelizmente com o maior número de mortos que já tivemos", lamentou uma autoridade do condado de Erie, Mark Poloncarz.

Em Buffalo, uma jovem de 22 anos, presa pela neve, morreu em seu carro, segundo sua família. Um vídeo enviado pela vítima e divulgado pela irmã mostra ela abaixando o vidro do veículo durante a nevasca.

Mark Eguliar, morador de Buffalo, contou à AFP que ficou preso no trabalho "por mais de 40 horas".

"Moro em Buffalo desde 1970 (...) e esta é a pior coisa que já vi", comentou Joe Mergl, outro residente desta grande cidade perto da fronteira com o Canadá.

 

- Socorristas bloqueados -

A vice-prefeita de Buffalo, Crystal Rodriguez-Dabney, disse à CNN na terça-feira que "socorristas saíram para resgatar outras equipes de resgate".

"Foi preciso primeiro ajudar os socorristas para que eles pudessem ir e ajudar a população", explicou.

Em meio ao caos, muitos criticaram a resposta da cidade à nevasca e questionaram se a proibição de dirigir não deveria ter sido decretada antes.

"Havia muita neve, os carros estavam presos e as pessoas ainda tentavam dirigir", lamentou à AFP Chris Ortiz, morador de Buffalo.

Uma funcionária dos serviços de emergência citada pelo Washington Post, que ficou presa em sua ambulância por 14 horas sem comida ou água, disse que "a maioria das ligações (de emergência) vinha de pessoas presas em seus carros".

"A verdade é que essas pessoas em veículos bloqueados não deveriam estar lá", declarou.

A polícia da cidade também anunciou a prisão de oito indivíduos por saques.

"Não são pessoas roubando comida, remédios ou fraldas de bebê", disse o chefe da polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia. "Eles destroem lojas, roubam televisões, sofás, tudo o que encontram", acrescentou.

 

 

AFP

TIAN SHAN - Um turista registrado em vídeo o momento em que foi atingido por uma avalanche na cordilheira de Tian Shan, no Quirguistão, país na Ásia Central.

Nas imagens, o britânico Harry Shimmin inicia a gravação de uma montanha em uma bela paisagem. A neve das colinas começa a ruir em frente do turista, que estava acompanhado por um grupo de amigos.

Ele ouviu o estrondo do gelondo e se concentrou na quebra da montanha. “Eu já estava lá havia alguns minutos, então sabia que havia um local para abrigo bem ao meu lado”, disse o turista à imprensa britânica.

A Shimins decidiu intencionalmente que decidiu assumir o risco de vida de registro. Segundo Harry, ele tomou a decisão de se manter no local por considerar possível abrigo próximo.

“Estou muito consciente de que assumi um grande risco. Eu não senti nenhum controle, mas independentemente disso, quando nunca começou a cair e ficou mais difícil de respirar, eu pensei que poderia morrer”, disse ele.

Os outros membros do grupo correram antes dele. “Todo o grupo estava rindo e chorando e feliz por estar vivo. Foi só mais tarde que chegou a sorte que resolveu. Se tivéssemos caminhado mais cinco minutos em nossa trilha, todos estaríamos mortos”, afirmou ele. Shimmins segue no hospital em recuperação, mas não teve nenhum ferimento grave.

Confira:

 

 

Redação Hypeness

ARGENTINA - Após um hiato de dois anos por conta da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros irão poder curtir novamente a neve na Argentina. Este ano, a temporada de esqui acontece entre o final de junho e o início de outubro.

A expectativa é de que este ano muitos turistas saiam em busca das pistas para uma “revenge travel” (“viagem de vingança”, em português) –expressão que define o desejo de embarcar em viagens inesquecíveis para compensar dois anos de isolamento e quarentenas.

Listamos aqui as estações de esqui de norte a sul da Argentina, com opções para todos os perfis de turistas.

 

1 — Cerro Catedral (Bariloche)

É a maior estação de esqui da América Latina, com 50 pistas em um total de 103 km. A 29 km do centro de Bariloche, é a mais conhecida dos brasileiros, o que levou a cidade a ser apelidada de “Brasiloche” por causa dos visitantes que a ocupam durante a temporada de inverno.

Um dos motivos para essa preferência é a facilidade para chegar lá, com diversos voos a partir de Buenos Aires e 4 voos diretos semanais saindo de São Paulo durante a temporada de neve. Bariloche, em si, é uma atração turística, com todas as delícias que se esperam de um destino de inverno –do cenário de cartão postal à gastronomia, do chocolate quente nas casas de chocolate artesanal até as cervejarias independentes.

 

2 – Cerro Perito (El Bolsón)

Na mesma província de Rio Negro, mais ao sul, fica o Cerro Perito Moreno (nenhuma relação com o glaciar Perito Moreno, que se localiza em outra província). É uma estação de esqui mais nova e ainda pouco conhecida, porém com instalações de excelente qualidade.

Com 10 pistas e um refúgio de montanha nas imediações, ela fica na cidade de El Bolsón, que tem voos diretos saindo de Buenos Aires.

 

3 — Las Leñas (Mendoza)

Outra cidade que tem voos diretos a partir de São Paulo, Mendoza é famosa pelo turismo vinícola, mas também é a porta de entrada para uma das principais estações de esqui da América Latina. Las Leñas, com suas 29 pistas, é o centro de esqui mais elevado da Argentina, com o pico máximo a 3430 metros e um desnível de 1200 metros.

Suas pistas, que já sediaram o Panamericano de Jogos de Inverno, são reverenciadas pelos esquiadores experientes. A estação fica próxima à cidade de Malargüe, que recebe voos de Buenos Aires. Mas muitos viajantes preferem desembarcar na capital da província e então seguir de carro, ou fazer a viagem nos shuttles disponibilizados pelos resorts. Além das pistas, há cassino e diversas baladas, o que torna o destino um dos favoritos dos jovens.

 

4 — Cerro Chapelco (San Martin de Los Andes)

A cidade à beira do Lago Lácar tem construções no estilo andino, com paisagem e clima que lembram algumas cidades européias. A apenas 17 km do centro, a estação de esqui de Chapelco tem 28 pistas e 12 meios de elevação, e oferece não apenas esqui, mas também passeios de trenó, snowmobile e caminhadas com raquetes.

Ali fica também o Chapelco Golf, conhecido não somente por ter um dos melhores campos de golfe da América Latina, mas também por um resort 5 estrelas que é altamente recomendado para os adeptos do turismo de luxo. San Martín de Los Andes tem voos diretos de Buenos Aires, mas também há quem prefira pegar um voo até Bariloche e depois seguir de carro.

 

5 — Cerro Bayo (Villa La Angostura)

A bela e charmosíssima cidade de Villa La Angostura, em Neuquén, faz parte da Rota dos 7 Lagos e é famosa por suas vistas espetaculares, entre a cordilheira dos Andes e o lago Nahuel Huapi. Ali também fica o Cerro Bayo, uma estação de esqui boutique com 23 pistas para vários níveis de experiência.

A montanha fica a apenas 9 km do centro de Villa Angostura, e além das pistas propriamente ditas tem restaurantes de ótima qualidade – e sedia eventos, inclusive festas de música eletrônica. A diversão é garantida mesmo para quem não sabe e nem se dispõe a aprender a esquiar: também é possível fazer descidas de morro em snow tubing, que é a atividade de escorregar na neve sentado sobre uma enorme boia de borracha. As crianças adoram.

 

6 — Cerro Castor (Ushuaia)

Na cidade patagônica conhecida como “Fim do Mundo” fica a pista de esqui mais austral do planeta. Como ali é muito frio, a temporada da neve acaba durando mais que em outros destinos, de junho até outubro. A temperatura é muito estável, o que permite que a neve se mantenha sempre fofa — já que os cristais da superfície não ficam derretendo e depois recongelando.

Por essas características a estação já sediou a Copa do Mundo de Freestyle Slopestyle, qualificatória para as Olimpíadas de Inverno. O cume fica a 1057 metros do nível do mar e a base a 480 metros, o que favorece as pessoas que sofrem com grandes altitudes. São 31 pistas de todos os níveis, mas os esquiadores e snowboarders experientes também gostam de fazer percursos fora da pista.

A geografia do local também favorece a prática de esqui cross-country, já que a área nevada é imensa. Os equipamentos são todos de última geração, e as atrações incluem desde uma simpática pista de patinação no gelo até a notável gastronomia da região.

 

7 – Caviahue (Caviahue-Copahue)

Rodeada de bosques com as araucárias patagônicas — conhecidas como Pehuenes — é uma cidade pequena e tranquila, mas suas montanhas têm ganho cada vez mais destaque entre os esquiadores. Elas abrigam 13 pistas e 9 meios de elevação. Para chegar lá é preciso pegar um voo até Neuquén (2 horas de Buenos Aires) e depois seguir de carro por pouco mais de três horas. Mas a viagem passa rápido, porque a paisagem no caminho é sensacional.

A cidade vive emoções do quente ao frio, porque de novembro a abril os turistas a visitam em busca das águas termais, que tem ali um dos centros mais conhecidos na América Latina. No inverno, porém, a neve toma conta. Como é uma cidade tranquila, quase sem trânsito, nessa época não é incomum ver gente andando de esqui pelas ruas. Fica ao pé do vulcão Copahue, que demarca a fronteira com o Chile. Um dos passeios originais da região é feito em veículos Oruga, aqueles que tem esteiras como as dos tratores, e que leva os visitantes até a borda da cratera do vulcão.

O Copahue teoricamente é um vulcão ativo, mas a última vez que deu sinais de vida foi em 2012, quando soltou cinzas e fumaça.

CHINA - Convocados para representar o Brasil na Paralimpíada de Inverno de Pequim (China), Aline Rocha e Cristian Ribera, ambos do esqui cross-country, finalizaram as respectivas provas desta terça-feira (18), pelo Campeonato Mundial de esportes de neve, entre os seis primeiros colocados. A competição ocorre até domingo (23) em Lillehammer (Noruega).

A dupla volta a competir no sábado (22), a partir das 6h (horário de Brasília), na prova de sprint (um quilômetro). O canal do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) no YouTube transmite o evento ao vivo.

O principal resultado desta terça foi o de Aline, que ficou na quarta posição na disputa de longa distância, entre 12 competidores. A paranaense de 30 anos completou os 15 quilômetros em 48min47s9, a 24s da bielorrussa Valiantsina Shyts, que levou o bronze. Recém-recuperada do novo coronavírus (covid-19), a norte-americana Oksana Masters se sagrou tricampeã mundial, com tempo de 46min45s2.

No masculino, a prova de longa distância tem 18 quilômetros. Cristian finalizou o trajeto na sexta posição, entre 16 atletas, em 52min37s4. O rondoniense de 19 anos ficou 20s atrás de Danila Britik, do Comitê Paralímpico Russo, que chegou em terceiro. Compatriota de Britik, Ivan Golubkov garantiu a medalha de ouro após um erro do italiano Giuseppe Romele, que liderava a corrida até os metros finais, quando iniciou o que seria uma volta extra, ao invés de seguir para a linha de chegada.

EUA - Nas últimas duas décadas, os cientistas encontraram gelo em muitos locais de Marte. A maior parte do gelo marciano foi observada a partir de satélites orbitais como o Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa. Mas determinar o tamanho do grão e o conteúdo de poeira do gelo acima da superfície é um desafio. E esses aspectos do gelo são cruciais para ajudar os cientistas a determinar a idade do gelo e como ele foi depositado.

Assim, os cientistas planetários Aditya Khuller e Philip Christensen, da Universidade Estadual do Arizona (EUA), e Stephen Warren, um especialista em gelo e neve da Terra da Universidade de Washington (EUA), desenvolveram uma nova abordagem para determinar o quão empoeirado o gelo de Marte realmente é.

Combinando dados das sondas Phoenix Mars Lander e Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa, com simulações de computador usadas para prever o brilho da neve e do gelo glacial na Terra, eles conseguiram igualar o brilho do gelo marciano e determinar seu conteúdo de poeira. Seus resultados foram publicados na revista Journal of Geophysical Research: Planets, da União de Geofísica dos Estados Unidos (AGU, na sigla em inglês).

Semelhança

Como Marte é um planeta empoeirado, grande parte de seu gelo também é empoeirado e muito mais escuro do que a neve fresca que podemos ver na Terra. Quanto mais empoeirado o gelo, mais escuro e, portanto, mais quente ele fica, o que pode afetar sua estabilidade e evolução ao longo do tempo. Sob certas condições, isso também pode significar que o gelo pode derreter em Marte.

“Há uma chance de que esse gelo empoeirado e escuro derreta alguns centímetros”, disse Khuller. “E qualquer água líquida de subsuperfície produzida pelo derretimento será protegida da evaporação na fina atmosfera de Marte pelo manto de gelo sobrejacente.”

Com base em suas simulações, eles preveem que o gelo escavado pela Phoenix Mars Lander formado por uma precipitação de neve empoeirada, em algum momento dos últimos milhões de anos, é semelhante a outros depósitos de gelo encontrados anteriormente nas latitudes médias de Marte.

Simulações aprimoradas

“Acredita-se amplamente que Marte passou por várias eras glaciais ao longo de sua história, e parece que o gelo exposto nas latitudes médias de Marte é um resquício dessa antiga neve empoeirada”, disse Khuller.

Para as próximas etapas, a equipe espera analisar melhor as exposições ao gelo em Marte, avaliar se o gelo pode realmente derreter e aprender mais sobre a história do clima do planeta.

“Estamos trabalhando no desenvolvimento de simulações de computador aprimoradas do gelo marciano para estudar como ele evolui ao longo do tempo e se pode derreter para formar água líquida”, disse Khuller. “Os resultados deste estudo serão essenciais para o nosso trabalho porque saber o quão escuro é o gelo influencia diretamente o quão quente ele fica.”

 

 

*Por: REVISTA PLANETA

PORTO ALEGRE/RS - No final do mês de julho e começo do mês de agosto, uma massa de ar frio atingiu a região Sul do Brasil – e avançou de modo que algumas quedas bruscas de temperatura foram previstas também para regiões do Norte e Nordeste do país. O frio intenso trouxe neve para diversas cidades do sul brasileiro – em Santa Catarina, por exemplo, nevou em mais de dez cidades.

Eventos de frio fora do comum costumam levantar uma questão entre os desavisados: “Se estamos passando pelo aquecimento global, por que o frio?”. Mas não se engane: o aquecimento global não se resume, necessariamente, apenas ao aumento de temperatura ao redor do planeta.

Pode parecer paradoxal falar de aquecimento global e frio extremo, mas são coisas muito relacionadas uma à outra – o que pode explicar a neve incomum em solo brasileiro. Calma, vamos explicar.

O aquecimento global é o agravamento do efeito estufa. Nossa atmosfera possui gases como o vapor d’água e o dióxido de carbono (CO2) que atuam como um cobertor ao redor do planeta, mantendo uma temperatura favorável à nossa sobrevivência por aqui.

Mas, desde o século 18, a humanidade tem aumentado a quantidade de carbono no ar, a partir da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento de florestas (que convertem CO2 em oxigênio), por exemplo. Assim, o efeito estufa da nossa atmosfera foi intensificado, fazendo com que a absorção de calor e a temperatura média do planeta aumentassem.

O clima da Terra tem uma variabilidade natural. Com as temperaturas mais quentes, o planeta tenta reagir a essa situação inesperada, buscando retornar ao clima normal (mais ou menos como a transpiração, que serve para equilibrar a temperatura do corpo quando superaquecemos). E são nessas reações que extremos de frio, calor, seca ou chuva, por exemplo, são gerados.

“Em função do aquecimento, os sistemas de circulação atmosférica são alterados. Massas de ar frias podem gerar extremos de temperatura mais baixa ou massas de ar muito mais úmidas podem gerar inundações, por exemplo”, explica Tércio Ambrizzi, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). “A circulação geral da atmosfera responde de forma extrema ao aumento de temperatura, causando eventos extremos também”, acrescenta.

O que acontece, então, são mudanças na dinâmica natural do planeta. Assim, o aquecimento global intensifica a ocorrência de eventos extremos – como as tempestades e inundações na Europa ou o calor intenso no Canadá.

E uma série de estudos têm mostrado que o aquecimento global está se intensificando. Já se descobriu que a Terra está capturando quase o dobro de calor que capturava há 16 anos, e que as temperaturas anormais decorrentes das mudanças climáticas – extremos de frio e calor – estão levando a 5 milhões de mortes por ano.

Segundo Ambrizzi, o frio intenso e a neve que apareceram por terras brasileiras nos últimos dias podem, sim, estar relacionadas a essas mudanças climáticas. “A onda de frio que estamos vendo é algo que já aconteceu no passado, sendo parte da variabilidade natural do planeta", diz o professor. "Mas, ao longo dos últimos anos, tem ocorrido com menos frequência e mais intensidade. O aquecimento global faz com que haja um aumento nos [eventos] extremos, então pode estar, sim, relacionado a esse frio anormal no Brasil.

Eventos como esses podem se tornar cada vez mais intensos se a taxa atual de emissão de gases do efeito estufa se mantiver – e se continuarmos a nos preocupar tão pouco com o meio ambiente.

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“Nós vemos que o nosso governo demonstra uma preocupação muito baixa com o meio ambiente, e isso é realmente triste", alerta Ambrizzi. "Estamos contribuindo negativamente com o aquecimento global – e seremos punidos a longo prazo.”

 

 

*Por: Luisa Costa / SUPER INTERESSANTE

GRAMADO/RS - O inverno chegou com tudo na Serra Gaúcha, onde pelo menos dez cidades registraram temperaturas negativas essa semana. São José dos Ausentes, por exemplo, teve as sensações térmicas mais baixas do ano, com os termômetros marcando -2,9°C na terça-feira (29). O grande destaque, no entanto, foram os primeiros flocos de neve de 2021 caindo sobre Gramado, cena registrada e compartilhada por moradores nas redes sociais:

Enquanto isso, Caxias do Sul teve neve e chuva congelada, dois fenômenos meteorológicos diferentes. O primeiro acontece quando toda a atmosfera está próxima ou abaixo dos 0ºC, o que faz com que a água caia já no formato de pequenos flocos de neve. O segundo acontece quando as temperaturas atmosféricas estão um pouco mais elevadas: os pingos despencam das nuvens em formato líquido, mas congelam antes de tocar no solo, formando pequenos cristais de gelo.

A possibilidade de ver neve é um dos motivos que levam tantos turistas para a Serra Gaúcha durante o inverno. É durante essa estação, porém, que o trânsito e a dificuldade de encontrar lugar para estacionar são dignos de metrópole nas queridinhas Gramado e Canela. Mesmo durante a pandemia, os municípios inauguraram novas atrações a tempo da alta temporada, como o parque aquático indoor Acquamotion e a nova passarela de vidro Skyglass. Confira os nossos guias atualizados de Gramado e Canela.

Serra Catarinense

A neve também está caindo na Serra Catarinense. Desde o início da semana, as baixas temperaturas estão fazendo com que os municípios de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema amanheçam com neve acumulada nas ruas. Veja as imagens:

 

 

*Por: Bruno Chaise / VIAGEM E TURISMO

EUA - Anitta está deixando os fãs cada dia mais ansiosos ao mostrar os bastidores de seu novo videoclipe, para a faixa “Loco”.

Nesta quinta-feira (28), a cantora publicou um vídeo onde aparece esquiando apenas com um modelito preto, mostrando que o frio não abala Anitta em sua nova produção, que está sendo gravada no inverno de Aspen, no Colorado.

O vídeo fez o maior sucesso, contando com mais de 4,5 milhões de visualizações. Além de milhares de comentários dos fãs da cantora.

“Estou muito preparado para esse hit”, disse um seguidor. “Certeza que vai ser #1 em todo o mundo”, apontou outro internauta. “Como pode não sentir frio?”, questionou uma terceira.

 

 

*Por: Gabriela Ellin / METROPOLITANA

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