SÃO PAULO/SP - Na última terça-feira (22) o apresentador de televisão Faustão, se exaltou durante o seu programa e chamou o Brasil de “hipócrita”. Essa fala do comunicador se deu após ele ouvir da cantora Preta Gil, que ela sofreu muita descriminação por estar se relacionamento romanticamente com um homem 14 anos mais jovem.
Preta Gil foi uma das convidadas da atração do apresentador, e aproveitou o momento para relatar as dificuldades que enfrentou com a opinião pública ao assumir sua relação: “É fato que a sociedade tem preconceito. No que diz respeito ao homem ser mais velho, é algo naturalizado. No meu caso, que sou 14 anos mais velha do que o meu marido, no começo do nosso relacionamento, foi muito complicado. Várias pessoas me criticaram muito. Elas questionam o amor, questionam o afeto, o desejo, como se o homem não pudesse desejar uma mulh3r mais velha do que ele”, declarou.
Em seguida, Faustão disparou sua opinião a respeito do assunto, e deixou claro que é um absurdo a situação que Preta Gil enfrentou apenas por estar apaixonado por um homem mais novo: “Atenção no que ela está dizendo, pois ela é uma mulh3r que sabe muito bem sobre essa questão de preconceito no país mais hipócrita do mundo nessa área. Nós temos preconceito contra o velho, contra a criança, contra o índio, contra o gay, contra o cadeirante… É preconceito pelo fato do cara ser gordo, magro, alto ou baixinho. É tudo preconceito!”, disse ele.
Faustão também ressaltou que mesmo o Brasil tendo uma enorme diversidade cultural, as pessoas ainda sofrem com a distinção: “Sabe o que é isso? É falta de cultura, falta de educação… Fatores que acabam levando a tudo isso, algo que só piora. É aquele negócio, entre um negro e um branco, até mesmo a própria polícia age de forma diferente… É o país que tem a maior diversidade, com gente do mundo inteiro, mas ainda sim é o país que tem mais preconceito”, disparou.
Para concluir, o apresentador ainda declarou que o Brasil vende uma imagem de aceitação de todos os povos, mas que na prática isso não acontece: “Quem chega no Brasil de início, acha que o país vive por ter pessoas de todas as raças aqui, que é um país maravilhoso, com todo mundo alegre… Mas essa alegria acabou faz tempo!”, declarou.