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Plataforma desenvolvida com materiais reciclados detecta vírus com alta precisão e baixo custo, resultado de um projeto temático da FAPESP envolvendo os Institutos de Química e de Física de São Carlos (USP)

 

SÃO CARLOS/SP - Motivado pelo fato de que milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso a diagnósticos básicos, um projeto temático da FAPESP uniu pesquisadores dos Institutos de Química (IQSC) e de Física (IFSC) de São Carlos (USP) no desenvolvimento de uma tecnologia sustentável para diagnóstico molecular acessível. A iniciativa integra o projeto temático “Rumo à convergência de tecnologias: de sensores e biossensores à visualização de informação e aprendizado de máquina para análise de dados em diagnóstico clínico”, coordenado pelo Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do IFSC/USP.

O resultado é uma plataforma eletroquímica-magnética universal, de baixo custo, portátil e fabricada a partir de materiais reciclados – grafite recuperado de baterias recicladas e plástico de copos descartáveis. Inicialmente validada para a detecção do vírus SARS-CoV-2, a plataforma representa uma inovação de impacto global, combinando ciência de materiais, engenharia, sustentabilidade e saúde pública. O dispositivo pode ser operado manualmente, sem necessidade de laboratórios ou infraestrutura especializada, sendo que os testes são rápidos, apresentando resultados em poucos minutos, e o custo por unidade é de apenas 20 centavos de dólar — uma fração do preço dos exames convencionais.

O funcionamento do biossensor se baseia em nanopartículas magnéticas funcionalizadas com anticorpos, capazes de capturar biomarcadores virais em amostras de saliva. A interação gera um sinal eletroquímico que é lido por um dispositivo portátil. No caso do SARS-CoV-2, o sensor apresentou precisão de 95%, similar ao RT-PCR, considerado padrão-ouro em diagnóstico molecular. O sistema foi validado em amostras de saliva de pacientes com diferentes faixas etárias e sexos, com confirmação por RT-PCR, garantindo sua eficácia em condições clínicas reais.

“O sensor é uma plataforma universal. Embora o primeiro teste tenha sido para COVID-19, ele pode ser adaptado para detectar rapidamente outros vírus, como influenza”, explica o Prof. Frank Crespilho, do IQSC/USP, que tambem foi coordenador da Rede de Pesquisa em Metabolômica e Diagnóstico da Covid-19 (MeDiCo) USP/CAPES, coordenador do desenvolvimento tecnológico e autor correspondente do artigo publicado na revista ACS Sensors em março de 2025. “Queremos democratizar o acesso a diagnósticos de qualidade com soluções sustentáveis e de baixo custo.” A publicação tem como primeiro autor o pesquisador Caio Lenon Chaves Carvalho, ex-bolsista de pós-doutorado no laboratório do Prof. Crespilho. Sua liderança foi essencial no desenvolvimento e validação do biossensor, contribuindo diretamente para os resultados inéditos alcançados.

Para o Prof. Osvaldo, “foi um projeto longo, liderado pelo grupo do Prof. Crespilho, que contou com renomados colegas cientistas e que culminou em resultados sem precedentes na literatura científica”. A colaboração entre grupos interdisciplinares foi fundamental para integrar inovação tecnológica com impacto social e ambiental.

Além do IQSC/USP e IFSC/USP, o projeto contou com parcerias nacionais e internacionais, envolvendo a Faculdade de Medicina da USP, a Universidade Federal do Piauí (UFP), a Universidade do Minho (Portugal) e o centro de pesquisa BCMaterials, na Espanha.

Mais do que uma resposta à pandemia, essa plataforma inaugura um novo paradigma em dispositivos de diagnóstico acessíveis, reaproveitando resíduos tecnológicos e viabilizando soluções para regiões vulneráveis. O projeto mostra como ciência, sustentabilidade e política pública podem caminhar juntas rumo a um futuro mais justo e saudável para todos.

Confira o artigo científico publicado sobre este tema - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/05/PDF-BIOSSENSOR-COM-MATERIAIS-RECLICADOS.pdf

SÃO CARLOS/SP - O vereador Lineu Navarro, atendendo a solicitações de moradores, constatou que o SAAE poderá estar incorrendo num grave crime ambiental na obra de substituição de uma rede coletora de esgotos na margem esquerda do Córrego do Gregório, desde o prolongamento da Avenida Mário Gaspar até a Avenida Vicente Pelicano, na região dos bairros Azulville e São Judas Tadeu.

Lineu encaminhou ofício ao Presidente do SAAE solicitando a imediata suspensão da obra, até que o setor competente da autarquia consiga fazer o devido acompanhamento da “abertura drástica” que a empresa contratada está realizando na mata que margeia o córrego.

Alertado por moradores, o vereador comprovou in loco que dezenas de árvores dos mais diferentes portes e toda a mata – muito fechada, existente neste percurso – estão sendo destruídas, cortadas e empurradas para a lateral do “caminho” que está sendo aberto pela máquina “implacável”. Em relação a esta situação já concretizada, é necessário estabelecer quais medidas compensatórias deverão ser implantadas, no sentido de mitigar os efeitos dos danos já realizados.

Sabedor da necessidade urgente da substituição da atual rede coletora de esgotos existente no local, que há tempos já não consegue dar conta de todo o esgoto lançado diariamente nela, por outro lado, “é necessário que os técnicos do SAAE acompanhem a obra, para que a empresa terceirizada não incorra em cortes ilegais de árvores ou avance além do autorizado pela CETESB”, afirmou Lineu. “A própria CETESB está sendo questionada. Será que vieram ver a real situação desta mata para lavrarem a autorização?”.

Lineu ainda comunicou a situação encontrada ao Ministério Público, para que promova a devida verificação se não estão incorrendo em nenhum crime ambiental.

Proposta ministra atendimento humanizado, prevenção e reinserção social para usuários de álcool e drogas

 

SÃO CARLOS/SP - O vereador Leandro Guerreiro (PL) protocolou, na Câmara Municipal de São Carlos, um projeto de lei que institui a Política Municipal de Atenção Integral à Pessoa com Dependência Química. Essa propositura estabelece uma série de diretrizes para o combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas, com foco em prevenção, acolhimento, tratamento e recondução social. “O vício nessas substâncias precisa ser tratado com seriedade, humanidade e responsabilidade”, observou. “Não podemos mais ignorar o sofrimento das famílias e a vulnerabilidade dessas pessoas”, completou.

O texto prevê ações intersetoriais envolvendo saúde, assistência social, educação e segurança pública. Também permite a atuação conjunta com entidades religiosas, universidades e organizações sociais. Entre as diretrizes estão o atendimento multiprofissional, o respeito à voluntariedade do tratamento, o apoio à internação compulsória apenas com laudo médico fundamentado e o reforço da rede psicossocial. “O que propomos é uma política pública baseada em ciência e dignidade, que respeite os direitos humanos e ofereça uma alternativa real ao abandono e à marginalização”, enfatizou o vereador do PL.

Resgatando vidas e salvando famílias

Além do processo de tratamento, esse projeto salienta a importância da capacitação profissional e do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. A proposta ainda prevê o monitoramento das ações e incentiva o controle social. “A Câmara cumpre seu papel ao fomentar iniciativas que respondam a problemas urgentes”, elogiou o edil.

A implementação dessa nova política dependerá de regulamentação do Executivo e poderá contar com parcerias para ampliar sua efetividade. As despesas serão cobertas por dotações orçamentárias específicas, com possibilidade de suplementação. “O nosso trabalho parlamentar precisa ser um instrumento de transformação”, analisou.

Em sua justificativa, Guerreiro destaca que o texto respeita os limites legais e a separação entre os poderes. Segundo ele, a proposta não impõe obrigações ao Executivo, mas o autoriza a estruturar a política dentro de sua competência. “Essa proposta não interfere no Executivo, apenas abre caminho para que a cidade avance no enfrentamento desse drama social”, descreveu.

Caso aprovado pela maioria do Legislativo e sancionado pela rubrica do prefeito Netto Donato (PP), o projeto estará alinhado com a Lei Federal nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) e com a Política Nacional sobre Drogas (PNAD), também seguindo diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), priorizando estratégias baseadas em evidências e foco na redução de danos. “Com essa proposta, queremos ajudar São Carlos a construir uma resposta justa, ética e eficaz ao problema das drogas”, concluiu.

4ª Corrida Micológica reuniu participantes no entorno do Campus Lagoa do Sino para observar cogumelos e macrofungos e refletir sobre sua importância nos ecossistemas

 

SÃO CARLOS/SP - No dia 5 de abril, o Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou a quarta edição da Corrida Micológica, atividade de extensão voltada à popularização da micologia - ramo da biologia que estuda os fungos - e à valorização da biodiversidade local.

O evento ocorreu na mata ciliar do Rio Guareí, no bairro rural Guareí Velho, em Angatuba (SP), área do entorno do Campus. Apesar do nome, a Corrida Micológica não é uma competição de velocidade: a proposta é que os participantes caminhem por áreas naturais e busquem macrofungos - como cogumelos - que se destaquem por suas características. Os achados mais interessantes recebem premiações simbólicas.

Durante aproximadamente quatro horas, cerca de 35 pessoas participaram da caminhada, percorrendo áreas de pastagem e fragmentos de mata bem preservada, em floresta estacional semidecidual. Foram identificadas mais de 50 espécies de cogumelos e outros macrofungos. Participaram estudantes, docentes e técnico-administrativos do Campus Lagoa do Sino, integrantes da ONG Grupo EcoRoad e moradores de cidades do entorno, como Campina do Monte Alegre, Angatuba e Itapetininga, incluindo crianças.

A ação foi organizada por Larissa Trierveiler Pereira e Juliano Marcon Baltazar, docentes do Centro de Ciências da Natureza (CCN) e pesquisadores do Laboratório de Estudos Micológicos (LEMic) da UFSCar, em parceria com a ONG Grupo EcoRoad e com o apoio do CCN.

Aula a céu aberto
Segundo Pereira, a Corrida Micológica busca aproximar as pessoas dos ecossistemas onde os fungos estão presentes. "É um evento lúdico, em que não há corrida de fato, mas os achados são premiados. Eu costumo dizer que é um dia de enamoramento, para despertar o olhar para esses organismos que muitas vezes passam despercebidos", afirma.

A docente destaca que os fungos são fundamentais para o equilíbrio ambiental, embora a maior parte da população não esteja familiarizada com suas funções. "No Brasil, cerca de 10 mil espécies de fungos já foram identificadas, mas a estimativa é que existam pelo menos 30 vezes mais esse número de espécies", explica.

Esses organismos atuam como decompositores primários, responsáveis por reciclar a matéria orgânica e devolver nutrientes ao solo, tornando-os disponíveis para as plantas. Além disso, são aliados na produção de alimentos, bebidas fermentadas e medicamentos - como os antibióticos -, desempenhando um papel essencial tanto nos ecossistemas quanto na vida humana. "O país, por ser megadiverso, abriga uma imensa funga, termo equivalente a fauna e flora para este grupo de organismos".

Pereira também ressalta o papel do evento na articulação entre universidade e sociedade. "A iniciativa integra estudantes e público externo de todas as idades. É uma forma de promover o conhecimento científico e, ao mesmo tempo, sensibilizar para a conservação da natureza", avalia.

Mudança de percepção
Participante da atividade, a estudante de Ciências Biológicas do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, Miriã Gonçalves de Moraes, relatou o impacto da experiência em sua formação. "Nunca tinha parado para observar os fungos. Perceber suas cores, formas e características me despertou muita curiosidade. Um deles me chamou a atenção por parecer que estava 'sangrando'. Também foi muito enriquecedor ter professores por perto, sempre disponíveis para compartilhar seus conhecimentos ao esclarecer dúvidas. Foi como ter um glossário sobre os fungos ao lado", contou.

O "fungo que sangra", mencionado por Moraes, é o Hydnellum peckii. Ele solta um líquido vermelho espesso, parecido com sangue, o que chama bastante atenção visualmente. Apesar da aparência inusitada, é inofensivo e tem sido estudado por possíveis aplicações medicinais.

A aluna também destaca que o contato com a micologia trouxe uma mudança de percepção sobre a área. "Aprender sobre os fungos realmente abriu minha mente. Comecei a ter mais curiosidade sobre suas funções ecológicas e sobre a diversidade que existe ao meu redor. O que antes era invisível começou a saltar aos olhos, e isso mudou o meu cotidiano como estudante", relata.

A Corrida Micológica teve sua primeira edição em 2019 e a expectativa é que a próxima ocorra no início de 2026.

Mais informações sobre o evento e sobre outras ações do LEMic estão disponíveis em www.lemic.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - O que deveria ser a realização de um sonho está se transformando em um verdadeiro pesadelo para dezenas de famílias no bairro Dream Santo Antônio, em São Carlos. A empresa Direcional está prestes a entregar um empreendimento habitacional em condições consideradas inaceitáveis, desrespeitando os moradores que confiaram, investiram e sonharam com um lar digno.

Durante uma diligência realizada no local, o vereador Elton Carvalho (Republicanos) constatou de perto diversas irregularidades na obra. Segundo ele, o cenário é lamentável e inadmissível para um projeto desse porte. "Famílias batalharam para conquistar sua casa própria e agora estão diante de problemas estruturais, acabamento precário e riscos que comprometem a qualidade de vida. É uma afronta à dignidade dessas pessoas", afirmou o parlamentar.

O vereador cobra providências imediatas por parte dos órgãos competentes e da própria empresa, exigindo que a entrega só ocorra com as devidas correções e garantias de qualidade. "A população merece respeito, merece respostas e, principalmente, merece justiça. Não podemos aceitar que uma obra pública ou privada seja concluída sem cumprir o que foi prometido. A Direcional precisa ser responsabilizada", completou.

A situação está sendo acompanhada de perto e deve gerar novos desdobramentos nas próximas semanas. Para os moradores, resta a esperança de que a pressão popular e política resulte na correção das falhas e na entrega de moradias que realmente atendam aos padrões mínimos de segurança e conforto.

SÃO CARLOS/SP - A corrida “Corre Embaré” agora faz parte oficialmente do Calendário de Eventos do município de São Carlos. A medida foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal, por meio de projeto de lei de autoria do vereador Bruno Zancheta (REPUBLICANOS).


A proposta reconhece a importância do evento esportivo, que reúne corredores de todas as idades e promove saúde, bem-estar e integração comunitária. A inclusão no calendário oficial garante maior visibilidade à iniciativa e possibilita parcerias e apoio institucional por parte do poder público municipal.


O vereador Bruno Zancheta celebrou a aprovação da lei, destacando o valor simbólico e prático da conquista. “É uma vitória de todos que fazem parte do grupo Corre Embaré. Essa corrida já é um marco na cidade, e agora passa a ter o reconhecimento que merece. Orgulhoso em ser autor dessa medida que valoriza o esporte e incentiva hábitos saudáveis em nossa população. Quero agradecer aos Vereadores pela aprovação”, afirmou o parlamentar.


Com a aprovação legislativa, o próximo passo é a sanção da lei pelo prefeito Netto Donato e sua publicação no Diário Oficial do Município. O reconhecimento oficial fortalece ainda mais o “Corre Embaré” como um dos grandes eventos do calendário esportivo são-carlense.

Pesquisadores destacam o potencial das nanovacinas como aliadas poderosas na luta contra o câncer, combinando precisão molecular, personalização e inovação científica.

 

SÃO CARLOS/SP - Em um artigo publicado na revista científica “ACS Nano”, com destaque na capa inteira, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) traçaram um panorama abrangente sobre os mecanismos de ação, os princípios de design e os desafios clínicos das chamadas “nanovacinas oncológicas”. A proposta tem o intuito de transformar pequenas partículas artificiais (medindo bilionésimos de metro) em “mensageiras” que instruem o sistema imunológico a identificar e eliminar células tumorais.

Este estudo vem ao encontro do fato de a medicina oncológica viver atualmente um momento de transformação, onde a tradicional combinação de tratamentos e outros protocolos — cirurgia, quimioterapia e radioterapia — começa a dividir espaço com abordagens inovadoras que buscam explorar e potencializar as defesas naturais do corpo humano. Entre essas estratégias, as nanovacinas contra o câncer vêm ganhando um destaque importante por apresentarem uma capacidade de unir imunoterapia e nanotecnologia em uma só fórmula.

O que são nanovacinas

As vacinas convencionais funcionam ao introduzirem no sistema imunológico fragmentos de vírus ou bactérias, preparando o corpo para combatê-los em futuras infecções. No caso do câncer, o desafio é diferente, já que o foco é “ensinar” o organismo a reconhecer as células tumorais como uma ameaça, células essas que se encontram no próprio corpo humano, mas que sofreram mutações.

Através da nanotecnologia, as nanovacinas são formulações que utilizam nanopartículas — feitas de materiais como lipídios, polímeros, proteínas ou até metais — para transportar antígenos tumorais e adjuvantes imunológicos diretamente nas células de defesa do corpo. Graças ao seu tamanho minúsculo, essas partículas conseguem penetrar barreiras biológicas com mais eficiência e alcançar tecidos como os linfonodos, onde ocorre a ativação do sistema imune.

Segundo o estudo publicado, onde o primeiro autor é o doutorando Gabriel de Camargo Zaccariotto, o grande trunfo das nanovacinas está na sua versatilidade, já que as nanopartículas podem ser projetadas para proteger os componentes vacinais, liberar os ingredientes de forma controlada e modular a resposta imunológica desejada. Isso quer dizer que uma nanovacina pode ser adaptada para diferentes tipos de câncer, estágios da doença e até mesmo para o perfil genético do tumor de cada paciente, algo que é considerado um passo importante rumo à medicina personalizada.

Além disso, a combinação de antígenos tumorais específicos com adjuvantes poderosos permite induzir uma resposta imune robusta e duradoura. O objetivo final é estimular a produção de células T citotóxicas — verdadeiros “soldados” do sistema imunológico — para que sejam capazes de identificar e destruir células cancerígenas, inclusive aquelas que escapam aos tratamentos tradicionais.

Os desafios

Apesar de ser inovadora e revolucionária, a aplicação das nanovacinas ainda enfrenta barreiras importantes. Poucos produtos chegaram à fase de testes clínicos avançados e nenhum foi aprovado até o momento para uso comercial em pacientes com câncer. Os obstáculos vão desde a complexidade da fabricação em larga escala até questões regulatórias e tecnológicas.

O estudo destaca que ainda é necessário entender melhor como diferentes tipos de nanopartículas interagem com o organismo, como são processadas e quais estratégias adotar para alcançar uma resposta imunológica mais eficaz contra as células tumorais, além de existirem questões éticas e econômicas, como o custo de desenvolvimento e a necessidade de harmonização regulatória entre as agências do mundo. Contudo, esta é uma porta que se abre para um futuro promissor, conforme salienta Gabriel de Camargo Zaccariotto: “A aplicação da nanotecnologia em vacinas já é uma realidade, e os principais centros de pesquisa, assim como empresas dos setores biotecnológico e farmacêutico, têm investido cada vez mais nessa abordagem para o combate ao câncer. Muitos dos desafios enfrentados pelas nanovacinas são compartilhados com outros nanomedicamentos; no entanto, há também barreiras específicas, como a necessidade de aprimoramento dos modelos de aprendizado de máquina utilizados na personalização das vacinas e de uma compreensão mais aprofundada da variabilidade de resposta, influenciada pelo perfil prévio de saúde e pela genética de cada paciente. Ainda assim, os avanços nessa área são notáveis e reforçam o potencial dessa tecnologia para transformar a vida de inúmeros pacientes”.

O futuro

Apesar das incertezas sublinhadas acima, os avanços conquistados até o momento são animadores, já que testes clínicos têm demonstrado que as nanovacinas podem aumentar significativamente a eficácia de outros tratamentos, como inibidores de checkpoint imunológico, tendo-se observado redução nos riscos de metástase, recorrência e morte entre pacientes.

A convergência entre nanotecnologia, biotecnologia e imunologia tem gerado um campo fértil para inovações, sendo que as nanovacinas representam uma ponte entre as descobertas da ciência básica e as necessidades urgentes da medicina clínica oncológica.

Para o Coordenador da pesquisa e do grupo de Nanomedicina (GNano/IFSC/USP), Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que é um dos coautores do artigo “A combinação da Nanotecnologia com a Biotecnologia é uma área estratégica e relativamente nova, que já demonstrou sua capacidade de gerar benefícios para a humanidade, como no caso das vacinas de RNA contra a COVID-19. Pesquisadores que atuam nessa área buscam agora utilizar a Nanobiotecnologia para explorar outras fronteiras científico/tecnológicas em setores importantes como a medicina e o agronegócio”.

Se os próximos passos forem bem-sucedidos, estaremos diante de uma nova era no combate ao câncer, com vacinas que não só irão prevenir doenças, como também combatê-las e curá-las.

Assinam este artigo científico os seguintes pesquisadores: Gabriel de Camargo Zaccariotto, Maria Julia Bistaffa, Angelica Maria Mazuera Zapata, Camila Rodero, Fernanda Coelho, João Victor Brandão Quitiba, Lorena Lima, Raquel Sterman, Valéria Maria de Oliveira Cardoso, e Valtencir Zucolotto.

 

Confira no link a seguir o estudo publicado na revista “ACS Nano” –

 https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/05/zaccariotto-et-al-2025-cancer-nanovaccines-mechanisms-design-principles-and-clinical-translation.pdf

O stand-up "É disso que eu tô falando" poderá ser assistido no domingo, dia 18 de maio, às 19h. Os ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias do Teatro e no site https://ingressodigital.com.

 

SÃO CARLOS/SP - Marco Luque chega em São Carlos com o show “É disso que eu tô falando”, trazendo quatro personagens e um enredo surpreendente. O humorista retorna aos palcos com releitura de seus personagens icônicos em um novo show, após três anos percorrendo o país com o espetáculo “Dilatados”. Com textos inéditos, Luque revive quatro figuras inesquecíveis – Jackson Faive, Mustafary, Mary Help e Silas Simplesmente. Cada um dos personagens ganha voz com novas histórias e situações hilárias que, juntas, formam um ato final muito engraçado, mostrando a versatilidade e o talento de Marco Luque para encantar plateias de todas as idades. A apresentação será no Teatro La Salle (Av. José Pereira Lopes, nº 252, Vila Prado), no domingo, dia 18 de maio, às 19h. 0 show tem 1h20 de duração e classificação etária é de 14 anos. Os ingressos custam de R$ 60,00 a R$ 120,00

Jackson Faive, o motoboy paulistano, volta com toda sua irreverência e gírias típicas para contar suas aventuras urbanas mais recentes. Silas Simplesmente, o taxista, traz reflexões cômicas sobre seus casamentos mal-sucedidos e o dia a dia no trânsito. Mary Help, a diarista carismática e desastrada, promete momentos de descontração com seus causos de trabalho e conselhos imperdíveis para o público feminino. Já Mustafary, o rastafari pseudo-ambientalista chega com suas novas filosofias, no mínimo contraditórias, sobre as soluções que ele pensa ter encontrado para a resolução de todos os problemas do nosso planeta. A criação e direção são de Marco Luque e Guilherme Rocha.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação está concorrendo ao Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva. São Carlos foi selecionada entre várias secretarias municipais de educação do Brasil e terá a oportunidade de participar do processo seletivo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão – SECAD.I

O prêmio para o município que vencer é de R$ 200 mil  que deverá ser usado  para apoiar a continuidade ou o aprimoramento das ações voltadas para o aprimoramento das políticas de equidade e educação das relações étnico-raciais da Secretaria Municipal de Educação.

Para concorrer ao Selo a Secretaria de Educação respondeu ao questionário de Equidade, enviou o  Plano de Ação para a organização do Selo e realizou a publicação da Portaria da Comissão do Selo. 

Cabe à Comissão de Organização o acompanhamento e fiscalização das ações normativas da constituição do Selo; prosseguimento às ações de políticas públicas para a Equidade e Educação das Relações Étnico-Raciais; atualização dos dados educacionais de qualidade e apoio ao Departamento de Educação Básica e Supervisão de Ensino, na elaboração de planos de trabalho para a promoção da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER).

De acordo com José Claudio Salvador, do Apoio Técnico Pedagógico – DFCDP, já foi realizada também a divulgação e apresentação das políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais no município em relação as Leis 10.639/03 e 11.645/08 que alterou a Lei 9.394/96,  a inserção de São Carlos como  16ª cidade do Estado de São Paulo à aderir ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial - SINAPIR, Adesão ao Programa Pacto de Cidades Antirracistas,  PNEERQ, elaboração do Plano de Ação e adesão pela Secretaria Municipal de Educação à Política Nacional PNEERQ.

Fazem parte da Comissão de Organização e Acompanhamento do Selo Petronilha Beatriz Gonçalve, os servidores da Secretaria de Educação Afonso Canella Henriques – Diretor do Departamento Apoio à Tecnologia de Informação – DATI; Rafaela Marchetti – Diretora do Departamento de Formação Continuada Docente e Profissional – DFCDP; Eliane Cristina Lopes Marcheti – Chefe de Seção de Desenvolvimento Pedagógico, Curricular e Avaliação Escolar – DP; Júlio Cesar de Lucca Junior - Chefe de Seção de Projetos Especiais – DP; Maria Alice Zacharias – Chefe de Seção de Educação de Jovens e Adultos - EJA – DP; Rilmara Rosy Lima - Chefe de Seção de Ensino Fundamental Regular – DP; Michelli Benelli Dotti– Chefe de Seção da Educação Infantil – Fase I – DP; Daniele Laveli Souza de Oliveira - Chefe de Seção da Educação Integral – DEBS; Alessandra Guerra da Silva Oliveira - Coordenadora pedagógica da Educação Infantil - Coordenadora Pedagógica – DP,  Mariana de Fátima Schiabel – Diretora do Departamento – SIBISC; Fernanda Aparecida de Freitas – Chefe de Seção das Escolas do Futuro DO SIBSC; Paulo Martins – Supervisor de Ensino; José Claudio Salvador – Apoio Técnico Pedagógico – DFCDP e Cristiane Mirian Silêncio Spina , Chefe da Seção de Políticas de Inclusão.

No dia 6 de junho será divulgado o resultado final das secretarias que receberão o Selo, que terá validade por 2 anos, e apoio financeiro de R$ 200 mil.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria da Família iniciou, na última quarta-feira (14/05), o programa Famílias Mais Fortes, com um primeiro encontro realizado na entidade Projeto Coração. A iniciativa visa fortalecer os laços familiares e prevenir comportamentos de risco, com base em uma metodologia respaldada por evidências científicas.

O programa é voltado a famílias com filhos entre 10 e 14 anos e prevê sete encontros semanais de duas horas. Nesta primeira fase, 17 famílias participam das atividades, que abordam temas como regras e limites, prevenção ao uso de substâncias, comunicação familiar e apoio mútuo. Os encontros ocorrem de forma segmentada entre pais, filhos e o núcleo familiar como um todo.

A secretária da Família, Ana Paula Vaz, explicou que a metodologia foi desenvolvida na Universidade de Oxford e já foi adotada em 26 países. “Começou como uma estratégia de prevenção ao uso de drogas, mas mostrou resultados positivos também no combate à violência doméstica, à violência contra a mulher e à gravidez na adolescência”, destacou.

O Projeto Coração, que acolheu o lançamento, atende 143 crianças. A expectativa da Secretaria é ampliar o programa para escolas, igrejas e associações. “Estamos dando um passo importante ao implementar políticas públicas direcionadas às famílias, cuidando de crianças, jovens, idosos e mulheres”, acrescentou a secretária.

Entre os resultados esperados estão a melhoria na relação familiar, redução de agressividade, desenvolvimento de habilidades sociais e maior engajamento escolar dos jovens. Também se espera a diminuição do uso de drogas e de comportamentos antissociais.

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