SÃO PAULO/SP - Com dois anos de funcionamento, o Pix, meio de transferência monetária instantâneo, consolidou-se como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
De 16 de novembro de 2020, data em que começou a funcionar no país, até o último dia 30 de setembro, foram 26 bilhões de operações feitas no sistema financeiro nacional, com os valores transacionados atingindo R$ 12,9 trilhões.
Levantamento feito pela Febraban com base em números do Banco Central mostra que, no primeiro mês de funcionamento, o Pix ultrapassou as transações feitas com DOC (documento de crédito). Em janeiro de 2021, superou as transações com TED (transferência eletrônica disponível). Em março do mesmo ano, passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte (maio), o Pix ultrapassou a soma de todos eles.
Quanto aos cartões, o Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro deste ano e, em fevereiro, superou as transações com cartões de crédito, quando se tornou o meio de pagamento mais usado no Brasil.
Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, as transações feitas com o Pix continuam em ascensão e mostram a grande aceitação popular do novo meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do cotidiano. “Nos últimos 12 meses, registramos aumento de 94% das operações com a ferramenta.”
Quando analisados os valores transacionados, o levantamento mostra que, no último mês de setembro, o Pix atingiu R$ 1,02 trilhão, com tíquete médio R$ 444, enquanto a TED, que somou R$ R$ 3,4 trilhões, teve tíquete médio de R$ 40,6 mil.
“Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta”, disse o diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain.
De acordo com Vilain, isso faz com que o número de transações aumente em ritmo acelerado, trazendo maior conveniência para os clientes, que não precisam mais transportar cédulas para pequenas transações.
Ainda conforme o levantamento, as estatísticas de setembro mostram que quase metade dos usuários do Pix está na Região Sudeste (43%), seguida do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%). Quanto aos usuários, 64% têm entre 20 e 39 anos.
Desde o lançamento do Pix, já são 523,2 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central. As chaves aleatórias somam 213,9 milhões, seguidas das chaves por CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e-mail (77,5 milhões). Até outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o Pix em seus pagamentos.
A Febraban e os bancos associados investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em cibersegurança para aprimorar e tornar mais seguras as transações financeiras do usuário.
A federação participa do Fórum Pix, promovido pelo Banco Central, e contribui com sugestões para aprimorar ainda mais a segurança desse meio de pagamento. A entidade diz que acompanha todas as regulamentações do mercado e que, em caso de alterações, se empenhará para implementá-las dentro do prazo estabelecido pelo órgão regulador.
O Pix é uma ferramenta segura e todas as transações ocorrem por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida. Os bancos associados também contam com o que há de mais moderno em termos de segurança cibernética e prevenção de fraudes, como mensageria criptografada, autenticação biométrica, tokenização, e usam tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial em processos de prevenção de riscos. Segundo a Febraban, tais processos são continuamente aprimorados, considerando os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente de riscos.
A Sipag, maquininha do Sicoob Crediacisc, já atende cooperados em São Carlos
SÃO CARLOS/SP - A máquina de cartão do Sicoob Crediacisc está com uma novidade na praça: passou a receber pagamentos via pix. A transação é mais rápida, segura e sem custo para o dono da maquininha, que não paga tarifas cobradas nas operação de débito e crédito.
“A Sipag é nossa máquina exclusiva e abriu essa novidade que está sendo muito bem recebida pelos nossos cooperados”, explica o diretor operacional da Crediacisc, Adão Luís Garcia.
A novidade permite receber os pagamentos por pix pela leitura do QRCode exibido no visor dos equipamentos. “Todo cooperado que utiliza a Sipag pode utilizar a nova modalidade”, frisa Garcia.
Para utilizar a nova transação, além de ser cooperado, é necessário possuir chave pix cadastrada no Sicoob, ser estabelecimento ativo na Sipag, utilizar terminal pos da sipag e ter a maquininha atualizada com a última versão do software. “Basta que o cooperado faça o cadastro na cooperativa que o resto é automático”, explica o diretor operacional.
Para o diretor presidente do Sicoob Crediacisc, Marcos Martinelli, a novidade é mais um elemento importante para consolidar a máquina de cartões do sistema Sicoob. “Existe uma guerra das maquininhas no mercado pela disputa da atenção do consumidor”, destaca.
Para ele, no entanto, a competição pela preferência do consumidor, especialmente pelos grandes bancos, busca capturar o fluxo de caixa dos empresários. “As cooperativas de crédito não entram nessa briga pelo lucro, pelo contrário, o objetivo é fortalecer a própria cooperativa e a economia local”, salienta Martinelli.
A maquininha das cooperativas de crédito é uma opção confiável. "Não visamos lucro e aquilo que o cooperado paga de taxa e aluguel volta para ele mesmo no final do período", salienta. "A Sipag é a maquininha do comerciante, prestador de serviço ou empreendedor cooperado e utilizá-la significa usufruir de várias vantagens", destaca.
SÃO PAULO/SP - O Pix caiu no gosto dos brasileiros e está ganhando novas funcionalidades. Uma das novidades que devem entrar em breve no mercado é o oferecimento de crédito por meio do Pix.
O Itaú Unibanco, primeiro dos grandes bancos a se movimentar para oferecer o Pix Crédito, planeja entrar num terreno que tem potencial para competir com sua própria operação de cartões.
De acordo com o Valor Econômico, o projeto foi selecionado para fazer parte do sandbox regulatório — um ambiente para inovações — do Banco Central (BC) e será encabeçado pela própria Itaucard.
Para a Entidade, as recentes medidas de segurança não esgotam os riscos e podem ser otimizadas
SÃO PAULO/SP - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do Comitê Meios de Pagamento, do Conselho de Economia Digital e Inovação (CEDI) da Entidade, enviou, ao Banco Central (Bacen), sugestões para o aperfeiçoamento do PIX. A Federação considera o modelo de transações um avanço dos meios de pagamento, beneficiando consumidores e empresas, além de ser uma ferramenta de inclusão social (uma vez que não são cobrados, das pessoas físicas, os custos das operações). Contudo, avalia que a política de segurança do meio de pagamento deve ser otimizada, a fim de evitar o cometimento de crimes, bem como reduzir a insegurança e o risco de fraudes.
Mesmo com a implementação recente, pelo Bacen, de medidas como o estabelecimento de limites transacionais de até R$ 1 mil por dia e a diferenciação entre valores noturno e diurno, a Entidade pontua que estas ações não esgotam os problemas, já que os criminosos utilizam “contas laranja” e/ou “contas de aluguel/passagem” para cometer atos ilícitos e direcionar rapidamente os recursos extraídos, de forma que não seja possível o rastreamento dos valores.
As aludidas contas, geralmente digitais, são abertas por meios eletrônicos, o que propicia o envio de documentos falsos (ou, até mesmo, verdadeiros), mas que foram previamente objeto de ato ilícito, fazendo com que não seja possível identificar os criminosos. Além disso, as quadrilhas agem rápida e simultaneamente em diferentes regiões. Logo após cometerem os crimes, dispersam-se, dificultando ainda mais os trabalhos de investigação em função da velocidade com a qual operam.
Considerando que muitas contas são criadas apenas para realização de fraudes, a FecomercioSP sugere restringir as transferências imediatas via PIX para pessoas físicas que as tenham abertas há, no mínimo, três meses – tal medida contribuiria, inclusive, para facilitar o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED). Além disso, cita a necessidade do estabelecimento de critérios para a abertura das contas digitais, atrelando sua criação à confirmação da veracidade dos documentos enviados, o que pode ser realizado utilizando ferramentas de reconhecimento facial, biometria e código PIN, por exemplo.
Por fim, sugere também a implementação de mecanismos para comprovar a identidade dos recebedores. Neste sentido, a FecomercioSP propõe que, nas três primeiras operações, o usuário realize uma dupla checagem (confirmando, por exemplo, os dados via celular e e-mail ou inserindo um código de segurança), o que permitirá a rastreabilidade das informações.
Segurança sem impactar benefícios
A FecomercioSP, que acompanha a implementação do PIX desde antes do início da operação do sistema, destaca que o modelo vem sendo amplamente utilizado no comércio eletrônico e no varejo físico, além de ter caído no gosto do brasileiro, em razão da facilidade de operacionalização e da disponibilidade de recursos imediatamente após as operações. Para os estabelecimentos comerciais, o PIX representa celeridade na disponibilização de recursos, o que otimiza o planejamento de finanças, tornando-se fundamental diante do cenário de tímida recuperação dos prejuízos econômicos causados pela atual crise decorrente da propagação da covid-19. Desta forma, a Federação entende que é preciso criar mecanismos mais efetivos para identificar fraudadores, porém, sem onerar nem paralisar o inovador instrumento e seus benefícios.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
BRASÍLIA/DF - A partir desta segunda-feira (29) passam a valer duas novas modalidades do Pix: Saque e Troco. Os usuários poderão fazer saques em locais como padarias, lojas de departamento e supermercados, não apenas em caixas eletrônicos.
Segundo o Banco Central (BC), a oferta dos dois novos produtos da ferramenta aos usuários é opcional, cabendo a decisão final aos estabelecimentos comerciais, às empresas proprietárias de redes de autoatendimento e às instituições financeiras.
O Pix Saque permitirá que os clientes de qualquer instituição participante do sistema realizem saque em um dos pontos que ofertar o serviço.
Estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos compartilhados e participantes do Pix, por meio de seus serviços de autoatendimento próprios, poderão ofertar o serviço. Para ter acesso aos recursos em espécie, o cliente fará um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code ou do aplicativo do prestador do serviço.
No Pix Troco, a dinâmica é praticamente idêntica. A diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser feito durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total, ou seja, da compra mais o saque. No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e à compra.
O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia, e de R$ 100,00 no período noturno (das 20h às 6h). De acordo com o BC, haverá, no entanto, liberdade para que os ofertantes dos novos produtos do Pix trabalhem com limites inferiores a esses valores, caso considerem mais adequado aos seus fins.
De acordo com o BC, não haverá cobrança de tarifas para clientes pessoas naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) por parte da instituição detentora da conta de depósitos ou da conta de pagamento pré-paga para a realização do Pix Saque ou do Pix Troco em até oito transações mensais. A partir da nona transação realizada por mês, as instituições financeiras ou de pagamentos detentoras da conta do usuário pagador podem cobrar uma tarifa pela transação.
O valor da tarifa cobrada é de livre estabelecimento pela instituição e deve ser informado ao usuário pagador antes da etapa de confirmação da transação. “Os usuários nunca poderão ser cobrados diretamente pelos agentes de saque”, destacou a instituição.
O BC explica ainda que os quatro saques tradicionais gratuitos realizados pelo usuário fora do âmbito do Pix Saque e Pix Troco podem ser descontados da franquia de gratuidades (oito por mês). Ou seja, se o usuário realizar um saque da sua conta, sem ser por meio do Pix Saque ou Pix Troco, esse saque poderá ser contabilizado e sua franquia de gratuidades poderá ser reduzida de oito para sete, a critério da instituição.
BRASÍLIA/DF - No aniversário de um ano, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), ganha nova funcionalidade. Entra em vigor hoje (16) o Mecanismo Especial de Devolução, que agilizará o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.
O mecanismo está regulamentado por uma resolução editada pelo BC em junho. Desde então, as instituições financeiras estavam se adaptando aos procedimentos.
Até agora, em uma eventual fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas precisavam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais para devolver o dinheiro. Segundo o BC, isso dificultava o processo e aumentava o tempo necessário para que o caso fosse analisado e finalizado. Com o Mecanismo Especial de Devolução, as regras e os procedimentos serão padronizados.
Outras novidades para o Pix virão em breve. A partir do dia 29 estarão disponíveis o Pix Saque e o Pix Troco, que permitem o saque em espécie e a obtenção de troco em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.
No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados quanto da própria instituição financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca do caixa.
O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.
Ainda neste trimestre, o BC pretende estender o iniciador de pagamentos ao Pix. Por meio dessa ferramenta, existente para pagamentos por redes sociais e por aplicativos de compras e de mensagens, o cliente recebe um link com os dados da transação e confirma o pagamento.
Atualmente, o iniciador de pagamentos existe para compras com cartões de crédito e de débito. O BC pretende ampliar a ferramenta para o Pix, o que só será possível por causa da terceira fase do open banking (compartilhamento de dados entre instituições financeiras), que entrou em vigor no fim de outubro.
Com a troca de informações, o cliente poderá fazer transações Pix sem abrir o aplicativo da instituição financeira, como ocorre hoje. O usuário apenas clicará no link e informa a senha ou a biometria da conta corrente para concluir a transação. Tudo sem sair do site de compras, do aplicativo de entregas ou da rede social.
Até o fim de outubro, segundo os dados mais recentes do BC, o Pix tinha 348,1 milhões de chaves cadastradas por 112,65 milhões de usuários. Desse total, 105,24 milhões são pessoas físicas e 7,41, pessoas jurídicas. Cada pessoa física pode cadastrar até cinco chaves Pix e cada pessoa jurídica, até 20. As chaves podem ser distribuídas em um ou mais bancos.
Em um ano de funcionamento, o volume de transações pelo Pix deu um salto. Em outubro, o sistema de pagamentos instantâneos movimentou R$ 502 bilhões, contra R$ 25,1 bilhões liquidados em novembro do ano passado. Segundo o Banco Central, 75% das transações do Pix em outubro ocorreram entre pessoas físicas, contra 87% no primeiro mês de funcionamento. Os pagamentos de pessoa física para empresa saltaram de 5% para 16% no mesmo período.
O aumento nos pagamentos a empresas decorre de funcionalidades adicionadas ao longo deste ano para estimular o recebimento de Pix por empresas e prestadores de serviço. Em maio, começou a funcionar o Pix Cobrança, que substitui o boleto bancário e permite o pagamento instantâneo por meio de um código QR (versão avançada do código de barras) fotografado com a câmera do celular.
Em julho, começou a ser ofertado o Pix Agendado, que permite o agendamento de cobranças, com a definição de uma data futura para a transação. Em setembro, o oferecimento da funcionalidade por todas as instituições financeiras passou a ser obrigatório.
As transações entre pessoas físicas e o governo aumentaram de R$ 2,25 milhões em novembro de 2020 para R$ 409,83 milhões em outubro deste ano. Apesar de pequenas em relação ao total movimentado, essas operações estão subindo graças a medidas como o pagamento de alguns tributos por grandes, micro e pequenas empresas e à quitação de taxas federais por meio do Pix.
O Pix completa um ano em meio a preocupações com a segurança do sistema. Por causa do aumento de sequestros-relâmpago e de fraudes relacionadas ao Pix, o BC limitou, em outubro, as transferências a R$ 1 mil entre as 20h e as 6h. Medidas adicionais de segurança foram adotadas, como o bloqueio, por até 72 horas, do recebimento de recursos por pessoas físicas em caso de suspeita de fraude.
Em setembro, ocorreu o incidente mais sério com o Pix registrado até agora. Uma brecha de segurança no Banco Estadual de Sergipe permitiu o vazamento de 395 mil chaves Pix do tipo telefone. Na ocasião, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, valores movimentados e saldos nas contas, mas os números de telefone de clientes capturados por pessoas de fora da instituição, que foi punida pelo BC.
Se casos semelhantes ocorrerem, as próximas punições poderão ser mais duras. No fim da semana passada, o BC acelerou as notificações às instituições financeiras que violarem os regulamentos do Pix e diminuiu as situações em que as multas serão isentas.
*Por: Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O Pix, segundo levantamento do Banco Central, já foi utilizado por 75 milhões de brasileiros somente nos seis primeiros meses de funcionamento. Essa nova modalidade de transação bancária, com mais de 242 milhões de chaves cadastradas, já superou a quantidade somada de TED, DOC, cheque e boleto.
Nesse universo tão grande e com inúmeras possibilidades, “o golpe tá aí, cai quem quer”, meme da internet que virou música de sucesso, não poderia ser mais atual: todo cuidado é pouco para evitar fraudes e contabilizar prejuízos.
Preocupado com os novos formatos de golpes por meio do Pix, lançado em outubro de 2020 pelo Banco Central, o Sicoob Crediacisc prepara uma campanha de orientação e conscientização para os seus cooperados e comunidade em geral.
“O Pix veio para ficar, o próprio Banco Central enfatiza que é uma forma de democratizar o acesso aos meios de pagamentos eletrônicos, impulsionar vendas e aumentar competitividade”, lembra a presidente do Conselho de Administração da Crediacisc, Lídia Maria Mendes Lima. “Mas precisamos atenção para não cair em golpes”, ressalta.
Para a gerente de unidade do Sicoob Crediacisc, Laís Centamin, o Pix é uma ferramenta que facilitou as transações. “Porém, ela é passível de erro, principalmente porque só utilizamos uma chave simples para efetuar o pagamento”, explica.
Para segurança do próprio cooperado, o Sicoob tornou obrigatório o cadastro do favorecido para transações superiores a R$ 1 mil. Nestes casos, é preciso cadastrar apenas uma vez a chave Pix no próprio aplicativo da cooperativa, que a liberação será feita em 24 horas.
De acordo com Laís, alguns cooperados têm resistido ao cadastro porque nem todas instituições financeiras exigem. “O Sicoob se antecipou e tornou o Pix mais seguro, garantindo a própria segurança do cooperado”, observa a gerente de unidade.
O Sicoob divulgou em julho que o Pix foi responsável por 74,57% do total de transferências, com um volume financeiro de R$ 113,5 bilhões em 68,5 milhões de transações. Por este motivo, a cooperativa de crédito trabalha para lançar novas funcionalidades, como o Pix Agendado, o Pix Conta Salário e o Pix Cobrança.
“Sabemos que existem vários golpes na praça por meio do Pix, por isso nos preparamos para orientar corretamente nossos cooperados e oferecer todos os meios para que essa transação seja utilizada com segurança”, frisa Laís.
Golpes mais comuns do Pix
· Clonagem de WhatsApp – Antes mesmo do Pix, este é um dos golpes mais comuns. O fraudador usa tecnologia para clonar o número de celular e entrar em contato com as vítimas, que são os contatos do número clonado. Habilitar a autenticação em duas etapas ajuda e inibir essa ação. Antes de usar o Pix, entre em contato com a pessoa por telefone ou pessoalmente.
· Engenharia social aprimorada – é uma evolução do golpe da clonagem do WhatsApp. O golpista entra em contato com a vítima, diz que faz parte da equipe de suporte do WhatsApp, informa que identificou uma suposta atividade maliciosa na conta e que enviou um e-mail para que ele recadastre a dupla autenticação. A vítima, de fato, recebe uma mensagem legítima do WhatsApp com um link para a redefinição da verificação em duas etapas, só que o link é falso.
· Central de relacionamento bancária falsa – O criminoso se passa por funcionário do banco em que a vítima tem conta e oferece ajuda para efetuar o cadastro ou informa que é preciso fazer um teste com o sistema de pagamentos para regularizar o registro. A vítima, então, é induzida a fazer uma transferência via Pix. O Sicoob não solicita dados ou pedido de testes por telefone.
· Bug do Pix – Essa fraude começa em mensagens e vídeos divulgados em redes sociais. São fake news que afirmam que um bug no Pix permite que o usuário receba de volta um prêmio em dinheiro quando transfere valores para determinadas chaves. A vítima acredita e envia dinheiro diretamente para o golpista. Dinheiro fácil, anunciado em mensagens em redes sociais, deve ser um sinal de alerta para todos os usuários.
Dicas para não cair no golpe do Pix
· Fraudadores podem entrar em contato se passando pelo Sicoob por meio do WhatsApp, ligação telefônica ou links de sites falsos recebidos por e-mail ou mensagem de texto para tentar enviar um link para cadastrar/atualizar a chave Pix, não responda e não clique no link;
· Apesar de o Pix ser um serviço de conta corrente, o fraudador também pode solicitar dados de cartão de crédito. Nunca forneça senha nem dados como código CVV, número e validade em ligações ou mensagens que receber para cadastramento, atualização ou confirmação da chave Pix ou para qualquer outra finalidade;
· Nunca faça transferências, TEDs, DOCs ou pagamentos em sua conta para fazer um teste para utilização do Pix;
· O Sicoob não solicita que acesse seus dispositivos remotamente para habilitar o Pix;
· Na hora de realizar sua transação utilizando a chave Pix, confira os dados do “recebedor” da transação, seja pessoa ou estabelecimento;
· Lembre-se, o cadastramento da chave Pix é realizado pelo App Sicoob instalado no seu celular.
BRASÍLIA/DF - A partir de hoje (4), as transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas entre as 20h e as 6h terão limite de R$ 1 mil. A medida foi aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro, com o objetivo de coibir os casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.
As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, sistema de pagamento instantâneo, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.
O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos instantaneamente, como era feito por alguns bancos.
As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de definir limites distintos de movimentação no Pix durante o dia e a noite, permitindo limites mais baixos no período noturno. Ainda será permitido o cadastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo os limites baixos para as demais transações.
Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos, que entrarão em vigor em 16 de novembro. Uma delas é o bloqueio do recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, caso haja suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes.
Por Agência Brasil
*Colaborou Wellton Máximo
SÃO CARLOS/SP - Diversas pessoas estão recebendo mensagem SMS no celular informando sobre um agendamento através do PIX. No golpe, o cidadão recebe um SMS de uma suposta instituição bancária, confirmando o agendamento de um pagamento via PIX em um determinado valor. Em seguida, a mesma mensagem sugere que, caso a pessoa não tenha feito nenhum agendamento, que a mesma clique em um link para realizar o cancelamento. É importante destacar que esse link é falso e o consumidor, ao fornecer os dados bancários, acaba vítima do novo golpe.
O Procon São Carlos orienta o consumidor a ter cautela antes de realizar qualquer tipo de transação bancária e caso seja vítima do golpe, se dirija a uma Delegacia de Polícia para registrar boletim de ocorrência e também que comunique imediatamente o banco sobre o ocorrido.
SÃO CARLOS/SP - No artigo de hoje, trataremos mais uma vez sobre o Pix. Lançado há menos de um ano, a modalidade de transferência e pagamento caiu no gosto do brasileiro, mas também passou a chamar a atenção de criminosos que conseguem realizar transações em segundos. Cito como exemplo os chamados “sequestros relâmpagos”, que têm sido cada vez mais frequentes principalmente nas capitais de todo país.
Vamos lá, foi anunciado pelo Banco Central nesta última terça feira (28/09), mudanças para garantir maior segurança para consumidores que realizam operações pelo Pix (sistema de pagamentos instantâneos.
A maior alteração é a implantação do bloqueio preventivo de recursos por até 72 horas e a obrigatoriedade de notificação em caso de suspeita de fraude.
As medidas passarão a vigorar no dia 16 de novembro de 2021, justamente quando o Pix completa um ano de lançamento.
As mudanças têm o objetivo de obrigar as instituições financeiras a reforçarem os mecanismos de segurança, sendo estas:
Bloqueio cautelar - Para que a instituição que detém a conta do usuário recebedor pessoa física possa efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. Sempre que o bloqueio cautelar for acionado a instituição deverá comunicar imediatamente ao usuário recebedor.
Notificação de infração - Tal funcionalidade atualmente facultativa, passará a ser obrigatória para transações rejeitadas por fundada suspeita de fraude. O objetivo é que as instituições registrem uma marcação na chave Pix, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta quando há fundada suspeita de fraude. Essas informações serão compartilhadas com as demais instituições sempre que houver uma consulta a uma chave Pix, dando mais subsídios aos mecanismos de prevenção à fraude.
Ampliação do uso de informações para fins de prevenção à fraude – A nova função permitirá a consulta de informações vinculadas às chaves Pix para fins de segurança. O objetivo é que essa consulta seja feita para alimentar os mecanismos de análise de fraude dos participantes, inclusive em processos que não estejam diretamente relacionados ao Pix.
Mecanismos adicionais para proteção dos dados - Mecanismos de segurança adotados pelas instituições devem ser, no mínimo, iguais aos mecanismos implementados pelo Banco Central, e as instituições devem definir procedimentos de identificação e de tratamento de casos em que ocorram excessivas consultas de chaves Pix, que não resultem em liquidação ou de chaves inválidas.
Ampliação da responsabilização das instituições - De acordo com o Regulamento do Pix, as instituições que ofertam o Pix a seus clientes têm o dever de responsabilizar-se por fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos, compreendendo a inobservância de medidas de gestão de risco. Elas também devem obrigatoriamente utilizar as informações vinculadas às chaves Pix como um dos fatores a serem considerados para fins de autorização e de rejeição de transações.
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