O projeto atual desenvolvido pela estudante - "Aplicativos disponíveis em lojas online brasileiras voltados para saúde e bem-estar dos trabalhadores: uma busca sistemática" - tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O objetivo da pesquisa é avaliar a disponibilidade e a qualidade dos aplicativos móveis de saúde (mHealth) voltados para saúde e bem-estar dos trabalhadores. "Pensando na importância que a autogestão tem na saúde dos trabalhadores e o impacto dos aplicativos de saúde, o intuito do projeto é identificar possíveis lacunas nessa área a fim de possibilitar avanços e melhorias para a saúde dos trabalhadores", explica Tatiana Sato, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e orientadora do estudo.
Beatriz Faria aponta que o projeto já identificou, até o momento, 3.456 aplicativos disponíveis nas lojas online que utilizavam as palavras-chave selecionadas para realizar a busca. "Dentre eles, identificamos os três melhores aplicativos que apresentaram maior pontuação em relação à sua qualidade na escala que utilizamos", explica. A professora afirma que os aplicativos podem ser usados pelos trabalhadores e oferecem dicas de exercícios, com avatares e vídeos explicativos, estimulam a realização de pausas no trabalho com variação postural e interrupção de longos períodos de sedentarismo no trabalho. "Esses aspectos podem ajudar os trabalhadores a reduzirem os sintomas e desconfortos quando usados com certa regularidade", complementa Sato.
O estudo, que teve início em maio de 2022, deve ser finalizado até o próximo mês de abril.
Meninas na Ciência
A premiação recebeu indicações de 446 candidatas de 223 instituições de todas as regiões do País. Foram 126 indicadas para a categoria Ensino Médio e 320 para a Graduação, categoria subdivida entre três grandes áreas do conhecimento: Biológicas e Saúde (126), Engenharias, Exatas e Ciências da Terra (103) e Humanidades (91). A vice-presidente da SBPC, Fernanda Sobral, em entrevista sobre o prêmio, destacou a grande diversidade dos trabalhos desenvolvidos e da origem das candidatas de instituições públicas e privadas.
"É muito gratificante e motivador receber esse reconhecimento e o recebo em nome de todas as meninas e mulheres pesquisadoras e cientistas da nossa Universidade. É um prazer enorme estar inserida nessa área e conseguir contribuir de alguma forma para a pesquisa do nosso País", destaca a graduanda, que tem uma trajetória de dedicação no ensino público, sempre reconhecida em projetos voltados a estudantes de baixa renda e considerados jovens talentos. Na UFSCar, ela atua como membro do Grupo de Pesquisa "Fisioterapia na Saúde do Trabalhador" e do Laboratório de Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (LAFIPE), coordenado por Sato.
"A Beatriz é uma menina fantástica. Ela estar entre as finalistas no prêmio nos incentiva a continuar trilhando nosso caminho para que mais e mais meninas e mulheres recebam o destaque que merecem no meio científico e acadêmico", celebra a professora.