DAVOS - O presidente da França, Emmanuel Macron, argumentou que não é positivo para os países da Europa “depender totalmente” dos Estados Unidos em certas cadeias de produção. Mesmo ao reafirmar a aliança com os americanos, o líder notou que o continente tem o interesse de se aproximar também de outras latitudes, como da Ásia, durante discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Em sua fala, Macron também defendeu que os governos invistam mais na descarbonização de suas economias, como forma de gerar novos empregos e criar maior resiliência a choques energéticos. “Descarbonizar é um acerto e esta agenda nos tornou o país mais atrativo da Europa nos últimos anos”, disse.
Além de destacar os feitos de seu governo para criar empregos depois da pandemia, Macron mencionou a liderança francesa nos investimentos em energia verde e inovação.
Ao mesmo tempo, demonstrou a preocupação de que a França não seja o único país a seguir essas regras, cobrando “muito mais” investimentos em tecnologias limpas. E mencionou o compromisso de, até 2027, a França “se livrar do carvão”, com o fechamento das duas usinas de produção dele ainda em operação.
Macron ainda reafirmou o compromisso de apoiar a Ucrânia, na guerra contra a Rússia. Em outro momento, comentou que o uso de inteligência artificial deve ter uma “forte convergência”, especialmente com os Estados Unidos. Na indústria, a IA pode acelerar oportunidades e ser o meio de melhorar a produtividade de trabalhadores “não qualificados ou pouco qualificados”, comentou.