ESPANHA - A camisa do Real Madrid ultrapassou o valor de R$ 1 bilhão. O clube fechou na quinta-feira um acordo de patrocínio para a manga do uniforme com a HP, empresa de tecnologia dos Estados Unidos. O acerto vai render 70 milhões de euros (cerca de R$ 375 milhões) por ano ao Real, de acordo com o jornal "As". O anúncio oficial ocorrerá na sexta-feira, após o clube divulgar um vídeo teaser nas redes sociais (veja abaixo).
Desta forma, o valor total de patrocínios na camisa do Real Madrid atinge 250 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) por ano. Além da HP, o Real Madrid tem a Fly Emirates como patrocinador máster, além do acordo com a Adidas como fornecedor esportivo.
Quanto o Real Madrid recebe pela camisa por ano
- Fly Emirates (máster): 70 milhões de euros (R$ 375 milhões)
- HP (manga): 70 milhões de euros (R$ 375 milhões)
- Adidas (fornecedor): 117, milhões de euros (R$ 630 milhões)
Estratégia para se manter competitivo
Esta é a primeira vez na história que o Real Madrid terá dois patrocinadores na camisa. Até então, o clube exibia apenas a marca de uma empresa na frente do uniforme, no espaço máster. De acordo com o "As", esta mudança é uma forma de conseguir se manter competitivo financeiramente com outros clubes.
A expectativa é de que o valor da camisa do Real Madrid cresça nos próximos anos. O contrato com a Fly Emirates se encerra em 2026, e o clube espera aumentar o valor que recebe em uma possível renovação.
- O Real Madrid é um dos maiores times do mundo, isso se deve aos feitos dentro do campo e de uma estratégia de marca muito bem implementada fora dele - aponta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.
- O Barcelona, arquirrival do Real Madrid e que não estampava patrocinadores ao longo de décadas, se rendeu às ofertas e exigências financeiras para se manter competitivo no nível em que sua torcida exigia. O que a torcida do Real Madrid exige do clube está em um patamar mais alto, no qual a concorrência com os principais clubes ingleses e os catares em Paris obriga os espanhóis a buscarem receitas adicionais - exemplifica Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.