ALEMANHA - O índice europeu de ações encerrou quase estável nesta quinta-feira, com a continuação do movimento de venda de ações de empresas de chips, enquanto investidores digeriram a mais recente decisão de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou com oscilação negativa de 0,08%, a 514,41 pontos, acumulando quatro sessões no vermelho.
O BCE manteve o juro inalterado, conforme esperado, mas disse que a reunião de setembro está "totalmente aberta", conforme reduziu sua avaliação sobre as perspectivas econômicas da zona do euro e previu que a inflação continuará a cair.
"O que (a presidente do BCE) Christine Lagarde está tentando fazer é ganhar um pouco de tempo... o mercado de trabalho ainda continua bastante forte e isso permite que o BCE aproveite esse tempo", disse Aneeka Gupta, diretora de pesquisa macroeconômica da WisdomTree.
"Em vez de dar essa orientação firme para setembro, o BCE continua a depender bastante dos dados, principalmente para permitir manter todas as opções em aberto."
Os rendimentos de títulos de governo em todo o continente recuaram, enquanto o euro caía 0,2% em relação ao dólar. [GVD/EUR]
O índice que reúne ações de empresas de tecnologia ampliou perdas para uma quarta sessão e fechou em baixa de 1,8%. Ações de companhias do setor de semicondutores como ASML, ASM International e BE Semiconductor ficaram entre as de pior desempenho.
As ações de companhias vinculadas à indústria de microprocessadores ficaram sob pressão em todo o mundo na quarta-feira, após a mídia informar que os Estados Unidos disseram a seus aliados que estão considerando usar restrições comerciais mais severas contra o avanço da China no setor.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,21%, a 8.204,89 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,45%, a 18.354,76 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,21%, a 7.586,55 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,43%, a 34.529,13 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,38%, a 11.147,50 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,34%, a 6.789,09 pontos.
Por Shristi Achar A e Pranav Kashyap e Shashwat Chauhan / REUTERS
ESTRASBURGO - Ursula von der Leyen foi reeleita, na quinta-feira (18), presidente da Comissão Europeia.
O Parlamento Europeu aprovou a recondução no cargo da presidente da Comissão Europeia por mais cinco anos, com 401 votos favoráveis dos eurodeputados na votação em plenário em Estrasburgo, acima dos 360 necessários.
Este será o segundo mandato de Von der Leyen na Comissão Europeia.
ALEMANHA - A maioria dos deputados do partido alemão de extrema direita AfD e uma formação de esquerda radical boicotaram, nesta terça-feira (11), o discurso no Parlamento do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que alertou sobre a retórica pró-russa na Europa.
O mandatário fez um discurso para os legisladores do Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento alemão. A bancada dos 77 deputados da AfD estava praticamente vazia e apenas quatro deles estiveram presentes.
"Nos negamos a escutar um orador com roupa de camuflagem", explicou em um comunicado a direção da legenda, afirmando que a "Ucrânia não necessita de um presidente de guerra, mas sim um presidente de paz".
Também abandonaram o hemiciclo os 10 deputados do partido de esquerda radical BSW, criado recentemente e de linha soberanista, com um discurso crítico à migração e à entrega de armas a Kiev.
Esse grupo disse querer enviar "um sinal de solidariedade a todos os ucranianos que querem um cessar-fogo imediato e uma solução negociada".
Para esses dois partidos, as eleições europeias de domingo foram um sucesso.
A AfD ficou em segundo lugar com cerca de 16% dos votos, atrás dos conservadores. O BSW superou os 6% e eclipsou o movimento histórico de extrema esquerda Die Linke (2,7%).
- "Perigoso para seus países" -
Em visita a Berlim para uma conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia, Zelensky expressou sua preocupação com os bons resultados eleitorais das formações "com slogans radicais pró-russos".
É "perigoso para seus países", disse em uma coletiva de imprensa ao lado do chefe de Governo alemão, Olaf Scholz.
O presidente ucraniano pediu mais uma vez aos seus aliados que aumentem a ajuda em matéria de defesa aérea.
"É o terror inspirado pelos mísseis e as bombas o que ajuda as tropas russas a avançar no terreno", assegurou ante um grupo de altos responsáveis europeus.
"Enquanto não privarmos a Rússia da possibilidade de aterrorizar a Ucrânia, [o presidente russo Vladimir] Putin não terá nenhum interesse real em buscar uma paz justa", disse.
"A defesa aérea é a resposta", acrescentou.
Depois de Berlim, Zelensky participará da cúpula dos dirigentes do G7 na Itália e depois irá à Suíça para discursar na Conferência sobre a paz na Ucrânia, que ocorrerá no sábado e no domingo e contará com mais de 90 países e organizações. Rússia e China não estão entre elas.
Por sua vez, Scholz também instou os aliados ocidentais a fazerem mais para permitir que Kiev proteja suas infraestruturas vitais e civis.
"O que o Exército ucraniano mais necessita agora são munições e armas, sobretudo para a defesa antiaérea", insistiu o dirigente alemão, recordando que Berlim decidiu entregar recentemente um terceiro sistema de defesa antiaérea Patriot.
Scholz reafimou que não haverá "vitória militar nem uma paz ditada" por Putin.
"Promover essa conscientização é o que está em jogo na cúpula de paz que será realizada neste fim de semana na Suíça", comentou.
A segurança energética e a renovação da rede elétrica ucraniana também serão algumas das questões abordadas no encontro no país helvético.
Zelensky indicou na terça-feira que os bombardeios russos contra as infraestruturas energéticas do país reduziram à metade sua produção elétrica desde o inverno.
ALEMANHA - Os países da União Europeia adotaram formalmente um plano para usar os lucros inesperados dos ativos do banco central russo congelados na UE para a defesa da Ucrânia, disse o governo belga na terça-feira.
O texto só precisou da aprovação dos ministros depois que os embaixadores da UE chegaram ao acordo no início de maio. Moscou alertou repetidamente o Ocidente sobre as consequências caso seus bens fossem tocados e acusou Washington de intimidar a Europa, para que fossem tomadas medidas mais radicais para frustrar a Rússia na Ucrânia.
Nos termos do acordo, 90% dos rendimentos irão para um fundo gerido pela UE para ajuda militar à Ucrânia contra a invasão da Rússia, sendo os outros 10% destinados a apoiar Kiev de outras formas.
A UE espera que os ativos produzam cerca de 15 a 20 bilhões de euros em lucros até 2027. Os ativos estão ganhando juros excepcionais, resultando nos chamados lucros extraordinários. Espera-se que a Ucrânia receba a primeira parcela em julho, disseram diplomatas da UE.
O Grupo dos Sete países (G7) congelou cerca de 300 bilhões de dólares em ativos financeiros russos logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022. Desde então, a UE e outros países do G7 têm debatido como e se devem utilizar os fundos para ajudar a Ucrânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, agradeceu à UE pela decisão na terça-feira, mas reiterou o objetivo final da Ucrânia de confiscar os ativos financeiros russos, e não apenas de se beneficiar dos juros.
“Com toda a nossa gratidão por esta decisão de hoje, os montantes não são proporcionais (com a quantidade de ativos congelados)”, disse Kuleba aos jornalistas.
“É por isso que o terceiro passo, de que falamos desde o início do ano, deveria ser na verdade o confisco dos próprios bens”, acrescentou.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, está pressionando os outros países do G7 esta semana a chegarem a acordo sobre um plano para usar os lucros como garantia para apoiar um empréstimo maior para ajudar a Ucrânia.
Reportagem de Julia Payne, Yuliia Dysa e Anastasiia Malenko / REUTERS
BRUXELAS - A líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou partidos de extrema-direita, como o alemão AfD, que disputarão as eleições parlamentares da União Europeia, dizendo que eles têm que "limpar a casa” e se livrar de propaganda do Kremlin.
"Quando eu vejo o que seus colegas do AfD, os principais candidatos, fizeram, eles estão sendo investigados por estarem no bolso do (presidente russo, Vladimir) Putin", disse Von der Leyen, em um debate sobre o futuro da UE com vários outros candidatos, organizado pelo site Politico na segunda-feira.
Ela respondia a Anders Vistisen, do Partido do Povo Dinamarquês, de direita, referindo-se à prisão na semana passada de Maximilian Krah, assessor do principal candidato da Alternativa para a Alemanha (AfD, em alemão), partido de extrema-direita, por acusações de espionagem.
No debate, Vistisen acusou Von der Leyen de incentivar apoio à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia apenas para adquirir mais poder.
"Se você olhar para o programa eleitoral (da extrema-direita), você verá que ele ecoa as mentiras e a propaganda do Kremlin. Então, limpem a sua própria casa antes de nos criticar", disse Von der Leyen.
Partidos nacionalistas anti-imigração planejam unir forças após a próxima eleição parlamentar da União Europeia com o objetivo de criar um novo bloco para abalar a UE, disseram autoridades de quatro grupos no começo de abril.
A iniciativa evidencia uma confiança cada vez maior entre partidos de extrema-direita e soberanistas de que, pela primeira vez desde a formação da UE, 60 anos atrás, eles podem vencer cadeiras suficientes no Parlamento para ter uma grande influência na maneira como o continente é administrado.
Além do AfD, o conservador Finns Party e o Partido do Povo Dinamarquês também prometeram apoiar a iniciativa.
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, que lidera a Liga, de direita, e tem sido a força motriz para persuadir políticos com ideias similares de abandonarem suas divisões anteriores antes da eleição de junho da UE, afirmou que seus atuais aliados europeus, incluindo o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen na França, também participariam.
Reportagem de Sabine Siebold / REUTERS
DAVOS - O presidente da França, Emmanuel Macron, argumentou que não é positivo para os países da Europa “depender totalmente” dos Estados Unidos em certas cadeias de produção. Mesmo ao reafirmar a aliança com os americanos, o líder notou que o continente tem o interesse de se aproximar também de outras latitudes, como da Ásia, durante discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Em sua fala, Macron também defendeu que os governos invistam mais na descarbonização de suas economias, como forma de gerar novos empregos e criar maior resiliência a choques energéticos. “Descarbonizar é um acerto e esta agenda nos tornou o país mais atrativo da Europa nos últimos anos”, disse.
Além de destacar os feitos de seu governo para criar empregos depois da pandemia, Macron mencionou a liderança francesa nos investimentos em energia verde e inovação.
Ao mesmo tempo, demonstrou a preocupação de que a França não seja o único país a seguir essas regras, cobrando “muito mais” investimentos em tecnologias limpas. E mencionou o compromisso de, até 2027, a França “se livrar do carvão”, com o fechamento das duas usinas de produção dele ainda em operação.
Macron ainda reafirmou o compromisso de apoiar a Ucrânia, na guerra contra a Rússia. Em outro momento, comentou que o uso de inteligência artificial deve ter uma “forte convergência”, especialmente com os Estados Unidos. Na indústria, a IA pode acelerar oportunidades e ser o meio de melhorar a produtividade de trabalhadores “não qualificados ou pouco qualificados”, comentou.
ALEMANHA - A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um aviso para o "aumento alarmante" de casos de sarampo na Europa.
Segundo dados da agência, registaram-se, entre janeiro e outubro deste ano, mais de 30 mil casos da doença.
O valor representa um aumento significativo em comparação com dados do ano anterior, onde se registraram 941 casos.
Os casos da doença afetam sobretudo crianças, mas não só, e a OMS espera que o número continue aumentando, pelo que urge para que sejam tomadas medidas.
"A vacinação é a única forma de proteger as crianças contra esta doença potencialmente perigosa. São necessários esforços urgentes de vacinação para travar a transmissão e evitar que se propague ainda mais. É vital que todos os países estejam preparados para detectar rapidamente e responder a tempo aos surtos de sarampo, que podem comprometer os progressos no sentido da eliminação", afirmou Hans Henri P. Kluge., diretor regional para a Europa na Organização Mundial da Saúde.
Segundo o 20 minutos, este ressurgimento do sarampo é atribuído, em grande medida, a uma diminuição da cobertura vacinal nos países da região entre 2020 e 2022.
BRUXELAS - Países membros estão divididos sobre a reunião anual dos ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, na quinta-feira, com as nações bálticas, e a Ucrânia está se recusando a comparecer devido à presença de Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia.
Composta por 57 membros, a OSCE (sigla em inglês) é a sucessora de uma organização da era da Guerra Fria com a qual as potências soviéticas e ocidentais se envolveram, mas está agora em grande parte paralisada pelo uso contínuo, por parte da Rússia, do veto efetivo que cada país tem.
Os EUA e seus aliados procuram simultaneamente manter viva a OSCE e responsabilizar a Rússia pela invasão da Ucrânia. Eles comparecem à reunião enquanto fazem questão de denunciar as ações de Moscou -- postura que alguns dos aliados mais próximos da Ucrânia têm pouco interesse.
“Como é que se pode falar com um agressor que está cometendo genocídio, uma agressão total contra outro Estado-membro, a Ucrânia?”, disse a jornalistas nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, em Bruxelas, onde participou de uma reunião da OTAN.
A Estônia, a Lituânia e a Letônia estão do lado da Ucrânia nessa questão. A agência de notícias russa Tass informou que Lavrov chegou a Skopje nesta quarta-feira após um vôo tortuoso de cinco horas, que evitou o espaço aéreo de países que proibiram aeronaves russas.
O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse compreender o desconforto com a participação de Lavrov na reunião em Skopje, na Macedônia do Norte. Afirmou, no entanto, que era uma oportunidade para Lavrov ouvir uma ampla condenação da guerra da Rússia na Ucrânia.
Por Andrew Gray e Francois Murphy e Ingrid Melander / REUTERS
LUXEMBURGO - Os ministros europeus do Interior expressaram em Luxemburgo a vontade de acelerar as expulsões de estrangeiros em situação irregular considerados perigosos, após os ataques na França e na Bélgica cometidos por indivíduos radicalizados.
“Uma pessoa que representa uma ameaça para a segurança de um Estado-membro é também uma ameaça para a segurança de outro Estado-membro. Por isso, deveria ser obrigatório expulsar imediatamente essas pessoas”, afirmou a comissária europeia de Assuntos Internos, Ylva Johansson.
A proposta apresentada em 2018 para revisar a atual “diretiva de retorno” proíbe os Estados membros de acordar um prazo para o retorno voluntário de cidadãos de outros países que estão em situação irregular e representam uma ameaça para a segurança pública.
A questão da baixa aplicação das ordens de expulsão (menos de um terço a nível europeu nos últimos anos) é um tema recorrente nas reuniões da União Europeia (UE).
A baixa taxa de expulsões se deve à falta de cooperação dos países de origem para cuidar de seus cidadãos. A UE condiciona a concessão de vistos ou ajuda para o desenvolvimento à cooperação dos países de origem na questão da readmissão de seus cidadãos.
ALEMANHA - A Autoeuropa fez saber que vai retomar a produção no início de outubro depois de ter garantido o fornecimento de uma peça fundamental para o Volksawgen T-Roc junto de uma empresa espanhola e outra chinesa.
De acordo com a agência Lusa, a informação foi comunicada aos trabalhadores numa nota interna da administração da Autoeuropa que informa que foi possível encontrar outros fornecedores da peça em falta que tinha obrigado a empresa a anunciar uma paragem de produção de 11 de setembro a 12 de novembro.
“A direção da fábrica informa que desde a interrupção do fornecimento de uma peça fundamental na construção dos motores que equipam o T-Roc – entre outros modelos do Grupo Volkswagen – os departamentos de logística e de compras do grupo têm vindo a trabalhar de forma intensa no sentido de mitigar este impacto”, adianta a comunicação interna da fábrica da Autoeuropa.
“Subfornecedores existentes no portfólio do Grupo Volkswagen, entre os quais uma empresa chinesa e outra espanhola, serão responsáveis por assegurar o fornecimento parcial das peças”, acrescenta o documento.
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