BARCELONA - A cidade de Barcelona, na Espanha, planeja banir a autorização para alugueis turísticos de curta temporada no prazo de cinco anos. O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Jaume Collboni, que disse que não pretende renovar as licenças turísticas já concedidas, quando elas expirarem em 2028. Atualmente, há 10,1 mil licenças desse tipo concedidas.
O anúncio atinge apartamentos e casas atualmente alugados por meio de plataformas como o Airbnb e Homeaway.
Collboni afirmou que esses locais estarão disponíveis para moradores locais, o que seria o equivalente, segundo ele, a construir mais de 10 mil novas residências. A medida é anunciada pelo prefeito como uma forma de resolver o problema de escassez habitacional na cidade espanhola e alta nos preços de moradia.
“A cidade não pode permitir a utilização de um número tão elevado de apartamentos para a atividade turística num momento de dificuldade de acesso à habitação e em que são evidentes os efeitos negativos da sobrelotação turística”, afirmou o prefeito.
Barcelona é uma das cidades mais visitadas por turistas na Europa. Em outras cidades europeias, como Berlim e Paris, também há críticas aos apartamentos alugados para turistas e tentativas de conter a atividade em razão do problema no mercado habitacional. Nos Estados Unidos, grandes cidades também têm adotado restrições ao aluguel de curta duração.
O prefeito da cidade espanhola argumenta que os apartamentos para turistas contribuíram para um aumento de 68% nos preços dos alugueis na cidade e de 38% no custo para compra de uma casa.
A cidade de Barcelona já havia suspendido a concessão de novas licenças para apartamentos turísticos, na gestão da antecessora de Collboni, Ada Colau. Ela também havia proibido que novos hotéis fossem abertos nas áreas mais populares da cidade. /Com AFP