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Segundo o psicólogo, muitas pessoas com essa psicopatologia ou outras doenças mentais não recebem ajuda

 

SÃO PAULO/SP - Desde o início dos isolamentos por conta da pandemia, aumentou a preocupação de especialistas com a saúde mental. Casos de ansiedade e depressão cresceram 25 %, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). Contudo, já faz cinco anos que o Brasil é considerado o país com maior índice de pessoas com transtornos mentais em todo o mundo.

Segundo o psicólogo Davi Sidnei de Lima, muitas pessoas com essa psicopatologia ou qualquer outra doença mental não recebem tratamento para os seus transtornos. "O estigma social é mais nocivo do que os transtornos mentais e a bipolaridade em si. A saúde mental deve ser tratada com a mesma intensidade dada às doenças do corpo”, explica ele, que é especialista em avaliação e reabilitação neuropsicológica e professor do curso de Psicologia do Unibagozzi, em Curitiba (PR). 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria, o transtorno bipolar é uma condição psiquiátrica caracterizada por episódios críticos e intensos de alterações de humor, com flutuações que vão da euforia à depressão e remissão. A bipolaridade não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento e acompanhamento adequados, permitindo significativa melhora da qualidade de vida.

“Atendo pacientes em meu consultório que me perguntam: ‘e se eu te encontrar na rua, o que faço?’ Porque ao encontrá-lo na presença de alguém corre o risco de revelar sua condição”, conta Lima, que além da docência no Unibagozzi faz atendimento e acompanhamento psicoterapêutico na perspectiva da terapia cognitivo-comportamental de crianças, adolescentes e adultos. 

Segundo ele, muitas vezes os pacientes vão escondidos ao seu consultório porque não querem ser descobertos por colegas de trabalho indo a uma sessão de terapia.

Estigma social em torno das doenças mentais 

Muitas vezes, as pessoas evitam ou atrasam a procura de tratamento por medo de serem tratadas de forma diferente e perder seus empregos e meios de subsistência. Isso porque estigma, preconceito e discriminação contra pessoas com doença mental ainda são um grande problema.

“O estigma é uma âncora que impede o movimento, o dinamismo característico da vida. Pensar em saúde mental precede uma questão de dinamismo, de movimento” enfatiza o psicólogo. 

Boas práticas para evitar o estigma social em torno da bipolaridade

Segundo Lima, a história da psiquiatria está intimamente ligada com as questões de moralidade, de higiene social, elementos que agravam os estigmas sociais. O Transtorno Bipolar afeta 2 a 3% da população mundial. No Brasil, o estigma social prejudica inclusive a pesquisa em torno dos transtornos mentais.

Com apenas alguns cliques é possível encontrar memes, humor e sátiras em torno da bipolaridade. Nesse sentido, o professor Davi ressalta que brincar com essa condição e qualquer outra relacionada à saúde mental, é um despropósito. 

O psicólogo chama a atenção para o papel da mídia para vencer o estigma através da influência positiva e conscientização. “A mídia tem impacto para movimentar essa âncora e tirar essa paralisia. Um estigma vai criando camadas sobre a realidade a ponto de torná-la inacessível. O movimento de colocar a saúde mental em pauta e dar o tratamento adequado, coloca a saúde mental como uma dimensão da vida”, afirma. 

O Dia Mundial do Transtorno Bipolar e o Março Roxo, por exemplo, são oportunidades para falar abertamente sobre saúde mental e uma boa prática para reduzir o estigma em torno dessa condição. Além disso, as pessoas que convivem com sujeitos acometidos de alguma patologia mental, têm a chance de aprender mais sobre os recursos existentes para lidar com os seus efeitos na vida cotidiana. 

 A qualidade da formação dos profissionais da saúde mental, entre eles o psicólogo, é um fator importante para a compreensão biopsicossocial da realidade humana. “A proposta do Unibagozzi é trazer para o centro da sociedade esse pensar o ser humano, formar profissionais com uma visão humanista para o sujeito”, diz o professor. 

 Também recomenda o cuidado que devemos ter como sociedade para não aumentar o estigma involuntariamente usando o diagnóstico de forma equivocada, ou classificar qualquer alteração de humor como bipolaridade ou tratar como loucura.

O psicólogo faz um alerta sobre os nossos julgamentos cotidianos a respeito do humor das pessoas que não podem substituir o diagnóstico profissional. “O sofrimento faz parte da vida, é algo inevitável, nós vamos ter variações, desde tristeza até momentos de alegria, mas quem vai caracterizar esses sofrimentos como uma psicopatologia, não são os julgamentos cotidianos, mas o acompanhamento especializado psiquiátrico e psicológico”.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

O Transtorno Bipolar exige tratamento psiquiátrico, o que permite manejo adequado do tratamento farmacoterápico. Em geral se faz associações de medicamentos ansiolíticos, antidepressivos e estabilizadores do humor para tratar as questões do humor, depressão e ansiedade. 

Em geral, os sintomas incluem alternância de humor intensa, frequentes e que duram mais tempo do que o normal. A euforia exacerbada, irritabilidade, depressão, tristeza profunda e a presença de episódios de mania ou hipomania que alteram o comportamento do sujeito.  

O especialista alerta sobre o diagnóstico e tratamento, essenciais para tratar a doença, além de medicamentos corretos e a aderência do paciente são determinantes para alcançar o êxito. Se um sujeito com transtorno bipolar não fizer o tratamento adequado ou má associação medicamentosa - seja por falta ou excesso - poderá ter um agravamento da bipolaridade, inclusive a falta de tratamento pode levar o paciente a atentar contra a própria vida, resultado do autoestigma, preconceito e desconhecimento da doença. 

É recomendável um olhar humanístico para o indivíduo com bipolaridade e não apenas enquadrá-lo em critérios e diagnósticos, é observar suas alterações de humor e até que ponto isso prejudica o seu entorno, a vida biopsicossocial desse sujeito.

O acompanhamento psicológico é aliado do tratamento, uma condição para o sucesso na retomada da qualidade de vida. “Eu não tenho bons prognósticos de pacientes que não fazem acompanhamento psicológico diante do diagnóstico de transtorno bipolar. A psicoeducação e a psicohigiene aos aspetos no entorno do paciente, assim como a terapia familiar, melhoram a qualidade dos vínculos, confiança e harmoniza as relações”, finaliza Davi de Lima.

Consequências da pandemia que merecem atenção

Com a pandemia, a saúde mental ficou muito prejudicada e trouxe questões sobre transtornos ao debate. Uma delas está relacionada à pesquisa de doutorado do psicólogo Davi de Lima. O foco de sua tese se dá em torno da avaliação e reabilitação neuropsicológica.

 A pesquisa, que se desenvolve na Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como objetivo avaliar os impactos diretos e indiretos da Covid-19 no neurodesenvolvimento infantil. Está em observação, os casos de crianças que nasceram de mães que contraíram a doença desencadeando fatores, como, por exemplo, o nascimento prematuro e condições que afetam a saúde da mãe. A Covid-19 pode agravar condições preexistentes, além de aumentar significativamente o número de óbitos no parto nesse período da pandemia. 

Chamada para pacientes com dores provocadas por artrite localizada nas mãos

 

SÃO CARLOS/SP - Com base no desenvolvimento de várias pesquisas científicas e tecnológicas realizadas por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), igualmente alocado nesse Instituto, tem sido possível, ao longo dos anos, instituir diversos protocolos e tratamentos para inúmeras doenças, numa contribuição importante para a área médica, visando suprir necessidades importantes na área da saúde no seio da sociedade. Terapias para minimizar os efeitos da Doença de Parkinson, na prevenção e combate à mucosite, no tratamento de dores provocadas pela fibromialgia, artrose e artrite e tratamento de câncer de pele não melanoma, além de vários tratamentos já realizados a pacientes com sequelas de COVID-19 - problemas respiratórios, vasculares e musculares, recuperação do olfato, paladar e tratamento de zumbidos no ouvido -, são alguns dos exemplos.

Neste contexto, o IFSC/USP, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) avança na criação de outros projetos na área da saúde, estando neste momento fazendo uma chamada para tratamento de 15 pacientes que tenham artrite nas mãos, um projeto inserido em uma nova linha de pesquisa que já contou com a participação de 60 pacientes que manifestaram, no final das sessões, uma melhora superior a 50% na manifestação de dor. Este novo tratamento (gratuito), que agora entra em uma segunda fase, visa reduzir ainda mais as dores provocadas pela doença nas mãos dos pacientes e que comprometem os normais movimentos articulares, sendo que, além de comprometer as articulações, há um forte impacto nos cotovelos e ombros.  

Os pacientes interessados em participar deste projeto deverão se cadastrar na Unidade de Terapia Fotodinâmica, localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telef. (16) 3509-1351.

Rui Sintra - Jornalista do IFSC/USP

EUA - Um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, publicado no The American Journal of Psychiatry, apontou um avanço no tratamento contra depressão grave. O novo protocolo em questão usa estimulação magnética transcraniana e resultou em remissão de 79% dos participantes do estudo duplo-cego.

O tratamento já foi usado anteriormente contra a depressão, mas o novo protocolo é baseado em um método individualizado e não invasivo. Segundo os pesquisadores, o resultado alivia a depressão grave, proporcionando benefícios duradouros para o paciente. As informações são do “IFLScience”.

O protocolo baseia-se em um tratamento de estimulação já aprovado, chamado estimulação intermitente theta-burst (iTBS). O método consiste em pulsos magnéticos entregues à região do cérebro, que se acredita estar implicada na depressão, diariamente durante seis semanas. No entanto, o tratamento é de longa duração e os resultados variam conforme as especificidades de cada indivíduo.

 

A pesquisa

O estudo, liderado por Nolan Williams, médico e professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais, teve como objetivo direcionar os pulsos de maneira mais focada às necessidades de cada paciente e aumentar o número de pulsos.

Ao todo, 29 pacientes foram divididos em dois grupos: os receberam a nova terapia de neuromodulação de Stanford (SNT) e aqueles que receberam um tratamento simulado.

Após cinco dias de tratamento, 78,6% dos participantes que receberam SNT entraram em remissão e preencheram requisitos para não mais serem diagnosticados como deprimidos. Dos 14 participantes tratados, 12 tiveram melhora em seus sintomas em quatro semanas e 11 foram caracterizados pelas avaliações do FDA (Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) como em remissão. Já no outro grupo de tratamento simulado, apenas dois dos 15 pacientes preencheram os mesmos critérios.

Os efeitos colaterais apresentados foram leves, como fadiga temporária e dores de cabeça.

 

 

ISTOÉ

SÃO CARLOS/SP - Na última segunda-feira (31), a Câmara Municipal de São Carlos realizou uma audiência pública, atendendo um pedido do vereador Bruno Zancheta, para tratar do Serviço Integrado de Transporte Sanitário (SITS), que realiza o transporte e remoção de pacientes.

 Participaram da audiência, além do propositor, vereador Bruno Zancheta (PL), os vereadores: Elton Carvalho (Republicanos), o presidente da Comissão de Saúde, vereador Lucão Fernandes (MDB), a vereadora Professora Neusa (Cidadania) e o vereador Ubirajara Teixeira – Bira (PSD).

 Estiveram presentes também na audiência o secretário Municipal de Saúde, Marcos Palermo, o diretor de Gestão do Cuidado Hospitalar, Fausto Sposito, o supervisor do SITS Vicente Monteiro e Júlio César Barbosa, auxiliar administrativo do SITS.

 Os vereadores pontuaram: “Foram debatidos diversos pontos, como a questão estrutural, a real situação e precária situação das viaturas e também das horas extras dos servidores”.

 “Saímos desta audiência com alguns encaminhamentos, como por exemplo, uma reunião para tratar da questão de pagamentos de horas extras para os servidores, uma maior fiscalização quanto ao conserto e manutenção das viaturas e uma reunião com o secretário municipal de Habitação para a discussão de um novo prédio para o SITS. Iremos até o fim em busca de soluções”, finalizaram os vereadores.

Procedimentos acontecerão no novo centro de reabilitação que será inaugurado pelo INOVA/CITESC

 

SÃO CARLOS/SP - Através de uma parceria estabelecida entre a Secretaria de Saúde de São Carlos, Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Instituto INOVA/CITESC - Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde, será criada, na primeira quinzena de dezembro do corrente ano, o denominado “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19”, ou seja, um centro de reabilitação único no país e exclusivamente dedicado ao tratamento de pacientes (residentes em São Carlos) portadores de sequelas provocadas por  COVID-19.

Estes tratamentos - gratuitos - serão realizados nas modernas instalações do CITESC, na área do Instituto INOVA - Parque Ecotec Damha, onde ficarão instaladas doze macas bem como todos os equipamentos desenvolvidos nos últimos dois anos pelo IFSC/USP destinados a combater a COVID-19, com a presença de pesquisadores e técnicos do Instituto devidamente treinados para este efeito e onde serão capacitados novos profissionais que irão reforçar o desenvolvimento das novas tecnologias reabilitadoras.

Para a presidente do Instituto Inova, Bruna Boa Sorte, "Desde o início, as novas tecnologias para a saúde constituíram um dos pilares escolhidos para a atuação do INOVA. Seguimos focados na construção de uma sociedade com menos desigualdades sociais e esse deve ser o papel fundamental dos ambientes de inovação no Brasil". Para Marcelo da Paz, responsável pelo CITESC “Nossa instituição é um projeto ao qual dedicamos muito tempo e trabalho desde a sua concepção. Agora, com o lançamento e operação desta iniciativa, não tenho dúvidas que deixaremos um legado na área da saúde à população são-carlense a partir das novas tecnologias desenvolvidas aqui pelos pesquisadores de nossa cidade". 

Os destaques destes tratamentos - gratuitos - estarão voltados para as áreas de Fisioterapia e Odontologia, atendendo às principais sequelas que foram sendo detectadas ao longo do tempo, com destaques para dores musculares, dificuldades motoras, dificuldades respiratórias, paralisia facial, zumbidos no ouvido, fadiga, cansaço, perda de olfato e perda de paladar, entre outras.

Para o Diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, Coordenador do Grupo de Óptica do mesmo Instituto e onde foram desenvolvidos os novos protocolos e equipamentos “Através deste Centro teremos a oportunidade de colocar ao serviço da sociedade são-carlense todos os equipamentos e protocolos que foram desenvolvidos pelo Instituto de Física de São Carlos nos últimos dois anos, especialmente concebidos para tratar as pessoas que foram atingidas pela COVID-19 e que felizmente sobreviveram, mas onde muitas delas ficaram com sequelas. Assim, além desses equipamentos, teremos um contingente de pesquisadores e de profissionais que irão atuar nesses tratamentos, com especial destaque para as fisioterapias respiratória, vascular e muscular, bem como as fisioterapias odontológicas destinadas a recuperar o olfato, o paladar e a tratar os zumbidos no ouvido, procedimentos que serão realizados até os pacientes completarem sua recuperação. Esta magnífica parceria viabiliza assim o interesse público, através da Secretaria de Saúde de nossa cidade, o interesse dos cientistas e da academia, através do Instituto de Física de São Carlos/Universidade de São Paulo, da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, que gentilmente cedeu inúmeros insumos hospitalares, e do Instituto INOVA, através do CITESC, que disponibiliza o magnífico espaço. Tudo isso para que possamos ganhar o restabelecimento da saúde da população que foi acometida com o vírus, por forma a que ela volte às suas atividades de trabalho, já que tem muitas pessoas que hoje ainda estão impossibilitadas de o fazer por causa dessas sequelas”.

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Dr. Antônio Valério Morillas Júnior recorda que a Santa Casa foi a primeira unidade de saúde da região a abrir uma ala com leitos exclusivos para atendimento COVID, tendo investido em treinamento e capacitação e, graças a isso, conseguiu manter ao longo da pandemia baixos índices de letalidade, comparáveis à média brasileira dos hospitais particulares. “O próximo desafio é lidar com as sequelas da COVID. Sabemos que a doença não afeta apenas os pulmões, mas também os rins e aumenta as chances de infarto e AVC. Por isso, o projeto de tratamento para pessoas com sequelas da COVID, no CITESC, é fundamental e nós não poderíamos deixar de dar o nosso apoio, através da doação de um número considerável de insumos hospitalares”, pontuou.

Finalmente, o Presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Roselei Françoso, considera bastante importante para todos a implantação desse centro de reabilitação. “Eu só tenho a agradecer essa parceria que envolve governo municipal, governo estadual, governo federal, a USP, Instituto INOVA, e também o poder legislativo da cidade de São Carlos, que de alguma forma tem contribuído para instalação deste centro de reabilitação. Ele vem em um momento oportuno, uma vez que temos muitas pessoas precisando deste serviço. Temos a UFSCar que contribuiu e contribui com a reabilitação de pessoas, mas dado a elevação dos números de munícipes que apresentam essa demanda, eu vejo que é necessário e o mais rápido possível a instalação desta infraestrutura para que a população possa de fato ter a sua qualidade de vida de volta, ter direito de se tratar, de se recuperar e este centro vai possibilitar isso. O Instituto INOVA trabalhou muito para que este dia chegasse. Essa é uma conquista enorme para a cidade de São Carlos. Sabemos que muita gente colaborou para que este projeto desse certo: o Prefeito Airton Garcia, o Prof. Vanderlei Bagnato, a presidente do Instituto INOVA, Bruna Boa Sorte, entre outros que contribuíram para que este momento se tornasse realidade. Desejo que esse centro devolva às pessoas a esperança pela vida”, sublinhou o Presidente da Câmara.

O “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19” está localizado na Avenida Almir Villas Boas, 1100, Parque Tecnológico Damha I, em São Carlos, e será apresentado oficialmente no dia 09 de dezembro, através de coletiva de imprensa a ser anunciada pelo Instituto INOVA / CITESC, sendo que nesse mesmo dia se inicia a inscrição de pacientes. Os tratamentos iniciam-se no dia 13 de dezembro.

De acordo com os pesquisadores do IFSC/UP, responsáveis pelas equipes de atendimento, Profs. Drs. Antonio de Aquino Junior (Diretor Científico do CITESC) e Vitor Hugo Panhóca (Diretor Clínico do CITESC), a previsão é que se possam fazer cerca de dois mil atendimentos por mês, um trabalho que irá se prolongar pelo ano de 2022.

REINO UNIDO - O órgão regulador de medicamentos britânico anunciou na quinta-feira (4) que aprovou uma pílula antiviral contra a covid-19, desenvolvida conjuntamente pela farmacêutica MSD e pela Ridgeback Biotherapeutics. O Reino Unido torna-se o primeiro país a liberar um tratamento que tem o potencial de mudar o curso da pandemia.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) recomendou que o produto, chamado molnupiravir, seja usado o mais rapidamente possível após um diagnóstico positivo de covid-19 e cinco dias após o início dos sintomas.

Este é o primeiro tratamento antiviral por via oral contra a doença a ser aprovado, e o aval britânico acontece antes de uma potencial luz verde de órgãos reguladores dnos Estados Unidos. Conselheiros da agência norte-americana se reunirão neste mês para discutir se o molnupiravir deve ser aprovado.

O medicamento, que receberá o nome comercial de Lagevrio no Reino Unido, tem sido observado de perto. Dados mostraram, no mês passado, que ele reduz à metade as chances de morrer ou ser hospitalizado por causa do novo coronavírus, para aqueles com risco maior de desenvolver formas graves da covid-19 quando recebem o medicamento no início.

SÃO PAULO/SP - Em 26 de setembro acontece o Dia Nacional do Surdo, doença que atingirá uma em cada quatro pessoas até 2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, entre os dias 20 e 26 de setembro, acontece a Campanha Nacional da Surdez, promovida pela Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou autorização emergencial em caráter experimental de um medicamento para tratamento de pacientes com covid-19, o Sotrovimabe.

O remédio foi autorizado para uso em pacientes com quadros leve e moderado e com risco de evolução para uma situação grave. Ele é contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte ventilatório.

O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao público, mas terá uso ambulatorial, devendo ser prescrito por um médico para que seja ministrado. O prazo de validade do produto é de 12 meses, armazenado em temperaturas de 2º a 8º.

A autorização foi definida por unanimidade pelo colegiado. A diretora relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles satisfatórios.

“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma redução clínica com significância estatística na proporção dos voluntários com covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”, concluiu Freitas.

Mas ela ressaltou que é importante realizar o monitoramento da aplicação do remédio para mapear casos adversos. Atenção especial foi destacada pela área técnica para o uso em gestantes, para as quais deve ser avaliada com cuidado a relação custo-benefício.

A diretora também lembrou que a agência reguladora europeia para medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com covid-19.

Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A aplicação é de dose única, de 500 mg.

Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.

A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.

 

 

*Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil

Inscrições para especialização estão abertas até o dia 5 de setembro

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até o dia 5 de setembro, as inscrições para o Curso de Especialização Online "Intervenção Precoce na Infância: Práticas centradas na família e nos contextos naturais", oferecido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com conteúdo baseado em evidências científicas e um método de ensino eficaz, a pós-graduação - inédita no Brasil e alinhada com as demandas do mercado de trabalho - apresenta os estudos mais recentes desenvolvidos na Europa e Estados Unidos. As aulas começam no dia 11 de setembro.

Pesquisas atuais têm indicado a necessidade de avanço do tratamento existente para um modelo de Intervenção Precoce chamado de "terceira geração", no qual a família é a protagonista e os profissionais atendem de modo transdisciplinar. Nesse caso, as intervenções são baseadas nas rotinas e no contexto natural da criança. A especialização capacita de forma humanista, crítica e reflexiva para que o profissional use métodos, protocolos e estratégias corretamente, respeitando os princípios éticos, morais e culturais do indivíduo e de sua coletividade.

O curso ainda oferece uma visão ampla e global para a equipe de saúde atuar em conjunto com a família, em parcerias recíprocas, para obter resultados efetivos a curto prazo. Coordenado pelo Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar, o corpo docente é composto por professores da própria Instituição e de outras universidades federais brasileiras, além de convidados internacionais, como os especialistas da Associação Nacional de Intervenção Precoce na Infância de Portugal, organização responsável por formações no país.

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Ao longo de 17 meses, em 400 horas de duração, aulas teóricas e práticas acontecem em um encontro mensal, aos sábados. O restante das disciplinas é realizado de acordo com o planejamento de cada aluno com o apoio de tutores. Profissionais graduados que atuam na Primeira Infância, nos setores da Saúde, Educação, Educação Especial, Assistência Social e Reabilitação - em serviços públicos ou privados - podem participar. Os interessados devem se inscrever pelo site ipibrasil.faiufscar.com, no qual há mais informações. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SÃO CARLOS/SP - Ainda no meio da situação pandêmica causada pelo novo vírus SARS-Covid19, onde os desafios para poder acolher e tratar todos os contaminados são imensos, os cientistas já se deparam com outros desafios: o tratamento dos pacientes pós-Covid.

Ao longo deste ano de pânico e preocupação com a contaminação, todo o mundo já constatou que não se trata de uma “gripe“, onde em algumas semanas  pós-infecção as pessoas ficam zeradas e retomando suas vidas normalmente. No caso da COVID, tem ocorrido sequelas deixadas que podem se prolongar por muito tempo, caso as mesmas não deixem suas marcas com caráter permanente.

Os chamados “sobreviventes da COVID” estão sujeitos a diversos problemas de naturezas várias. Além disto, aqueles que precisam de internação também estão sujeitos aos efeitos de uma pós-hospitalização. Começando por aqueles que são hospitalizados, a imobilização prolongada durante a internação causa escaras (profundas feridas causadas pela pressão do corpo no leito), uma enorme perda muscular com comprometimento motor, diminuição da capacidade respiratória, dores diversas e problemas de memória, dentre outros sintomas. Durante a hospitalização é necessário a realização de uma boa fisioterapia no leito, da melhor forma possível.  O nível desta fisioterapia dependerá da situação do paciente – se está totalmente sedado em uma UTI, ou se está num processo de hospitalização leve. Quando for uma hospitalização leve, o próprio paciente pode ajudar nos exercícios básicos, auxiliando a ação de um fisioterapeuta, mas, no outro caso, é necessário o uso de apoio externo com o auxílio de novas tecnologias disponíveis.

O uso da laser-terapia pode ajudar muito neste processo, pois após décadas de intensas e sucessivas experiências na chamada “reabilitação fotônica”, o método pode ajudar a dar um grande ganho ao paciente. Tratar o paciente enquanto hospitalizado já ajuda muito, evitando complicações no período de imobilização e mesmo nas consequências da doença.

Para os pacientes que já venceram a hospitalização, ou que, por outro lado, nunca estiveram no hospital, em muitos casos há necessidade de se proceder a uma reabilitação intensa para evitar as sequelas. Apesar de ainda não se saber tudo o que pode ocorrer, as reclamações de quem teve Covid e não foi hospitalizado são constantes.

A laser-terapia já é bem estabelecida, aprovada  pelos diversos órgãos regulatórios: ANVISA no Brasil, FDA nos EUA e em praticamente todos os órgãos oficiais no mundo, e tem sido uma excepcional adição nos tratamentos onde se busca redução de dor devido a processos inflamatórios. Além disto, os efeitos da laser-terapia no tratamento dos edemas, aumento da regeneração tecidual, estimulo às funções neurológicas e regeneração, remineralizarão óssea, aumento da tolerância dolorosa com liberações de endorfinas e auxilio à circulação, são efeitos altamente desejados para a reabilitação dos pacientes pós-Covid e que tenham sintomas diversos deixados pela doença.

Em alguns países, já houve mesmo relatos do uso da laser-terapia para auxiliar a desinflamação pulmonar. Muitos dos aparelhos de laser-terapia foram desenvolvidos em São Carlos, sendo que aqui na cidade estão sediadas as melhores empresas deste ramo e é de certa forma natural que existam, aqui, iniciativas para produzir dispositivos e protocolos que auxiliem estas reabilitações dos pacientes.

O Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisador do IFSC/USP e desenvolvedor de tecnologias reabilitadoras a laser, está agora promovendo a formação de grupos de trabalho e parcerias com empresas para acelerar tecnologias e protocolos que permitam tratar, de forma adequada, os pacientes acima mencionados.

Segundo Bagnato, “a tecnologia a laser permite acelerar processos regenerativos e auxiliar os pacientes pós-Covid, sendo nossa obrigação disponibilizar tudo isso, realizar ensaios clínicos com seriedade e disponibilizar estes equipamentos e protocolos para a sociedade. Temos que evitar os “achismos” e partir para os fatos, com base cientifica comprovada. Reuniões de grupos de trabalho e realização de ensaios terão seu inicio muito em breve, para que rapidamente todas as tecnologias desenvolvidas possam chegar a estes pacientes, com rapidez. Temos diversas tecnologias desenvolvidas com lasers, inclusive a combinação de laser com pressão negativa e com ação ultrassônica, que deverão ser essenciais no tratamento dos efeitos deixados pela Covid”, conclui Bagnato.

O Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cepof), alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está já organizando o primeiro Workshop sobre Terapias Modernas para o Pós-Covid, estando para breve a divulgação desse evento.

 

 

*Por: Rui Sintra - jornalista do IFSC/USP

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