SÃO CARLOS/SP - Um levantamento feito pela equipe de pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF-IFSC/USP), que iniciou há alguns anos os tratamentos para atenuar as consequências da fibromialgia, numa parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC) - que já dura há cerca de dez anos - levanta a possibilidade de que o tratamento fotossônico (conjugação de laser e ultrassom) utilizado para essa finalidade pode potencializar os efeitos dos medicamentos usados pelos pacientes portadores dessa doença.
Tiago Zuccolotto, fisioterapeuta formado na UNICEP e desde há três anos como pesquisador do IFSC/USP, confirma que a equipe de cientistas resolveu conferir a relação que existe entre grupos de pacientes que não tomam qualquer medicação para a fibromialgia e outros que tomam – ansiolíticos, antidepressivos, anti-inflamatórios, etc. – quando ambos se submeteram ao tratamento fotossônico. A análise foi feita através dos questionários feitos pelos pacientes portadores de fibromialgia, mas que, no caso concreto, tomavam medicação antidepressiva. Tiago Zucolotto confirmou que após dez sessões do tratamento e segundo o relatado por esses pacientes no início, meio e conclusão dos tratamentos, os resultados indicaram uma reversão quase total nos quadros relativos a dores e inflamação, se comparados com pacientes que não tomaram qualquer medicação.
“Foi a primeira vez que fizemos essa relação entre o tratamento fotossônico junto com os medicamentos, tendo como foco pacientes mulheres, já que elas são mais propensas a ter fibromialgia. Embora em ambos os casos o tratamento fotossônico tenha obtido ótimos resultados, o que constatamos é que esse tratamento potencializa a eficácia dos medicamentos, atingindo níveis muito grandes na eliminação da dor e da inflamação”, relata Zucolotto.
Para o coordenador dos tratamentos que estão sendo realizados na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na SCMSC, pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, o próximo passo após este levantamento será realizar um estudo aprofundado para analisar uma avaliação e acompanhamento caso-a-caso de pacientes com fibromialgia e dessa relação benéfica entre o tratamento fotossônico e a medicação prescrita pelos médicos, no sentido de se obter uma quantificação precisa dessa potencialização. “O importante é que essa potencialização ocorre, contudo é necessário haver um acompanhamento muito próximo a esses pacientes para constatar a efetiva eficácia” ao longo do tempo, pontua Antonio Aquino.
Este levantamento surgiu após um estudo anterior a 2024, feito pela mesma equipe de pesquisadores, mas relativo a distúrbios do sono, onde houve um primeiro indício de que o tratamento fotossônico exercia um efeito benéfico em pacientes que tomavam medicamentos controlados, comparativamente àqueles que não tomavam qualquer medicamento. “Estamos compreendendo que o tratamento fotossônico poderá ser benéfico em outros casos clínicos que utilizam medicação, já que ele gera uma ação sistêmica, daí que tenhamos que fazer estudos-pilotos”, enfatiza Antonio de Aquino.
Liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, está no horizonte dos pesquisadores cogitar se este tratamento poderá – ou não – ser aplicado em pessoas inseridas no denominado espectro autista, lembrando que em São Carlos existem cerca de sete mil pessoas com essa variedade de quadros. “Vamos estudar essa hipótese também, pois o nosso trabalho é tentar servir a sociedade o melhor possível com aquilo que é desenvolvido e pesquisado no IFSC/USP e no CEPOF”, conclui Antonio de Aquino.
Confira o artigo científico relativo a este estudo, publicado na revista “Journal of Novel Physiotherapies”, assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior1, Tiago Zuccolotto Rodrigues, Matheus Henrique Camargo Antônio, Ana Carolina Negraes Canelada, Carolayne Carboni Bernardo, Vanessa Garcia, Fernanda Mansano Carbinatto e Vanderlei Salvador Bagnato - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2024/12/de-Aquino-Junior_2024_Fibro-Drugs.pdf
Diferencial do estudo está na combinação de terapia com luz e gel de curcumina
SÃO CARLOS/SP - A acne é caracterizada como uma condição da pele em que ocorre a inflamação ou infecção das glândulas secretoras de óleo (glândulas sebáceas), provocando cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. O problema atinge, em sua maioria, adolescentes, por questões hormonais, mas também pode afetar adultos. Normalmente, o tratamento inclui uso de medicamentos orais e tópicos que podem causar efeitos colaterais. Com a intenção de avaliar a eficácia de um tratamento menos invasivo para pessoas, entre 25 e 35 anos, uma pesquisa de mestrado em Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vai aplicar o uso de luz azul, combinado com gel de curcumina que possui efeito antimicrobiano. Os resultados podem contribuir significativamente para o avanço no tratamento da acne, oferecendo uma alternativa promissora e menos invasiva.
O projeto é realizado pela mestranda Gabriely Simão, sob orientação de Clovis Wesley Oliveira de Souza, docente do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar e pesquisador colaborador no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), do Instituto de Física da USP de São Carlos, e pela professora Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli, do Núcleo Integrado de Laser em Odontologia (NILO) de Ribeirão Preto (SP). De acordo com a pesquisadora, a terapia com luz, especificamente a luz azul, tem demonstrado potencial no tratamento da acne por suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. "Ao explorar essa abordagem, o estudo busca oferecer uma alternativa eficaz e menos invasiva em comparação com os tratamentos tradicionais, podendo reduzir a dependência de medicamentos tópicos e orais e minimizar efeitos colaterais", destaca Simão.
Atualmente, os tratamentos mais indicados incluem medicamentos tópicos (como peróxido de benzoíla, retinoides e antibióticos) e orais (como antibióticos e isotretinoína), dependendo da gravidade da acne. Além disso, relata Simão, tratamentos hormonais e intervenções com laser também são utilizados em alguns casos. "A eficácia e o custo do tratamento com luz podem variar. A terapia com luz azul pode oferecer uma opção menos invasiva e com menos efeitos colaterais em comparação com medicamentos tópicos e orais. No entanto, a eficácia comparativa e o custo-benefício específico precisam ser avaliados mais detalhadamente no contexto do estudo", explica a mestranda no que refere às expectativas do trabalho.
Pesquisa
Para desenvolver o projeto, estão sendo recrutadas pessoas voluntárias, com idades entre 25 e 35 anos, que tenham acne dos tipos 1 (acne leve, caracterizada por cravos e poucas espinhas inflamadas) ou 2 (acne moderada, com uma quantidade maior de cravos e espinhas inflamadas, podendo haver algumas lesões nodulares). Os participantes não podem estar fazendo uso de hormônios ou de medicamentos para acne. As pessoas serão submetidas a tratamentos com luz azul e gel de curcumina ou grupos controle, com avaliações periódicas por meio de registros fotográficos, sistemas de imagem de fluorescência óptica, medidas de hidratação e oleosidade por impedância, por questionários e avaliação clínica. Os atendimentos ocorrerão na Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa de São Carlos.
Interessados devem preencher este formulário (https://bit.ly/4dhG5G8) ou entrar em contato com a pesquisadora pelo whatsapp (16) 99756-1166. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Santa Casa de São Carlos (CAAE: 77840924.1.0000.8148).
Parceria entre UFSCar, Unicamp e startup vai mapear a microbiota axilar e propor uso de produto natural
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa realizada pela parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Unicamp e a startup "Chic é ter saúde", desenvolve uma pesquisa na área de Biotecnologia para tratar a bromidrose, condição caracterizada pelo mau odor axilar. O projeto propõe o mapeamento da microbiota axilar e uso de produto natural para combater o problema, visto que os métodos atuais para tratar a bromidrose utilizam produtos agressivos à pele e que nem sempre resolvem o problema. O grupo convida voluntários para análise e testes gratuitos.
A pesquisa tem participação dos professores da UFSCar Maristela Adler, do Departamento de Medicina, e Anderson Ferreira da Cunha, do Departamento de Genética e Evolução, e está sendo realizada por Carla Peres de Paula, mestre e doutora em Biotecnologia pela UFSCar e pesquisadora da startup "Chic é ter saúde". O projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp), por meio do programa de Pesquisa Inovativas em Pequenas Empresas (PIPE).
A bromidrose é uma condição que afeta, ao menos, 3% dos brasileiros e se configura como uma sudorese corporal acompanhada de suor desagradável, que, embora não seja grave, causa desagrado e prejuízo à qualidade de vida dos indivíduos. As causas da bromidrose são várias e podem ser de origem genética, maus hábitos de higiene, alimentação ou outras condições de saúde adjacentes. O diagnóstico dessa condição é difícil e, de acordo com os pesquisadores, a incidência do problema pode ser subestimada.
O objetivo geral da pesquisa é o desenvolvimento e teste de um produto natural para o tratamento de bromidrose e um serviço diagnóstico para essa condição a partir da análise da microbiota axilar. "A principal diferença entre o tratamento proposto e o atual é que ele atuaria para rebalancear a microbiota de forma natural e não abrasiva para a pele, diferente dos tratamentos atuais que são mais agressivos, e que podem gerar alergias e sensibilidades", explica Carla de Paula.
O estudo fará o mapeamento da microbiota axilar para elaborar um laudo que será a base para o diagnóstico molecular de bromidrose, e servirá como ferramenta chave para aconselhamento e tratamento personalizado e mais assertivo do consumidor brasileiro. Paralelamente, o estudo fará um teste de produto probiótico cuja finalidade é reestabelecer a microbiota da axila a partir de um método de tratamento/controle, baseado em um produto natural, que não prejudica a pele e não é invasivo. A expectativa é que o estudo possa contribuir para a elaboração de "um novo produto, mais natural, que auxilie pessoas do Brasil e do mundo afetadas pela bromidrose, e que não obtiveram melhora com os tratamentos atualmente disponíveis", expõe a pesquisadora.
Voluntários
Para realizar a pesquisa, são convidados 40 voluntários, entre 20 e 40 anos de idade - sendo 20 saudáveis e 20 com bromidrose - para participar do estudo. Os participantes devem preencher este formulário online (https://bit.ly/4ex2sIj) e as pessoas que se enquadrarem nos parâmetros necessários passarão em consulta na USE, com a professora Maristela Adler, que é dermatologista. A partir disso, os participantes farão a coleta do material axilar e utilizarão o produto probiótico durante 1 mês. A segunda etapa da pesquisa consiste em uma nova consulta e coleta, após um mês, para fins de comparação.
As pessoas interessadas em participar do estudo devem preencher o formulário até o dia 10 de novembro. Mais informações pelo telefone/whatsapp (16) 99383-4661. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da (UFSCar (CAAE: 28266620.8.0000.5504).
Diferencial do estudo está na combinação de terapia com luz e gel de curcumina
SÃO CARLOS/SP - A acne é caracterizada como uma condição da pele em que ocorre a inflamação ou infecção das glândulas secretoras de óleo (glândulas sebáceas), provocando cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. O problema atinge, em sua maioria, adolescentes, por questões hormonais, mas também pode afetar adultos. Normalmente, o tratamento inclui uso de medicamentos orais e tópicos que podem causar efeitos colaterais. Com a intenção de avaliar a eficácia de um tratamento menos invasivo para pessoas, entre 25 e 35 anos, uma pesquisa de mestrado em Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vai aplicar o uso de luz azul, combinado com gel de curcumina que possui efeito antimicrobiano. Os resultados podem contribuir significativamente para o avanço no tratamento da acne, oferecendo uma
alternativa promissora e menos invasiva.
O projeto é realizado pela mestranda Gabriely Simão, sob orientação de Clovis Wesley Oliveira de Souza, docente do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar e pesquisador colaborador no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), do Instituto de Física da USP de São Carlos, e pela professora Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli, do Núcleo Integrado de Laser em Odontologia (NILO) de Ribeirão Preto (SP). De acordo com a pesquisadora, a terapia com luz, especificamente a luz azul, tem demonstrado potencial no tratamento da acne por suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. "Ao explorar essa abordagem, o estudo busca oferecer uma alternativa eficaz e menos invasiva em comparação com os tratamentos tradicionais, podendo reduzir a dependência de medicamentos tópicos e orais e minimizar efeitos colaterais", destaca Simão.
Atualmente, os tratamentos mais indicados incluem medicamentos tópicos (como peróxido de benzoíla, retinoides e antibióticos) e orais (como antibióticos e isotretinoína), dependendo da gravidade da acne. Além disso, relata Simão, tratamentos hormonais e intervenções com laser também são utilizados em alguns casos. "A eficácia e o custo do tratamento com luz podem variar. A terapia com luz azul pode oferecer uma opção menos invasiva e com menos efeitos colaterais em comparação com medicamentos tópicos e orais. No entanto, a eficácia comparativa e o custo-benefício específico precisam ser avaliados mais detalhadamente no contexto do estudo", explica a mestranda no que refere às expectativas do trabalho.
Pesquisa
Para desenvolver o projeto, estão sendo recrutadas pessoas voluntárias, com idades entre 25 e 35 anos, que tenham acne dos tipos 1 (acne leve, caracterizada por cravos e poucas espinhas inflamadas) ou 2 (acne moderada, com uma quantidade maior de cravos e espinhas inflamadas, podendo haver algumas lesões nodulares). Os participantes não podem estar fazendo uso de hormônios ou de medicamentos para acne. As pessoas serão submetidas a tratamentos com luz azul e gel de curcumina ou grupos controle, com avaliações periódicas por meio de registros fotográficos, sistemas de imagem de fluorescência óptica, medidas de hidratação e oleosidade por impedância, por questionários e avaliação clínica. Os atendimentos ocorrerão na Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa de São Carlos.
Condição dolorosa atinge pacientes com Diabetes Mellitus Tipo-2
SÃO CARLOS/SP - A neuropatia periférica é uma complicação muito comum relacionada com diabetes e ocorre em aproximadamente 50% dos casos. A dor neuropática acomete três quartos das pessoas com neuropatia periférica diabética e é caracterizada por uma dor diferenciada, crônica, difícil de ser tratada e com poucos estudos relacionados a ela, caracterizando-se por formigamento, sensação picadas de agulha, queimação, pontadas, choques elétricos e câimbras, especialmente nos pés ou nas pernas.
A neuropatia periférica diabética é uma condição dolorosa que atinge, com o passar do tempo, os pacientes com Diabetes Mellitus (Tipo-II), e que agora está sendo investigada por pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP no sentido de ser implementado um tratamento não invasivo e indolor. A pesquisa inicia-se agora com a chamada de sessenta (60) voluntários de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 45 e 70 anos, que não sejam dependentes de insulina e que apresentem pelo menos entre 7 a 13 anos com diagnóstico de Diabetes Mellitus (Tipo-II).
Conforme explica a fisioterapeuta e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Juliana da Silva Amaral Bruno, responsável por esta pesquisa no Grupo de Óptica do IFSC/USP e sob a orientação do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), “Os pacientes serão avaliados e através de métodos e testes específicos poderão ser classificados com neuropatia periférica leve, moderada ou grave, sendo que seguidamente serão submetidos ao novo tratamento. A literatura relata que o diagnóstico precoce da neuropatia faz com que as terapias tradicionais, juntamente com dieta equilibrada e atividade física, reduzam os sintomas da neuropatia periférica. Mas, nossa intenção é ir mais longe, ou seja, queremos prevenir complicações futuras pela perda da sensibilidade protetora, que pode acarretar lesões cutâneas, infecções, amputações na região dos pés e das mãos e, em estágios mais graves, até causar morte”.
Nas técnicas tradicionais de avaliação utilizam-se filamentos (o mais utilizado é o monofilamento de 10 gramas), o diapasão, que verifica a sensibilidade vibratória, sensibilidade térmica (quente e frio) e o reflexo Aquileu. Contudo, nesta pesquisa os cientistas vão realizar a avaliação não só com esses métodos, como também através de um equipamento detentor de uma tecnologia que classifica, em tempo real, o nível da neuropatia através da propagação do impulso do nervo sural, para ssim se compararem os resultados. “Esse nervo sural é essencialmente sensitivo, formado a partir dos ramos cutâneos dos nervos tibial e fibular comum, e que se estende desde a fossa poplítea pelas regiões posterior e lateral da perna até a superfície lateral do calcanhar e pé. A tecnologia utilizada nesta pesquisa avalia a velocidade e a amplitude de condução elétrica do nervo”, pontua a pesquisadora, acrescentando que esse tipo de avaliação irá contribuir para comparar as técnicas tradicionais e esse equipamento não invasivo, portátil e com tecnologia de ponta.
A partir dessa avaliação, os pacientes voluntários ingressarão no novo tratamento, cujo foco é estimular o nervo para recuperar e reduzir os sintomas da neuropática periférica, com a realização de vinte e quatro sessões, duas vezes por semana, em dias alternados, com uma duração total de três meses. Este projeto de pesquisa será realizado no NAPID – Núcleo de Apoio à Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, localizado na Rua Riachuelo, nº 171, Centro, São Carlos, contando com uma parceria da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos.
Os pacientes interessados em se inscrever nesta pesquisa deverão entrar em contato pelo WhasApp (16) 99708-3702.
SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) - um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) -, em parceria com o Departamento de Morfologia e Patologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com o Núcleo Integrado de Laser em Odontologia (NILO), de Ribeirão Preto (SP), concluíram recentemente uma pesquisa que tem o objetivo de combater a acne - tipos 1 e 2, menos severas - substituindo os tratamentos convencionais pela introdução de terapia fotodinâmica.
Esta nova abordagem inclui a utilização de curcumina como elemento fotosensibilizador e a aplicação de laser com luz azul, um método que foi desenvolvido no programa de mestrado em biotecnologia na UFSCar, em colaboração com o IFSC/USP. A pesquisadora Gabriely Simão, primeira autora do estudo que foi publicado na revista “Aesthetic Orofacial Science”, é formada em odontologia pela UNICEP, com orientação do Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza, docente do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar e orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, e pesquisador colaborador no CEPOF, e da Profª Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli (NILO).
Muito comum, a acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos, sendo muito frequente na fase da adolescência, sem deixar de ser comum também em adultos, principalmente em mulheres. Além do incômodo das lesões, como na adolescência a aparência é um fator importante, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o lado psicológico e tornar o adolescente - ou o adulto - inseguro, tímido, deprimido, infeliz, com rebaixamento da autoestima e com consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.
Os tratamentos convencionais de combate à acne incluem aplicações de cremes antibióticos na pele, principalmente o Roacutan, ou ainda a ingestão de medicamentos orais que têm a tendência de provocar efeitos colaterais. “A aplicação da terapia fotodinâmica com a utilização de curcumina e de laser luz azul comprovou nos estudos laboratoriais realizados por Gabriely a eficácia no combate à acne tipos 1 e 2, ou seja, no início da doença, e a possibilidade dessa técnica substituir os tratamentos convencionais com maior segurança e bem-estar para os pacientes, além de ser um procedimento menos invasivo e de baixo custo”, relata a pesquisadora.
Esta pesquisa, traduzida em um caso clínico, incluiu a colaboração de várias dezenas de pessoas com acne (tipos 1 e 2), sendo que os resultados alcançados deram origem agora a uma chamada de pacientes com essa doença para avançar com o novo tratamento. Esta chamada é dedicada apenas a pessoas com idades compreendidas entre os 25 e 35 anos, de ambos os sexos. “Para pacientes mulheres, há algumas restrições para participarem nesta chamada, como, por exemplo, não estarem grávidas, amamentando, fazendo uso de contraceptivos, de hormônios, enfim, de medicamentos tópicos e sistêmicos. Quanto à participação de homens, eles também não poderão estar tomando hormônios”, adverte a pesquisadora. Este tratamento irá ocorrer na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) e compreenderá a realização de 16 sessões em cada paciente, ao longo de 60 dias.
Para o Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza “A curcumina é um fotosensibilizador. Então, quando existe uma interação entre a luz azul e a curcumina, na presença do oxigênio, essa interação vai produzir espécies reativas de oxigênio, como oxigênio cingleto e os íons hidróxido, e aí ocorre um efeito nas bactérias, que acabam por morrer. Também existe um procedimento que utiliza a luz azul diretamente no tratamento da acne, sem o fotosensibilizador, porque ele também tem uma alta energia e pode igualmente ativar alguns componentes das células bacterianas, causando-lhes igualmente a morte. Só que nesta pesquisa, o grande efeito foi combinar tudo, ou seja, utilizar a terapia fotodinâmica, atendendo a que a curcumina é um antioxidante, anti-inflamatório de baixo custo, e a luz azul é antibacteriana”, explica o docente.
Focada em introduzir seus conhecimentos em clínicas de estética, atendendo a que esta pesquisa foi já aprovada pelo Comitê de Ética, a pesquisadora Gabriely Simão acredita que, se tudo correr bem, em cerca de seis meses este protocolo poderá estar disponível, até porque o equipamento dedicado à emissão de luz azul também já está disponível no mercado.
Além de Gabriely Simão e do Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza, assinam esta pesquisa a Profª Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli e a Drª Fernanda Mansano Carbinatto.
Os interessados em fazer parte desta pesquisa deverão contatar a UTF da SCMSC através do telefone (16) 3509-1351.
Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, acesse o link - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2024/06/PAPER-ACNE.pdf .
EUA - A agência regulatória de alimentos e remédios dos Estados Unidos, a FDA, aprovou o novo tratamento do grupo farmacêutico americano Eli Lilly para Alzheimer, conhecido como Donanemab.
Em decisão anunciada no fim da tarde de segunda-feira (10), os 11 integrantes do comitê consultivo de medicamentos para o sistema nervoso periférico e central da FDA votaram que evidências de testes clínicos apoiam a eficácia do tratamento da Eli Lilly para pacientes com Alzheimer.
Posteriormente, o comitê concluiu, de forma unânime, que os benefícios do Donanemab superam os riscos para os tipos de pacientes que a Lilly avaliou em seus testes.
Às 10h50 (de Brasília), a ação da Eli Lilly caía 1,2% em Nova York, revertendo ganhos de mais cedo nos negócios do pré-mercado.
*Com informações da Dow Jones Newswires
POR ESTADAO CONTEUDO
Estudo busca voluntárias para sessão gratuita de eletroestimulação e avaliação da percepção de dor
SÃO CARLOS/SP - Um projeto de iniciação científica do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está recrutando voluntárias para avaliar quais mecanismos estão envolvidos na analgesia da cólica menstrual provocada pela eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS). A intenção também é avaliar os mecanismos envolvidos na percepção da dor das mulheres que sofrem com o problema.
A pesquisa é desenvolvida pela graduanda Maria Eduarda Chinotti Batista da Silva, sob orientação de Mariana Arias Ávila Vera, docente do DFisio. De acordo com a graduanda, estudos mostram que pessoas com cólica menstrual podem perder dias de trabalho, diminuir o rendimento acadêmico nas universidades e escolas, além da redução da qualidade do sono e da qualidade de vida. "Diante disso, através da nossa pesquisa, será possível entender melhor como a eletroestimulação atua em mulheres com cólica menstrual, a fim de direcionar o melhor tratamento para essa população", afirma Maria Eduarda da Silva.
O tratamento com eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS), proposto no estudo, é um recurso simples e seguro, de baixo custo, além de ser um método não farmacológico para alívio da dor. Outra proposta da pesquisa é avaliar a percepção da dor e, de acordo com a estudante, isso pode "ajudar a entender melhor quais são os mecanismos analgésicos da TENS, além de também verificar se esses mecanismos estão funcionando de maneira correta em mulheres com cólica menstrual". Ela acrescenta que a expectativa, além de abranger muitas mulheres, é difundir os resultados de maneira científica e, também, na prática clínica.
Para realizar o estudo estão sendo convidadas mulheres, entre 18 e 45 anos, que tenham cólica menstrual e que nunca tenham tido contato com TENS. As participantes passarão por uma sessão de TENS, com duração de 50 minutos, na UFSCar. O tratamento é indolor e seguro. Interessadas em participar devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3zxDbuG). Outras informações podem ser solicitadas pelo WhatsApp (19) 99697-7251 ou pelo e-mail msilva@estudante.
SÃO CARLOS/SP - Na sequência de um projeto clínico iniciado em 2021 visando o tratamento de mulheres portadoras de alopecia androgenética – calvície padrão feminina -, jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um novo projeto clínico, desta vez com a utilização de um tônico de curcumina e óleos essenciais e aplicação de fotobiomodulação com laser de baixa potência, projeto que está lançando agora uma chamada para 16 mulheres voluntárias, com faixa etária entre os 18 e 50 anos, que apresentem rarefação difusa dos cabelos na região frontal e parietal do couro cabeludo.
Não poderão participar desta chamada mulheres que tiveram covid-19 há menos seis meses e que apresentem início da menopausa, doenças graves – como tumores malignos ou benignos, lúpus, psoríase, diabetes, lesões de pele de qualquer natureza, que tenham distúrbios psicológicos e hormonais, portadoras de marca-passo, quadro de anorexia, bulimia ou desnutrição, ou que estejam em tratamento de hemodiálise, fumantes, usuárias de drogas, e voluntárias que já estavam em tratamento para queda de cabelos.
Este estudo, conduzido pela Drª Alessandra Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, e por Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia, incluirá dez sessões de tratamento (uma por semana) e ocorrerá na “K Quadrado – Espaço de Beleza e terapia integrativa”, Rua Visconde de Inhauma, 1515, São Carlos.
As voluntárias interessadas nesta pesquisa poderão se inscrever através do Whatsapp (16) 98110-9219.
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), está promovendo uma chamada de pesquisa para trinta mulheres voluntárias com idades entre 30 e 50 anos, que tenham distúrbios no sono.
Esta chamada visa desenvolver e avaliar um tratamento para distúrbios do sono com base na aplicação de laser e ultrassom, visando restabelecer os padrões de qualidade nas pessoas que sofrem com esse problema.
As trinta mulheres voluntárias serão divididas em dois grupos de quinze: o primeiro grupo será constituído por voluntárias que tomam medicamentos controlados, enquanto o segundo grupo será composto por voluntárias que não fazem uso de medicamentos controlados.
Não poderão se candidatar grávidas, pessoas com marca-passo e com histórico oncológico.
Esta pesquisa estará sob a responsabilidade do pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino, com supervisão do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, sendo que as inscrições para esta chamada poderão ser feitas através do telefone da Unidade de Terapia Fotodinâmica / Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, pelo telefone (16) 3509-1351.
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