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ISTAMBUL - O banco central da Turquia disse nesta quinta-feira que vai desenvolver instrumentos para sustentar os depósitos em lira, aumentar a participação da divisa no financiamento, reduzir gradualmente o volume de swaps e fortalecer as reservas cambiais.

Na ata da reunião de política monetária deste mês, o banco central disse que está tomando as medidas necessárias com relação à estabilidade cambial e acrescentou que uma desinflação deve começar devido às recentes medidas adotadas, bem como ao chamado efeito de base.

 

 

Reportagem de Ali Kucukgocmen / REUTERS

ISTAMBUL - O banco central da Turquia aumentou nesta quinta-feira sua taxa básica de juros mais do que o esperado em 200 pontos-base, para 19%, para lidar com a desvalorização da lira e o aumento dos preços, o que foi visto como um teste de credibilidade devido à oposição do presidente Tayyip Erdogan a uma política monetária apertada.

Em uma pesquisa da Reuters, quase todos os 21 economistas consultados esperavam um aumento de 100 pontos-base nos juros. A lira respondeu com um salto de 2,0% em relação ao dólar.

A principal taxa de recompra de uma semana estava em 17% desde dezembro, após um aperto monetário agressivo no ano passado. Esse é o nível de juros mais alto de qualquer economia avançada, de volta a patamares alcançados pela última vez em meados de 2019.

As expectativas do mercado de um aumento dispararam após a lira perder até 10% desde meados de fevereiro, refletindo o aumento dos rendimentos dos títulos norte-americanos. A inflação também subiu mais do que o esperado para quase 16% no mês passado, bem acima da meta de 5%.

O banco central já apertou a política monetária em 875 pontos-base desde que Erdogan nomeou o presidente Naci Agbal para liderar a instituição, em novembro, quando a lira atingiu uma mínima recorde. A depreciação cambial aumenta a inflação na Turquia, dependente de importações.

Erdogan frequentemente pede custos de empréstimos mais baixos e demitiu abruptamente os dois últimos presidentes do banco central. Mas ele nomeou Agbal como parte de uma surpreendente reformulação da liderança sob a qual ele prometeu uma nova era econômica favorável ao mercado.

 

 

*Por Ali Kucukgocmen / REUTERS

MUNDO - A Turquia e os Estados Unidos iniciaram negociações para formar um grupo de trabalho conjunto sobre as sanções impostas pelos EUA à compra de sistemas de defesa antimísseis S-400 russos por Ancara, disse o chanceler Mevlut Cavusoglu na última quarta-feira (30).

Washington impôs sanções ao aliado da OTAN, o Conselho da Indústria de Defesa da Turquia (SSB), seu chefe Ismail Demir e três outros funcionários neste mês, após a aquisição dos S-400.

As sanções vêm em um momento delicado no relacionamento tenso entre Ancara e Washington, enquanto o presidente eleito democrata Joe Biden se prepara para assumir o cargo em 20 de janeiro, substituindo o atual republicano Donald Trump.

Ancara já havia proposto um grupo de trabalho para avaliar o impacto potencial dos S-400s nos sistemas da OTAN, uma sugestão inicialmente rejeitada por Washington.

Falando em uma entrevista coletiva na quarta-feira, Cavusoglu disse que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, já havia indicado interesse em formar um grupo de trabalho conjunto.

“Em nosso encontro com Pompeo, dissemos que nossa proposta ainda está de pé e os americanos disseram que vamos trabalhar juntos nessa questão. Há conversas agora, o grupo de trabalho conjunto ainda não foi formado”, disse Cavusoglu.

A Turquia diz que a compra dos S-400s não foi uma escolha, mas uma necessidade, já que não conseguiu obter sistemas de defesa aérea de nenhum aliado da OTAN em termos satisfatórios.

Washington diz que os S-400 representam uma ameaça aos seus caças F-35 e aos sistemas de defesa mais amplos da OTAN. A Turquia rejeita isso e diz que os S-400s não serão integrados à Otan.

Cavusoglu também disse na quarta-feira que a Turquia está pronta para tomar medidas para melhorar os laços com os Estados Unidos e espera que o próximo governo Biden faça o mesmo.

 

 

 

*Reportagem de Orhan Coskun; Escrito por Ali Kucukgocmen; REUTERS 

MUNDO - A relação já frágil entre Grécia e Turquia começou a se agravar no dia 10 de agosto, quando um navio turco de prospecção de petróleo iniciou pesquisas perto da ilha grega de Castelorizo, que tem uma área de apenas 9 km² e 500 habitantes. O navio foi escoltado por cinco embarcações de guerra turcas e acendeu alerta vermelho das autoridades gregas, que, em resposta, também passaram a vigiar as águas do entorno.

França, Itália e Chipre acabam de se juntar ao governo de Atenas. Esses país preveem realizar até sexta-feira (28) exercícios navais e aéreos na região. A ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, publicou que “o respeito pelo direito internacional deve ser a regra e não a exceção” e que “não deve ser um parque de diversão para as ambições de alguns”, em referência ao governo de Ancara.

 

Disputa para além dos hidrocarbonetos

A Turquia não está de acordo com o limite de sua influência marítima, considerando a proximidade de ilhas gregas em sua costa. Portanto, não aceita ficar limitada a uma estreita faixa de água devido à extensão da plataforma continental da Grécia. Nesse cenário atual, por exemplo, a minúscula Castelorizo é um entreposto grego que fica a 500km da costa da Grécia e somente a 2km da Turquia.

Também entra para este turbulento convívio a ilha de Chipre. A União Europeia considera o Norte do território como parte da República de Chipre e as águas ao seu redor como pertencentes à Zona Econômica Exclusiva, o que significa que os países do bloco europeu, do qual a Grécia faz parte, têm o direito exclusivo de pescar, explorar e realizar atividades econômicas na área. Mas, como a Turquia reconhece o Norte de Chipre como independente e parte de seu território desde a ocupação, em 1974, Ancara diz que tem todo o direito de navegar por toda essa área.

 

UE trata impasse com cautela

A União Europeia, em julho do ano passado, já impôs sanções à Turquia justamente por também fazer perfurações de exploração na costa norte de Chipre. Nesta semana, o chanceler da Alemanha, país que detém a presidência rotativa da União Europeia, foi para Atenas e para Ancara tentar acalmar a disputa entre os dois países, que são membros da OTAN, e encorajá-los a dialogar sobre a delimitação marítima.

Mas, após o anúncio do exercício militar europeu no Mediterrâneo, o presidente turco, Tayyip Erdogan, alertou que a Turquia não fará nenhuma concessão para defender seus interesses e pediu que a Grécia se abstenha de cometer quaisquer "erros" o que levaria à sua "ruína".

Em resposta a essa crise, a Grécia anunciou que vai estender suas águas territoriais de seis para doze milhas náuticas (de 11 para 22 quilômetros) ao longo de sua fronteira com a Itália - um movimento permitido dentro do direito internacional. O governo grego qualificou essa postura como o fim de anos de uma política externa "passiva".

 

Cada um busca seus próprios aliados

Na última semana, Grécia e Egito também assinaram um acordo de delimitação de jurisdição marítima no Mediterrâneo, que o governo de Ancara considera inválido pois estaria dentro da plataforma continental turca, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores da Turquia reportada à ONU.

Vale ressaltar que essa manobra grega agravou a inimizade entre Turquia e Egito, iniciada com a queda da Irmandade Muçulmana, um regime aliado de Erdogan. Ancara e Cairo também estão em lados opostos no conflito na Líbia. Enquanto o Egito apoia as milícias do general Khalifa Haftar, a Turquia está ao lado do governo líbio - apoiado pelas Nações Unidas. A Turquia também assinou com Trípoli, em novembro passado, um pacto marítimo que desconsidera a zona da ilha grega de Creta, no meio da rota, no Mediterrâneo. 

 

Mar Negro: esperança turca de independência energética

Além de entrar na briga pela divisão de reservas do Mediterrâneo, a Turquia anunciou, na sexta-feira (21), a maior descoberta de gás natural no Mar Negro. Para a economia, que não vai nada bem, é a possibilidade de o país se tornar produtor de energia.

Tayyip Erdogan afirmou se tratar de uma reserva de 320 bilhões de metros cúbicos, o que representa sete vezes mais o que Ancara importa todo ano de gás.  A exploração deve começar em 2023, segundo palavras do presidente turco.

Isso também representa um futuro menos dependente da Rússia, de onde vem 30% do consumo interno, e do Irã, de onde vem 17%. Também significa mais poder na mesa de negociação com a comunidade internacional e, claro, mais força, para Erdogan, que insiste que ninguém vai detê-lo na expansão dos seus horizontes. A Turquia mostra, com a prospecção marítima, como sua política externa é comparável, para alguns analistas, com uma versão contemporânea do antigo Império Otomano.

 

 

*Por: Fernanda Castelhani, correspondente da RFI em Istambul

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