EUA - É chover no molhado afirmar que Will Smith coleciona sucessos em sua profissão. Se tudo começou na sitcom Um Maluco no Pedaço, agora sua carreira inclui filmes icônicos como Homens de Preto, Independence Day, À Procura da Felicidade, Hitch - Conselheiro Amoroso, entre tantos outros. Mas você sabia que Eu Sou a Lenda, lançado originalmente em 2007, é um dos trabalhos mais exitosos de Smith nas bilheterias mundiais?
Na trama, Smith interpreta Robert Neville (Smith), um cientista brilhante que, sem saber como, se tornou imune a um vírus incurável que dizimou a população de Nova York. Há três anos ele percorre a cidade enviando mensagens de rádio, na esperança de encontrar algum sobrevivente. Ao mesmo tempo que precisa escapar das vítimas mutantes que tentam atacá-lo, Robert realiza testes com seu próprio sangue para achar um meio de reverter os efeitos do vírus.
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Dirigido por Francis Lawrence, o longa teve uma estreia recorde de US $77 milhões – a melhor de todos os tempos para uma produção não natalina que chegou aos cinemas em dezembro. Apesar de ter arrecadado mais de US$ 585 milhões ao todo, I Am Legend (no original) não escapou de um fim controverso e, inclusive, bastante criticado por Smith.
Na versão editada e exibida mundo afora, seu personagem acaba se sacrificando para permitir que Anna (Alice Braga) e Ethan (Charlie Tahan) fujam com a recém-descoberta cura. Porém, na versão originalmente filmada, Robert Neville sobreviveu ao encontro final e aprendeu uma lição valiosa ao fazê-lo. Não foi um final feliz, o que explica o fato de o longa ter sido relançado várias vezes com o final original.
Em entrevista ao programa The Oprah Conversation, comandado por Oprah Winfrey e exibido pela Apple TV+, Smith revelou que não ficou satisfeito com a bilheteria recorde e que expressou isso ao seu parceiro de produção James Lassiter. O ator contou que, quando recebeu a notícia dos US$ 77 milhões, ficou "animado por 30 segundos", até que perguntou a Lassiter por que o longa não havia chegado a US$ 80 milhões.
O amigo se surpeendeu com o questionamento de Smith, mas ele insistiu, apontando o desfecho do filme como uma possível razão para não atingir um número redondo. O astro disse: "Não, foi 77, você acha que se tivéssemos ajustado o final? Porque eu queria que o final se parecesse mais com o Gladiador."
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Perplexo, Lassiter deu a seguinte resposta: "É a maior abertura da história, de todos os tempos. Do que você está falando?" No que Smith interveio: "J, entendi, só estou perguntando por que você acha que não batemos os 80." Isso fez com que o produtor desligasse na cara dele pela primeira e única vez. Hoje, Smith admite que sua reação foi um exemplo do "adoecimento sutil do sucesso material".
Muito já se falou sobre uma possível sequência de Eu Sou a Lenda, ou mesmo uma refilmagem sem Smith – uma vez que seu personagem está morto. Mas nenhum projeto ganhou luz até o momento.
Lucas Leone / ADOROCINEMA