Ela foi criada no final de agosto, diante do cenário de baixa dos reservatórios e de ameaça de racionamento.
O custo da bandeira é de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) e a previsão é que ela vigorasse até abril de 2022.
Com a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, as hidrelétricas perderam espaço na oferta, enquanto o governo se viu obrigado a acionar térmicas --fonte mais cara, cujo custo é repassado ao consumidor.
As bandeiras (verde, amarela e vermelha) constam da conta de luz e servem para indicar a necessidade de se reduzir o consumo. Caso contrário, o cliente paga mais.
Assessores do Palácio do Planalto avaliam que reajustes de preços, como o dos combustíveis, ou a adoção de um racionamento no momento prejudicariam ainda mais Bolsonaro em sua campanha pela reeleição. O presidente tem visto sua popularidade cair diante de medidas contra a pandemia e da degradação do cenário econômico.
RICARDO DELLA COLETTA / FOLHA