UCRÂNIA - O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a possível integração da Ucrânia na União Europeia (UE) é uma grande motivação para a sociedade e Exército ucraniano contra a invasão russa.
"Para a nossa sociedade e para o nosso Exército, é uma grande motivação. Um grande fator motivador para a unidade e vitória do povo ucraniano", sublinhou o chefe de Estado ucraniano durante uma vídeoconferência com estudantes canadianos.
Volodymyr Zelensky, que respondeu em direto a perguntas de estudantes de várias universidades canadianas, sublinhou que os próximos dias serão decisivos para a candidatura da Ucrânia à adesão à UE.
A intervenção do Presidente ucraniano ocorre pouco antes da reunião de chefes de Estado e do governo da UE, que começa quinta-feira em Bruxelas e que deve ratificar o estatuto da Ucrânia como país candidato ao organismo europeu.
Zelesnky, que durante a videoconferência de uma hora, organizada pela Munk School da Universidade de Toronto, teve a iniciativa de brincar várias vezes com os estudantes, assegurou que está convicto de que todos os países da UE vão apoiar a candidatura do seu país.
"É um momento de viragem para nós. Alguns da minha equipa comparam este momento com a passagem da escuridão para a luz", assinalou.
O Presidente ucraniano também repetiu que a Ucrânia precisa de mais armas, mais ajuda financeira e mais sanções contra a economia russa por parte do Ocidente, para repelir a invasão por Moscovo.
Apesar da seriedade do discurso, Zelensky não deixou de se rir com a pergunta de um estudante, que o comparou com personagens da história como Winston Churchill, ou da ficção como o Harry Potter, e questionou ainda qual é a sua inspiração.
"O Harry Potter é melhor que o Voldemort. Todos nós sabemos quem são Voldemort e Harry Potter nesta guerra, então sabemos como é que isto vai acabar", retorquiu Zelensky, provocando risos na plateia, incluindo da vice-primeira-ministra canadiana Christia Freeland.
Volodymyr Zelensky referiu ainda que a sua inspiração é o povo ucraniano, de camponeses e donas de casa, que o inspiram a continuar a lutar.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou 4.597 civis e deixou 5.711 feridos, segundo dados da ONU, que sublinha que os números reais poderão ser muito superiores.
Lusa