Reação. Leite comemorou a exclusão dos nomes. “Louvo a comissão provisória das prévias que agiu para manter o jogo eleitoral dentro das regras acordadas. E espero que, daqui pra frente, a disputa democrática pelo voto dos tucanos também mantenha o PSDB unido e forte”, afirmou.
Para o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, a decisão da comissão não tem “nenhuma relação com fraude ou irregularidade” e não pode ser considerada uma derrota para Doria. Os prefeitos e vices excluídos, destacou o dirigente, poderão recorrer ao presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, que terá a palavra final.
Vinholi informou ainda ter enviado ao partido 32 filiações supostamente irregulares, detectadas a partir de um cruzamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o aplicativo do PSDB, no Rio Grande do Sul, Bahia e Minas, Estados que apoiam Eduardo Leite. Aníbal afirmou ontem que esses casos também serão avaliados pela comissão das prévias.
Com poucas expectativas de reverter a exclusão dos prefeitos e vices, o entorno de Doria minimizou a decisão do colegiado. “A campanha segue na liderança consolidada e a decisão da comissão em não contabilizar a participação dos 92 prefeitos e vice-prefeitos de São Paulo em nada muda esse cenário”, disse Wilson Pedroso, coordenador da campanha do governador paulista.
Pedroso afirmou ainda que a campanha de Doria já não contava com esses filiados e que está convicta de que terá “a ampla maioria” dos votos dos prefeitos e vices tucanos do País.
Blocos. O colégio eleitoral do PSDB é formado por quatro grupos de votantes com o peso de 25% cada. Os filiados – 1.355.766, segundo o TSE – representam o primeiro bloco, que votará por meio de um aplicativo. Os 565 prefeitos e 445 vices, o segundo. O terceiro é formado pelos 4.297 vereadores e 72 deputados estaduais do PSDB, e o quarto, pelos 3 governadores, 5 vices, 7 senadores, 32 deputados federais e o presidente do partido.
*Por: Pedro Venceslau / ESTADÃO