SÃO PAULO/SP - O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (28) a prorrogação da fase de transição do Plano SP por mais uma semana, entre 1º e 9 de maio, mas com a ampliação do horário de funcionamento das atividades de comércio e serviços para entre 6h e 20h.
"Obviamente, com a melhora dos indicadores de casos, internações e óbitos, será possível estender o horário de funcionamento dos setores de serviço e de comércio das 6 da manhã até as 20h", disse o governador João Doria (PSDB).
"Damos assim a continuidade gradual e segura de abertura da economia do estado de SP para recuperar empregos e dar oportunidade aos brasileiros do nosso estado, de terem acesso à renda, salário e dignidade em suas vidas", completou.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, esse horário ampliado de funcionamento dessas atividades é um "novo voto de confiança para os setores".
"A expansão do horário é significativa. Todos os estabelecimentos comerciais ou serviços podem funcionar das 6h às 20h respeitando todos os protocolos da fase de transição: a capacidade de ocupação de 25% e o toque de recolher, que é um ponto que os especialistas têm defendido muito – quando conseguimos reduzir a circulação da população entre 20h e 5h, conseguimos ter uma redução muito importante da taxa de transmissão que está sendo mantida", explicou a secretária.
Ela ressaltou ainda a importância da manutenção do teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e do escalonamento do horário de entrada e saída de atividades do comércio, serviços e indústrias.
MELORA NOS INDICADORES
O coordenador do Centro de contingência da Covid-19 em São Paulo, Paulo Menezes, afirmou que a ampliação do horário de funcionamento é reflexo da evolução dos indicadores no estado.
"Isso foi resultado das medidas muito duras de restrição de atividades por um período extremamente prolongado, mais de seis semanas seguidas de fase vermelha, emergencial e seguida por transição", destacou.
"Gostaria de chamar atenção para alguns números que refletem isso: no pico dessa segunda onda, tínhamos no estado 500 casos novos por 100 mil habitantes a cada 14 dias, na média do estado. Algumas regiões chegavam a apresentar mais de 800 casos novos por 100 mil habitantes em duas semanas. Esse número hoje está em 423, uma redução aproximada de 35% ao longo desse período."
Ele apontou, ainda, uma queda expressiva no número de internações: de 100 a cada 100 mil habitantes em 14 dias para 72 por 100 mil habitantes no mesmo período.
*Por: Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo