Pandemia provoca um novo olhar e comportamento diferente nesse período
SÃO CARLOS/SP - Nesta segunda-feira, 18 de maio, é o Dia Nacional de Luta Antimanicomial e, dessa vez, por causa da pandemia, a Prefeitura de São Carlos vai lembrar a data de forma diferente. Com apoio de mídias sociais, as diversas instituições do município irão reforçar a ideia deste dia de acordo com o calendário promovido pelo CATO (Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional da UFSCar) em parceria com o Fórum de Saúde Mental de São Carlos, CAPS II, CAPS AD, CAPS IJ, Grupo Expansionista Saúde Mental em Ação e a Liga de Saúde Mental da UFSCar.
De acordo com a supervisora do CAPS II, Luciana Lujan, uma série de atividades está preparada para lembrar a luta e o movimento. “O objetivo não é só uma mudança nos sistemas de saúde em si, mas também uma transformação na visão da sociedade diante do ‘doente mental’, questionando as relações de estigma e exclusão social de quem possui algum tipo de transtorno, quebrando barreiras e mostrando além da doença ou diagnóstico”, frisa Lujan.
A supervisora disse, também, que todo esse movimento, que acontece uma vez por ano de forma mais pontual, é para conquistar a substituição gradativa dos hospitais psiquiátricos tradicionais e antiquados (sanatórios/manicômios) por serviços de tratamento abertos com mão de obra capacitada e com formas de atenção digna e formas diversificadas para atender as diferentes necessidades, formas e momentos do sofrimento mental.
“O movimento da luta antimanicomial combate a ideia de que pessoas com sofrimento mental devem ser isoladas para ter qualquer tipo de tratamento. É necessário ver a necessidade de cada um de modo individual, sempre lembrando que todos têm direitos fundamentais à liberdade, a viver em sociedade e ao cuidado e tratamento, sem que precisem abrir mão da cidadania, apesar do transtorno ou doença, porque todos são, acima de tudo, cidadãos e não o resultado de seus diagnósticos”, salientou Luciana Lujan, supervisora do CAPS II de São Carlos.