EUA - A Apple divulgou nesta quinta-feira receita e lucro trimestrais acima das expectativas de Wall Street, com aumento nas vendas do iPhone e recuo menor do que o esperado nas vendas de wearables, apesar da contínua queda no mercado de eletrônicos de consumo e da perspectiva econômica incerta.
A Apple disse que as vendas do segundo trimestre fiscal encerrado em 1º de abril caíram 2,5%, para 94,84 bilhões de dólares, melhor do que as expectativas dos analistas, que esperavam queda de 4,4%, a 93 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv. O lucro ficou estável em 1,52 dólar por ação, em comparação com as estimativas de queda de 5,7%, a 1,43 dólar por ação, de acordo com a Refinitiv.
O aumento de 1,5% na receita do iPhone da Apple contrasta com a indústria de eletrônicos de consumo em geral, que está lidando com uma queda nas vendas de smartphones, tablets e PCs à medida que consumidores e empresas que adquiriram eletrônicos durante a pandemia reduzem os gastos em meio a taxas de juros crescentes e incerteza econômica.
O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, disse em entrevista à Reuters nesta quinta-feira que a empresa estabeleceu um recorde de vendas de iPhone no segundo trimestre fiscal, em parte graças à conquista de novos usuários em mercados como a Índia, onde Cook recentemente viajou para a abertura das primeiras lojas físicas da empresa no país.
“Estamos entusiasmados com nosso desempenho em mercados emergentes”, disse Cook. “Estabelecemos recordes para a base instalada do iPhone em todos os segmentos geográficos e tivemos vendas muito fortes em mercados emergentes, especialmente no Brasil, Índia e México.”
As vendas do iPhone subiram 1,5%, a 51,33 bilhões de dólares, em comparação com as expectativas dos analistas de uma queda de 3,3%, a 48,9 bilhões de dólares, segundo a Refinitiv.
As vendas da unidade de wearables da Apple, que inclui dispositivos como AirPods e o Apple Watch, caíram menos de 1% a 8,76 bilhões de dólares, em comparação com as estimativas de uma queda de 4,4%, a 8,4 bilhões de dólares.
Reportagem de Stephen Nellis em San Francisco e Yuvraj Malik em Bengaluru / REUTERS